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Importância e aplicação da LOPA na quantificação de riscos

07, Dez. 2023

Fonte: Blog do QSP

Uma das principais etapas do Processo de Gestão de Riscos, a Análise de Riscos consiste em compreender a natureza do risco e determinar o nível de risco, idealmente quantificando os riscos para fornecer uma base consistente para a tomada de decisões. 

Durante essa etapa, uma técnica bastante utilizada é a LOPA (Layers of Protection Analysis ou Análise de Camadas de Proteção), que, junto com a Análise BowTie, pode ser empregada para auxiliar na quantificação de riscos e na tomada de decisões baseada em riscos.

 A Análise BowTie permite visualizar os riscos de forma clara e estruturada, identificando os controles preventivos e reativos necessários para prevenir a ocorrência ou mitigar o impacto de eventos indesejados.

Além disso, ela pode, por meio da LOPA, fazer a ponte entre as Avaliações Qualitativas e a Quantificação de Riscos. 


A LOPA usa a Análise BowTie como ponto de partida para avaliar a eficácia dos controles, estimando a redução proporcionada por eles (risco residual).

Quais são então as principais características da LOPA e como ela pode ser utilizada para ajudar a reduzir os riscos?

Características da LOPA

A LOPA é uma técnica usada para avaliar as camadas de proteção que podem ser aplicadas a um cenário de risco, determinando se essas camadas são suficientes para reduzir o risco a um nível aceitável.

Pode ser aplicada a sistemas com horizonte de longo ou curto prazo e geralmente é utilizada na análise de riscos operacionais.

As entradas da LOPA incluem:

● Informações básicas sobre eventos, causas e consequências de eventos;

● Informações sobre controles em uso ou tratamentos propostos;

● Frequência do evento causal e as probabilidades de falha das camadas de proteção, estimativas de consequências e definição do risco tolerável.

Já as saídas da LOPA são:

● Recomendações para quaisquer tratamentos adicionais e estimativas do risco residual.

Destacam-se como seus pontos fortes:

1. Avaliação da eficácia dos controles: permite uma análise detalhada dos controles existentes, identificando suas capacidades de prevenção ou mitigação de riscos. Isso ajuda a determinar se as camadas de proteção são suficientes para reduzir o risco a um nível aceitável.

2. Foco nas camadas críticas de proteção: concentra-se nas camadas de proteção mais importantes, ou seja, aquelas que têm um impacto significativo na redução do risco, permitindo uma alocação eficiente de recursos para fortalecer as camadas mais críticas.

3. Abordagem semiquantitativa: combina elementos qualitativos e quantitativos, fornecendo uma análise mais abrangente dos riscos. Utiliza estimativas de probabilidade e consequência para avaliar a eficácia dos controles e quantificar o risco residual.

4. Requer menos tempo e recursos do que a análise de árvore de eventos (ETA) ou o processo de avaliação de riscos totalmente quantitativo, mas é mais rigorosa que os julgamentos qualitativos subjetivos.

5. Identifica operações, sistemas e processos para os quais os controles são insuficientes.

6. Foco nas consequências mais graves.

No entanto, a LOPA também apresenta algumas limitações:

1. Dependência de estimativas: requer estimativas de probabilidade e consequência, o que pode ser um desafio, especialmente quando há falta de dados confiáveis. Isso pode levar a incertezas na avaliação do risco residual.

2. Complexidade da análise: pode exigir conhecimentos especializados e tempo para realizar a análise corretamente. Concentra-se em um par de causa-consequência e em um cenário de cada vez, não cobrindo interações complexas entre riscos ou entre controles.

3. Falta de padronização: não possui um método padronizado, o que pode levar a variações na abordagem e nos resultados entre diferentes analistas, dificultando a comparação e a consistência dos resultados.

Apesar dessas limitações, a LOPA é uma ferramenta importante para avaliar a eficácia dos controles e quantificar os riscos residuais, fornecendo insights relevantes para decisões sobre a implementação de medidas adicionais de controle.

Exemplo prático de aplicação da LOPA no setor hospitalar

A LOPA pode ser aplicada em diversas setores como, por exemplo, o hospitalar. 

Vejamos a seguir um exemplo simples e prático de aplicação da LOPA, gerado com o auxílio do chatbot do QSP especialista em Análise BowTie de Riscos e Controles, que integra o SuperChat GPT | ISO 31000.net:

Comando ('prompt') para o chatbot: "Faça um exemplo numérico completo de aplicação da LOPA em um hospital usando a Análise BowTie e dados hipotéticos. Detalhe todos os cálculos e as conclusões da LOPA."

Resposta do chatbot: Claro! Vou fornecer um exemplo de aplicação da LOPA (Layers of Protection Analysis) no setor hospitalar usando a Análise BowTie. Lembre-se de que os valores numéricos e parâmetros usados neste exemplo são fictícios e devem ser adaptados à situação real do hospital.

Evento topo: Infecção hospitalar causada por bactéria multirresistente. 

Causas Potenciais: 

- Falta de Higienização Adequada: A falta de limpeza e desinfecção adequadas das instalações e equipamentos pode permitir a proliferação de bactérias multirresistentes. 

- Falta de Adesão às Práticas de Higiene: A falta de adesão dos profissionais de saúde às práticas de higiene, como lavagem das mãos, pode facilitar a disseminação das bactérias.

 - Uso Inadequado de Antibióticos: O uso inadequado de antibióticos, como prescrição excessiva ou uso prolongado, pode contribuir para o desenvolvimento de bactérias multirresistentes. 

Agora, vamos calcular a frequência de ocorrência de cada causa potencial e a frequência de falha das barreiras preventivas e reativas.

Suponha que a frequência de ocorrência da falta de higienização adequada seja de 0,1 eventos por ano, a frequência de falha da barreira preventiva (medida de controle) seja de 0,05 eventos por ano e a frequência de falha da barreira reativa seja de 0,02 eventos por ano.

Para a falta de adesão às práticas de higiene, suponha que a frequência de ocorrência seja de 0,2 eventos por ano, a frequência de falha da barreira preventiva seja de 0,1 eventos por ano e a frequência de falha da barreira reativa seja de 0,03 eventos por ano.

Para o uso inadequado de antibióticos, suponha que a frequência de ocorrência seja de 0,05 eventos por ano, a frequência de falha da barreira preventiva seja de 0,02 eventos por ano e a frequência de falha da barreira reativa seja de 0,01 eventos por ano.

Agora, vamos calcular a frequência do evento topo (infecção hospitalar causada por bactéria multirresistente) usando a fórmula da LOPA:

Frequência do Evento Topo = Frequência de Ocorrência da Causa * Frequência de Falha da Barreira Preventiva * Frequência de Falha da Barreira Reativa

Para a falta de higienização adequada:

Frequência do Evento Topo = 0,1 * 0,05 * 0,02 = 0,0001 eventos por ano ou 1 evento a cada 10 mil anos

Para a falta de adesão às práticas de higiene:

Frequência do Evento Topo = 0,2 * 0,1 * 0,03 = 0,0006 eventos por ano ou 6 eventos a cada 10 mil anos

Para o uso inadequado de antibióticos:

Frequência do Evento Topo = 0,05 * 0,02 * 0,01 = 0,00001 eventos por ano ou 1 evento a cada 100 mil anos

Agora, vamos avaliar se as frequências do evento topo estão dentro dos limites aceitáveis. Esses limites podem variar de acordo com as metas de segurança e tolerabilidade do hospital.

Suponha que o limite aceitável para a frequência do evento topo seja de 0,0001 eventos por ano (ou 1 evento a cada 10 mil anos). Nesse caso, apenas a causa "falta de adesão às práticas de higiene" excede o limite aceitável, indicando a necessidade de implementar medidas adicionais de controle.

Portanto, concluímos que a falta de adesão às práticas de higiene é a principal causa potencial que contribui para a ocorrência de infecções hospitalares causadas por bactérias multirresistentes.

Recomenda-se a implementação de medidas adicionais de controle, como treinamento de equipe, monitoramento de práticas de higiene e revisão dos procedimentos de limpeza e desinfecção.

Lembre-se de que este é um exemplo simplificado e hipotético da análise LOPA em um hospital. Em uma situação real, a análise LOPA envolveria informações detalhadas do hospital, dados de segurança, considerações operacionais e envolvimento de especialistas.

Espero que isso tenha sido útil! Se você tiver mais alguma pergunta, estou aqui para ajudar."

IMPORTANTE: Devido à natureza dos chatbots, desenvolvidos para apresentar soluções via texto ou imagem, em alguns casos, a Inteligência Artificial Generativa (GAI) pode gerar cálculos errados, conclusões equivocadas ou alterar o método de cálculo utilizado nas respostas. Eventuais erros ou inconsistências nas respostas dos chatbots do QSP estão sendo identificados e corrigidos pela nossa equipe.

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