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Evento da AMMS destaca importância da saúde mental no trabalho

10, Jun. 2020

Evento da AMMS destaca importância da saúde mental no trabalho

Fonte: AMMS / Sonho Seguro

A Associação das Mulheres do Mercado de Seguros / AMMS realizou nesta quinta-feira (04 de junho) o webinar A Importância do Equilíbrio Emocional nas Organizações. Gratuito e aberto a todos os gêneros, o evento, que foi transmitido pelo canal da AMMS no Youtube e registrou mais de 350 acessos, contou com as participações da psicóloga e Fundadora da Parceria Humana, Fabiana Garcia, e da administradora de empresas e head de Sourcing para América Latina da Dover Fueling Solutions, Cláudia Hallais.

O foco do debate girou em torno da psicologia das emoções em prol de poder alcançar a vida emocional construtiva e importantes competências comportamentais profissionais. Nesse contexto, as palestrantes discutiram as visões de Paul Ekman (criador dos personagens do Divertida Mente e apontado como um dos maiores psicólogos do século XX), Alan Wallace (um dos maiores eruditos no tema da meditação no Ocidente) e Eve Ekman (expert na expressão das emoções).

Na abertura, a presidente da AMMS, Margo Black, falou sobre o tema do encontro e anunciou algumas novidades que a associação está programando para os próximos meses. Teremos mais de 10 encontros nesse modelo online. A maior novidade será a TV Fala Mulher. A coluna do nosso portal ganhará voz e movimento. Faço um apelo às mulheres: se associem à AMMS e venham ser protagonistas conosco, conclamou Margo Black.

A diretora Executiva da AMMS, Márcia Ribeiro, que foi a mediadora do evento, também convocou as mulheres do mercado de seguros para participar da associação. Acessem nosso site, se inscrevam e nos ajudem a fazer um bom trabalho, observou.

Logo depois, Fabiana Garcia fez um relato sobre experiências pessoais que a levaram ao autoconhecimento e ao desenvolvimento emocional nos últimos anos. A meditação e a saúde mental eram vistas como algo mais espiritual. Contudo, hoje, a ciência mostra que isso é tão necessário quanto ir ao dentista. Seus dentes são mais importantes que sua mente? É fundamental fazer meditação e pausas, que podem começar por apenas 3 minutos. Quem o faz não se torna improdutivo nem está perdendo algo. Na verdade, está ganhando muito, asseverou.

Ela destacou a relevância da felicidade sustentável e genuína. Segundo Fabiana Garcia, pode haver casos em que ganhadores da Mega-Sena que ficam mais deprimidos, por razões como a perda de amigos. Onde estamos embasando a nossa felicidade? Na compra de um carro novo, na promoção no trabalho, no reconhecimento? A felicidade genuína precisa ser cultivada, assim como a sensação de bem-estar e de realização pessoal, afirmou.

Por sua vez, Cláudia Hallais disse que o equilíbrio está em voga e desperta interesse das pessoas. Frisou também que o estresse é resposta fisiológica do corpo para as pessoas se adaptarem. O estresse é uma ferramenta de sobrevivência. É importante e necessário para crescermos, sair da inércia e da zona de conforto. Mas, o eustresse, de períodos curtos, leves e controláveis, que motiva nosso desenvolvimento pessoal, não pode evoluir para o distress, que prejudica nossa saúde, alertou.

Ela citou estudo segundo o qual 65% dos trabalhadores dos EUA sofrem de estresse no trabalho. No Brasil, esse percentual chega a 69%. As principais causas são salários inadequados, prazos apertados, pressão excessiva, mudança repentina e carga de trabalho excessiva, listou.

Cláudia Hallais acrescentou ainda que o estresse elevado pode levar a perturbações emocionais, insônia, dor de cabeça ganho de peso, doenças cardíacas ou renais.

Além disso, advertiu que o estresse crônico é questão que precisa ser tratada no mundo corporativo, algo que não ocorre. Essa omissão gera um alto preço. O Brasil é apenas o quarto colocado entre os países da América Latina em número de empresas que apresentam políticas de saúde mental e emocional para empregados. Ainda não viram benefícios nisso, lamentou.

Por fim, respondendo a uma pergunta feita pela presidente da AMMS, Cláudia Hallais explicou que, neste momento da pandemia, no qual aumenta o estresse de homens e mulheres que trabalham em casa, no sistema de home office, é fundamental manter o equilibro e, principalmente, impor-se limites. É importante ter consciência, enxergar e entender os limites que podemos suportar, aconselhou.

No encerramento, a vice-presidente da AMMS, Simone Vizani, fez os agradecimentos e falou sobre novidades que estão sendo preparadas pela associação. A gente vai estrear em breve o nosso podcast. Como disse a presidente, a coluna vai ganhar voz e movimento, ainda este mês. Além disso, teremos as lives, conduzidas por nossas conselheiras. Outra novidade é a TV AMMS, no Youtube. Aliás, informo que este evento vai ficar gravado. Fiquem atentas às nossas lives e, caso queiram, podem compartilhar os conteúdos. Não deixem de seguir a AMMS nas redes sociais. Estamos no Linkedin, Instagram, Facebook e Youtube, acentuou Simone Vizani.

O encontro contou ainda com mensagens de executivos de empresas patrocinadoras, categoria Black, que abordaram as ações adotadas diante do avanço da pandemia do coronavírus.

O CEO da MDS, Ariel Couto, por exemplo, destacou que a empresa está em home office desde 16 de março. Desde o começo definimos três prioridades: os nossos colaboradores e suas famílias, com manutenção de emprego, dos benefícios e ações de acolhimento; nossos clientes, que precisam ainda mais da MDS nestes dias, sobretudo nas áreas de saúde e benefícios; e a sociedade, com ações para contribuir neste momento tão difícil. Criamos um comitê de crise e desenvolvemos 3 ações: um hotsite com informações sobre a COVID-19; a segunda, que está no forno, uma cartilha com orientações sobre o retorno ao trabalho de forma segura, com duas versões, uma para colaboradores, outra para clientes e para a sociedade; e o terceiro, um movimento que fizemos parte, o #We see hop, que visa a reconhecer e agradecer a aqueles profissionais que estão nas ruas trabalhando enquanto nós podemos ficar em casa, em segurança, explicou Couto.     

Já o presidente da Tokio Marine, José Adalberto Ferrara, falou sobre a importância do equilíbrio emocional nas organizações. Na nossa empresa, trabalhamos os quatro PES. O primeiro e mais importante é o tratamento às pessoas; o segundo, são os processos da companhia; o terceiro os produtos da companhia; e o quarto, a paixão em tudo aquilo que fazemos. Temos uma médica contratada que dá todo o apoio emocional aos nossos colaboradores, agora, à distância. Está dando resultado muito bacana. Fiquem atentos ao movimento de retorno aos escritórios. É importante trabalhar o emocional. Na Tokio Marine, não vamos querer determinar fases para o retorno. Vamos deixar nossos colaboradores livremente aderirem. Vamos respeitar o distanciamento e quites de proteção dos funcionários. Sairemos diferentes desse distanciamento, porém, muito mais fortes do ponto de vista social e econômico, salientou. 

Por sua vez, o presidente & CEO da Marsh Brasil, Eugenio Paschoal, revelou que o grupo, que abrange a Marsh, a Guy Carpenter, a Mercer e a Oliver Wyman, tem investido forte na saúde e no bem-estar dos colaboradores e elogiou, nesse contexto, a troca de experiências que AMMS proporciona em seus eventos. Temos a possibilidade real de criar um futuro mais justo, igualitário e inclusivo para todos nós. A AMMS tem papel fundamental nessa jornada. E estamos aqui para apoiar as suas ações. E com muita paixão acelerar essas transformações, pois, afinal de contas, essa luta também é nossa, frisou Paschoal.

O CEO da Sompo Seguros, Francisco Caiuby Vidigal Filho, também destacou as ações realizadas pela empresa neste momento de pandemia. Segundo ele, a questão do equilibro emocional conta muito para a Sompo. Fizemos uma transição muito rápida de todo mundo do escritório para as suas casas. Se não tivéssemos uma estrutura de RH muito forte e apoio psicológico muito forte para todos os funcionários, não conseguiríamos fazer da forma como fizemos. Agradeço a AMMS. Muito bom estar com vocês em mais um evento, observou.

Webinar

Fonte: Sonho Seguro

12 de junho

Susep / A Superintendência de Seguros Privados realizará, no dia 12 de junho, um webinar sobre Segmentação e Proporcionalidade na Regulação Prudencial. O evento tem como objetivo ampliar o diálogo com a sociedade sobre as evoluções e modernização do setor propostas pela autarquia e acontecerá a partir das 16h, por meio da plataforma Zoom. As medidas em discussão propõem, por exemplo, a aplicação proporcional das regras prudenciais, de acordo com o porte e a complexidade das empresas do setor. Há ainda a redução do capital-base para supervisionadas de menor porte e complexidade, que ficaria entre R$ 3,6 milhões e R$ 8,1 milhões, de acordo com o segmento de cada organização. Com a iniciativa, a autarquia visa promover ganhos de custo operacional para o setor e mais eficiência na supervisão. Isto beneficiará o mercado consumidor de seguros com melhores preços e mais concorrência. Os painéis serão apresentados pelo Coordenador-Geral de Regulação Prudencial (CGREP), César da Rocha Neves, e pelo Coordenador de Regulação Contábil e Previsões Técnicas (CGREP/COREC), Gabriel Caldas. Participarão, também, a superintendente da Susep, Solange Vieira, e o diretor Vinicius Brandi.

A morte pela covid-19 e o pagamento de indenização do seguro de vida

Com o questionamento do real número de mortes pelo coronavírus, em caso de aumento significativo dos pedidos indenizatórios poderá ocorrer uma análise mais criteriosa e sistemática por partes das seguradoras

Muito se tem ouvido acerca da negativa de pagamento de indenizações por parte das seguradoras em casos de óbitos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus (covid-19).

Tal discussão está lastreada no fato de que, em boa parte das apólices de seguro de vida, reza a cláusula de exclusão do pagamento da indenização por morte em situações de epidemias e pandemias.

Estamos diante de uma situação contratual, a princípio, sem vícios de consentimento e abusividades, devendo prevalecer entre as partes contratantes o chamado pacta sunt servanda ou os pactos devem ser observados.

Dessa forma, as apólices que estipulam a exclusão de pagamento em caso de epidemias/pandemias desobrigam a empresa seguradora em proceder ao pagamento da indenização ao beneficiário do seguro.

Contudo, o que se vem notando atualmente, em plena crise pandêmica do covid-19, é uma liberalidade e flexibilização por partes das companhias seguradoras, as quais não vêm se opondo ao pagamento das indenizações.

O que vale para uma empresa não necessariamente obriga a outra e nem poderá servir de paradigma para os beneficiários. Não se trata de um precedente vinculante.

Com o questionamento recorrente acerca do real número de mortes pelo covid-19 pelos mais variados segmentos da sociedade e motivos (não adentraremos nessa seara), em caso de aumento significativo dos pedidos indenizatórios, poderá ocorrer uma análise mais criteriosa e sistemática por partes das seguradoras, inviabilizando-se o pagamento espontâneo e abrindo uma brecha para discussão jurídica sobre o tema.

Outra questão e talvez mais relevante sobre o assunto poderá surgir acerca da real causa mortis aposta nos atestados de óbito pelo médico assistente, em razão da determinação do Governo do Estado de São Paulo publicada no Diário Oficial de 21/03/20 (pag.5), a qual determina ao médico certificar o óbito pelo covid-19 durante a situação de pandemia a qualquer cadáver, independentemente da causa da morte ou da confirmação de exames laboratoriais.

Tal situação poderá autorizar a seguradora a valer-se da cláusula de exclusão e, ao beneficiário, discutir a veracidade da causa-mortis através das medidas judiciais pertinentes.

* Por Jose / Salamone, advogado especialista em Direito Médico e Hospitalar

Seguro sob demanda muda relação com o consumidor

Fonte: Revista Apólice

Seguradoras buscam um novo nicho de consumidores para os produtos sob demanda. São pessoas que usam pouco os seus veículos, na maioria Há oito anos, em São Francisco (EUA) nascia a Metromile, uma seguradora cujo objetivo era vender apólices de acordo com o percurso percorrido pelos motoristas. Neste período a empresa criou uma comunidade leal de motoristas com seguro personalizado, mais justo e acessível. O seu funcionamento é baseado em machine learning e design centrado no cliente. Nos Estados Unidos, o mercado de seguro de automóvel atinge a marca de US$ 280 bilhões.

Rick Chen, porta-voz da Metromile, conta que a empresa faturou em 2019 US$ 100 milhões. O perfil de seus clientes é o mais diversificado possível. São moradores de cidades grandes, pessoas ambientalmente conscientes, aposentados, pessoas que moram fora da cidade e pessoas que trabalham em casa e têm idades entre os 20 e os mais de 90 anos. Garantimos todos os tipos de carros: os clientes dirigem de tudo, de BMWs a Hondas e Teslas; notavelmente, o número de teslas que seguramos cresceu 200% no ano passado, enumera.

Em alguns dos mercados onde a empresa atua nos Estados Unidos, ela fica entre as cinco maiores seguradoras. Muitos novos clientes vêm de grandes seguradoras, incluindo Allstate, Esurance, Farmers, Geico, Progressive, State Farm e outros, comemora Chen.

Segundo o executivo o americano médio dirige cerca de 60 quilômetros por dia, o que é considerado baixa quilometragem para o mercado de seguros local. Nossos motoristas tendem a dirigir menos e, como resultado, tendem a economizar mais com nossos preços de pagamento por milha. Nossos clientes economizam US$ 741 por ano, em média, mudando para o Metromile.

Hoje, a empresa é a única companhia de seguros nos EUA que é totalmente paga por milha. Começamos a empresa porque achamos que as pessoas não deveriam pagar muito pelo seguro de carro, principalmente porque a maioria dos americanos não dirige muito. Achamos que esse sistema de precificação é importante porque oferece aos motoristas o controle sobre quanto eles querem pagar pelo seguro de carro.

Os índices de satisfação dos clientes podem ser medidos pela taxa de renovação das apólices, que podem ter prazo a partir de seis meses. Nossos índices de satisfação do cliente são quase perfeitos, consistentemente entre 9,4 e 9,6 em uma escala de 10 pontos. Três em cada quatro clientes do Metromile usam nosso aplicativo móvel pelo menos uma vez por semana, usando recursos gratuitos, como localizador de carros, ferramenta de análise da saúde do carro, planejadores de gás e viagens e alertas de passagens de rua, destaca Chen.

O que atrai os consumidores é a possibilidade de economia que um seguro intermitente proporciona. Seu potencial também pode ser grande. A empresa não divulga a quantidade de clientes que possui em números absolutos. Prefere mostrar seus números de outra forma. Ela emprega mais de 300 funcionários em Boston, São Francisco e Tempe, Arizona. Levantou US$ 293 milhões em financiamento privado até o momento, com a participação das principais companhias de seguros, incluindo AmTrust Financial Services, China Pacific Insurance Company, Intact Financial, Mitsui & Co. e Tokio Marine.

Está licenciada em todo o país e atualmente vende apólices nos estados do Arizona, Califórnia, Illinois, Nova Jersey, Oregon, Pensilvânia, Virgínia e Washington.

Experiência nacional

Em agosto de 2019, a Susep aprovou a regulamentação dos seguros intermitentes. Isso possibilitou às seguradoras oferecerem apólices de seguros acionadas de acordo com a conveniência do consumidor.

Desde então, duas experiências surgiram no mercado. A primeira, a Thinkseg, que atua com um produto Pay Per Use em parceria com a seguradora Generali, que parou de comercializar produtos tradicionais de automóveis em maio deste ano. O serviço funciona com o pagamento de uma assinatura mensal (o equivalente a 40-50% do valor de um seguro) acrescida de alguns centavos por quilômetro rodado. O produto é comercializado exclusivamente por meio eletrônico.

O valor dinâmico do prêmio é relacionado à utilização do carro, por isso, estamos observando um grande interesse dos clientes com a pandemia de covid-19. Houve um crescimento de 15 a 20% a cada mês, mesmo diante da queda de cerca de 50% da procura do seguro de carro no Google. Este seguro é pensado para quem dirige pouco e bem. Para oferecer esta personalização, os dados do motorista são analisados por inteligência artificial por meio de um aplicativo, declara Michelle Cherubini, Diretor de Marketing e Estratégia da Generali.

Para os corretores de seguros poderem atender os seus clientes, a Argo elaborou um produto sob demanda para cobrir deslocamentos específicos. O seguro cobre perda total em todo o trajeto da viagem especificadas pelo consumidor no aplicativo, além de parte do perímetro urbano, por 24h.

Nosso foco são os veículos com valor de mercado até 30 mil reais e que ainda não tem seguro por conta do preço. Como o Instant é um produto pay per use (pago por uso), seu custo é muito mais baixo se comparado a um seguro Auto tradicional, explica Newton Queiroz, CEO e presidente da Argo Seguros.

A contratação é feita pelo corretor de seguros, que cadastra o cliente em um aplicativo especialmente desenvolvido para funcionar como uma carteira digital, onde será possível acessar os créditos, ativar o período de cobertura, obter dados da apólice e pontos de contato.

O processo de contratação é simples e intuitivo, de forma que a jornada de compra do seguro ofereça a melhor experiência possível ao segurado. Um bom exemplo é a vistoria digital do veículo.

Produtos buscam se adaptar aos novos tempos

Fonte: Revista Apólice

Se as novas gerações não enxergam mais nos automóveis o seu objeto de desejo, para as pessoas com mais de 30 anos (em média) ela ainda é um xodó. O cuidado com o seu parceiro de jornada exige cada vez menos tempo do segurado e mais serviços das seguradoras, de olho em manter os resultados positivos da carteira.

Mas, com a propagação da covid-19, tudo mudou. Segundo dados da empresa de pesquisa LMC Automotive. Em 2019, a produção de carros leves ao redor do mundo fechou em 88,8 milhões de unidades. A previsão inicial para 2020 era de um leve crescimento, para 90,1 milhões de unidades.  Porém, com a disseminação do coronavírus, no início de março a empresa já previa uma queda de 13,4% para 2020, chegando à marca de 76,9 milhões, com retração de 13,4%. Sabemos que ainda é cedo para este tipo de previsão.

A redução das vendas esperada para o Brasil, até o início do mês de abril, é de 23%, comparado com os dados da Fenabrave de 2019, com vendas de 2,03 milhões de veículos. Em 2019, o total de emplacamento de automóveis e comerciais leves fechou em 2,65 milhões.

O mercado de seguros de automóveis praticamente estagnou já em 2019. O crescimento, em termos nominais, ficou em 0,52%, perdendo para a inflação no período. Walter Pereira, presidente da comissão de automóveis da Federação das Seguradoras de Seguros Gerais, Fenseg, afirma que fica praticamente impossível tentar traçar alguma previsão, pois há diversos fatores que não podemos quantificar (duração do isolamento social, impactos na economia e a velocidade na retomada das atividades).

Para tornar o seguro relevante no momento da retomada da economia, é preciso estar atento às necessidades do consumidor. O consumidor irá procurar alternativas de cobertura adequadas à sua realidade econômica e financeira. Isto pode vir com a oferta de produtos mais simples, mais enxutos e que possibilitam ao consumidor está adequação, avalia Pereira.

O executivo ressalta que independentemente da situação de pandemia, as seguradoras já buscavam alternativas para ofertar produtos simples ao mesmo tempo que buscavam ampliar suas operações digitais. Com a pandemia, estes processos foram acelerados.

Visão da seguradora

Quem obteve melhor resultado em 2019 foram as seguradoras que optaram pela diversificação da carteira de automóveis. Gilmar Pires, diretor Executivo da Azul Seguros, conta que a seguradora conseguir aumentar sua competitividade e alcançar novos públicos que não possuíam seguro, superando a marca de 2 milhões de veículos seguradora. A marca é focada em ofertas mais enxutas, com preços mais baratos e com a mesma qualidade da prestação de serviços do grupo Porto Seguro.

Os prêmios emitidos pela Azul, em 2019, totalizaram em torno de R$ 3,2 bilhões, com aumento de 6,8% em relação ao ano anterior.

Especialistas em comportamento do consumidor afirmam que as pessoas estão buscando cada vez mais o consumo consciente e o mercado automotivo é um dos mais afetados por essa tendência. Por outro lado, apesar de nos últimos cinco anos o mercado de novos veículos não crescer, o que leva a um envelhecimento natural da frota brasileira, conseguimos atrair novos consumidores que já possuíam veículos e não possuíam seguro, raciocina Pires.

Ele acrescenta que o carro é um patrimônio valioso e, depois da residência, é uma conquista ainda almejada pelas famílias e, como o seguro de automóvel não é obrigatório, apenas 30% da frota é segurada. Seguro é proteção e não artigo de luxo e por isso trabalhamos cada dia pela inclusão de novos clientes com os produtos que a Azul oferece ao mercado.

Ainda assim, as pessoas que querem proteger o seu patrimônio buscam um preço mais acessível. Primeiro a sociedade brasileira, nos últimos anos, ganhou consciência em segurança, proteção financeira e o seguro é a ferramenta mais eficaz nesse sentido. Quanto mais uma pessoa conquista seus sonhos patrimoniais, ela percebe necessidade da proteção desse bem conquistado, porém tem que caber no bolso. Daí nos cabe desenvolver soluções com custo muito competitivo e com uma qualidade de alto padrão, reitera Pires.

Para ele, o objetivo da seguradora é ter portas de entrada para o novo cliente que porventura ainda não tenha tido a oportunidade de contar com uma proteção para o seu veículo.

Mesmo em um produto mais barato, é possível agregar coberturas e assistências que agradem ao consumidor. Na modalidade Azul Auto Leve, além da cobertura básica para colisão, incêndio e roubo e furto, também podem ser incluídas o RC Facultativo, cobertura de vidros e carro reserva, além de danos morais e estéticos. Nós entendemos que padrão de qualidade é um valor inegociável para o nosso grupo. O cuidado que temos com um cliente que possui um veículo com um seguro mais barato é o mesmo para um consumidor com veículo de alto padrão que normalmente contrata um produto com mais benefícios, esclarece Pires.

Para manter cliente e conquistar novos é preciso inovar. Além de pensar em produtos e serviços, é preciso investir na marca. A Porto Seguro é praticamente uma grife do seguro de automóveis no Brasil.

Jaime Soares, diretor do Porto Seguro Auto, avalia que é preciso engajar o cliente em novas atitudes, além de prestar um serviço de excelência. Trabalhamos, por exemplo, com o Trânsito + Gentil, uma ferramenta que funciona como uma espécie de medidor de gentileza na direção, concedia descontos somente aos usuários, entre 18 a 24 anos. A partir de agora, além dos 35% para os jovens, todos terão descontos que poderão chegar a 25% no valor total na renovação ou contratação do seguro auto.

Ele acrescenta: A intenção do Porto Seguro Auto é, a partir da gameficação, recompensar os motoristas que dirigem com segurança e contribuem para transformar o trânsito. Contudo, é importante reforçar que mudar de atitude não é uma ação que chega do dia para a noite e, por isso, o app Trânsito+gentil se torna um aliado importante na mudança de comportamento, completa.

Todo o engajamento com os consumidores só é possível graças à relação que a empresa mantém com os corretores de seguros, mantendo o apoio e a dedicação para apresentar como os serviços, atendimento e benefícios da empresa são diferenciais para os clientes.

Acompanhar as mudanças dos clientes também é fundamental, porque sua jornada de consumo também passa por alterações, principalmente depois da pandemia.

Atualmente as inovações tecnológicas em termos de produtos e serviços têm o objetivo de facilitar o dia a dia dos segurados. Por isso, investimos em canais digitais que visam aprimorar a experiência do cliente com o autosserviço, explana Soares.

É uma nova era no comportamento dos consumidores. Eles, cada vez mais, querem agilizar o tempo para resolver suas demandas do dia a dia. Por isso, o atendimento digital tem sido mais do que uma simples vantagem e se mostrado fundamental para atender as necessidades daqueles que já são exigentes e estão sempre conectados. Mas, mesmo que sejam colocadas em prática, as ferramentas precisam conquistar os clientes com experiências rápidas e funcionais.

Prestar serviços é potencializar, para toda a cadeia envolvida, o resultado de uma equação que envolve expectativas dos clientes, tecnologia e recursos utilizados e os custos relacionados. Não dá para falar em prestação de serviços sem falar na importância da experiência do cliente vivida com a empresa. Isso definirá a qualidade e o valor na hora de uma retenção ou contrato, completa Soares.

IMPORTAÇÕES DO AGRONEGÓCIO ATINGEM PATAMAR RECORDE

O Brasil está bem no mercado internacional do agronegócio. As exportações evoluem rapidamente neste ano. O mesmo ocorre, no entanto, com as importações, que estão em patamares recordes.

Nos últimos 12 meses, de junho de 2019 a maio deste ano, o Brasil importou o recorde de 319 mil toneladas de agroquímicos, no valor de US$ 2,95 bilhões. No mesmo período, as compras externas de adubo somaram 32 milhões de toneladas, com gastos superiores a US$ 8 bilhões.

O avanço desses custos para a agricultura acaba sendo assimilado pelo produtor, que está com uma margem boa de ganho na sua atividade. A preocupação, porém, é com o que vem pela frente.

Em seus relatórios periódicos sobre produção e demanda de alimentos, a FAO prevê novo recorde na produção de cereais, que poderia chegar a 2,8 bilhões de toneladas na safra 2020/21. Esse volume seria muito bem assimilado pelo mercado em tempos normais, uma vez que as estimativas de consumo eram de 2,7 bilhões.

Os efeitos da pandemia poderão, contudo, mudar um pouco o ritmo dessa demanda, devido a uma retração da economia mundial.

Um dos produtos que estão mais em evidência é o milho, cuja produção mundial deverá atingir 1,21 bilhão de toneladas, puxada principalmente pelos Estados Unidos.

O avanço do coronavírus nesse país, porém, freou o consumo e afetou principalmente a indústria de etanol, que, em tempos normais, consome mais de um terço da produção do cereal.

A safra mundial de soja deverá atingir 365 milhões de toneladas. A demanda externa, vinda da China, está aquecida. Refeitos os estoques, no entanto, o país asiático poderá reduzir as compras do produto americano, que chega ao mercado nos últimos meses deste ano.

A sustentação de preços para os brasileiros vai depender, mais uma vez, de a China dar prioridade ao produto brasileiro no próximo ano, embora ela tenha um acordo de compras assinado com os EUA. Será cumprido nas condições atuais de pandemia e de atritos comerciais?

Internamente, a aposta no consumo de soja para a produção de biodiesel não deverá ocorrer. O uso da oleaginosa para esse combustível ficará abaixo das estimativas, pelo menos enquanto a pandemia afetar o país.

No caso do trigo, produção e consumo mundiais são equilibrados, mas os estoques são bons. Esse é um dos alimentos do quais o Brasil continua com grande dependência externa.

As importações brasileiras de alimentos somaram US$ 4,4 bilhões de janeiro a maio, 8% menos do que em igual período de 2019.

Milho. A AgRural fez o terceiro corte na estimativa de produção de milho safrinha deste ano. Conforme dados divulgados nesta segunda-feira (8) pela agência, a estimativa atual é de 65,3 milhões de toneladas, abaixo dos 69,3 milhões de 2019.

Mais com menos. As exportações de carne bovina de maio subiram 21%, em volume, em relação às de igual mês do ano passado. Nesse mesmo período, as receitas cresceram 35%, segundo dados da Abrafrigo (associação de frigoríficos).

Fonte: Folha SP

IMPORTAÇÕES DE SOJA PELA CHINA SALTAM 27%

As importações de soja pela China em maio saltaram 27,4% na comparação anual, à medida que um grande volume de embarques chegou do Brasil após uma melhoria no clima do país sul-americano.

A China, maior importadora global de soja, importou 9,38 milhões de toneladas de soja em maio, contra 7,36 milhões de toneladas no ano anterior, segundo dados divulgados no domingo.

Os dados mostram o maior aumento mensal desde dezembro e comparam-se a 6,714 milhões de toneladas importadas em abril.

Chuvas no final de fevereiro atrasaram a colheita e exportações do Brasil, o que impactou os desembarques em março e abril. Os estoques de soja e farejo de soja na China caíram para mínimas recorde, forçando alguns processadores de soja a parar operações.

Mas os embarques do Brasil aumentaram com a melhoria do clima e as exportações de soja do Brasil tiveram em abril um recorde de 16,3 milhões de toneladas, bem acima das 11,64 milhões de toneladas de março.

As margens de processamento para soja brasileira estavam parecendo boas para maio, então os importadores agendaram muitas cargas, disse Xie Huilan, analista da consultoria agrícola Cofeed, antes da divulgação dos dados.

Operadores de mercado também esperam importações massivas de soja em junho e julho, acima de 9 milhões de toneladas por mês, um patamar superior aos níveis comuns.

Fonte: G1

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