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O uso de Inteligência Artificial e os riscos que as seguradoras precisam prever

05, Mai. 2022

Fonte: Insurtalks

Apesar de já fazer mais de 60 anos desde a primeira vez que a humanidade ouviu falar em Inteligência Artificial (IA), seu uso no ramo segurador foi desenvolvido e intensificado há poucos anos atrás. A partir do momento que o setor percebeu que poderia ter ajuda da lógica das máquinas para auxiliar o seu desenvolvimento, muitos processos foram acelerados e automatizados.

Apesar da lista gigantesca de vantagens advindas do uso das IA’s para os players de seguros, houve também a descoberta dos potenciais perigos que envolvem consequências regulatórias, de reputação, operacionais e estratégicas significativas para as seguradoras.

Quais os riscos?

Um risco potencial sobre aplicativos de IA no setor de seguros deriva de modelos de inferência preditiva - modelos otimizados para fazer previsões principalmente _ ou exclusivamente _ em correlações nos conjuntos de dados que os modelos empregam ao fazerem previsões. Essas correlações podem refletir a discriminação passada.

Portanto, sem supervisão, existe uma grande probabilidade de que os modelos de IA realmente perpetuem a discriminação passada no futuro. É claro que a discriminação pode ocorrer sem IA, mas a escala é muito menor e, portanto, menos perigosa.

Para ilustrar o risco, veja o exemplo dado pelo ITL (Insurance Thought Leadership.com) :

“Considere se um modelo usou um histórico de diabetes e IMC como fatores para avaliar a expectativa de vida, o que, por sua vez, orienta os preços do seguro de vida. O modelo pode identificar uma correlação entre maior IMC ou incidência de diabetes e mortalidade, o que elevaria o preço da apólice. No entanto, o que não é visto nesses pontos de dados é o fato de que os afro-americanos têm maiores taxas de diabetes e IMC alto. Em uma simples comparação da distribuição de preços por raça, essas variáveis ​​fariam com que os afro-americanos tivessem preços mais altos”.

Ou seja, o modelo é treinado para cruzar dados e correlações e, a partir deles, determinar as conclusões lógicas sem levar em conta as causas. E mesmo que um modelo de ML (machine learning _ aprendizado de máquina _ subconjunto de IA) seja programado para excluir padrões de gênero e raça, por exemplo, os resultados das inferências dessas máquinas poderão apresentar soluções desiguais para esses grupos.

Necessário treinamento com novos dados

Esses modelos também têm a deficiência de não se adaptarem às novas realidades por si mesmos, de não se adequarem a novos cenários se não tiver a interferência de um treinamento com os novos dados.

Assim, se um desses modelos fizer predições para valor de apólice baseadas no histórico familiar de um segurado cuja família possui história de câncer e, nesse meio tempo, for desenvolvido um tratamento inovador que cura a doença em 1 mês, o modelo precisará ser treinado com esses novos dados para fazer predições futuras mais assertivas, já que ele não possui esse tipo de conhecimento e, consequentemente, não adapta suas inferências a possíveis cenários novos.

O setor precisa criar ferramentas para mitigar riscos

No estudo State of AI in the Enterprise, da Delloite, ficou evidenciado que as organizações (de um modo geral) estão fazendo vista grossa para os riscos da inteligência artificial ou então atuando apenas para mitigar riscos explicitamente regulados.

Na pesquisa, quando os adotantes de IA foram questionados sobre os principais desafios dessa adoção, “gerenciar riscos relacionados à IA” encabeçou a lista – vinculado aos desafios de integração e dados e a par com as preocupações de implementação.

O estudo teve o objetivo de investigar se o gerenciamento ativo de riscos de IA tem algum benefício tangível, comparamos dois grupos de adotantes de IA que abordam esses riscos de maneira diferente: Líderes de gerenciamento de risco e especialistas em gerenciamento de risco.

Os líderes acreditam que a IA tem maior importância estratégica para seus negócios: 40% veem a IA como “criticamente importante” para seus negócios hoje, contra apenas 18% dos Dabblers. Um forte foco no gerenciamento ativo dos riscos de IA parece valer a pena de várias maneiras. Os Líderes de Gestão de Riscos:

Relatam níveis mais baixos de preocupação sobre uma série de riscos potenciais da IA, como falhas de IA que afetam os negócios, reação dos clientes, reações negativas dos funcionários, possíveis perdas de empregos, falta de transparência e questões éticas

São menos propensos a relatar que sua organização está diminuindo a adoção de tecnologias de IA devido a riscos emergentes – como a figura ilustra, 58% do grupo Dabbler relata isso, contra apenas 41% do grupo Leader

Estão estabelecendo leads maiores sobre os concorrentes: 46% dos líderes relatam que a IA os ajuda a estabelecer uma “liderança significativa” sobre a concorrência, contra apenas 20% dos Dabblers. Sendo assim, de acordo com a consultoria, gerenciar ativamente os riscos da IA reduz os desafios para a adoção da tecnologia e, logo, leva a maiores vantagens competitivas.

É preciso mudar as engrenagens

‍Resguardadas as devidas proporções, sobretudo quanto à sofisticação da tecnologia, o uso de IA na área de seguros tem um mecanismo parecido com o que acontece com portões automáticos: eles têm uma programação para abrir e fechar, somente. Se houver algo ou alguém no decorrer desse caminho de abertura ou fechamento (novo cenário), ele não vai identificar e vai continuar a trajetória para a qual foi programado: abrir ou fechar. Por isso há tantos acidentes, até com perdas de vida, relacionadas a esse tipo de engrenagem. Se não tiver algum mecanismo de proteção, como um sensor automático que detecta a presença de alguém (no caso do portão), a engrenagem continuará apresentando esse mesmo tipo de risco. No ramo segurador, a maneira de pensar deve ser a mesma: é preciso desenvolver mecanismos para mudar as engrenagens da governança no sentido de garantir que o uso das IA’s terão seus riscos minimizados .


ABGR participou de cerimônia de posse da CNseg e Federações.



Voz Segura: Marcia Ribeiro entrevista Gadalupe Nascimento - Podcast:  Inclusão e Diversidade.

 Ouça em : https://anchor.fm/sousegura/episodes/Voz-Segura-l-Incluso-e-Diversidade-e1hv8rk



Series of live conversations with Lloyd’s leaders, underwriters, and distribution partners.

Subscribers will receive calendar invitations with Zoom links in advance of each session:

 https://communications.lloyds.com/49/3587/landing-pages/subscribe-form-blank.asp



O inicio da conferência anual da RIMS marcou o encontro de  Mary Roth (CEO) e Steven Chou (vice presidente) com a ABGR,  representada por Christian Mendonça (conselheiro deliberativo) e Fabrizio Mascena (mediador)

  


Diretor presidente e Assessora da ABGR participam de evento promovido pelo CVG-RJ em homenagem ao superintendente da Susep.

                           


Encontro entre representantes da RIMS e ABGR.

       


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