Agenda climática é mais uma vítima da Guerra da Ucrânia, ao menos a curto prazo
06, Mai. 2022
Conflito, geopolítica e fragmentação do mercado energético
global prejudicam políticas ambientais
Por Tatiana Prazeres-
Fonte: Folha.uol.com.br
O caminho rumo à descarbonização nunca foi uma linha reta.
Com a guerra, no entanto, o combate às mudanças climáticas pode andar para trás
antes de avançar.
A sustentabilidade perde prioridade diante do conflito na
Ucrânia, de suas implicações geopolíticas e da crise energética. O aumento de
gastos militares tira recursos de outras pautas, inclusive da transição para
uma economia de baixo carbono. A curto prazo, a guerra tem levado a uma corrida
para a segurança energética convencional baseada em combustíveis fósseis,
incluindo gás, mas também carvão.
Nos EUA, a agenda ambiental de Joe Biden perde força, mesmo
que as grandes corporações mantenham suas metas ambientais. Sob o argumento de
diminuir o poder da Rússia sobre a Europa, Washington aumenta a produção e a
exportação de petróleo e gás para o bloco. Além disso, caso os republicanos
recuperem o controle do Congresso em novembro, cai ainda mais a importância
relativa da transição para energias limpas.
Na China, a sustentabilidade certamente não está no topo das
preocupações do momento. No ano em que Xi Jinping busca um novo mandato, a
prioridade é garantir um crescimento econômico decente mesmo diante da política
de tolerância zero à Covid. Para isso, não pode faltar luz (o que ocorreu em
2021).
A preocupação com segurança energética eleva a produção de
carvão a níveis nunca antes vistos. A relação com a Rússia garante o petróleo
que a China não está pronta para dispensar. É verdade que, ao mesmo tempo, o
país investe com gosto em energias limpas. Mas o carvão, abundante, é porto seguro
diante do imperativo de assegurar crescimento e estabilidade.
Na Europa, a tensão é mais aguda entre, de um lado,
segurança energética e nacional e, de outro, transição climática. Ao buscar
diminuir a dependência energética em relação à Rússia, o continente quer tirar
o oxigênio que financia a guerra de Putin, mas precisa atingir esse resultado
sem comprometer o próprio abastecimento.
E o desafio não termina aí: Bruxelas pretende aproveitar
este momento para acelerar a transição em favor de energias limpas, ao invés de
retardar o processo. Energia nuclear aparece, cada vez mais, como necessária
para a conta fechar. Não se sabe em que grau a UE conseguirá atingir os
diferentes objetivos ao mesmo tempo. No calor do conflito, no entanto,
preocupações de segurança tomam precedência.
A guerra contribui para a fragmentação do mercado global de energia, como me comenta Eduardo Viola, do IEA/USP e FGV-SP. Há um aumento da interdependência energética entre China e Rússia, assim como entre EUA e Europa, com o Oriente Médio atuando nos dois mercados
Um rearranjo dessa ordem fortalece aqueles que, tanto nos
EUA como na China, priorizam a agenda de segurança e têm uma visão linha dura
sobre o relacionamento bilateral. Essa nova configuração da geopolítica
energética favorece as forças pró-carvão em Pequim e pró-xisto em Washington,
nota o professor. Tal cenário diminui, ainda mais, o espaço para cooperação
climática entre os dois maiores emissores globais de CO2. Para completar, a
Índia, na terceira colocação em emissões, intensifica o uso de carvão diante de
receios com fornecimento de energia (e uma onda brutal de calor).
Um dia antes de a Rússia invadir a Ucrânia, o Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU divulgou um relatório
alarmante sobre o aquecimento global. Pois virou nota de rodapé no noticiário
mundo afora diante do que se seguiu. A Cúpula de Glasgow sobre o clima,
realizada em novembro de 2021, parece ter ocorrido em outra era geopolítica.
A curto prazo, pelo menos, a agenda climática é mais uma vítima da Guerra da Ucrânia.
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