Três tendências para o mercado de seguros, segundo estudo da TransUnion
20, Mai. 2022
Aumento na digitalização de processos, promoção à igualdade
no atendimento aos serviços e adoção à telemática são os conceitos que moldarão
a indústria de acordo com a empresa
Fonte: TransUnion via CQCS
A pandemia global acelerou a aceitação do consumidor à
digitalização da apólice e esse impulso provavelmente se estenderá por mais
tempo. Essa é uma das visões trazidas pelo relatório de tendências e
perspectivas mundiais para o mercado de seguros, idealizado pela TransUnion,
empresa global de informações e insights.
O estudo entrevistou 2.761 consumidores nos EUA, que possuem
apólices ativas de automóveis, proprietários, locatários e/ou seguros de vida.
A partir dessa análise, a companhia aponta tendências que podem ajudar o setor
securitário brasileiro a aprimorar sua abordagem em meio às transformações
tecnológicas e do comportamento do usuário.
Segundo Rafael Quintana, Head da Vertical de Seguros da
TransUnion Brasil, as descobertas do estudo destacam as atitudes de
consumidores em relação às compras de seguros on-line, automóveis e
propriedades telemáticas, conceito que envolve dispositivos que monitoram e
relatam comportamentos ao dirigir ou condições de risco à propriedade.
“Mesmo tendo como base o público norte-americano, a análise
traz um esboço de como será o mercado de seguros em outras localidades. No caso
do Brasil, o setor de seguros precisará igualmente atender às crescentes
demandas por processos digitais”, completa Quintana.
CONFIRA A SEGUIR AS TRÊS TENDÊNCIAS MAIS QUENTES PARA O
SETOR DE SEGUROS:
1. Os consumidores buscam cada vez mais uma
experiência digital
O maior grupo de respondentes da pesquisa foi composto por
consumidores de seguros de vida e de linhas pessoais, patrimoniais e de
automóveis. Uma das descobertas mais importantes deste grupo foi que preferem
interagir e solicitar cotações por canais digitais, como e-mail e aplicativos
móveis.As médias combinadas das pessoas que preferem e-mail (29%) e das que
preferem o aplicativo móvel ou site de uma seguradora (23%) mostram que mais da
metade (52%) prefere um canal digital.
Além disso, a porcentagem média de clientes que indicaram o
aplicativo móvel ou o portal do site de uma seguradora como seu canal de
comunicação preferido representou um aumento de 28%, em relação à pesquisa
divulgada no ano passado nos Estados Unidos.
De acordo com o estudo, o aumento do uso de canais online
terá várias implicações na cadeia mundial de seguros. Com isso, espera-se que
as seguradoras criem experiências digitais perfeitas e seguras em todas as
fases do ciclo de vida da apólice.
2. A digitalização facilitará a igualdade no acesso a
serviços de seguros à população
A mudança contínua para a subscrição digitalizada e
acelerada é impulsionada em grande parte pelo acesso a Pontuações ou Scores de
Seguro Baseados em Crédito (em inglês CBIS – Credit-Based Insurance Scores) e
outros dados de terceiros.
No entanto, em anos mais recentes, o uso do CBIS no processo
de subscrição de seguros tem estado sob análise por certos grupos de defesa do
consumidor e reguladores. Fornecer evidências de que a prática expandiu a
disponibilidade de seguros em muitos casos – e que muitas vezes funciona em
benefício de clientes em todos os segmentos de risco – será necessário para
demonstrar que o CBIS é um elemento crítico no processo geral de subscrição de
seguros.
Por exemplo, o relatório explica que o uso expandido de
subscrição acelerada e orientada por dados muitas vezes reduziu os preços para
clientes com boas pontuações de risco que, de outra forma, poderiam ter sido
injustamente prejudicados por serem locatários em vez de proprietários de
casas.
No setor de seguro residencial comercial, a pontuação
agregada de crédito dos inquilinos pode reduzir as taxas de seguro pagas pelos
proprietários, que de outra forma poderiam ter sua apólice precificada apenas
pela localização e idade de um edifício. Essa economia, por sua vez, pode
permitir que os proprietários reduzam o aluguel, potencialmente criando
moradias mais acessíveis para os consumidores.
3. A telemática se tornará popular entre os
consumidores de seguros de automóveis
A pesquisa com consumidores também descobriu que 32% das
pessoas entrevistadas disseram ter recebido uma opção de telemática (por
telecomunicações ou outras tecnologias como softwares e sistemas de rede) para
sua apólice de seguro de automóvel.
Esses programas podem usar dispositivos conectados,
telefones celulares ou aplicativos de carros de fabricantes de automóveis para
monitorar e relatar o comportamento detalhado de direção, e 49% disseram que
optaram pelo programa.
As taxas de seguro diminuíram para quase metade (48%) dos
inscritos em um programa de telemática, mantendo-se o mesmo para 30%. No geral,
quase dois terços das pessoas consumidoras (64%) estavam “muito satisfeitas” ou
“extremamente satisfeitas” com a experiência em telemática e 26% eram
“neutras”. Em linha com os índices de satisfação, 64% disseram que ainda estão
usando o programa de telemática.
O seguro comercial apresenta uma oportunidade significativa
para a telemática, pois muitas pessoas da liderança empresarial podem estar
mais abertas a instalar essas ferramentas em veículos corporativos para
incentivar suas equipes a dirigirem com mais segurança.
No entanto, as pessoas proprietárias pareciam menos abertas
ao uso de dispositivos conectados para monitorar sua casa ou condomínio para
alertar sobre incêndios, inundações e outros riscos. Quando perguntadas se
permitiriam que uma seguradora instalasse e monitorasse tal dispositivo em sua
casa, apenas 33% das pessoas entrevistadas disseram que sim, enquanto 26% estavam
indecisas.
“A hesitação de consumidores em adotar dispositivos conectados para automóveis e residências foi uma descoberta interessante”, compartilha Rafael Quintana. “Isso significa que as seguradoras precisarão convencer clientes de que a telemática é sobre monitorar comportamentos de direção e a condição de eletrodomésticos, a exemplo de aquecedores de água e fornos, para garantir a segurança das pessoas. Não sobre coletar suas informações pessoais”, finaliza o executivo.
Matéria na Revista Insurance Corp Edição 41, pág 38 - Capacitação em alto nível- Parceria ABGR e QSP
A Edição 41 da Revista Insurance Corp traz na pág 38, matéria sobre a parceria ABGR e QSP – Centro da Qualidade, Segurança e Produtividade em prol do desenvolvimento educacional em Gestão de Riscos. Informações sobre o Curso de Capacitação em Gestão de Riscos, que além de capacitar os participantes na norma ISO 31000:2018 também é um curso preparatório para o Exame para obtenção da Certificação Profissional Internacional C31000. O curso preparatório lançou sua 51ª turma em abril, com o exame nacional realizado no dia 27. Uma próxima turma será aberta de 16 a 23 de maio, das 8h30 às 11h30. O exame acontecerá no dia 25 de maio. Outras informações por meio do e-mail abgr@abgr.com.br. Associados ABGR têm desconto para inscrições antecipadas.
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