A demanda por ciberseguro aumenta à medida que a tecnologia avança
08, Jun. 2022
Fonte: Insurtalks
Em todo o mundo, a maioria esmagadora dos indivíduos vivem
cercados por tecnologia. São uma infinidade de dispositivos que se conectam
entre si para facilitar o cotidiano das pessoas.
Ainda assim, mesmo com o avanço da tecnologia e, mais
especificamente, das IoT’s, os dispositivos podem conter vulnerabilidades nos
sistemas que abrem lacunas de segurança.
Além disso, quanto mais se desenvolve o ciberespaço, mais
sofisticados ficam os ataques virtuais. São vírus, malwares, acesso não
autorizado à rede, vazamento de dados, phishing e outra infinidade de
modalidades de ataques que podem gerar prejuízos como:
- Custos de defesa e indenizações;
- Extorsões;
- Gastos para descobrir as causas dos vazamentos.
- Lucros cessantes;
- Gastos com procedimentos regulatórios;
- Gastos com notificação às pessoas afetadas;
- Perdas de clientes e danos à reputação;
Procura aumentou mais de 40%
De acordo com um estudo feito pela Confederação Nacional das
Seguradoras (CNseg) e obtido com exclusividade pela CNN, a procura por seguros
cibernéticos cresceu 41,5% nos primeiros três meses de 2022, quando comparado
com o mesmo período do ano passado. O levantamento mostra que as empresas
brasileiras gastaram, no período, aproximadamente R$34,5 milhões em seguros
contra ciberataques. Somente em março, as seguradoras do setor arrecadaram R$13
milhões.
Para as empresas evitarem prejuízo
Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, afirmou que “Ainda
teremos um crescimento grande do setor. Os ataques cibernéticos têm sido cada
vez mais frequentes e a proteção oferecida pelo seguro é uma tranquilidade a
mais para as empresas evitarem maiores prejuízos”
Alguns players já oferecem proteção
A Zurich oferece seguros de riscos cibernéticos para as
companhias que se preocupam com a privacidade e segurança dos seus dados. A empresa oferece coberturas como:
- Extorsão cibernética, ameaça digital e sequestro de dados:
cobre o pagamento de extorsão e as despesas na apuração das ameaças.
- Processos GDPR: cobertura para o caso de uma violação, real
ou alegada, do GDPR - Regulamento Geral de Proteção de Dados (UE 2016/679).
Inclui custos de defesa, multas e penalidades.
- Processos LGPD: cobertura para o caso de uma violação, real
ou alegada, da LGPD e outras legislações nacionais que contemplem a proteção de
dados. Inclui custos de defesa, multas e penalidades.
- Processos regulatórios: cobertura de processos
administrativos instaurados em decorrência de um evento de privacidade.
- Multas e sanções administrativas: o produto cobre o
pagamento de multas e sanções administrativas.
- Ameaça cibernética: reembolsa o pagamento de resgates
referentes à extorsão por criptografia de dados e inclui o reembolso para as
despesas gastas na apuração de cada ameaça.
Seguro cibernético completo
A Tokio Marine oferece seguro de riscos cibernéticos com uma
cobertura completa que vai de ataque por Malware até custos de remediação,
passando por benefícios como:
- Suporte técnico 24 horas por dia, 7 dias por semana.
- Produto com limites e coberturas feitas sob medida para cada
empresa.
- Equipe de subscritores especializada em riscos cibernéticos.
A cibersegurança se tornou uma preocupação maior após o
trabalho remoto
Marta Schuh, diretora de Cyber Risk da Marsh Brasil _ empresa de corretagem e de
consultoria de riscos _ falou sobre a importância da apólice contra ataques
cibernéticos em entrevista ao blog da Neotel, em fevereiro deste ano.
Segundo ela, a segurança se tornou uma preocupação da maior
parte das companhias após muitos colaboradores terem ido trabalhar remotamente
durante a pandemia de Covid-19. Ela salientou: “A pandemia trouxe toda a
evolução em consequência de praticamente todo mundo migrar para o digital. Até
as empresas que viam os canais digitais como uma segunda opção ou não os
priorizavam, tiveram que se digitalizar. Mas essa evolução foi muito rápida,
trazendo muitos incidentes.”
Há seguradoras que não estão em dia com as tecnologias
Ainda na entrevista, Marta Schuh declarou sobre o aumento da
procura por seguro cibernético: ”Existe uma procura enorme por seguro, mas
ainda há um grande percentual de recusas pelo lado das seguradoras porque as
empresas não estão em dia com tecnologias e processos que a tornam segura.
Inclusive, há empresas gigantescas, com capital aberto, que não estão
preparadas.”
Uma tentativa de fraude a cada 9 segundos
Pessoas físicas também estão sujeitas a golpes decorrentes
de cibercrimes. De acordo com o site Securityreport, um recente levantamento da
Serasa Experian aponta que um brasileiro é alvo de golpistas a cada 9 segundos.
Os dados mostram que durante o mês de abril do ano corrente, 298.964
brasileiros foram vítimas de tentativas de fraude.
Segmento de banco e cartões tiveram impacto maior
Segundo o levantamento, o segmento mais impactado foi o de
Bancos e Cartões com 54,4% das tentativas. Em segundo lugar, estão as
Financeiras, com 17,8%. O setor de Serviços foi responsável por 13,7% das ações
dos fraudadores.
No Varejo as tentativas de fraude representam 11% do total
das investidas dos criminosos. O setor com o menor índice é o de Telefonia, que
configura apenas 3%.
É preciso redobrar os cuidados no compartilhamento de
dados
De acordo com o Head de Produtos de Verificação de
Identidade e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha, é necessário
redobrar os cuidados no compartilhamento de dados. “Os fraudadores são muito
ágeis para desenvolver métodos onde conseguem ter acesso aos dados dos
usuários. É fundamental que as empresas ofereçam mecanismos de segurança para
seus clientes, mas o consumidor também deve ter cuidado ao disponibilizar e
compartilhar suas informações pessoais.”
A previsão é de crescimento exponencial
Sabendo que a evolução da tecnologia é incessável e que, na esteira dessa evolução vem junto a necessidade de proteção para os possíveis riscos, a previsão não poderia ser outra senão de um crescimento ainda maior para esse tipo de modalidade de seguro. Como reconheceu o representante da Innovarisk para o site Securitymagazine: “A penetração deste tipo de seguros continuará certamente a crescer. Prevê-se que a importância do risco imaterial e tecnológico possa tornar-se tão ou mais importante que o risco físico, pelo que é de esperar que no futuro as empresas encarem a compra de um seguro ciber da mesma forma natural com que há tantos anos se protegem contra os riscos de incêndio ou roubo. É aliás uma tendência a que se assiste em mercados seguradores mais maduros, pelo que cremos que Portugal siga, ainda que com algum desfasamento temporal, esse mesmo caminho.”
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Revista Apólice:
Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/revistas/revista-cobertura-242/#1
Revista Insurance Corp: http://insurancecorp.com.br/pt/content/pdf/ic_ed41_2022.pdf
Revista Segurador Brasil:
Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2022/04/20/edicao-225-2022-a-volta-dos-encontros-presenciais/
Revista de Seguros:
Conjuntura CNseg :
Revista Insurtalks: