Fonte: Insurtalks

O sonho de vida de muitos cidadãos é viver em uma cidade que proporciona qualidade de vida para seus habitantes, que seja segura, eficiente e sustentável. Mesmo parecendo utópico, esse sonho cabe dentro do conceito das Smart Cities ou cidades inteligentes. Afinal, o entendimento do que deve ser uma Smart City engloba a aplicação de tecnologias na melhoria de soluções urbanas, como a iluminação, o tratamento de água, o transporte e o lazer.

Assim, Smart cities podem ser conceituadas como cidades inteligentes, que utilizam a tecnologia da informação para proporcionar uma vida mais segura, eficiente e agradável para seus habitantes.

O que isso tem a ver com seguros?

Dentro dos objetivos que estruturam a definição de cidades inteligentes, uma das primeiras premissas é a segurança. E esse é o principal objetivo das seguradoras: oferecer segurança diante de um possível risco.

Em alguns países, alguns players já viabilizam seguros para cidades inteligentes

A YAS MicroInsurance (YAS) e a Amodo formaram uma parceria com o objetivo de reformar o seguro tradicional e revolucionar a indústria para ser integrada com tecnologias inteligentes. Para alcançar esse objetivo comum, elas estão unindo forças para fornecer seguros autônomos on-chain. A colaboração entre essas duas insurtechs simboliza a nova era do seguro tendo como pano de fundo as cidades inteligentes.

O aplicativo móvel sob demanda e o eco-blockchain da YAS atualmente fornecem seguro para estilos de vida da nova geração, não limitados a esportes ao ar livre, comércio online, transporte público e o primeiro seguro NFT do mundo para abordar o surgimento de atividades da web3. A proteção oferecida pelo YAS será enriquecida pelos profundos insights de dados gerados pela tecnologia de telemática fornecida pela Amodo, ajudando a lidar melhor com os riscos dos usuários. Essa parceria desbloqueia a capacidade da YAS de fornecer seguro autônomo, combinando com a YAS eco-blockchain para automatizar e agilizar o processo de subscrição com maior transparência e propriedade dos dados de volta aos usuários.

Há Smart Cities no Brasil?

Sim! Não só existem cidades inteligentes no Brasil, como também há um prêmio para as mais inovadoras.

Em setembro de 2021, ocorreu a 7ª edição do evento nacional Connected Smart Cities e Mobility, que destaca as cidades mais inteligentes do Brasil com a apresentação do ranking e ainda com o Prêmio Connected Smart Cities, que traz 10 finalistas com negócios inovadores para as cidades.

O objetivo é definir as cidades com maior potencial de desenvolvimento do Brasil

O resultado do Ranking Connected Smart Cities 2021, estudo elaborado pela Urban Systems, em parceria com a Necta, foi apresentado durante a Cerimônia de Abertura do evento para autoridades, empresários e especialistas nacionais e internacionais.O objetivo é definir as cidades com maior potencial de desenvolvimento do Brasil. A edição 2021 do estudo conta com 75 indicadores (5 a mais que o ano anterior), que atestam serviços inteligentes nas cidades.

De acordo com este ranking, As 10 cidades mais inteligentes do Brasil em 2021 são: 

1) São Paulo;

2) Florianópolis;

3) Curitiba;

4) Brasília;

5) Vitória;

6) São Caetano do Sul (SP);

7) Rio de Janeiro;

8) Campinas (SP);

9) Niterói (RJ);

10) Salvador.

(Fonte: Notíciasustentável)

Quais as oportunidades para o mercado segurador?

De acordo com a fala de Renato de Castro, smart city expert da SmartUp Consulting Firm, no painel “Cidades Inteligentes e Oportunidades para o Mercado Segurador”: "Não há nenhum setor mais impactado com essas transformações do que o de seguros. Em cidades cujos sistemas trocam informações de maneira adequada, é possível fazer prognósticos mais estratégicos para a subscrição de riscos e previsão de eventuais sinistros".

(Fonte CNseg).

Produção veloz de informações e dados

Para Castro, o mundo nunca viveu um momento como este de produção tão veloz de informações e dados. Ele afirmou: "A IoT vai gerar uma infinidade de riqueza para as cidades nos próximos anos. Essa é a base das cidades inteligentes e também ferramenta fundamental para o mercado de seguros.Não tenho dúvida de que dados são o novo petróleo".

O desenvolvimento de cidades inteligentes só é possível com a conexão entre público, privado e pessoas

O especialista (Castro) acredita que as atuais Parcerias Público Privadas vão ganhar mais um P: "Teremos PPPP de Parcerias Público, Privada e de Pessoas. As cidades só se tornam inteligentes quando seus moradores são conscientes e engajados nesse propósito", disse.

 Ele afirmou que o desenvolvimento de cidades inteligentes só é possível com a conexão entre público, privado e pessoas e citou como exemplo projetos como o de Juazeiro do Norte, no Ceará, que foi o primeiro município do Nordeste a aprovar a Lei de Inovações, e a cidade de Kamikatsu, no Japão, que se tornou exemplo no que diz respeito à gestão do lixo urbano com a ajuda da população.

Exemplo da Áustria

Marcos Marconi, CEO da VM9, falou durante o mesmo painel sobre o projeto da startup VM9, que desenvolveu a plataforma Smart Data Wien, com a qual é possível acessar todos os dados da cidade de Viena, na Áustria, das câmeras ao transporte público, das bicicletas de aluguel aos dados de consumo energético dos prédios da cidade. "O projeto é uma aplicação, na prática, do conceito de data laje, que é uma espécie de banco de dados que reúne diversos tipos de serviços, com dados multidisciplinares, o que é ideal para os cidadãos".

Mitigar riscos

Para Marconi, a qualidade da informação contribui para a mitigação de riscos em tempo real. "As informações colocadas numa base de dados com avaliação histórica reduzem o processo de incerteza e, com isso, a subscrição de riscos.

Necessidade de proteção de dados

Quando perguntado sobre a necessidade de proteção desses dados, Marconi foi enfático: "Quanto mais qualificada foi a informação, quanto mais digitalizada, mais exposto estamos a ataques cibernéticos. Isso precisa ser muito bem cuidado".

União de fatores

Já foram realizadas reestruturações de processos e paradigmas para adoção da cultura digital nos mais variados âmbitos das empresas seguradoras. Assim, com as ferramentas tecnológicas adequadas, com o desenvolvimento das cidades inteligentes brasileiras e com os especialistas da área afirmando que é possível a aplicabilidade desse tipo de modalidade de seguro no país, basta os players da área prepararem o fértil terreno para colherem seus frutos.

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