Fórum de Óleo e Gás: IBEF Rio realiza evento presencial com sucesso absoluto
28, Jun. 2022
Por: Carlos Alberto Pacheco
“Uma
densidade de talentos juntos com o que temos de melhor. A energia de nosso mindset.
Transformadora, aglutinadora e sempre surpreendente!”. Essa frase do professor,
CEO GBG Seniortech Ventures, Fernando Potsch, ilustra bem o que foi o XVI Fórum
IBEF Oil, Gas & Energy 2022 – “ESG: Ressignificando o Setor de Óleo e Gás”,
realizado em 10 de junho no Centro de Convenção Hotel Prodigy Santos Dumont (Rio
de Janeiro). Cerca de 400 pessoas, entre executivos e especialistas de diversas
organizações, prestigiaram o fórum. Quatro painéis reuniram players e grandes
nomes dos setores de petróleo, gás e energias renováveis. O evento teve o apoio
da Associação Brasileira de Gerência de Riscos (ABGR).
Vice-presidente
de Inovação do IBEF-RJ, Fernando Potsch, e o diretor de Riscos e Seguros na
Horiens Risk Advisors, Rafael Souza, coordenaram o evento. Já Marcos Varejão, diretor-executivo
do IBEF Rio, Antônio Pedro Varejão, diretor de marketing, e Rosângela
Cavalcante, gerente administrativa, foram os organizadores do fórum. O formato
e a dinâmica da sequência dos temas propiciaram uma oportuna troca de ideias de
networking.
Após
as boas-vindas do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, o
diretor-executivo de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da
Petrobras, Rafael Chaves, fez uma análise do mercado de petróleo no Brasil e o
mundo. Ele sustentou que a estatal entrega o produto com baixas emissões de
carbono e atrai investimentos. Segundo Chaves, 80% da matriz elétrica
brasileira é oriunda de energia renovável (bioeletricidade).
O
diretor da Petrobras lembrou que o país tem vocação para produzir biodiesel,
óleos vegetais, biomassa, entre outras fontes, que garantam a sua eficiência
energética, além de estimular a pesquisa e o desenvolvimento. E reforçou: “O
Brasil é o porto seguro do investimento”. Chaves defendeu a política de preços
adotada pela Petrobras para o mercado. “Não podemos cair na tentação de praticar
preços tabelados. A gente aprendeu isso no passado. Preços tabelados não
funcionam”, advertiu.
No
painel “Riscos e Desafios na Transição: Construindo o Futuro Atual”, o
presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Eberaldo de Almeida
Neto, lembrou que o investimento das petrolíferas na transição está crescendo. “Há
muitos projetos em desenvolvimento, como aqueles envolvendo o hidrogênio verde.
Mas ainda é preciso resolver alguns entraves tecnológicos”, advertiu. Em sua
análise, o Brasil vive uma situação singular em termos de emissões. Ele
ressalta que o principal problema é o desmatamento ilegal de florestas e não o
setor de energia, cuja emissão é de apenas 18% do total do País.
“Ao
evitar o desmatamento, será possível abrir espaço para investimento no setor de
energia. Há múltiplas oportunidades para isso – como em usinas eólicas, solar e
a biomassa. A precificação de carbono ajudará nesse processo. Mas ainda há um
dever de casa a ser feito. Cada país terá o seu ritmo”, argumentou Eberaldo.
Para ele, o Brasil é o
segundo maior produtor de biodiesel do mundo e, por isso, está numa situação de vantagem em relação a outros países.
Recursos
naturais e Lei da Partilha
De
um modo geral, todos concordaram com a seguinte tese: a gestão de riscos e a
contratação de seguros são aliadas e essenciais para a sustentabilidade e
crescimento empresarial. A construção de soluções deve ser qualificada para que
sejam tomadas as melhores decisões em termos de negócios. Governos, acionistas,
investidores e segmentos da sociedade estão se adequando às exigências de ESG.
E as empresas de óleo e gás exercerão um papel fundamental nesse processo.
Nos
debates sobre o uso de energias renováveis, a presidente da ABEEólica – Associação
Brasileira de Energia Eólica, Elbia Gannoum, trouxe boas notícias em relação
aos números do setor. “O PIB na construção de parques eólicos do Nordeste
cresceu 21% e o IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) na
região, 20%, destacou. Elbia ressaltou que em cada 1 real investido na
economia, R$ 2,9 voltam para a sociedade.
Os
recursos naturais disponíveis, para a presidente da ABEEólica, podem trazer
mais desenvolvimento social com as energias renováveis e não renováveis. “As
energias combinadas diversificam as matrizes. Se pensarmos em economia de baixo
carbono, o mundo será transformado e a melhorias no planeta serão evidentes”,
reafirmou Elbia.
No
encerramento, a superintendente adjunta de Segurança Operacional e Meio Ambiente
da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Mariana
França, trouxe subsídios ao tema o tema “ESG: Novas Fronteiras do Setor de Oil
& Gas”. Ela elogiou os dispositivos da Lei da Partilha (Lei 12.351/2010,
que institui o Regime de Partilha da Produção para Áreas do Pré-Sal e
Áreas Estratégicas). “A lei é transparente quando estabelece a regulação
das emissões de gás de efeito estufa e as metas de redução”, comentou Mariana.
A superintendente disse ainda que é importante o fomento às melhores práticas e tecnologias para a indústria de óleo e gás. A promoção do conhecimento e a habilidade para mitigação das emissões são medidas fundamentais neste contexto. Mariana ressaltou que a indústria sofre pressão da sociedade civil no sentido de reduzir as emissões. A executiva reconhece, porém, que os relatórios de sustentabilidade recebidos das operadoras de energia focam em pesquisas em descarbonização como resposta às exigências da sociedade.
“Evento
de todos”
Neste
fórum, o grande destaque são as pessoas. A tecnologia, a inovação, a questão da
sustentabilidade, a matriz energética desejada, surgem das próprias pessoas.
Mas o qual o grande catalisador disso tudo? São as pessoas juntas”, assinalou o
coordenador Fernando Potsch. Um segundo destaque, neste formato de talk show, é
a possibilidade das pessoas se apresentarem como são, segundo ele, “ao
transmitir o conhecimento e falar com o coração”. O coordenador citou uma frase
bem apropriada do CEO da EnPEnergy, Márcio Félix, participante do evento: “No
fórum de energia, a melhor energia é a nossa mesma, da nossa própria cabeça”.
Por último, ele menciona o livro Sapiens: Uma breve história da humanidade, do historiador israelense Yuval Noah Harari, no capítulo “Crença no Futuro”. Potsch argumenta que, após a Revolução Industrial, sempre existiu a crença do esgotamento dos recursos naturais. Por outro lado, observa: “Mas, no decorrer do tempo, absorvemos cada vez mais as inovações. O fórum provou exatamente isso porque o evento é de todos”.
Riscos
e desafios
“O
setor de riscos e seguros e o de óleo e gás são intrinsicamente ligados”,
ressaltou o também coordenador do fórum, Rafael Souza. O diretor na Horiens
enfatiza que o seguro se torna um provedor de soluções, sobretudo quando as
empresas sofrem um impacto do sinistro, oferecendo sustentabilidade ao projeto.
Souza afirma que é feito um pool de seguros entre as companhias que propicia a
aceitação de grandes riscos em proporções previamente estabelecidas.
Souza
destaca o ‘link’ estabelecido no fórum entre os seguros e a gestão de riscos. Citou
o exemplo do incidente do Golfo do México onde, em 2010, houve uma explosão da
plataforma Deepwater Horizon. Na ocasião, a população local ficou seriamente
impactada, entre outras coisas, com a exposição ao óleo que afetou colônias de
pescadores. Ante a sinistros de grandes proporções, segundo Souza, as empresas
estão
se preparando cada vez mais, “embora há muito o que se fazer em termos de cultura de gestão de riscos”. E reforça: “É importante um que evento como esse tenha abordado os riscos e desafios”.
Talk
show
O
XVI Fórum IBEF Oil, Gas & Energy 2022 – “ESG: Ressignificando o Setor de
Óleo e Gás” teve seu mérito reconhecido por todos. “Após algumas edições,
começamos a pensar como um evento despojado, novo formato, um talk show mesmo”,
revela o diretor de marketing do IBEF-RJ, Antônio Pedro Varejão. Ele admite que
o maior desafio foi viabilizar a transição do modelo online para o presencial.
“Até porque o IBEF é uma entidade que promove a troca de conhecimento, o
networking e nós precisávamos muito que o fórum voltasse a ser um evento
presencial. Varejão não tem dúvidas: a 16ª edição do encontro atendeu
plenamente as expectativas. “Seguindo essa temática de ESG, vamos retomar
seminários com mais regularidade e treinamentos, entre outras atividades”,
destacou.
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Pesquisa ESG para Gerentes de Riscos
Breve Pesquisa de 15 minutos.
Marcia Ribeiro entrevista Kelly Conde Mitidiero, Superintendente de Comunicação e Relações Externas da MAPFRE, sobre a Inovação do Empoderamento da mulher.
Ouça: https://anchor.fm/sousegura/episodes/Voz-Segura-l-A-inovao-do-empoderamento-da-mulher-e1kbdam
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Revista Segurador Brasil: https://revistaseguradorbrasil.com.br/edicao-172/
Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2022/04/20/edicao-225-2022-a-volta-dos-encontros-presenciais/
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