População de Angra se diz favorável ao uso da energia nuclear
20, Mar. 2023
Fonte: Monitor Mercantil
Pesquisa realizada pela Eletronuclear em janeiro deste ano
apontou que 71% dos moradores da cidade de Angra dos Reis são favoráveis a
utilização da energia nuclear para a geração de eletricidade.
Durante o processo de elaboração da pesquisa foi detectado
que um dos fatores que ampliam a aceitação da população que vive no entorno da
central nuclear de Angra dos Reis é a percepção do impacto positivo causado
pelas usinas na economia local do município, com o surgimento de novos
comércios, geração de emprego e moradias para atender a demanda de funcionários
que se estabeleceram na usina, além do impactos sociais causados na comunidades
ao redor da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), como pontua o
superintendente de Comunicação Institucional da Eletronuclear, Marco Antonio
Alves:
“Entre os fatores positivos percebidos pela população, estão
o impacto econômico que as usinas causam na região, gerando mais empregos. Além
disso, é importante mencionar também os impactos sociais com os investimentos
realizados pela Eletronuclear, com os trabalhos feitos com as comunidades e
circunvizinhanças”, detalhou.
“O Brasil deve instalar mais uma usina nuclear onde já estão
instaladas Angras 1, 2 e 3, porque já tem licença prévia, e mais uma no
Nordeste”, disse o deputado federal Júlio Lopes (Progressistas-RJ), líder da
frente parlamentar nuclear, grupo que aguarda atingir 198 assinaturas para ser
formalizado. Até o momento foram obtidas 173 assinaturas.no evento.
Segundo ele, a Frente pretende garantir a continuidade do
programa de energia nuclear no país, incentivada no início do governo passado,
mas que foi desmobilizada nos seis meses finais pelo então ministro de Minas e
Energia Adolfo Sachsida.
Já quando o assunto é energia solar, dados do Radar Solfácil
mostram que o preço médio do watt-pico (WP), unidade de potência criada
especialmente para a aferição de painéis fotovoltaicos, apresentou queda pelo
quarto trimestre consecutivo.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os
estados de SP, MG, RS, BA e PR são os que mais geraram conexões no país em
2022. Entre essas regiões, o Radar Solfácil apontou que a cidade de Presidente
Prudente, interior de São Paulo, apresenta o preço médio mais baixo do ranking
(R$ 3,63) com uma diferença para a segunda colocada (Rondonópolis-MT) de R$/Wp
0,18. O valor registrado de R$ 4,22 Wp representa uma queda de 4% em relação ao
terceiro trimestre de 2022.
Embora a maior queda tenha ocorrido no Sudeste (-5%), a região com o preço médio mais baixo é a Centro-Oeste, que atingiu em R$/Wp 4,07. Ainda pelo levantamento, a Região Norte tem preços acima de R$/Wp 5,00 na menor potência. Os preços tendem a cair conforme o aumento da faixa de potência, mesmo na região mais cara do Brasil, em que os projetos ficam abaixo de R$/Wp 3,50 na faixa acima de 15kWp. E dentro dos mais de 4 mil municípios com conexões divulgadas pela Aneel, metade das 10 cidades mais caras do país estão no Pará, incluindo as duas que apresentam o maior preço médio no ranking (Castanhal e Ananindeua). A diferença para o primeiro colocado de outro estado (Cáceres, MT) é de até R$/Wp 0,11.
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