Nenhuma informação no momento

Benefícios setoriais da reforma tributária exigirão alíquota geral maior, mas saldo é positivo, diz diretor da Fazenda

07, Jul. 2023

Rodrigo Orair afirmou que a previsão incluída no texto de alíquota zero para a cesta básica não é o mecanismo mais eficiente para beneficiar os mais pobres

Por Reuters, via InfoMoney

A ampliação de benefícios a setores específicos na reforma tributária precisará ser compensada e exigirá aumento da alíquota geral do novo imposto, disse à Reuters o diretor da Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Rodrigo Orair, ponderando que a aprovação do texto com seus principais eixos preservados é histórica e deve gerar crescimento e reduzir desigualdades.

“Não haverá aumento da carga tributária. Isso significa que a alíquota geral será calibrada para repor a arrecadação dos atuais tributos. Ora, se eu estou colocando mais tratamento favorecido com alíquota reduzida, vai ter que aumentar, em contrapartida, a alíquota de todo o conjunto dos outros bens e serviços”, disse Orair em entrevista à Reuters nesta sexta-feira, horas após a aprovação do texto-base da reforma pela Câmara.

O texto aprovado estabeleceu uma redução do imposto único a ser cobrado de produtos de setores favorecidos como agronegócio, saúde, educação, cultura e transporte. A alíquota para esses regimes corresponderá a 40% do valor cobrado dos produtos em geral. Foi criado ainda um regime diferenciado para o setor de turismo.

Com o texto ainda a ser analisado pelos Senadores, Orair alertou que quanto maior o número de tratamentos favorecidos, maior será a alíquota geral necessária para manter a carga tributária do país.

Segundo ele, as estimativas do governo vinham apontando para uma alíquota do imposto único entre 24% e 27,5%, cálculo cercado de incertezas por conta de possíveis efeitos secundários da reforma, como a redução da sonegação e da inadimplência.

“Esses números vão subir um pouquinho, mas deixando claro que há uma incerteza inerente”, afirmou.

Cesta básica

Um dos responsáveis pela condução da reforma na Fazenda, Orair afirmou ainda que a previsão incluída no texto de alíquota zero para a cesta básica não é o mecanismo mais eficiente para beneficiar os mais pobres e acaba desidratando o sistema de cashback, que dará uma espécie de reembolso de impostos pagos por famílias de baixa renda.

Assim como a alíquota final do imposto, essa lista de produtos será definida em um segundo momento por meio de um projeto de lei complementar.

“Ela (isenção da cesta básica) desidrata o cashback, perde-se o sentido de ter um cashback mais amplo. É uma escolha, (…) quanto mais ampla a desoneração da cesta básica, menos espaço você tem para o cashback”, disse.

A avaliação do diretor, porém, é que o novo sistema promove enorme simplificação em relação ao atual e traz melhorias em todos os sentidos, mesmo em relação ao favorecimento de setores, que estará delimitado na Constituição, e à definição da cesta básica, que hoje é pulverizada em regras federais e estaduais.

“Você troca um conjunto de tributos antiquados, ineficientes e injustos por um novo sistema moderno. É retirar cumulatividade, o incentivo contra a exportação e contra a produção doméstica. É crescimento e emprego, e tem efeitos distributivos virtuosos”, afirmou.

O diretor disse que o texto aprovado mantém a maior parte da espinha dorsal da reforma, com uma base de tributação ampla que incide sobre todos os bens e serviços, um sistema não cumulativo e a tributação no local onde o produto ou serviço foi consumido.

Em um dos pilares, que seria promover o mínimo possível de exceções no sistema, Orair afirma que “esse foi flexibilizado, mas não ao ponto de comprometer o projeto”. Ele argumentou que o país sairá de um modelo com centenas de alíquotas que se sobrepõem para um sistema com três alíquotas (tarifa cheia, alíquota de 40% da geral, e cobrança zero).

“Não adianta a área técnica ficar abraçada na proposta perfeita, do ponto de vista técnico, se ela é politicamente inviável. O que saiu do Parlamento é uma proposta politicamente viável”, disse.

O diretor ressaltou que a proposta ainda tem um longo percurso a ser percorrido antes de entrar na Constituição, sendo necessário um “trabalho forte no Senado” para que o texto seja aprovado.


https://www.infomoney.com.br/politica/beneficios-setoriais-da-reforma-tributaria-exigirao-aliquota-geral-maior-mas-saldo-e-positivo-diz-diretor-da-fazenda/

------------------------------------------


XV Seminário de Gestão de Riscos e Seguros - EXPO ABGR 2023

https://abgr.com.br/expoabgr2023/


Parceria ABGR e ENS - Escola de Negócios e Seguros - Desconto aos Associados!

Mais informações em: www.abgr.com.br- comunicados


Curso Preparatório e Certificação Profissional Internacional em Gestão de Riscos.

Associados ABGR têm desconto para inscrições antecipadas. Solicite mais informações através do e-mail: abgr@abgr.com.br


RIMS e ABGR anunciam nova parceria de colaboração que oferece benefícios para os associados da ABGR

Saiba mais em: https://www.rims.org/community/global-professionals/abgr-offer


Acesse as edições mais recentes das publicações do Mercado de Seguros: 

Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2023/06/revista-apolice-edicao-288/

Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/revistas/revista-cobertura-edicao-254/#1

Revista Insurance Corp: http://insurancecorp.com.br/pt/content/pdf/ic_ed47_2023.pdf

Revista Seguro Total : https://revistasegurototal.com.br/2023/05/29/revista-seguro-total-ed-233-o-seguro-rural-e-o-maior-aliado-para-protecao-no-campo/

Revista Segurador Brasil: https://revistaseguradorbrasil.com.br/edicao-178/

Revista de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n925.html

Conjuntura CNseg: https://cnseg.org.br/publicacoes/conjuntura-cnseg-n90.html

Revista Insurtalks: https://www.insurtalks.com.br/revista/corretores-na-mira-da-brasilprev

Revista Brasil Energia: https://editorabrasilenergia.com.br/wp-content/uploads/sites/1/flips/135028/Bia481/index.html

Portal CQCS: https://cqcs.com.br/