Por Nicolas Pratt9 de dezembro de 2024-

Fonte Commercial Risk Online

https://www.commercialriskonline.com/risk-managers-best-placed-to-help-firms-manage-strategic-climate-change-dilemma-says-wtw/

Conceito de mudança climática. Mapa-múndi em display lcd digital com reflexo e pixels. Previsão do tempo. Renderização 3D.Crédito: Shutterstock/amgun

Uma onda de regulamentação e a complexidade de quantificar riscos associados às mudanças climáticas deixaram muitas empresas enfrentando um dilema estratégico quando se trata de sustentabilidade, de acordo com o chefe de mudanças climáticas da corretora WTW. A boa notícia para os gerentes de risco, no entanto, é que eles estão melhor posicionados para gerenciar essa crise potencial, disse Peter Carter, chefe de prática climática da WTW, à Commercial Risk .

“Os gerentes de risco estão no banco dos réus quando se trata do que fazemos sobre as mudanças climáticas e o risco de transição – podemos comprar seguro, mas também podemos melhorar nossa resiliência; podemos usar uma cativa para os riscos que são excluídos; podemos trabalhar com engenheiros de risco para mudar nosso processo”, disse Carter.

“Não é apenas a capacidade de dar conselhos, mas também oferecer passos práticos. Se eu fosse um gerente de risco, ficaria nervoso se não falasse e fosse proativo”, ele acrescentou.

A Energy Transitions Commission estima que US$ 3 trilhões por ano de investimento de capital adicional serão necessários em média entre agora e 2050 para construir uma economia global líquida zero. Este é o maior movimento de capital em 100 anos.

As tendências podem ser crônicas, mas elas se desenrolarão ao longo de muitos anos, disse Carter. No entanto, isso também é um problema para a maioria dos departamentos financeiros das empresas, que estão mais acostumados com riscos de curto prazo com base em lucros trimestrais, ou o setor de seguros com suas renovações anuais.

Regulamentos como a Corporate Sustainability Reporting Directive (CSRD) e a Corporate Sustainability Due Diligence Directive forçaram o ritmo para grandes empresas. “A CSRD exige que elas publiquem um plano de transição e exige que identifiquem seus riscos relacionados a ESG e coloquem um impacto financeiro nesses riscos”, disse Carter.

No entanto, com tantas regulamentações baseadas na sustentabilidade atualmente em circulação, o perigo é que as empresas comecem a se concentrar na conformidade mínima em vez de no panorama geral, ele alertou.

Os riscos da mudança climática vão se desenrolar ao longo de muitos anos e exigirão um plano de mitigação de longo prazo, disse Carter. E precisa haver mais análise financeira dos riscos associados aos planos de transição, ele acrescentou.

“As empresas podem estar mapeando seus ativos físicos, mas e os impactos no fluxo de caixa, nas cadeias de suprimentos ou na concorrência? Se eu tiver isso, posso melhorar a conformidade regulatória e comunicar melhor os problemas operacionais ao conselho”, disse Carter.

 Transformar a sustentabilidade de um exercício de conformidade em um imperativo estratégico exigirá mais comunicação entre as funções de gestão de riscos e finanças, para que os CFOs possam incorporar esses riscos em um plano de negócios que maximize as vantagens e minimize as desvantagens.

No entanto, Carter também não tem ilusões sobre os desafios envolvidos. Por exemplo, gerentes de risco e seguradoras lutam para quantificar riscos não físicos, como interrupção de negócios. Também é preciso haver um foco maior nos riscos financeiros envolvidos, além do custo de substituição de propriedade danificada.

Por exemplo, a restauração provavelmente envolverá a reconstrução de acordo com os novos códigos de construção. As empresas adicionaram essa sobreposição ao seu portfólio de riscos físicos, perguntou Carter.

Também há desafios com modelos de risco climático. Embora existam modelos de risco e clima mais sofisticados disponíveis, muitas empresas ainda dependem de modelos natcat de suas seguradoras, algumas das quais subestimam a gravidade e a frequência de eventos climáticos extremos.

“Os clientes querem enriquecer fontes de dados de terceiros com seus próprios insights para desenvolver suas próprias visões internas e não depender totalmente do setor de seguros”, disse Carter.

Outro desafio crítico para os gerentes de risco é garantir que eles desempenhem um papel central nos esforços de sustentabilidade e planos de transição das empresas. Carter acha que eles podem acabar perdendo essa responsabilidade para uma equipe dedicada à sustentabilidade.

De acordo com Carter, os gerentes de risco precisam afirmar a perspectiva de toda a empresa sobre o perfil de risco de sua empresa, utilizando sua capacidade única de reunir todos os riscos da empresa.

https://www.commercialriskonline.com/risk-managers-best-placed-to-help-firms-manage-strategic-climate-change-dilemma-says-wtw/

-----------------------------------------------------

Fonte: