CNseg aponta expansão do setor de seguros acima de 10% em 2025

Por: Carlos Alberto Pacheco


A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) estima um crescimento de 10,1% do setor segurador em 2025, levando em conta uma projeção de Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5%. Os dados do setor foram divulgados durante coletiva de imprensa realizada em 12 de dezembro, em São Paulo. Para 2024, a projeção de avanço é de 11,6%, com a arrecadação estimada em R$ 747,3 bilhões, R$ 77,8 bilhões a mais do que o arrecadado em 2023. Os dados incluem todos os produtos de seguros, previdência aberta, capitalização e a saúde suplementar.

A entidade também estima que o setor segurador terá uma participação de 6,4% no PIB nacional até o final do próximo ano, 0,1 ponto percentual a mais que o resultado estimado para este ano. Para 2025, há previsões otimistas para a Previdência Aberta, com uma estimativa de aumento de 9,6%, e para o Seguro de Pessoas, com 9,4%. Automóvel e Rural também seguem com taxas positivas de crescimento, de 4,3% e 6%, respectivamente.

O mercado segurador brasileiro manteve um ritmo acelerado de expansão em 2024, reforçando seu papel como um dos pilares da economia. Dados divulgados pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) revelam que a demanda por seguros cresceu 13,0% nos primeiros nove meses do ano, movimentando mais de R$ 556,9 bilhões. Paralelamente, o setor reforçou sua função social ao desembolsar mais de R$ 376,7 bilhões em indenizações, benefícios, resgates e sorteios, registrando um aumento de 7,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados incluem valores referentes ao setor de Saúde Suplementar, que arrecadou mais de R$ 232,7 bilhões e pagou mais de R$ 195,0 bilhões no período.

O segmento de Coberturas de Pessoas, que engloba os Seguros de Pessoas e os planos de Previdência Aberta, foi o principal responsável pelo aumento das indenizações, com R$ 115,3 bilhões, uma alta de 4,0%. A Confederação também destaca o avanço nos pagamentos pelos seguros de Danos e Responsabilidades, que totalizaram R$ 46,6 bilhões, representando um aumento de 11,3% em relação ao ano anterior.

Coberturas de Pessoas também lideraram o aumento da arrecadação, sendo responsáveis por mais de 47% do avanço do setor no período. Com arrecadação superior a R$ 200 bilhões, o segmento cresceu 17,8% em comparação a 2023. Os seguros de Danos e Responsabilidades também apresentaram crescimento, com alta de 6,6%, totalizando R$ 100,0 bilhões em prêmios. Já os títulos de Capitalização somaram R$ 23,5 bilhões em faturamento, registrando crescimento de 6,1% em relação ao ano anterior.

Entre os ramos que melhor performaram nos nove meses de 2024, a entidade destaca o grupo Patrimonial, composto por produtos que visam proteger propriedades, equipamentos, obras, lucros, entre outros. Esse grupo registrou um aumento de 63,6% nas indenizações, impulsionado pelas históricas enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul em abril e maio deste ano. Os títulos de Capitalização, por sua vez, pagaram quase R$ 20 bilhões aos clientes em resgates e sorteios, alta de 10,7% no mesmo período.

 Casa do seguro 

Com o compromisso de apresentar soluções de seguros pensadas para a mitigação dos efeitos da transição climática e servir como uma plataforma para a promoção da agenda climática no setor, a CNseg anunciou a Casa do Seguro. O projeto inovador faz parte da agenda da entidade de posicionar o setor como um ator fundamental na busca de soluções para os problemas relacionados ao clima durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em novembro, em Belém.  “A Casa do Seguro promete ser uma das iniciativas mais emblemáticas do evento, colocando o Brasil e o mercado segurador no centro das soluções para os desafios do século 21, disse o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira.

A Casa promoverá a conexão empresarial do mercado de seguros com outros setores econômicos e será um ponto de convergência para discussões sobre o papel do mercado segurador na gestão de riscos climáticos e no financiamento de iniciativas sustentáveis e conectará agentes públicos, privados e da sociedade civil. A Casa do Seguro terá 1,6 mil m² de área útil, divididos entre plenária com cem lugares, seis salas de reunião, business lounges, estúdio para gravação de podcasts, sala de imprensa, espaço de convivência e área para exposições artísticas e apresentações culturais. 

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