FUSÃO ENTRE TERRA BRASIS & AUSTRAL JÁ TEM GESTÃO DEFINIDA

Fusão entre Austral e Terra Brasis já tem gestão definida

O Estadão revela que a união das operações de resseguros da Austral, controlada pela Vinci Partners, e da Terra Brasis, da Brasil Plural, já tem ao menos uma definição: o comando da futura empresa. Segundo um acordo já encaminhado entre os sócios, o CEO da Austral Re, Bruno Freire, deve assumir a presidência da resseguradora que surgirá do negócio. Rodrigo Botti, presidente da Terra Brasis, por sua vez, ocupará o cargo de vice-presidente financeiro.

A ideia dos sócios é concluir a fusão da Austral e da Terra Brasis, que constituiria a terceira maior resseguradora do País, com quase R$ 500 milhões em prêmios, atrás de IRB Brasil Re e Munich Re, conforme dados do ano passado da Superintendência de Seguros Privados (Susep), ainda neste ano.

Na sequência, querem listar ações na bolsa brasileira para fazer frente à necessidade de capital de ambos os players e de quebra pegar carona no desempenho bem-sucedido do IRB na B3. Procuradas, Austral e Terra Brasis não comentaram o assunto.

___________________________________________________

Cade dá aval para negócio entre Travelers e Porto Seguro

O Valor Online registra que a transferência pela Travelers Brasil de dados e informações envolvendo apólices de seguros e bilhetes para a Porto Seguro recebeu parecer favorável da Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O objetivo do negócio firmado neste ano é “facilitar a emissão das novas apólices e fornecer informações que permitam à Porto Seguro renovar as apólices de seguros, bilhetes, certificados, endossos, aditamentos e alterações, emitidos pela Travelers Brasil”.

A Superintendência apontou que essa operação vai garantir 12,24% do setor envolvendo seguros patrimoniais e 4,10% no segmento de seguros de responsabilidade. “Assim, a operação não conferiria à Porto Seguro o controle de parcela maior de 20% nos mercados envolvidos”, informou o órgão do Cade.

____________________________________________

Indenização de seguros por eventos climáticos aumentou 60%

Garagens submersas, desabamento de muros, áreas comuns danificadas, águas que entram pelo telhado do prédio e escorrem pelas paredes dos apartamentos, alagam poço dos elevadores e até a portaria, relata O Globo. Os condomínios ainda contabilizam os prejuízos causados pela chuva que começou a cair no fim da tarde de ontem.

Segundo a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), o número de indenização por eventos climáticos aumentou 60%, comparando janeiro e fevereiro do ano passado aos primeiros dois meses deste ano. Em 2018, a cada R$ 100 arrecadados com  coberturas como alagamento, inundação, danos por raio, R$ 46 eram pagos para reparo de danos. Este ano, esse valor subiu para R$ 74.

-  Aquecimento global e fenômenos como El niño tem influenciado nesse aumento de sinistralidade. Por outro lado, os condomínios têm cada vez um número maior de equipamentos eletrônicos o que  aumenta o custo em caso de cobertura por dano elétrico em caso de raios - exemplifica Jarbas Medeiros, presidente da Comissão de Riscos Patrimoniais Massificados da FenSeg.

Esse foi o terceiro grande temporal do ano, no primeiro, em 6 de fevereiro, há um condomínio da Gávea em que a perda com a queda de parte do muro somou R$ 200 mil, outro, em São Conrado, terá que arcar com R$ 60 mil para o conserto dos danos causados pela lama na área de lazer.

Em tempo de orçamentos apertados e fundos de reservas baixos, os administradores temem o reflexo dessas perdas nos valores da taxa condominial. Os condomínios que não contam com cobertura de alagamento, inundação e enchentes na sua apólice de seguro terão que ratear os custos entre os moradores dos prédios, o que pode levar à cobrança de cota extra.

O impacto dos prejuízos causados pelas chuvas no orçamento, dizem os especialistas, tem ampliado a contratação de coberturas específicas pelos condomínios. Cerca de 70% dos 1.300 condomínios administrados pela Cipa, no Rio, por exemplo, já incluíram garantias relacionadas à chuva — como inundação, alagamento e enchentes — em suas apólice.

Isso representa um aumento entre 15% e 20% do valor do seguro, diz Marlon Rosalvos, gerente de seguros da empresa, que registrou um aumento de 200% nos pedidos de indenização, por alagamento/enchente nos últimos dois anos.

— Os condomínios estão ficando mais cautelosos. Mal comparando, o síndico é um “prefeito” e sabe se algo acontecer o custo pode não ser suportado pelos moradores. E o investimento não se restringe ao seguro, barreiras para conter água, bombas de sucção são alguns investimentos que prédios em áreas de maior risco de alagamento vêm fazendo. É preciso investir em prevenção, até porque, se a falta de manutenção for corresponsável por um dano causado ao condomínio, a indenização pode vir a ser negada pela seguradora — explica Marcelo Borges, diretor de Condomínios e Locação da Associação Brasileira de Administradoras de Imóveis (Abadi).

De forma geral, o custo de manutenção, segundo os especialistas. corresponde a cerca de 15% do valor da taxa condominial. E a pressão para redução de custo, devido a crise financeira, diz Rafael Thomé, diretor executivo da Bap administradora, pode estar refletindo em maior prejuízo para os condomínios nesses últimos dois anos.

— Hoje a segurança, seja ela contra a violência ou por acidentes naturais tem um peso significativo para o orçamento dos condomínios e acabam de retirar a possibilidade de investimento em outras áreas. Manutenção simples, como limpeza de calhas, ralos e telhados, a atualização de para-raios e manutenção de fachadas são essenciais para reduzir riscos. É preciso fazer uma avaliação de risco severa para se prevenir de prejuízos — ressalta Thomé.

Fonte: