ACIDENTES AMBIENTAIS NA EUROPA
AIG divulga estudo sobre acidentes
ambientais na Europa
O levantamento “Burning Issues for Environmental Claims”, feito pela AIG em 2018 sobre os principais sinistros registrados pela área de Seguro Ambiental na Europa, aponta que os três principais setores, com clientes segurados, que registraram algum tipo de acidente ambiental foram, respectivamente: o de transportes e concessionárias (energia, gás e saneamento), com 47% das notificações à seguradora, seguido de manufatura (26% dos chamados), e construção civil (9%). Outro ponto que também chama a atenção no estudo foi, apesar de em menor número, a variedade de setores também responsáveis por acidentes ambientais, entre eles o imobiliário, atacadista/distribuidor, varejo, agrícola e administração pública.
Ao traçar um paralelo com o
Brasil, a Gerente de Seguro Ambiental e Responsabilidade Civil da AIG Nathália
Gallinari destaca os índices da Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (CETESB), também de 2018. “No mesmo ano, o órgão apontou os transportes
como sendo responsáveis por cerca de 60% das causas de acidentes ambientais”,
explica. A grande maioria, cerca de 54,52%, causada por acidentes com
transportes rodoviários, seguido, de longe, pelos acidentes durante transportes
por dutos (2,04%), aquaviário (1,46%) e ferroviário (1,17%).
Outro destaque do estudo da AIG são os tipos de poluentes
registrados durante as notificações de sinistros na Europa: em sua maioria
hidrocarbonetos de petróleo, seguido de esgoto. Já segundo a CETESB, líquidos
inflamáveis, substâncias corrosivas, e gases inflamáveis e tóxicos são os
principais contaminantes em acidentes ambientais.
O
Seguro Ambiental
Em todos esses casos, independente do setor e material poluente
descartado, as empresas são obrigadas, por lei, a responsabilizarem-se por
quaisquer dano ambiental causado. É neste momento que o Seguro Ambiental atua,
pois oferece cobertura contra reclamações por condições de poluição, abrangendo
deste os custos de limpeza, investigação e monitoramento do local afetado, até
a responsabilidade civil do Segurado em função de Danos Corporais, Materiais e
Ambientais, em decorrência da poluição. É extensiva também a
corresponsabilidade pelo descarte e tratamento de resíduos, além de riscos
relacionados a projetos de infraestrutura e possíveis danos que uma carga, seja
ela perigosa ou poluente, possa causar ao meio ambiente e a terceiros.
A AIG foi a pioneira na oferta do Seguro de Riscos Ambientais no Brasil, no início dos anos 2000. E desde então, o mercado está cada vez mais consciente do papel de corresponsabilidade e recuperação de danos ambientais. Para se ter uma ideia da evolução do seguro, a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) registrou alta de mais de 150% em milhões de reais em prêmios, só entre 2011 e 2017. “A exigência em diversos tipos de contratos, financiamentos e concessões é uma realidade que tem contribuído para a amplianção desse mercado, aliada às obrigações regulatórias e à constante evolução da legislação ambiental brasileira”, explica Nathália.
Consultoria diz que vai ao Cade contra gigante de seguros Aon
A coluna Painel S/A. da Folha de S.Paulo, informa que a brasileira
Amarq, consultoria em benefícios, diz que vai instaurar procedimento no Cade
para apurar eventual prática anticoncorrencial pela gigante de seguros Aon. No
meio do imbróglio judicial entre as duas, a última decisão determinou que a
multinacional não pode, por ora, abordar clientes da Amarq com ofertas.
Os problemas começaram em 2017, quando a Aon comprou a Admix,
portal de corretores do qual a Amarq era parceira, por R$ 1,2 bilhão. Os
clientes passaram a reclamar da queda de qualidade e 16 deles cancelaram
contrato, segundo a diretora-executiva da Amarq, Mariana Marques.
Para tentar recuperar a carteira, a Aon passou a oferecer
benefícios que, em um dos casos, chegou a custar mais do que a receita de uma
das empresas, diz Marques, que começou a batalha.
Em nota, a Aon afirma que é pautada pela transparência e ética
com seus parceiros e clientes, que é uma das várias corretoras e consultoras
que estão inseridas no competitivo mercado brasileiro de seguros e que respeita
a liberdade de escolha de produtos e serviços pelos clientes.
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Funcionário de carreira do BC,
Lucio Capelletto assume a Previc
O Valor Online confirma que o coordenador geral
de inteligência e gestão de riscos da Previc (Superintendência Nacional de
Previdência Complementar), Lucio Capelletto, foi designado como
diretor-superintendente da autarquia, de acordo com informações do Diário
Oficial da União. A nomeação ocorre após o pedido de dispensa de Fábio Coelho,
que deixou o cargo ontem.
Assim como Coelho, Capelletto é funcionário de carreira do Banco
Central há 27 anos e atua na entidade reguladora dos fundos de pensão desde
2017. Possui graduação em ciências contábeis e administração, é mestre em
administração pela Universidade de Brasília (UNB) e doutor em ciência contábeis
pela Universidade de São Paulo (USP).
O novo superintendente assume a função em meio a tratativas para
a fusão da Previc com a Superintendência de Seguros Privados (Susep). A nova
autarquia deve ser dirigida pela economista Solange Vieira, que hoje está à
frente da Susep.
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Casa Civil veta ex-PT para comando
da BB Consórcios
O Estadão revela que a Casa Civil barrou a
indicação do nome de Alex Rangel Alonso para a presidência da empresa de
consórcios do Banco do Brasil. Apesar de sua experiência e currículo, pesou o
fato de o executivo já ter sido filiado ao Partido dos Trabalhadores.
Segundo a base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
Alonso ingressou no diretório estadual do PT no Rio de Janeiro em outubro de
1999. Recentemente, o executivo pediu o cancelamento da filiação, o que foi
confirmado em 24 de junho. Era tarde demais. Mesmo fora do partido, a Casa
Civil não aprovou o nome de Alonso para o cargo máximo da BB Consórcios.
Com a recusa do nome de Alonso, o diretor executivo da BB
Consórcios, Paulo Ivan Rabelo, foi indicado para comandar a empresa. Procurado,
o BB não comentou.
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Saúde suplementar é parte da
solução
Por Vera Valente, Diretora-executiva da FenaSaúde, e Reinaldo
Scheibe, Presidente da Abramge, na Folha de S.Paulo
O sistema de saúde brasileiro, cuja crise não é nova, sofre
ainda mais com a estagnação econômica e o desemprego, que aumentam a demanda sobre
o SUS. A saúde suplementar é parte indispensável da solução.
Até 1998, a saúde suplementar não era regulada no Brasil. A lei
9.656/1998 resultou em maior segurança jurídica e definição mais clara de
direitos e deveres. No entanto, após duas décadas, como é natural em qualquer
setor regulado, a legislação demanda urgente atualização.
As discussões se desenrolam há anos e envolvem diversos agentes
e visões. Elas são debatidas abertamente tanto em fóruns setoriais quanto no
Congresso, onde tramitam centenas de projetos que atualizam as regras.
Operadoras são parte indissociável da discussão, junto com reguladores,
legisladores, prestadores, fornecedores e consumidores. Nosso objetivo é comum:
ampliar o acesso à saúde.
Isso não é bom apenas para as empresas, é bom para todos. Vale
lembrar que, de acordo com diferentes pesquisas, o acesso a plano de saúde é um
dos maiores desejos da população. Nos últimos quatro anos, cerca de 3 milhões
de pessoas deixaram de contar com planos privados. Na maioria, passaram a
dispor apenas do SUS.
As entidades representativas do setor vêm buscando soluções de
forma transparente e legítima. Consideramos que um dos principais objetivos
deve ser viabilizar a volta da oferta de planos individuais, que hoje
representam fatia pequena do mercado —80% do ingresso é feito por meio de
planos coletivos.
A experiência internacional demonstra que um arcabouço legal que
permita oferecer um leque maior de opções de cobertura é fundamental para
ampliar o acesso, na medida em que possibilita segmentar a oferta e, assim,
adequar os preços a perfis específicos de usuários. Hoje, infelizmente, isso
não é possível.
Há outras iniciativas importantes. A primeira é diminuir custos,
combater fraudes e evitar desperdícios que contribuem para o crescimento das
despesas em ritmo bem acima dos índices gerais de inflação.
A segunda é criar incentivos à atenção primária, de forma a
investir na prevenção e evitar o agravamento das doenças.
Já a terceira é dispor de um órgão regulador, no caso a ANS
(Agência Nacional de Saúde Suplementar), com independência, autonomia e
qualificação técnica, que dê mais estabilidade e segurança jurídica a todos os
envolvidos.
A consequência, desejável e possível, será a redução dos preços
finais.
A pior forma de tentar resolver um problema é fingir que ele não
existe. A aprovação da reforma da Previdência permite que, no passo seguinte,
avancemos rapidamente nas discussões em torno da atualização do marco legal da
saúde suplementar.
Temos plenas condições de caminhar para um modelo de saúde que
propicie aos cidadãos mais qualidade de vida, em que se somem os sistemas
público e suplementar. A hora é agora.
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Plano de saúde
O Valor Econômico registra que a juíza
substituta do 4º Juizado Especial Cível de Brasília determinou que a Amil
Assistência Médica Internacional conceda à beneficiária de plano de saúde
migração para uma categoria inferior de cobertura, mais barata e sem
coparticipação.
A autora da ação (nº 0716144-27.2019.8. 07.0016) contou que, em
2014, contratou com a operadora plano coletivo por adesão chamado One Lincx LT3,
pelo qual pagava valor mensal de R$ 6,08 mil. Com a intenção de reduzir suas
despesas, entrou em contato com a empresa para mudar o plano para uma categoria
inferior, mas teve seu requerimento negado.
Segundo a usuária, a operadora informou que não disponibilizava
planos inferiores ao já contratado. Chamada à defesa, a Amil declarou que os
pedidos da autora não eram procedentes. Porém, ao analisar os documentos
apresentados pela autora, a magistrada constatou que os fatos narrados eram
procedentes e que a empresa ré oferece, em seu catálogo, plano de saúde com
valor inferior ao do contratado.
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Summit debate tecnologia na saúde
O Estadão destaca que o conhecimento tecnológico
aplicado ao setor da saúde é o tema central do Estadão Summit Saúde 2019, que
ocorre amanhã em São Paulo. O encontro leva ao Maksoud Plaza Hotel os maiores
nomes em inovação e tecnologia, empresas, médicos e profissionais do setor para
discutir assuntos considerados mais urgentes do segmento.
O painel que abre o simpósio atualiza o debate sobre
telemedicina no País. Em fevereiro, entidades médicas pressionaram o Conselho
Federal de Medicina (CFM) a revogar resolução que regulamentava os
teleatendimentos. O impasse será analisado por Aldemir Soares, conselheiro do
CFM, César Biselli, coordenador de tecnologia do Hospital Sírio-Libanês, e
Mario Jorge Tsuchiya, presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo.
"Nenhuma área é tão complexa ou tão difícil quanto a saúde,
que envolve fatores socioeconômicos, demográficos, ambientais", diz
Alexandre Chiavegatto Filho, professor da Faculdade de Saúde Pública da
Universidade de São Paulo (USP) e um dos participantes do evento. Para
Chiavegatto, é preciso que todo o sistema de saúde se beneficie de novas
tecnologias. O especialista, que participa do desenvolvimento de inteligência
artificial em um laboratório de big data, deve apresentar resultados de
pesquisas e debater com Luis Gustavo Kiatake, presidente da Sociedade
Brasileira de Informática em Saúde, e Mauro Junqueira, secretário executivo do
Conselho de Secretários Municipais de Saúde.
Outro tema que será discutido no Summit Saúde é o da atenção
primária. Um dos painéis conta com a presença de Daniel Knupp, presidente da
Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade, Rodrigo Aguiar,
diretor de desenvolvimento setorial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS),
entre outros.
Longevidade. Um nova pirâmide etária está surgindo no Brasil: a
taxa de natalidade cai, a expectativa de vida aumenta e, com isso, os sistemas
público e privado de saúde precisam recalibrar seus esforços. É preciso um
conjunto de medidas que garantam vida plena, com controle de doenças crônicas,
como diabete e hipertensão, e a prevenção de quadros mais sérios.
Comunicação com o paciente e empatia médica também estão na
pauta do Summit Saúde.
O painel "Voltando ao básico" terá entre os debatedores
o médico Luiz Vicente Figueira de Mello, do Programa de Ansiedade do Instituto
de Psiquiatria da USP, e o urologista Fabio Ortega, CEO da Doutor Ajuda,
plataforma digital de informações sobre saúde pública e Medicina. Os
especialistas devem apresentar iniciativas para garantir atendimento digno e
humano.
O evento será encerrado com um debate sobre os modelos de remuneração
médica. Estarão presentes no debate Ary Ribeiro, vice-presidente da Associação
Nacional de Hospitais Privados, Gustavo Campana, diretor médico da Dasa, entre
outros participantes.