GESTÃO DE RISCOS EM LOGÍSTICA
Compreenda a importância do gerenciamento de riscos para
o transporte de cargas
Você já deve ter percebido que o transporte de cargas é
uma atividade complexa e exposta a inúmeros riscos. Para que o produto chegue
ao destino final dentro do prazo previsto e em perfeitas condições são
necessárias diversas ações preventivas e estratégicas.
Afinal, qual gerente logístico não gostaria de alcançar
um transporte seguro, eficiente e de qualidade, não é mesmo? Esse é um dos
grandes desafios para o setor e o segredo para o sucesso está em um bom
gerenciamento de riscos em transporte de cargas.
O que é o gerenciamento de riscos? Por que ele é tão
importante? Como ele contribui para o sucesso da logística? Como colocar em
prática essa estratégia? Essas são algumas questões que serão abordadas a
seguir e que, portanto, merecem sua atenção. Continue com a leitura e aprenda
um pouco mais!
Gerenciar riscos no transporte: afinal, do que estamos
falando?
É provável que você já tenha ouvido falar em
gerenciamento de riscos e até já aplique algumas técnicas em sua empresa.
Porém, o conceito é muito relevante e merece ser ressaltado. Isso, porque todo
e qualquer negócio está exposto a riscos. No entanto, cada empresa deve
conhecer seus desafios e aprender a trabalhar para que eles não afetem seus
resultados.
Assim sendo, o transporte possui suas próprias limitações
e dificuldades e o sucesso da operação depende da avaliação, monitoramento
e gestão eficaz dessas situações, o que, com certeza, conduzirá a uma
atividade mais eficiente e segura.
Com rodovias ruins, burocracia, roubo de cargas, altos
custos com manutenção e combustível e escassez de mão de obra qualificada, nem
sempre os planos saem conforme o esperado.
Portanto, o gerenciamento de riscos é uma metodologia
interessante, que visa minimizar essas e outras situações que têm o potencial
de dificultar a execução do transporte de cargas. Em outras palavras, estamos
tratando de um conjunto de ações e estratégias destinadas a identificar,
conduzir, administrar e prevenir os riscos inerentes ao transporte.
É preciso enfatizar que essas ações não estão focadas
apenas no transporte em si. Para que tudo saia conforme o planejado, o
gerenciamento de riscos também se dedica à distribuição e ao armazenamento de
cargas.
Quais os maiores riscos do transporte de cargas?
Se estamos falando sobre gestão de riscos, é importante
relembrar os maiores problemas a que suas mercadorias estão expostas
durante o trajeto — desde a saída da sua empresa até a chegada ao varejo e
ao consumidor final.
Com isso, de maneira reduzida, podemos identificar os
seguintes riscos:
• imprudência, imperícia e negligência do motorista;
• acidentes em razão da má conservação das estradas;
• roubo de cargas;
• perdas de produtos em razão do manuseio e transporte
inadequados;
• atrasos nas entregas.
Esses são alguns exemplos de problemas que merecem uma
atenção especial do gestor e que, portanto, necessitam de uma intervenção mais
efetiva, seja por meio de medidas preventivas ou corretivas.
Por que investir em gerenciamento de riscos em transporte
de cargas?
Não há dúvidas de que uma empresa que se preocupa em
trabalhar de maneira planejada e mantém o foco em minimizar situações negativas
em seu cotidiano está um passo à frente de seus concorrentes. Como você sabe, o
transporte é uma etapa logística repleta de riscos. Se analisarmos o problema
do roubo de cargas, por exemplo, só no Estado de São Paulo foram registradas
mais de 10.500 ocorrências no último ano.
Aliás, engane-se quem pensa que o foco desses criminosos
está apenas em produtos eletrônicos. O crime tem evoluído seus métodos e o
roubo de cargas do agronegócio já é uma preocupação real da Confederação
Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Diante disso, o que se pode perceber é que investir em
gerenciamento de riscos em transporte de cargas é essencial. Estas estratégias
reduzem os prejuízos da empresa, prevenindo a ocorrência de sinistros e
traçando métodos de intervenção que visam minimizar os impactos quando algum
processo não sai conforme o planejado.
Apostar em gestão de riscos, portanto, é investir na
melhor qualidade e segurança dos processos logísticos de transporte. Isso
coloca sua empresa em um lugar de destaque, especialmente por permitir uma
relação mais proveitosa com seus clientes, pautada na responsabilidade e
comprometimento em cumprir prazos e preços.
Como fazer uma gestão de riscos eficiente no transporte
de cargas?
Depois de todas as informações apresentadas, podemos,
finalmente, apresentar algumas dicas infalíveis para as empresas que estão
enfrentando dificuldades em gerenciar os riscos no transporte de cargas.
Nós reunimos algumas boas práticas e trouxemos para o
blog com o intuito de lhe mostrar que, mesmo se tratando de um grande desafio,
é possível alcançar bons resultados. A ideia é estudar, planejar e adotar uma
postura mais atenta e proativa.
Confira as nossas dicas e veja como aumentar o nível de
segurança e qualidade de seu transporte!
ELABORE UM PROCESSO SELETIVO EFICIENTE
A primeira dica diz respeito a um ponto essencial para o
sucesso do transporte de cargas: a escolha dos colaboradores ideais para sua
empresa. Como você sabe, por mais eficiente e inteligente que as suas
estratégias sejam, elas só alcançarão os resultados esperados se você contar
com uma equipe capacitada e com talentos que estejam alinhados aos objetivos da
empresa.
Por isso, é essencial perder um pouco do seu tempo
elaborando e executando um bom processo seletivo. Escolher o melhor
profissional pode eliminar inúmeros problemas no futuro e, com certeza,
reduzirá os riscos no transporte de cargas. Para que isso se torne mais
simples, reunimos algumas fases que podem ser incorporadas às suas seleções:
• testes psicológicos — para encontrar algum desvio de
comportamento que comprometa o trabalho;
• análise de currículo — em busca de profissionais mais
capacitados e com mais experiência;
• análise da vida pregressa — observação das referências
e trabalhos executados anteriormente;
• dinâmicas em grupo — com o objetivo de encontrar
profissionais que saibam trabalhar em grupo e tenham o perfil adequado à sua
cultura organizacional;
• testes práticos — ajudam a identificar, na prática, um
bom profissional;
• acompanhamento durante as primeiras semanas de
trabalho.
PERMITA QUE SEUS COLABORADORES CRESÇAM PROFISSIONALMENTE
O capital humano é, de fato, o grande bem das corporações
modernas. Muito mais do que máquinas, ferramentas, recursos e um bom produto, é
necessário ter uma boa equipe. Mas, não basta realizar um bom recrutamento e
seleção. Na verdade, dificilmente você encontrará o funcionário perfeito, pois
há sempre uma habilidade e conhecimento novo a ser adquirido e aperfeiçoado.
É por esse motivo que o treinamento é uma fase
imprescindível para o desenvolvimento de um negócio. Ter um cronograma de
capacitações é importante para alinhar o trabalho de sua equipe, permitir que
ela entenda os processos, saiba manusear os equipamentos e
conheça a política de trabalho da empresa.
Fazendo isso, você terá um grupo mais qualificado, motivado
e atento às situações de risco que possam aparecer. Além de prevenir
situações negativas, isso favorece a tomada de decisões mais qualificada, capaz
de reduzir impactos e custos.
IDENTIFIQUE SEUS MAIORES RISCOS
Um gerenciamento de risco bem executado deve ter,
necessariamente, como primeira etapa a correta identificação dos riscos. Do
mesmo modo, é preciso ter cuidado para não trabalhar com base em “achismos” e
sim com dados e informações reais e atualizadas.
Conforme visto anteriormente, o transporte de cargas é
uma atividade que possui alguns riscos comuns, sendo papel do gestor
identificá-los e encontrar meios de minimizá-los. Deste modo, faça um
levantamento de dados em sua empresa em busca de situações que
prejudicaram suas entregas, buscando encontrar os processos com maior índice de
falhas e as razões para isso.
Nesse ponto é possível perceber, por exemplo, que ter uma
equipe interna de motoristas pode estar gerando mais problemas do que vantagens
à sua empresa. Em muitos casos, contar com o auxílio de uma empresa moderna e
experiente no transporte de cargas pode ser muito mais interessante, pois,
dentre outros aspectos:
• reduz os riscos;
• reduz os gastos com transporte;
• entrega um serviço mais qualificado;
• conta com tecnologia aplicada ao setor;
• libera tempo na agenda do gerente logístico.
PLANEJE BEM O SEU TRANSPORTE DE CARGAS
A próxima dica a ser apresentada não é novidade para
grande parte dos gestores e empreendedores. Afinal, não há como levar um
negócio ao sucesso sem realizar um bom planejamento prévio. Amiano
Marcelino, grande historiador da Antiguidade Romana, já dizia que “um
planejamento cuidadoso é capaz de vencer quase todas as dificuldades” e este é
um fato interessante que pode ser observado facilmente no transporte de
cargas.
Quando o gestor conhece seus riscos e se planeja para
enfrentá-los com antecedência, consegue superá-los com mais facilidade. É o
caso, por exemplo, do planejamento de rotas. Isso porque se há uma carga a ser
entregue em determinada região do país e diversas rotas possíveis, é
imprescindível estudar a que traz mais vantagens e expõe o caminhão e o
motorista a riscos menores.
Trata-se de uma ação preventiva com forte impacto no
resultado final do processo. Em geral, além de reduzir o tempo gasto com a
viagem, é possível retirar a carga de rotas com maior índice de acidentes e
roubo, por exemplo.
APOSTE EM TECNOLOGIA NA GESTÃO DE RISCOS
Não há como negar que a tecnologia é uma grande aliada
das empresas contemporâneas. Mas, quando voltamos nossa atenção para o setor de
logística, a relevância dos recursos tecnológicos é ainda mais expressiva. Nos
últimos anos, o transporte de cargas experimentou um aumento expressivo em sua
eficiência, especialmente em razão da implementação de ferramentas modernas e
desenvolvidas com o foco em tornar essa atividade mais rápida, segura e
eficiente.
A evolução das tecnologias de rastreamento de
cargas e veículos, o uso de softwares de gestão e inúmeros outros recursos
inovadores são exemplos de como o transporte pode se tornar o diferencial para
o seu negócio e colocá-lo em posição de destaque no mercado.
Nos dias de hoje, operar uma empresa sem pensar em
tecnologia é praticamente impossível e, como gestor, você deve se manter
atento às opções, especialmente à possibilidade de firmar parceria com empresas
que investem e executam um trabalho que vai além do transporte de cargas, ou
seja, oferecem toda uma estrutura para desempenhar um transporte de excelência.
NÃO SE ESQUEÇA DAS FASES DE DESCARREGAMENTO E ATENDIMENTO
Muitos gestores estão sempre focados no trajeto da carga
e se esquecem da finalização do transporte, ou seja, do descarregamento e do
atendimento. Lembre-se de que a atividade só pode ser considerada finalizada
com sucesso quando o produto é desembarcado e entregue com qualidade
total, assegurando a satisfação de seus clientes.
Deste modo, podemos afirmar que apostar em treinamento
para essa fase é tão importante quanto as demais. Isso porque, realizar um
descarregamento rápido e cuidadoso garante que a carga esteja em boas condições
para o consumidor final.
Do mesmo modo, ao efetivar um atendimento eficiente,
ouvindo o que o cliente tem a dizer sobre o transporte executado e conferindo
os relatórios confeccionados, você terá acesso a dados relevantes, capazes de
contribuir para a correção de erros e melhoria geral do processo.
APOSTE EM PARCERIAS DE SUCESSO
Por último, gostaríamos de destacar a importância de
encontrar bons fornecedores logísticos para sua empresa. Como você sabe, essa é
uma área muito estratégica para a empresa e possui o poder de melhorar ou
piorar sua imagem perante seus clientes.
No caso do transporte, quando mal executado, é possível
que a carga chegue com atraso, danificada e até mesmo se perca durante o
trajeto. Por esse motivo, é extremamente relevante realizar uma ampla pesquisa
de mercado e apostar em parcerias de sucesso.
Busque por uma empresa séria e com experiência, que seja
inovadora e que tenha o potencial de acompanhar o crescimento de seu negócio,
isto é, que esteja presente em vários estados e adote tecnologias específicas
para o setor. Tenha certeza de que esse cuidado fará toda a diferença para o
seu negócio, reduzindo os problemas e inúmeras dores de cabeça no futuro.
Conforme visto ao longo do post, o gerenciamento de riscos em transporte de cargas é uma estratégia muito importante. Para que as mercadorias sejam entregues dentro do prazo e de maneira segura, é preciso tomar decisões inteligentes e apostar em ações preventivas eficientes. Por isso, não perca mais tempo e aproveite as dicas apresentadas para alcançar um transporte de excelência.
Wiz passa a
ofertar seguros da Berkley por meio de plataforma com vistoria remota
O Sonho Seguro informa que a Wiz BPO (Business
Process Outsourcing) informa que fechou acordo com a seguradora Berkley. Os
serviços inicialmente prestados serão para os seguros RCPM, RC Garagista, SGPE
e Riscos de Engenharia. Para o atendimento à Berkley, a Wiz BPO, com matriz em
Brasília, reforça seu time da filial em São Paulo. “Esse é mais um importante
passo no processo de expansão da empresa, que nasceu em 2019 e já ocupa a
posição de um dos maiores players de do Brasil em atuação no mercado de
seguros”, informa nota divulgada.
“A chegada da Berkley, que já é grande parceira da Wiz, reforça
os resultados obtidos por meio da implementação de uma plataforma inovadora e
do nosso reconhecido e premiado modelo de atendimento ao cliente final”,
explica Leandro Leite, diretor executivo da corretora.
Para esta operação a Wiz BPO traz uma ferramenta de vistoria
remota, gerida por meio de equipe própria de engenheiros. Além de reduzir o
tempo da regulação do seguro, evitando o deslocamento de um vistoriador, a
solução diminui o custo da operação por meio da atuação online. Os segurados da
Berkley contarão com atendimento completo da Wiz BPO, desde o início do
sinistro ao encerramento do processo, afirma o executivo.
Recentemente, a Wiz BPO anunciou parceria com a seguradora Argo
e segue em expansão da carteira de clientes. “A Wiz BPO busca crescimento no
mercado ao oferecer soluções completas em toda cadeia seguradora, sempre com
foco em eficiência operacional e satisfação ao cliente”, completa o executivo.
Itaú Unibanco negocia com SulAmérica em saúde
O Estadão revela que o Itaú Unibanco negocia com
a SulAmérica uma parceria para ofertar seguro saúde e odontológico para o setor
corporativo. As negociações ocorrem no âmbito da sua plataforma aberta de
seguros, lançada há cerca de um ano em um projeto similar ao que fez na área de
investimentos com a estratégia 360 e que marcou a oferta de produtos de
terceiros aos clientes do maior banco da América Latina em ativos.
O Itaú já fechou contrato com a operadora Amil e ainda com a
Porto Seguro, empresa com a qual tem uma joint venture em seguro de automóvel e
residencial.
Com a Amil, o Itaú trabalha também junto às pessoas físicas.
Enquanto o banco avalia se mantém o produto no varejo, que ainda não teria
decolado, começa a explorar o segmento de empresas.
Por sua vez, a SulAmérica, que também está na disputa do balcão
da Caixa Econômica Federal nos segmentos de saúde e odontologia, foca cada vez
mais sua atuação nessas áreas, que respondem por cerca de 70% do seu
faturamento.
Procurados, Itaú Unibanco e SulAmérica não comentaram.
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Empresa gasta menos, mas paga mais por plano de saúde
O Valor Econômico relata que usuários de planos
de saúde empresarial gastam menos do que os clientes de convênios médicos
individuais. Ainda assim, reajustes do preço do plano empresarial têm sido bem
superiores nos últimos anos. No acumulado entre 2015 e 2018, o custo
médico-hospitalar da modalidade empresarial subiu 73% e o reajuste médio
aplicado ficou em 84%. Já no individual, o custo teve uma alta variação de
96,2% e o aumento de preço foi de 61%.
Nesse mesmo período, o índice que mede a variação dos preços dos
planos de saúde (IPCA/IBGE) subiu 60,7% — mesmo patamar dos convênios
individuais, cujos reajustes são controlados pela Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS).
A desproporção entre os indicadores divulgados pelo IESS, ANS e
IBGE joga luz sobre os critérios adotados para calcular o reajuste do plano de
saúde e levanta questionamentos sobre qual desses indicadores é o correto.
“Olhando esses números, alguém poderia facilmente dizer que o
IESS, que é ligado às operadoras, tem interesse numa inflação médica mais alta,
a ANS teria um viés político e puxaria o mesmo indicador para baixo e o IPCA
Planos de Saúde mede seu indicador com base nos reajustes da ANS. O fato é que
todos não podem estar certos ao mesmo tempo com tanta oscilação observada na
medição do mesmo índice”, disse Luiz Feitoza, sócio da consultoria Arquitetos
da Saúde.
“Defendo que as empresas pagadoras dos planos de saúde criem
seus próprios indicadores e referências de reajuste a fim de evitar tais
distorções”, complementou Adriano Londres, também sócio da Arquitetos da Saúde.
Segundo José Cechin, superintendente do IESS, a carteira de
planos individuais acompanhada pelo instituto tem um custo médico hospitalar
elevado porque seus usuários estão envelhecendo. Desde 2007, essa carteira é
formada pelos mesmos beneficiários.
A Mercer Marsh também levantou dados de 150 mil funcionários de
nove empresas que possuem programas estruturados de gerenciamento de saúde a
fim de checar se houve controle de custo do convênio médico com tais
iniciativas, entre setembro de 2017 e agosto de 2018.