A RETOMADA DO CRESCIMENTO NO BRASIL
02, Set. 2019
Zurich Seguros debate riscos
aderentes a retomada do crescimento do Brasil
Edson Franco, CEO da Zurich, compartilha do otimismo do
jornalista Carlos Alberto Sardenberg, que palestrou na abertura da segunda
edição do evento Improve, realizado no último dia 28, em São Paulo, para cerca
de 200 executivos convidados. “Há um cenário de apreensão com os efeitos da
guerra comercial entre países importantes para o Brasil, como Estados Unidos e
China. Ontem, por exemplo, o ouro bateu sua máxima. Mas há uma confiança maior
na capacidade de ações dos bancos centrais e dos governos. Ou seja, há
desconfiança no ar, mas uma perspectiva de que as instituições dão sentido a
isso, com o mundo voltando a crescer de forma mais contundente a partir de
2020”, afirmou Sardenberg.
Antes de dar a palavra ao
jornalista, Franco afirmou que o grupo iniciou um novo ciclo. “Temos um novo
ciclo não só na Zurich como no País. Temos um cenário positivo, com a retomada
das obras de infraestrutura. Esse evento traz o debate sobre como nós podemos
apoiar as empresas e o pais neste processo de retomada de crescimento”. Uma das
novidades foi apresentar Roberto Hernández, que assume a diretoria de seguros
corporativos, substituindo Glaucia Smithson, que assumiu o comando da AGCS na
América Latina. “Roberto Hernández, o espanhol mais brasileiro que conheço, fez
uma transformação digital na área de sinistros que o alçou a voos maiores, para
comandar essa área tão promissora para o grupo Zurich no Brasil”, afirmou
Franco.
Franco citou entre as oportunidades para o grupo a retomada de
obras de infraestrutura, seja por parcerias com investimento público ou
privados, que vão reativar seguros corporativos, como engenharia, garantia,
financeiros entre outros. “Temos um ambiente para a retomada das discussões,
com descolamento das agendas política e econômica, com microreformas de
incentivo econômico, que só terão impactos se as reformas estruturais como da
previdência e tributária, por exemplo, tiverem sido encaminhadas, dando ao
investidor um olhar mais realista do Brasil, que mesmo nos piores momentos das
crises mundiais manteve um nível de fluxo estrangeiro estável”, comenta Franco
ao blog Sonho Seguro.
Segundo ele, a aposta do grupo suíço no Brasil é no longo prazo
e o radar para boas oportunidades de investimentos está ligado. “Estamos
atentos nas prioridades do grupo, que quer crescer principalmente na América
Latina e na Ásia”, citou, sem poder entrar em mais detalhes. Nos último meses,
a Zurich fez aquisições na Argentina e no Chile. No Brasil, em junho anunciou a
parceria com obanQi, banco digital da Via Varejo, que quem já é parceira em
seguros afinidades. O banQi divulgou aporte de R$ 300 milhões a ser aplicado na
captação de clientes, sendo parte desse recurso proveniente da seguradora
suíça. De acordo com Franco, a estratégia com o banQi é oferecer produtos
diversos, como proteção para celular, assistência funeral, microsseguros
residenciais, seguro de automóvel e previdência.
Diante de uma perspectiva favorável, o grupo realizou o evento
Improve para promover o debate de temas relevantes para a indústria de seguros,
que se debruça na reavaliação de riscos diante das transformações que marcam o
dia a dia dos governos, empresas e indivíduos. “Temos de reavaliar em que
situações o risco está incluído neste novo cenário e trazer produtos que ajudem
os gestores de riscos a mitigar perdas”, comentou.
Os principais debates do evento foram em torno dos desastres
naturais, como enchentes que trouxeram perdas significativas neste primeiro
semestre do ano, barragens, ataques cibernéticos, avanços tecnológicos da indústria
e tendências globais do setor.
Seguro
garantia – Cássio do Amaral, sócio do Mattos Filho Advocacia,
abordou as oportunidades do seguro garantia judicial. Segundo ele, há uma
continuidade de discussões tributárias. “No CARF, o volume de discussões chega
a 119 mil procedimentos, com valor de estoque anual de R$ 600 bilhões. Não
falta matéria prima para novas demandas judiciais”, afirma. Também em destaque
na lista de oportunidades, Amaral cita as discussões sobre tributos como ICMS
de software ou propagandas em internet, guerra fiscal entre Estados, amortização
de ágio entre outros. Além disso, há discussões bilionárias no segmento de
construção e de fusões e aquisições que geram arbitragem que exigem uma
garantia, que pode ser um seguro garantia”, acrescenta. “Sem falar nas grandes
ações coletivas”, acrescentou.
Gestão de risco – A gestão eficiente de riscos foi
tema abordado por Carlos Cortes, responsável pela área de Engenharia de Riscos
da Zurich, que proferiu a palestra “Lições aprendidas com grandes
sinistros de propriedade”. Depois de citar inúmeros acidentes que tiveram
início por situações muitas vezes causadas por descuidos, ele enfatizou que as
empresas que deixam a segurança em segundo plano são as principais na lista do
departamento que investiga os pedidos de indenização das seguradoras.
O executivo conta que o
grupo já fez mais de 3 mil recomendações de 2015 para cá sugerindo
melhorias na gestão de riscos das empresas clientes. Corte e solda lidera as
sugestões, seguida de planos de emergências. “O elemento humano tem tudo a ver
com a prevenção e também com a ocorrência de acidentes. Se fortalecermos a
gestão de prevenção humana é possível evitar boa parte dos acidentes”, garante
o especialista, que sugere a formação de grupo multidisciplinares para
enrobustecer os planos de emergências. Ele também chama a atenção para danos de
água em componentes eletrônicos. “Isso pode facilmente causar um acidente com
proporções assustadoras”, cita.
Mix
das 3 mil recomendações feitas no período de 2015-2019:
·
32% melhorias nas permissões de trabalhos de corte e solda
·
16% melhorias em planos de emergência
·
9% melhorias em ordem e limpeza
·
6% melhorias na inspeção, teste e manutenção de sistemas
protecionais de incêndio
·
6% gestão de mudanças
·
4% melhorias dos programas de manutenção
·
4% melhorias dos sistemas elétricos
Risco
mundial – Vinicio Cellerini abordou as tendências do mercado
segurador global, que segundo ele conta com elevado capital disponível. Um
ponto interessante é a mudança de riscos nos últimos 10 anos. Em 2009,
tecnologia não constava na lista dos cinco principais riscos, dominado pelo
temor de doenças. Já em 2019, riscos tecnológicos é o quarto no ranking, diante
do temor das perdas causadas pelos ataques cibernéticos.
Seguro de
vida: interesse por contratação cresce entre jovens e mais pobres
O Globo revela que fatores como a reforma da
Previdência e uma maior educação financeira estão ampliando o apelo do seguro
de vida entre os mais pobres e mais jovens, de acordo com pesquisa realizada
pelo Ibope, encomendada pela seguradora Prudential.
O levantamento mostra que, embora apenas 15% dos brasileiros
contem com esse tipo de cobertura (seja individual ou em grupo), 20% dos
entrevistados desejam adquirir um seguro nos próximos 12 meses. Entre os
brasileiros de 16 a 24 anos, o interesse sobe para 31%.
A maior conscientização já tem impulsionado o crescimento desse
tipo de cobertura no país. O volume de prêmios (valor pago pelos segurados para
estarem cobertos) dos seguros de vida individual e em grupo cresceram 15,7%
entre janeiro e junho, na comparação com o mesmo período do ano passado,
segundo números da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida
(FenaPrevi).
A alta foi puxada pelos seguros individuais, cujos prêmios
cresceram 54% - a lentidão econômica e o desemprego ainda comprometem a
expansão dos seguros oferecidos pelas empresas.
A pesquisa do Ibope ouviu cerca de duas mil pessoas a partir de
16 anos em todo país, de todas as classes sociais.
O levantamento mostrou que, embora a penetração dos seguros de
vida seja baixa em todas as regiões e classes, o interesse em contratá-los é
maior nos segmentos onde eles são ainda mais raros. Na classe C, onde 15% da
população estão cobertos, 21% têm interesse de contratação.
Já nas classes D/E, apenas 5% das pessoas têm cobertura, mas a
disposição para contratá-la nos próximos 12 meses já é de 20%. Nas classes A e
B, onde a penetração é de 28%, o interesse fica em 18%.
- A discussão da reforma da Previdência trouxe uma conscientização
sobre a necessidade de produtos de proteção financeira. Diferentemente do que
ocorre na Europa, o brasileiro ainda delega muito ao Estado, ao empregador e
aos filhos a responsabilidade que deveria ser de um seguro. Isso está mudando -
explicou Aura Rebelo, vice-presidente de Marketing e Digital da Prudential. -
Se, nas classes D e E, é difícil crescer a penetração por restrições de renda,
quem ganha a partir de R$ 2 mil por mês consegue reservar cerca de 5% da renda
para se proteger.
Segundo o Ibope, também cresceu o interesse fora dos grandes
centros urbanos. Combinadas, as regiões Norte e Centro-Oeste, por exemplo,
registram a maior intenção de compra de seguro, de 29%, seguidas pelo Nordeste
(21%).
Hoje, só 11% dos moradores das regiões Norte e Centro-Oeste têm
seguro de vida, enquanto a penetração é de 8% no Nordeste. Já Sudeste e Sul
lideram a lista de segurados, com 20% e 19%, respectivamente.
Pela ótica da escolaridade, 22% daqueles que estudaram até o
ensino médio querem contratar o seguro, contra 20% dos que têm nível superior.
Hoje, estes contam com a maior cobertura: 26%.
_______________________________________________
Seguro de carro no Rio pode custar até 150% mais do que em São
Paulo
O Jornal do Carro destaca que o preço de seguro
de automóveis no Rio de Janeiro pode custar até 150% a mais do que em São
Paulo. É o que revela a pesquisa feita pela Bidu, plataforma online de
comparação e venda de seguros. Com base em pesquisa feita com diversas
seguradoras, a empresa verificou que há grandes distorções de preços cobrados
nas duas capitais. A diferença está relacionada à violência urbana. O
levantamento foi feito com as seguradoras Allianz, Azul, Bradesco Seguros, HDI,
Porto Seguro e Tokio Marine.
Um dos exemplos que mais chamam atenção é o do Jeep Compass. Na
média, enquanto em São Paulo o prêmio de seguro para o modelo custa R$ 3.445,
no Rio de Janeiro o preço salta para R$ 8.594. A diferença é 150%.
Na pesquisa da Bidu, feita em agosto, o modelo da Jeep é o que
aponta a maior diferença entre as duas capitais. A discrepância de valores,
porém, aparece também em outros automóveis estudados.
_______________________________________________
DPVAT - Faltou bom senso
Por Antonio Penteado Mendonça, no Estadão
O orçamento do Ministério da Saúde para este ano é de R$ 120
bilhões já garantidos e, eventualmente, alguma coisa a mais. Em dólares,
significa 30 bilhões. A comparação com os Estados Unidos é patética. Os gastos
norte-americanos com saúde chegam a US$ 3 trilhões. Assim, ainda que colocando
os recursos dos planos de saúde privados na conta, da ordem de R$ 180 bilhões,
teríamos uma destinação total de pouco menos de US$ 80 bilhões para fazer
frente aos gastos com saúde da sociedade brasileira.
O dado bom deste quadro é que, apesar da escassez de recursos,
socialmente, o SUS funciona e, dependendo da área de atendimento, funciona bem.
O problema do sistema, além do evidente cobertor curto, é o ingresso nele.
Depois disso, saindo dos prontos-socorros e entrando nos hospitais, o
atendimento, ainda que precário, às vezes incerto numa determinada data, entre
secos e molhados, funciona, e o brasileiro acaba tendo um atendimento médico
hospitalar moderadamente satisfatório, ainda que visto como impossível, em
função dos poucos recursos alocados para a área.
O dado ruim é que o SUS está sobrecarregado. A crise dos últimos
anos jogou mais três milhões de pessoas, antes atendidas pelos planos de saúde
privados, na rede pública, obrigando a divisão dos parcos recursos por um
número maior de pacientes.
O SUS disponibiliza aproximadamente R$ 600 por ano para cuidar
da saúde de cada cidadão brasileiro. É menos do que o preço de uma consulta de
um bom clínico geral. E o valor inclui tudo, de consulta a cirurgia, de exames
a tratamento.
Neste cenário de cinto muito apertado, o governo federal ainda é
obrigado a comparecer com mais de R$ 10 bilhões anualmente para custear os
casos decorrentes da judicialização da saúde e fora do rol de coberturas
oficial. É aí que vem a pergunta que não quer calar: será que, ao reduzirem o
preço do DPVAT, o seguro obrigatório de veículos, ninguém do governo fez conta?
Por lei, 45% dos recursos do DPVAT são destinados ao Ministério
da Saúde como remuneração para a rede pública que, hipoteticamente, atende pelo
menos metade das vítimas de acidentes de trânsito.
Até dois anos atrás, este repasse atingia a significativa soma
de R$ 3 bilhões. Será que o SUS, com os recursos e o desenho mostrado acima,
está em condições de abrir mão de R$ 3 bilhões?
Para dar uma ideia do que esses R$ 3 bilhões podem custear, a
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, que atende mais de dois milhões e meio
de pacientes por ano, para fazer este atendimento, fatura do sistema público de
saúde algo próximo de R$ 700 milhões.
Quer dizer, ao reduzirem o preço do DPVAT da forma como o
fizeram, as autoridades encarregadas do setor de seguros retiraram do sistema
público de saúde o equivalente aos recursos destinados a custear, nos
parâmetros de hoje, quatro Santas Casas de São Paulo, ou o necessário ao
atendimento de dez milhões de pessoas por ano.
Supondo que não haja necessidade de aumentar o número de pessoas
atendidas pelo SUS, esses R$ 3 bilhões seriam muito bem-vindos para melhorar a
qualidade e a rapidez do atendimento oferecido à população.
Mas se pensarmos que a dengue explodiu, a febre amarela corre
solta e a chikungunya e a zika não apresentam sinais de arrefecimento, a saúde
pública brasileira deve continuar sendo pressionada pelo aumento dos pacientes
que buscam a rede.
Com mais uma agravante: o sarampo, erradicado do País há vários
anos, não só voltou, como se transformou em epidemia, com São Paulo, já com
mais de mil e setecentos casos confirmados, apresentando um número crescente de
doentes a cada semana que passa. E o resto do País não é diferente.
Será que não teria sido mais inteligente aumentar o valor
segurado do DPVAT e manter o preço anterior do seguro? De um lado, as vítimas
dos acidentes de trânsito e seus beneficiários receberiam mais e, de outro, o
SUS teria mais recursos para atender a população.
___________________________________________
Previdência privada não cresce desde 2016
A Folha de S.Paulo informa que o andamento da
reforma da Previdência no Congresso, que tem como uma das mudanças a redução no
valor das aposentadorias, não serviu para elevar o número de brasileiros que
investem em previdência privada.
Há cerca de 13 milhões de investidores em planos privados, o
mesmo número desde 2016, segundo a FenaPrevi (entidade das empresas de
previdência privada aberta).
O que mudou recentemente é que, aqueles que já tinham a
aplicação, voltaram a investir com os suspiros de recuperação da economia
brasileira.
Os números de captação líquida (diferença entre aplicações e
resgates voltaram a subir, após terem desacelerado na recessão, e o saldo da
reserva (o dinheiro acumulado nos fundo) continua subindo.
"O mercado de previdência privada é pró-cíclico. Quando a
economia cresce, ele também cresce", afirma Jorge Nasser, presidente da
FenaPrevi, que põe na conta da lenta retomada a dificuldade de fazer o segmento
deslanchar. "O tamanho do mercado de previdência vai depender da
capacidade de geração de renda. Houve uma recuperação pontual nos últimos dois
meses, mas não acho que o movimento foi grande o suficiente para dizer que
mudamos de patamar", afirma Rogério Calabria, superintendente de produtos
do Itaú.
Os 13 milhões de investidores de planos de previdência equivalem
a cerca de um terço do número de trabalhadores com carteira assinada do país
"fatia da população com renda estável e superiora dos informais e dos que
trabalham por conta própria.
Como o mercado de trabalho se recupera coma ocupação desses dois
últimos grupos, a renda média do trabalho está em queda: fechou o trimestre
encerrado em julho em R$2.286, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística); pouco mais de dois salários mínimos.
Especialistas enfatizam que todos deveriam ter recursos para
poupar, mas isso acaba não ocorrendo porque a educação financeira é baixa e
também por causa da economia.
"Desde 2015 a crise leva as pessoas a terem que, em vez de
poupar, retirar dinheiro. E assim elas não podem aplicar em alguma coisa que
tenha prazo longo", afirma o professor Michael Viriato, do Insper.
Do ponto de vista prático, a previdência privada serve para
complementara aposentadoria pública, garantindo que o trabalhador não tenha
queda na renda ao deixar o mercado de trabalho.
O ponto é que grande parte da população tem pouca necessidade de
complementar a renda na velhice porque se aposenta com valores próximos ao que
recebia na ativa, entre um e dois salários mínimos. A fatia dos aposenta que
recebem até dois mínimos é de 83%.
A Previdência pública no Brasil repõe 82% da renda do período
ativo, uma das mais altas taxas do mundo.
Até aqui quem efetivamente precisava poupar era 0 trabalhador
com salário maior que 0 teto da Previdência, que R$5.839. Independentemente das
contribuições, a renda da aposentadoria é limitada a esse patamar.
São os trabalhadores com maior renda e maior capacidade de poupança.
E poderiam ser estimulados por planos de previdência oferecidos pelos
empregadores --mas aqui também pesa a dificuldade de retomada do emprego formal
e a mudança nas relações de trabalho.
Gilberto Abreu, diretor de investimentos do Santander, estima
que só 25% da população que ganha acima do teto tem investimentos para
complementar a renda. E acrescenta ainda outra lacuna: essas pessoas podem ter
planos de previdência, mas não estão calibrados para garantir que eles poupem
mensalmente 0 suficiente para efetivamente complementar a renda.
"O grande buraco é quem tem [previdência], mas é
insuficiente", diz.
Enquanto isso, o mercado se esforça para olhar para a base da
pirâmide. O Santander lançou um plano de previdência de renda fixa com taxa de
administração de 1% ao ano e aplicação mínima de R$ 30 "85% do dinheiro da
está na renda fixa. A taxa média de administração desses planos está 1,8% ao
ano.
Tradicionalmente os custos da Previdência são elevados, o que
era possível em um cenário de juros altos. A Selic a 6% e a expectativa de que
ela fique em um patamar ainda menor por um longo período fazem com que os
custos minem a rentabilidade do investimento.
A queda da taxa passa a ser uma estratégia de venda, a exemplo
do que ocorreu com taxas de carregamento (que ficavam com um percentual do
dinheiro aplicado e retirado do investimento) em20i8. Ainda assim, não
significa que o produto passará a atrair investidores deforma mais ampla.
"O brasileiro já não poupa por si, ainda mais em planos de
previdência que foram super mal falados. As pessoas ficam com preconceito de
aplicar", completa Viriato.
_____________________________________________
Financiamento a veículos bate recorde desde 2011
O Valor Econômico destaca que os financiamentos
de veículos para pessoas físicas atingiram em julho R$ 11,2 bilhões, o maior
volume mensal desde 2011, quando começou a série histórica do Banco Central.
De janeiro a julho, o
volume emprestado soma R$ 67,6 bilhões, 19,4% superior ao de igual período de
2018. Segundo analistas, o aumento se deve à estabilização dos níveis de
inadimplência e à maior disposição dos bancos para emprestar. As taxas de juros
ainda são elevadas, de 20,3% ao ano em média, mas já caíram dois pontos
percentuais nos últimos 12 meses.