Resseguros: Expectativa é de recuperação de perdas com modernização
25, Ago. 2020
Resseguros: Expectativa é de recuperação de perdas com
modernização
Setor confia na adoção de novas regras para atrair
investidores
Fonte: Valor Econômico
Especialistas da área de resseguros projetam que a
recuperação de parte das perdas decorrentes da covid-19 deve ocorrer já no
próximo ano. O pano de fundo para o otimismo no Brasil, em 2021, é o volume de
grandes obras necessárias ao país e novas regras em andamento para configurar
um setor aberto, dinâmico e com operações no mercado de capitais para atrair
investidores de fora.
O Brasil vem mostrando uma tendência de redução de
complexidade, de modernização regulatória. É provável que o mercado de
resseguros se torne ainda mais aberto, com carga tributária e custos
operacionais mais equânimes em relação ao praticado em outros mercados,
beneficiando quem compra, diz o CEO da Munich Re do Brasil, Rodrigo Belloube.
Segundo o vice-presidente da área de seguros da
Capgemini, Roberto Ciccone, estudos globais da consultoria demonstram que no
segundo trimestre deste ano, em relação aos primeiros três meses, houve quedas
expressivas em termos de vendas e lucratividade em setores-chave como
transportes, manufatura e utilities.
Houve ainda grande redução no embarque de bens de consumo
como TVs, smartphones, smartwatchs, produtos importados que deixaram de ser
comprados pela redução de renda das famílias. As grandes embarcações de
transporte, usualmente, têm seus seguros e resseguros. O mesmo ocorre para as
viagens de avião. Apenas nos Estados Unidos, a indústria de viagem estima
perdas acima de US$ 500 bilhões.
O fato é que as perdas, no âmbito do resseguro, ainda não
foram completamente mapeadas e mensuradas. Há efeitos que não são imediatos. As
discussões sobre o assunto existem no âmbito das responsabilidades. O impacto
ainda está por vir, explica a sócia na área de seguros e resseguros de
TozziniFreire Advogados, Bárbara Bassani.
A judicialização em si não chegou ao Brasil. Deve começar
em algum momento, conforme o desfecho em outros países, como Estados Unidos e
Reino Unido, onde o mercado de seguros e resseguros está preocupado, diz
Bárbara. Em 2021, o mercado vai ficar mais duro em relação à precificação e
cláusulas mais claras do que será coberto ou não.
Ela afirma, porém, que o momento é muito positivo no
Brasil em relação à modernização das regras que estão sendo propostas pela
Superintendência de Seguros Privados (Susep). Especialistas de resseguros estão
otimistas com o aumento da competitividade, transparência e inovação nas normas
em diferentes fases de tramitação, com algumas já em prática.
Na segunda quinzena de agosto, a Susep colocou em consulta
pública a minuta da circular que prevê regras e tratamento diferenciado entre
os seguros massificados e os seguros de grandes riscos. É um grande avanço a
liberdade contratual entre as partes porque cada uma delas poderá discutir o
que vai cobrir e como isso será feito, afirma Bárbara Bassani.
Para o CEO da Austral RE, Bruno Freire, a modernização
das regras resultará em muitas oportunidades. Como exemplo, ele menciona as
normas que permitem a contratação de resseguro diretamente pelas operadoras de
planos de saúde.
Há a expectativa também em relação aos grandes projetos
interrompidos neste ano. O novo marco legal do saneamento, com investimentos
expressivos, é um dos destaques. São grandes as obras de infraestrutura no
Brasil, que vão propor grandes oportunidades aos investidores internacionais a
partir de 2021. Acredito no capital estrangeiro que virá buscar melhores
rendimentos aqui. Isso vai ajudar a desenvolver o mercado de resseguros. Não
vai faltar capacidade para atender essas demandas, afirma o presidente da
TransRe Brasil, Paulo Pereira, também presidente da Federação Nacional das
Empresas de Resseguros (Fenaber).
A baixa taxa de juro, no mundo todo, tem efeito imediato
nos balanços das resseguradoras porque boa parte dos investimentos está alocada
em títulos dos governos. Para contornar a situação, uma resolução da Susep, em
consulta pública, deve permitir a emissão de Insurance Linked Securities (ILS),
títulos vinculados a seguros, que pode ampliar as possibilidades de captação de
recursos. Essa distribuição de risco ao mercado, em vez da retenção no balanço,
é apontada como uma das tendências das resseguradoras em estudo Deloitte.
Outra tendência, segundo o sócio líder do setor de
seguros para a Deloitte Brasil, Rodrigo Mendes, é a necessidade de as
resseguradoras fornecerem serviços que agreguem valor às seguradoras primárias
e clientes finais. No futuro, é mais provável que o modelo seja de 90% de
serviço e de assunção de riscos ou provisão
de balanço de apenas 10%. O estudo
ainda aponta um
modelo de negócio com
novas tecnologias para sustentar o sucesso da resseguradora, com mais
operações automatizadas e menos
intervenção humana. Mendes
explica que, a partir do avanço tecnológico
haverá a eliminação
de processos e
otimização das etapas para a contratação do resseguro.
O presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Gerência de Riscos (ABGR), Haroldo Alves de Araújo, conta que hoje, novas tecnologias já facilitam a avaliação dos riscos. A empresa faz um self inspection e via celular ou tablet, envia as informações diretamente à seguradora e ao ressegurador. As informações são avaliadas, analisadas e tratadas como se fosse uma visita presencial, afirma Araújo.
Empresa não receberá seguro contra roubo por ausência de gerenciamento de
risco
Fonte: Notícias Concursos
A 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS),
por unanimidade, proveu recurso de apelação de uma seguradora. Assim, a
seguradora não deverá pagar a indenização securitária. Isto porque,
verificou-se que não foram adotadas as medidas de gerenciamento de riscos. A
origem do caso é de uma empresa que teve sua carga de bebidas roubada durante
transporte do material.
Rastreamento
De acordo com os autos do processo, a empresa de comércio de bebidas
preencheu um questionário afirmando que os seus veículos seriam rastreados via
satélite, assim, com o monitoramento e alarmes, sendo empresa de grande porte
que atua há mais de 15 anos no mercado.
Apelação
Após a empresa segurada ganhar em primeiro grau, a seguradora ingressou
com o recurso de Apelação Cível no TJ-MS. A seguradora requereu que o pedido de
indenização fosse julgado improcedente, isso em virtude da empresa recorrida
ter assumido compromisso de rastreamento em contrato.
Portanto, a parte recorrida tinha ciência da necessidade do gerenciamento
de risco, afirmando que seus veículos seriam rastreados e monitorados.
Entretanto, restou comprovado que o veículo, no momento do roubo, não estava
sendo rastreado.
Gerenciamento de risco
Segundo o relator do recurso, Des. Claudionor Miguel Abss Duarte, o fato
incontroverso é que a empresa segurada ora recorrida é empresa de grande porte,
que atua no ramo de bebidas desde o ano de 2005 e que, nessas condições, tem
conhecimento de que sua mercadoria (bebidas) é passível de roubo/furto.
Verifica-se que a empresa segurada agravou o risco na medida em que
confessou que seu caminhão, no momento do roubo, não estava sendo monitorado
via satélite, conforme confessou o motorista. Por isso, dessa forma, descumpriu
a cláusula de gerenciamento de risco.
Diante dos fatos, o desembargador-relator, acompanhado pela demais membras
da Câmara, acolheram o recurso de apelação da seguradora, isentando-a do
pagamento de indenização.
Corretoras de Seguros fazem grandes fusões para crescer
Matéria publicada pelo Valor Econômico nesta terça-feira, 25, informa que,
no Brasil, a tendência de fusões e aquisições entre grandes corretoras de
seguros tende a se intensificar. Em março, a Aon, maior Corretora do Mundo,
adquiriu a Willis Towers, em um negócio de US$ 30 bilhões.
No Brasil, as duas corretoras, que são de origem britânica, atuam
fortemente no mercado corporativo, principalmente nas áreas de saúde, vida e
previdência. No final de 2019, a Aon administrava uma carteira com 2,8 milhões
de planos de saúde corporativos e a carteira da Willis nesse segmento de
negócios era de 1,6 milhão de planos.
Ainda de acordo com o Valor, a união permite algumas complementaridades
entre as corretoras. A Willis possui uma área muito forte de consultoria em
recursos humanos, com políticas de benefícios e remuneração, mas também de
inclusão e diversidade, diz Marcelo Homburger, CEO da Aon.
A corretora Aon possui 5 mil clientes corporativos no Brasil e 12 mil
pequenas e médias empresas. Em 2019 a carteira de prêmios totalizou R$ 7,5
bilhões, sendo R$ 5 bilhões provenientes de operações de saúde, vida e
previdência e os demais R$ 2,5 bilhões em seguros de riscos comerciais, como
garantias de crédito, infraestrutura, responsabilidade civil de executivos e
ataques cibernéticos.
No primeiro semestre de 2020, de acordo com o Valor, a arrecadação da
corretora com prêmios cresceu 6,5%. A expansão se deu principalmente com a
incorporação de novos clientes, empresas do setor financeiro, logístico e de
comércio eletrônico, informa Homburger.
A incorporação da Willis pela Aon foi uma resposta a um movimento
anterior, realizado no final de 2018, quando a americana Marsh & McLennan
adquiriu a inglesa Jardine Lloyd Thompson (JLT) formando a maior corretora
global, com vendas anuais superiores a US$ 17 bilhões.
Por outro lado, a Marsh incorporou os negócios da JLT. Para Eugênio
Paschoal, CEO da Marsh Brasil, essa parceria proporcionou importante
complementaridades aos negócios da Marsh Brasil. A JLT é forte em segmentos
específicos como construção, energia, riscos marítimos, portos e terminais, o
que dá mais diversidade a nossa oferta em riscos industriais e de
infraestrutura, afirma o executivo. No Brasil, 400 profissionais da JLT passaram
a compor o quadro da Marsh, que agora soma 1.700 pessoas.
A Marsh também fez duas aquisições no mercado brasileiro. Em 2017 comprou
a AD Corretora, especializada em pequenas e médias empresas principalmente do
setor sucroenergético, com forte presença no interior paulista. Mais
recentemente, em junho, a Marsh adquiriu a corretora paulista Euroamerica, com
atuação em seguros patrimoniais, responsabilidade civil e riscos de engenharia
e infraestrutura.
Corretoras brasileiras também estão recorrendo a aquisições para escalar
suas atividades. No final de junho a paulista Alper Consultoria de Seguros
comprou a Transbroker Corretora, especializada em seguros de carga, por R$ 58
milhões.
Outra corretora brasileira sondando oportunidades é a It’s Seg,
especializada nos segmentos de saúde e vida. Temos pelo menos 10 corretoras na
mira. A aquisição ou não vai depender da oportunidade, diz o CEO Thomas
Menezes.
Fonte: CQCS
CPFL abre inscrições para projetos sociais em eficiência energética
Critérios de seleção incluem potencial de escala do negócio, diferencial
competitivo e impacto social para comunidades de baixa renda
A CPFL Energia está selecionando iniciativas de todo o Brasil que apresentem
soluções inovadoras em eficiência energética para comunidades de baixa renda de
suas áreas de concessão. A ação faz parte do programa CDHU Caixa Blindada,
realizado pela CPFL Paulista e CPFL Piratininga, com investimento de mais de R$
500 mil para as regiões de Campinas, Ribeirão Preto e São Vicente.
Os critérios de seleção incluem o potencial de escala do negócio,
diferencial competitivo e impacto social. Para apoiar o desenvolvimento das
ações que serão implementadas em formato piloto, a companhia também selecionará
Organizações da Sociedade Civil (OSCs) com atuação relevante nas localidades.
As inscrições vão até 3 de setembro e valem para empreendedores de
qualquer localidade do Brasil. O edital, a FAQ e o formulário de inscrição
estão disponíveis no site do programa CPFL Comunidade. A iniciativa é uma
parceria da CPFL com o Quintessa, que há dez anos apoia negócios de impacto e
trabalha com desafios sociais e ambientais no país.
Para participar, a equipe precisa ser composta por integrantes maiores de
18 anos, com CNPJ, sede no Brasil e solução pronta para ser implementada ao
longo de dois meses e que se encaixe em ao menos uma das cinco áreas:
eficiência energética para residências; fontes sustentáveis para geração;
gestão sustentável e financeira; desenvolvimento para conjuntos habitacionais e
economia circular de materiais da empresa.
Os projetos serão avaliados entre agosto e setembro e quatro serão
escolhidos em última instância para realizar a ação piloto, com R$ 200 mil a serem divididos para a implementação da
solução, suporte e mentoria do Quintessa e da CPFL, além de poder realizar
relacionamento, networking e gerar impacto positivo nas comunidades onde a
proposta for implementada.
Baixa Renda CDHU / Também promovido a partir do programa de Eficiência
Energética da Aneel, o projeto Baixa Renda CDHU tem como objetivo substituir
equipamentos obsoletos por modelos mais eficientes e sustentáveis, num
investimento total de R$ 2,2 milhões aos moradores de condomínios dos
municípios em que a CPFL atua conceitos de consumo consciente e sustentável de
energia elétrica.
Cinco condomínios já receberam as ações de automação para abertura das
fechaduras com geração e inserção de senhas randômicas, sensores de abertura
das portas para casos de elevação da temperatura, choques mecânicos intensos na
estrutura e detecção de fumaça, além da instalação de medidores individuais
para cada apartamento, telemedidos e telecomandados.
Ao todo serão 45.460 lâmpadas de LED, 5 motobombas e 30 postes Litro de
luz instalados, informa a empresa.
Fonte: Canal Energia
Melhora das projeções sinaliza que crise pode ser menos pior do que o
previsto
A projeção mediana para o crescimento do PIB subiu mais uma semana de
-5,52% para – 5,46%. Para o ano de 2021, a projeção foi mantida em 3,50%
Expectativas com a melhora do desempenho do PIB segue dando o tom do
boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, mas ainda há
incertezas em relação ao desempenho da economia a partir do último trimestre,
comenta Pedro Simões, economista do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, a
Confederação das Seguradoras, no boletim Acompanhamento das Expectativas
Econômicas semanal feito pela Superintendência de Estudos e Projetos (Suesp) da
CNseg.
Segundo Simões, as incertezas pairam principalmente em cima do complexo
equilíbrio político e fiscal. O ministério da Economia tem demandas, como
cumprir o teto de gastos, mas precisa mantar a economia girando ao mesmo tempo.
Como mostram dados da pesquisa PNAD Covid-19 de julho, divulgados na semana
passada pelo IBGE, a parcela de domicílios que receberam algum auxílio
emergencial relacionado à pandemia chegou a 44,1%. Em alguns estados do Norte e
do Nordeste esse percentual ultrapassa os 60%. O custo é alto, do ponto de
vista de gastos, mas movimenta a economia neste período de isolamento social,
beneficiando vários outros indicadores, citou ele ao blog Sonho Seguro.
Esta semana vai ser importante em termos políticos. O ministro Paulo
Guedes pretende lançar ainda nesta semana o pacote econômico apelidado de Big
Bang, o Pró-Brasil, com o Renda Brasil combinado a medidas de cortes de
despesas, obras públicas, estímulos ao emprego, bem como atração de
investimentos privados. A ideia era lançar dia 25, mas algumas medidas ainda
precisam ser finalizadas antes do anúncio. Também está na reta final a
elaboração do Orçamento de 2021, que será enviado ao Congresso até o dia 31.
Temos aqui um campo das disputas de interesses que terão de ser equilibrados e
o mercado todo está de olho neste tema, que pode impactar nas projeções de
vários indicadores, explicou.
A semana passada foi marcada por volatilidade relativamente alta nos
mercados. Externamente, a maior fonte de volatilidade foi a ata do Fed, o Banco
Central dos EUA, considerada pessimista quanto à recuperação da economia
americana pelos analistas. Internamente, houve a tensão política gerada pela
derrubada, pelo Senado Federal, do veto presidencial ao reajuste de servidores
públicos até 2021.
Apesar disso, as sinalizações ao final da semana se tornaram mais
positivas que negativas. Nesse cenário, as projeções para a retração do PIB
deste ano continuam a melhorar, ainda embaladas por dados para o nível de
atividade em junho considerados positivos.
No comentário da semana passada, enfatizamos que, apesar dos dados de
junho já garantirem uma recuperação contratada para o 3o trimestre, resultado
do carregamento estatístico (que no caso do IBC-Br garante um crescimento de
3,7% da economia no período), permanecem grandes incertezas em relação ao
desempenho da economia a partir do último trimestre, principalmente por conta
do complexo equilíbrio político e financeiro entre demandas diretamente opostas
de disciplina fiscal, com a manutenção de mecanismos que se mostraram
importantes para garantir a estabilidade da economia e a queda dos juros nos
últimos anos, como o teto de gastos e a regra de ouro, e mais gastos sociais e
de obras em infraestrutura.
Em relação a isso, alguns sinais positivos não passaram desapercebidos
pelos analistas. Após eficiente investida, em que se demonstrou boa capacidade
de articulação, o governo, juntamente lideranças dos partidos do chamado
Centrão e o presidente da Câmara dos Deputados, conseguiram manter a proibição
ao reajuste dos servidores públicos que havia sido derrubada no Senado.
Além disso, em uma nova demonstração de acomodação dos diversos interesses
que pode favorecer as expectativas, é esperado para amanhã o anúncio do
Programa Pró-Brasil, que deverá englobar uma versão da reforma administrativa,
a desoneração da folha de salários das empresas e a criação da renda mínima, o
Renda Brasil, que pretende agregar diversos programas de transferência,
ampliando-os de modo a alcançar grande parte da população vulnerável que se
tornou visível com o Auxílio Emergencial.
Segundo dados da PNAD Covid-19 de julho, divulgados na semana passada pelo
IBGE, a parcela de domicílios que receberam algum auxílio emergencial
relacionado à pandemia chegou a 44,1% em julho. Em alguns estados do Norte e do
Nordeste esse percentual ultrapassa os 60%. Com esses sinais, a projeção
mediana para o crescimento do PIB subiu mais uma semana de -5,52% para – 5,46%.
Para o ano de 2021, a projeção foi mantida em 3,50%.
A projeção para o IPCA voltou a subir ligeiramente, para 1,71% ao final
deste ano, mas ainda muito abaixo do piso da meta estabelecida pelo CMN para
este ano, que é de 2,5% (1,5p.p. abaixo do centro da meta, de 4,0%). Ao mesmo
tempo, aprofundou-se a divergência entre a projeção para a inflação medida pelo
IPCA e pelo IGP- M, cuja expectativa para este ano subiu para 9,36% após a
divulgação da segunda prévia de agosto. As projeções para a Selic permaneceram
em 2% para o final deste ano, mas, após caírem para 2,75% para o final de 2021
na semana passada, voltaram a subir para 3,00%.
Tal movimento pode representar tanto a expectativa de economia mais
aquecida após a recuperação do choque da pandemia quanto alguma expectativa de
maior compatibilidade entre a taxa de juros básica de curto prazo, a Selic, e
os juros longos, que continuam a subir, embutindo tanto a percepção de maior
risco fiscal quanto a própria ideia de que os juros devem ter que subir mais do
que se imagina em algum momento. No calendário econômico da semana, destaque
para a divulgação de diversos indicadores de confiança, além do IGP-M de
agosto, dos dados de crédito do Banco Central e da PNAD Contínua de julho, a
serem divulgados na sexta-feira (28/08).
Além disso, o ambiente político também deverá estar em destaque, com o já
mencionado lançamento do Pró-Brasil, anúncios de medidas para preservar o teto
de gastos com gatilhos para redução automática de despesas obrigatórias e
discussões sobre o Orçamento da União em 2021, que deve ser enviado pelo
governo ao Congresso até o dia 31 deste mês.
Fonte: CNSeg / Sonho Seguro
Passageiro que teve voo cancelado em razão da pandemia será reembolsado
sem multas
Juízo considerou que cliente não deu causa ao descumprimento do contrato,
que se deu em razão da excepcionalidade da situação causada pelo coronavírus.
Empresa de turismo terá de reembolsar valor integral, sem aplicação de
multas, pago por cliente por voo que acabou sendo cancelado em razão da
pandemia. Decisão foi homologada pela juíza de Direito Adriana Ayres Ferreira,
do 14° JEC de Curitiba/PR.
O reclamante conta que, visando assistir às oitavas de final de Tênis em
Miami, adquiriu passagens aéreas por meio da empresa de turismo para o trecho
Curitiba / Cidade do Panamá, no valor de R$ 6.341. Mas, em razão da pandemia, o
governo do Panamá proibiu os voos internacionais. Ante o cancelamento do voo, a
empresa de turismo ofereceu duas opções: a troca por outro voo ou o
cancelamento das passagens, ao que o cliente optou pelo cancelamento com
restituição do valor. Ao solicitá-la, por sua vez, obteve a indicação de que a
restituição seria de apenas R$ 1.433. Assim, pleiteou indenização por danos
morais e materiais.
A empresa, por sua vez, pontuou que TAC entre cias aéreas, MPF, ministério
da Justiça, Secretaria Nacional do Consumidor e Associação Brasileira das
empresas aéreas previu que, em caso de cancelamento e reembolso, seriam
aplicadas multas contratuais, sendo o remanescente reembolsado em até 12 meses.
Ao analisar a demanda, a juíza leiga Carolina Ferreira Friche considerou
que o pagamento de multa configuraria conduta abusiva, já que impediria a
efetiva reparação dos danos patrimoniais causados ao cliente, nos termos do
CDC, já que o mesmo não deu causa ao descumprimento do contrato.
Determinou, assim, o reembolso do valor integral pago pelo autor, mas com
observância do prazo para reembolso de 12 meses.
Quanto aos danos morais, a indenização foi negada porquanto a situação não
teria ultrapassado meros dissabores e infortúnios diários, sobretudo no
presente caso em que não configurada culpa da reclamada, em razão da
excepcionalidade da situação causada pelo coronavírus.
O projeto de sentença foi homologado pela juíza togada.
O advogado Guilherme Alberge Reis, da banca Reis & Alberge Advogados,
atua pelo consumidor.
Fonte: MigalhasOnLine
Por LGPD, empresas buscam seguro cibernético
Seguradoras já pagaram quase R$ 13 milhões em sinistros até junho deste
ano
Fonte: UOL News
Carro, saúde, casa são bens que costumamos proteger. Mas ameaças como
vazamento de dados e invasão de redes empresariais têm feito crescer a demanda
por outro tipo de seguro: o cibernético. Segundo a Superintendência de Seguros
Privados (Susep), as seguradoras brasileiras já pagaram quase R$ 12,9 milhões
de sinistros (ocorrências) até junho deste ano neste tipo de serviço. Para se
ter uma ideia de quanto está sendo acionado, esse mesmo valor em todo o ano
passado foi de R$ 145 mil.
A procura nos últimos meses também cresceu. Também de acordo com a Susep,
as empresas de seguros cibernéticos arrecadaram em prêmios (valor pago pelos
clientes) R$ 3,5 milhões em janeiro; em abril, houve queda, chegando a R$ 1,3
milhão; em junho veio nova alta, de R$ 4,1 milhões. Um dos motivos disso é a
Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Sancionada em julho, ela estabeleceu a criação da Agência Nacional de
Proteção de Dados (ANPD), responsável por fiscalizar e aplicar sanções. As
empresas devem se adequar à lei até a data que passará a valer, que pode ser
ainda neste mês ou no ano que vem. Já as sanções foram prorrogadas até agosto
de 2021 por causa de uma medida provisória do governo.
A percepção de riscos por parte das empresas também é outro fator que leva
à nova procura. 'Sem falar nos casos de empresas que enfrentaram crises
cibernéticas', diz Flávio Sá, gerente de linhas financeiras da AIG,
multinacional do setor. Isto é, quando o risco deixa de ser uma possibilidade e
se torna realidade.
Sá relata um caso de uma segurada da AIG que teve sua rede invadida. Os
invasores tiveram acesso a 2 mil arquivos com dados pessoas e corporativos. 'A
AIG ajudou a empresa a investigar o que ocorreu e cumprir os requisitos legais,
além da investigação forense. O cliente recebeu uma indenização no valor de R$
1,2 milhão', diz.
A gerente de linhas financeiras da corretora de seguros Willis Tower
Watson, Ana Albuquerque, diz que o crescimento vem desde o ano passado. A
empresa teve um aumento de 200% na procura por seguro cibernético em relação ao
mesmo período de 2018. 'Só no mês de dezembro estive com 20 solicitações de
apresentações para clientes', diz.
Além da promulgação da LGPD, ela aponta como motivo o 'aspecto de
governança corporativa', que é um conjunto de práticas norteadas pela
transparência, prestação de contas, equidade e responsabilidade corporativa.
Com o seguro, a empresa constrói credibilidade com clientes e acionistas.
Como contrata-se um seguro desses?
Ao ser procurada, a corretora avalia os riscos e as potenciais perdas da
empresa que quer contratar um seguro contra ataques cibernéticos;
Ela envia um questionário com perguntas sobre como os dados são tratados,
as ações em caso de interrupção de negócios e quais as prioridades da companhia
em termos de segurança digital;
Depois, a corretora busca no mercado qual a melhor cobertura para o perfil
da empresa;
Os riscos e o valor das apólices são calculados com base no perfil das
empresas.
'Se não tem um controle mínimo, não vai ter uma apólice de seguro', diz
Gustavo Galrão, coordenador de linhas financeiras da FenSeg (Federação Nacional
de Seguros Gerais). O mínimo varia de acordo com o porte e a natureza da
empresa.
Com hospitais e instituições financeiras, a exigência é mais rígida. A
empresa deve ter um comitê para discutir e gerenciar riscos, e criar dois
cargos: o DPO (do inglês, oficial de proteção de dados), responsável pela parte
jurídica; e outro pela parte de segurança da tecnologia da informação.
Custos
A seguradora leva em conta o porte da empresa e sua área de atuação, os
dados e transações que passam por suas redes e quais as ferramentas de proteção
de segurança que a empresa já tem operando.
'Para pequenas e médias empresas, custa de R$ 10 mil a R$ 30 mil por ano,
mas pode ultrapassar os R$ 100 mil, dependendo do setor de atuação, ou então
algumas centenas de milhares de reais, dependendo do tamanho da empresa', diz
Sá.
Quais empresas estão mais vulneráveis?
É possível separá-las em dois grupos: as industriais e as de prestação de
serviço. O primeiro, embora não tenha um base de dados rica, é alvo de ataques
que interrompem o negócio.
Seguradoras chamam esse tipo de prejuízo de Lucros Cessantes. Ou seja,
quando a produção para. O mais comum é o ransomware, no qual o criminoso invade
a rede e a bloqueia, liberando-a sob pagamento de resgate. 'É recomendado nunca
pagar o resgate, mas muitas vezes pagam e acontece do hacker não liberar o
acesso', diz Galrão.
No segundo grupo estão instituições financeiras, hospitais, plataformas de
vendas online e até as próprias seguradoras. Albuquerque fala que as
instituições financeiras são as que mais procuram a corretora.
Eles são alvos de hackers porque têm uma base de dados rica, com
informações sobre cartões de crédito ou sobre a saúde do paciente. Caso eles
sejam comprometidos, os efeitos são a perda de credibilidade e o prejuízo
financeiro. Custa cerca de US$ 100 dólares para notificar cada usuário, fora os
gastos jurídicos.
É só contratar e pronto?
Ter um seguro não livra as empresas das responsabilidades legais. O que a
apólice cobre são multas e indenizações, além de custos relacionados à
investigação do ataque (como a contratação de peritos técnicos), à notificação
a quem teve sua privacidade invadida e, em alguns casos, à gerência de imagem
da empresa por um profissional de relações públicas.
Para Renato Opice Blum, coordenador dos cursos de Proteção de Dados e
Direito Digital do Insper, 'todos os esforços possíveis devem ser feitos para
proteção e, por consequência, reparação de eventuais prejuízos que tenham sido
causados aos titulares dos dados'.
Em 2018, o Ministério Público constatou que a Netshoes sofreu um incidente
de segurança que comprometeu dados pessoais de dois milhões de clientes. Em
fevereiro de 2019, ela fez um acordo para pagar R$ 500 mil de indenização por
danos morais. Não houve vazamento de números e senhas de cartão de crédito dos
clientes, mas os criminosos tiveram acesso ao nome, email, CPF, data de
nascimento e histórico de compras deles. A Netshoes ainda teve de contatar por
telefone todos os dois milhões de consumidores que tiveram seus dados vazados.
Galrão diz que a adequação começa pela conscientização, pois muitas empresas
mal sabem da existência da lei. Outro problema é a cultura empresarial para a
contratação de seguros. Para Blum, adequar-se à LGPD é uma 'demonstração de boa
fé e diligência'.
Embora não seja obrigatório contratar um seguro ou uma corretora para estar
de acordo com a lei, fazê-los fornece à empresa um panorama de como ela
gerencia as informações e o nível de segurança deles. 'O papel da seguradora
não é de corrigir, mas de assumir o risco de acordo com o limite da apólice',
diz Galrão.
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Identificação e análise de riscos;
Mensuração de riscos de forma qualitativa;
Confecção da Matriz de Riscos;
Identificação e mensuração de vulnerabilidades;
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em Gestão de Riscos está baseado em três etapas: transferência, aplicação e
consolidação do conhecimento.
Durante todo o processo de aprendizado, o aluno terá acesso a uma série de
sessões de orientação online com nossos analistas.
1. Na primeira etapa, o profissional é apresentado aos principais
conceitos e técnicas da área de gestão de riscos por meio de videoaulas,
e-books, exercícios de perguntas e respostas e propostas de atividades
dirigidas.
2. Em seguida, nossos analistas apresentam uma série de templates, modelos
de entrevistas de risco, fichas e planilhas utilizadas no dia a dia do setor. O
profissional é estimulado a começar a aplicá-los imediatamente em seu negócio.
3. Na etapa final, o profissional passa por um aprofundamento dos
conhecimentos adquiridos. Isso acontece através de vídeos de dicas rápidas e
por meio da apresentação a um software que agilizará o processo de atualizações
futuras dos planos de risco da sua empresa.
Ao fim do curso, o profissional poderá ter a metodologia Análise de Riscos
Parametrizada implantada ou em avançado processo de implantação em sua empresa.
ATENÇÃO: O aluno pode desistir de participar do curso sem custos até sete
dias após a compra. Alunos que não conseguirem acompanhar o curso e não
comunicarem desistência no período de sete dias previsto em lei não serão
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Risco fiscal desafia otimismo com retomada em V para a economia brasileira
Ameaças vão da restrição fiscal à extensão do auxílio emergencial ao
desemprego elevado
Fonte: Bloomberg
Os sinais de retomada da economia brasileira têm se intensificado, mas são
desafiados por ameaças que vão da restrição fiscal à extensão do auxílio
emergencial ao desemprego elevado, além das incertezas sobre a evolução da
pandemia no país e no exterior.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que indicadores mostram uma
retomada em V da atividade após o Caged, divulgado na sexta-feira, mostrar a
criação de 131.010 empregos em julho, bem acima do esperado.
A economista-chefe do Banco Santander, Ana Paula Vescovi, ex-secretária do
Tesouro, não vê retomada econômica em V e recorre a um símbolo da matemática, a
raiz quadrada, para explicar o seu cenário. Um mergulho no segundo trimestre,
não tanto quanto se esperava, recuperação mais forte no terceiro trimestre e a
partir daí uma recuperação mais lenta, mais gradual, diz ela.
A restrição imposta pelo teto de gastos em meio à deterioração fiscal é um
obstáculo à continuidade da ajuda emergencial que vem ajudando na retomada da
economia, diz Marcelo Toledo, economista da Bradesco Asset Management.
Ele ainda vê como restrição a um maior crescimento o desemprego, que segue
acima do visto na recessão entre 2014 e 2016.
O cenário é de recuperação muito lenta e heterogênea porque o Brasil não
progrediu no controle do coronavírus e as pessoas devem manter uma poupança
precaucional ainda elevada, diz Tatiana Pinheiro, economista-chefe do BNP
Paribas Asset Management Brasil.
Para ela, a transferência de renda mais do que compensou a queda da massa
salarial, mas há muito setores que não são ligados às necessidades básicas com
desempenho inferior, como é o caso de serviços. O risco positivo ao cenário
seria o surgimento de uma vacina.
Economistas vêm aliviando as projeções de recessão após surpresas
positivas dos últimos meses nos dados da indústria e varejo. A projeção do
mercado para a contração da economia este ano chegou a atingir 6,54% em junho e
voltou para -5,46% na pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na
segunda-feira.
Setores como a agropecuária e mineração terão resultados bem razoáveis e
segmentos como construção e investimentos cairão menos que o previsto, diz
Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados. Entretanto, os riscos fiscais e
de mercado de trabalho permanecem e podem impedir uma recuperação de longo
prazo.
Clima econômico na AL apresentou melhora no 3º trimestre
Para indicador da FGV, região estaria entrando numa fase de recuperação.
Fonte: Monitor Mercantil
A situação está longe de ser boa, mas o Indicador de Clima Econômico (ICE)
da América Latina da Fundação Getulio Vargas (FGV) observou melhora no terceiro
trimestre de 2020, ao passar de 59,91 pontos negativos para 43,2 pontos
negativos. O índice continua na zona desfavorável do ciclo econômico, mas
apresenta um ganho de 16,7 pontos, em relação ao 2º trimestre, divulgou nesta
segunda-feira a FGV. A melhora no clima econômico é explicada pela reversão nas
expectativas, que passaram de pessimistas para otimistas, enquanto as
avaliações da situação atual pioraram.
Há uma unanimidade em relação à situação atual ainda ser grave, tanto que
o Indicador da Situação Atual (ISA) de Brasil, Chile, Equador, México, Paraguai
e Peru ficaram em 100 pontos negativos. Porém, os especialistas entendem que a
crise da Covid-19 é uma crise de choque de demanda e oferta, não é uma situação
permanente. Com certeza daqui a seis meses a perspectivas são de que esse
efeito já tenha passado. Mas o protecionismo comercial deve persistir, em
alguma medida, analisou Lia Valls, pesquisadora associada do FGV Ibre.
O ICE é uma média geométrica entre o ISA e o indicador de Expectativas
(IE). A diferença entre esses dois indicadores no terceiro trimestre, de 139,1
pontos, é a maior da série histórica. O ISA caiu entre o segundo e o terceiro
tri de 2020, de 89,6 pontos negativos para 98,0 pontos negativos. Já o IE
passou de 22,3 pontos negativos para 41,1 pontos positivos.
De acordo com as respostas dos especialistas consultados na pesquisa, a
crise teria chegado ao seu pior momento, mas daqui para a frente a economia da
região estaria entrando numa fase de recuperação.
Tendência
A sondagem perguntou aos especialistas se consideravam que a atual
tendência protecionista irá se manter após o fim da pandemia. Na América
Latina, mais da metade (59,8%) concorda parcialmente que o protecionismo
comercial deverá continuar pós-pandemia, enquanto 25,5% concordam plenamente.
Somente 3,1% discordam parcial ou plenamente. O Brasil segue o mesmo
comportamento, com 25% dos especialistas respondendo que concordam plenamente e
56,3% concordando parcialmente sobre o viés protecionista no comércio mundial.
No conjunto da América Latina, portanto, o cenário esperado no comércio mundial
é de um aumento do protecionismo.
Reação
A pesquisa também quis saber sobre fatores que podem ter impacto na
atividade econômica dos países. Segundo a economista Lia Valls, chama a atenção
duas das perguntas, sobre as medidas adotadas para minimizar os efeitos das crises
da saúde e da economia. Na América Latina, o percentual médio de ações
insuficientes no combate à pandemia ficou em 52,8%, e em medidas de proteção à
economia foi de 45,4%. Nesse item, resultados acima dos 50 são fatores
importantes, e abaixo dos 50 não possuem relevância.
Em nações como o Brasil e a Argentina, essas respostas foram bem
diferentes nos dois quesitos: no Brasil, para 23,5% as respostas econômicas
foram insuficientes, enquanto para 70,6% o combate à pandemia deixou a desejar
(foram insuficientes). Na Argentina ocorreu o inverso: para 0,0% o combate à
crise sanitária foi insuficiente, ou seja, por unanimidade o governo fez o que
era correto, mas esse percentual ficou em 63,6% quando o assunto foi economia.
Chile, Colômbia e Uruguai apresentaram os mais baixos percentuais de
insuficiência no combate às crises em relação aos demais países, ficando abaixo
da média da América Latina.
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