PIB do Brasil registra forte queda de 9,7% no 2º trimestre
01, Set. 2020
Premiação 2020 Insurance Corp Awards
Acontece nesta quarta-feira (02 de setembro), a partir das 18
horas, com transmissão pelo Youtube, a entrega do Prêmio INSURANCE CORP AWARDS.
A premiação, em sua segunda edição, é amparada na pesquisa
realizada entre profissionais de seguradoras, resseguradoras, corretores,
brokers de resseguro e entidades do segmento.
Categorias avaliadas:
Agilidade na aceitação de riscos
Agilidade na liquidação de sinistros
Consciência ambiental
Contribuição para a diversidade entre pessoas
Inovação de valor
Inovação tecnológica
Melhores critérios de subscrição
Posicionamento estratégico
Suporte comercial
Executivo do Ano
Os participantes da pesquisa foram convidados a avaliar também,
segmentos que prestam serviços especializados ou complementares ao setor.
O diferencial da premiação está na forma escolhida para
apreciação, formato inédito no segmento. Todos os destaques foram indicados por
meio de votos dos pesquisados (anônimos), segundo sua percepção em relação aos
serviços oferecidos pela empresa apreciada.
Crescimento da premiação
Esta edição do prêmio, experimentou um crescimento de mais de 150%
em número de respondentes da pesquisa e mais de 100% com relação às empresas
participantes, diante de realizada em 2019 em São Paulo.
O 2020 Insurance Corp Awards será a primeira premiação no formato
online do gênero, dentro da indústria de seguros.
Contamos com sua audiência e prestígio!
ANOTE NA SUA AGENDA: Data: 2 de setembro / Horário: 18 hs
Transmissão pelo canal da Revista Insurance Corp no Youtube. Vamos
juntos prestigiar Cristina Weiss Tessari-
CPFL Energia, que nesta edição do prémio foi reconhecida pelos seus
pares a Gestora de Riscos e Seguros do Ano.
Modernização do setor
elétrico é urgente
Reeleito para mais um
mandato, executivo fala dos principais temas do setor e das expectativas para o
futuro do setor
Reeleito recentemente para
mais um mandato à frente da diretoria da Academia Nacional de Engenharia,
Francis Bogossian, conversou com a Agência CanalEnergia sobre os planos para os
próximos anos e as perspectivas para o setor de energia. Ele disse que a
modernização do setor elétrico é urgente. O modelo do setor está ultrapassado
em relação ao avanço de outros países, no seu desenho de mercado, e não mais
atende adequadamente nossas necessidades, afirmou.
Em relação à ANE, disse que
neste novo período pretende dar continuidade às ações de valorização da
engenharia brasileira, de estímulo ao desenvolvimento de iniciativas que
contribuam para o crescimento do país e às ações de divulgação da Academia.
Veja abaixo a entrevista exclusiva:
Agência CanalEnergia / O
senhor acabou de ser reeleito para mais um mandato na presidência da ANE
(Academia Nacional de Engenharia). Qual são as perspectivas para esse novo
período. E qual o papel da Academia atualmente?
Francis Bogossian / A ANE tem como objetivo
promover o debate, a reflexão, a disseminação e a sugestão de ideias e
políticas relacionadas à formação e aperfeiçoamento de engenheiros, desenvolvimento
de tecnologias e inovação. Além disso, busca estreitar cada vez mais a relação
entre a engenharia e a ciência.
Nesta gestão, pretendo,
junto com o apoio da diretoria e de todos os acadêmicos, dar continuidade às
ações de valorização da engenharia brasileira, de estímulo ao desenvolvimento
de iniciativas que contribuam para o crescimento do país e às ações de
divulgação da Academia.
Recentemente, atualizamos
nosso Estatuto e nosso Regimento Interno onde foi instituída a criação de cinco
Comitês Permanentes e Comitês Temporários, que podem ser criados a partir do
surgimento de alguma necessidade.
Os Comitês Permanentes são:
Educação, coordenado por Paulo Alcantara Gomes; Energia, sob o comando de Jerzy
Lepecki; Logística, com Maurício Renato Pina; Inovação, com José Castilho
Piqueira; e Saneamento, comandado por Jerson Kelman. Todos em plena atividade,
preparando estudos sobre pontos relevantes para o País. O Comitê de Saneamento
vai discutir o marco legal do saneamento, o Comitê de Logística planeja, entre
outros aspectos, organizar um evento para debater a matriz de transporte
brasileira; no Comitê de Educação, especialistas discutem a formação do
engenheiro do século XXI. Enfim, as perspectivas de trabalho são grandes e
estamos otimistas. Acredito que a Academia dará grande contribuição ao País.
Também estamos com a
possibilidade de realização de um convênio junto ao Ministério de Ciência e
Tecnologia com o objetivo de desenvolver uma parceria para o Fortalecimento da
Engenharia Nacional, principalmente seu arcabouço científico e tecnológico.
Agência CanalEnergia / A ANE
tem um Comitê dedicado à energia. Poderia falar um pouco do trabalho deste
Comitê. Qual o objetivo dele e temas em debate? Quem faz parte desse Comitê?
Francis Bogossian / O Comitê Permanente de
Energia (CPE), coordenado pelo Acadêmico Jerzy Lepecki, sempre foi muito ativo
e, cumprindo objetivos definidos em nosso Estatuto Social, propõe temas para
posicionamentos da ANE. Só para falar de temas recentes que foram objeto de
estudos pelo CPE e posicionamentos pela ANE: i) Modernização do setor elétrico,
análise do PLS 232/16; ii) Geração Distribuída, Subsídios à geração
fotovoltaica (janeiro de 2020); iii) Estratégia para soluções de mitigação.
Covid-19 e o setor elétrico (abril de 2020), e iv) Capitalização da Eletrobras,
Pontos de atenção (julho 2020). Até o fim deste ano o CPE deverá estudar a Nova
Lei do Gás, o Código Brasileiro de Energia Elétrica e voltar ao assunto da
modernização do setor, agora estudando o MRE, a separação lastro energia e a
racionalização dos encargos setoriais. Claro que se surgirem assuntos de maior
urgência, a coordenação do CPE pode sugerir uma alteração de prioridades. É um
Comitê com grande número de participantes, todos extremamente capacitados, mas
só para citar dois: Jerson Kelman, ex ANEEL, ANA, LIGHT, SABESP e o Altino
Ventura Filho, ex Eletrobras, MME e Itaipu.
Agência CanalEnergia / Como
o senhor vê o andamento da modernização do setor elétrico? Quais são os pontos
mais importantes na sua visão?
Francis Bogossian / De início, ressalto a
necessidade urgente da modernização. O modelo do setor está ultrapassado em
relação ao avanço de outros países, no seu desenho de mercado, e não mais
atende adequadamente nossas necessidades. Tivemos crise por sub contratação das
distribuidoras e agora temos por sobre contratação, em ambas gerando
empréstimos bilionários lastreados nas tarifas pagas pelos consumidores finais.
Mecanismos legais contidos no PLS 232/16 poderiam, se implantados, ter mitigado
os efeitos sobre preços e tarifas. A correta alocação de custos e riscos é uma
necessidade premente e a abertura ampla do mercado é um desejo de consumidores.
Assim, embora com todos os cuidados necessários, deve ser implantada em sua
plenitude dentro de um cronograma acelerado. Também é motivo de preocupação a
precisa precificação dos atributos de cada uma das fontes para geração de
energia. Como o Brasil tem recursos energéticos abundantes, acredito que
tenhamos espaço para todas as fontes em nossa matriz, mas sem reservas de
mercado ou de subsídios e sim por razões de ordem técnica e econômica.
Agência CanalEnergia / O
governo pretende realizar a capitalização da Eletrobras, reduzindo assim a sua
participação na companhia. Qual sua avaliação do processo que está sendo encaminhado?
Existe preocupações com essa privatização?
Francis Bogossian / O modelo proposto, neste
momento, terá um grande custo político para ser aprovado e um ganho financeiro
relativamente pequeno. Vejo movimentações do governo redefinindo estratégias no
processo de aprovação do PL5877/2019, dando entrada pelo Senado Federal e não
mais pela Câmara dos Deputados e o Ministro Bento Albuquerque sinalizando que
modificações, para facilitar sua aprovação, serão introduzidas no projeto tal
como hoje o conhecemos. Logo, a maior preocupação será a de conhecermos tais
modificações para conseguirmos emitir uma opinião. Dada a relevância do
assunto, a ANE, por intermédio do CPE, acompanhará a tramitação do PL.
Agência CanalEnergia / O
setor elétrico, como todos os segmentos da economia, também foi afetado pela
pandemia da Covid-19. O governo teve que lançar mão de uma linha de
financiamento para sustentar o setor, a Conta-Covid. Qual sua avaliação da
resposta do setor e do governo aos efeitos da pandemia?
Francis Bogossian / Diante das
circunstâncias: crises sanitária e econômica, queda de carga, aumento de
inadimplência, modelo com ferramentas escassas para administrar a crise, o
governo agiu rápido e acertadamente ao atacar primeiro o aspecto financeiro das
distribuidoras. Nós mesmos da Academia, enviamos à ANEEL e ao Ministério de
Minas e Energia nossa proposta que previa, em um primeiro momento, o ataque à
questão financeira. Propusemos mais duas fases: avaliação econômica das
distribuidoras e uma terceira etapa de ajustes, caso a situação
econômico-financeira das distribuidoras continuasse em situação de
desequilíbrio. Recomendamos, ainda, verificar a existência de fundos setoriais
com valores represados que pudessem ajudar a diminuir a quantidade de recursos
e serem emprestados pelos bancos e, consequentemente, o impacto nas tarifas. As
nossas recomendações coincidiram com as ações do governo que, após buscar uma
solução financeira, agora analisa a situação econômica das distribuidoras e, ao
que tudo indica, usará recursos de fundos de modo a minimizar efeitos dos
empréstimos sobre as tarifas.
Agência CanalEnergia / Outro
ponto em debate é a geração distribuída. Temos iniciativas na Aneel e no
Congresso Nacional para revisão do quadro regulatório do segmento. A ANE tem
discutido o assunto? Qual a perspectiva quanto a esse debate?
Francis Bogossian / Também no caso da GD
discutimos o assunto no âmbito do CPE e da Diretoria. A discussão foi feita com
base em princípios tais como: necessidade de observar contratos legados,
adequada alocação de riscos e de custos, evitando subsídios cruzados,
remuneração correta de investimentos feitos. Nesse caso, comandos legais
contidos em projetos de lei em discussão no Congresso poderiam delimitar os
tipos de GD e evitar os embates que tivemos em passado recente. A GD e a
energia fotovoltaica terão, com certeza, sua inserção ampliada na matriz de
oferta de energia brasileira nos próximos anos. Portanto, defendemos que, no
menor espaço de tempo possível, a legislação seja aprovada e regulamentada, de
preferência, respeitando os princípios antes elencados.
Fonte: Canal Energia
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Exportação: conflitos entre
a carta de crédito e o seguro
Fonte: Blog do Rocha
A carta de crédito,
conhecida internacionalmente como Letter of Credit (L/C ou LC) é um instrumento
de garantia muito usado no comércio exterior. É uma forma de pagamento que
proporciona garantias, dando mais segurança tanto para o vendedor (exportador)
como para o comprador (importador).
Na exportação, a carta de
crédito é emitida por um banco estrangeiro, a pedido do importador (tomador do
crédito), a favor do vendedor-exportador brasileiro que receberá os recursos
diretamente do banco do importador. O banco emitente, em conformidade com
instruções do tomador do crédito compromete-se a efetuar um pagamento a um
terceiro (o beneficiário), desde que sejam cumpridos os termos e condições
descritos e vinculados à entrega dos documentos estipulados, principalmente
sobre a identificação do valor do crédito, beneficiário e endereço, prazo para
embarque da mercadoria, prazo de validade para negociação do crédito, porto de
embarque e de destino, discriminação da mercadoria, quantidades, embalagens,
permissão ou não para embarques parciais e para transbordo, conhecimento de
embarque, faturas, certificados, seguro, e outras ações pertinentes à
exportação.
O seguro de transporte
internacional é a proteção oferecida pelas companhias de seguros para garantir
os riscos de perdas e danos que possam ocorrer com as mercadorias durante a
viagem internacional. No Brasil, as seguradoras adotam os Incoterms® como
cláusula do contrato de seguro de transporte, já que o termo negociado indica
com precisão o momento da transferência de responsabilidade sobre a mercadoria
negociada, o que serve de base para definição do inicio e término da cobertura
do seguro.
A carta de crédito e o
seguro de transporte se cruzam, na medida em que o banco emitente da carta
estabelece uma série de garantias e exigências baseadas em condições
internacionais. Como a carta de crédito e o seguro são contratos distintos e
cada um possui seu objetivo próprio, muitas vezes os interesses são
conflitantes, e em relação as condições do seguro, se não bem esclarecidas e
escritas, pode resultar em prejuízos aos envolvidos na negociação.
Normalmente, os bancos
exigem na carta de crédito que o seguro seja contratado com as garantias das
cláusulas All Risks as per I.C.C. (A); Institute SRCC; Institute WAR; Institute
TPND (Insured Value), e cobertura desde o armazém do vendedor até o armazém do
importador (warehouse to warehouse).
Ao emitir um certificado de
seguro, a seguradora deve verificar se as exigências da carta de crédito estão
amparadas nas condições do seguro de transporte internacional aprovado pela
Superintendência de Seguros Privados (Susep), a fim de evitar o fornecimento de
um documento que pode não ser efetivo para o pagamento de uma eventual
indenização de sinistro. Um dos equívocos recorrentes na carta de crédito é
exigir a cobertura Warehouse to Warehouse, que significa que a cobertura
seja desde o armazém do exportador até o armazém do importador. Se na
exportação CIF, de acordo com a definição do Incoterms®, o exportador tem a
responsabilidade do pagamento das despesas do embarque, do frete, e do custo do
seguro até o porto de destino, ficando a partir desse momento os riscos e
custos sob responsabilidade do importador, obviamente a seguradora não deve
garantir um risco que não é de seu cliente (exportador).
A carta de crédito é uma das
formas de pagamento mais seguras, e o seguro é a garantia real de indenização
por perdas e danos acidentais.
Aparecido Rocha / insurance
reviewer
A quarentena e os gargalos
logísticos no Brasil
O Brasil é o terceiro maior
produtor de frutas do mundo, mas apenas o 23º no ranking de exportadores,
segundo a Abrafrutas (Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de
Frutas e Derivados). A venda do produto nacional ainda esbarra em questões
logísticas, cenário que foi agravado com a pandemia de coronavírus.
Cerca de 10% dos produtos
exportados dependem de aviões para chegar ao destino. Com o fechamento de
aeroportos durante a quarentena, frutas sensíveis e com menor tempo de vida
deixaram de embarcar.
A carga geralmente vai nos
porões de aviões de passageiros. Como não tivemos os voos, consequentemente não
tivemos essa exportação, afirma Guilherme Coelho, que é presidente da
Abrafrutas.
No primeiro semestre de
2020, o volume de frutas exportado pelo país caiu 5% em relação ao mesmo
período do ano passado, totalizando 399,8 milhões de quilos. Alguns itens, como
pêssegos e caquis, sofreram mais, com quedas acima dos 50%.
A expectativa é de
recuperação no segundo semestre quando, tradicionalmente, há maior volume de
exportação.
Guilherme Coelho produz há
25 anos mangas e uvas em sua fazenda de 200 hectares em Petrolina, Pernambuco.
Ele criou o plantio já de olho no potencial de venda para o exterior e hoje
envia seus produtos para destinos como Estados Unidos e Inglaterra.
Para isso, o agricultor teve
de obter certificados internacionais obrigatórios de boas práticas de higiene,
manuseio da fruta e cuidados com a mão de obra.
Como são produtos perecíveis
e de vida útil curta, toda a cadeia de transporte tem de funcionar muito bem,
diz Luiz Roberto Barcelos, sócio da Agrícola Famosa, em Mossoró, no Rio Grande
do Norte.
Precisamos de portos com boa
estrutura. Além disso, a liberação de carga pela Receita Federal e pelo
Ministério da Agricultura tem que correr bem para o navio não sair sem a fruta
por causa de burocracia.
Para exportar os melões
produzidos em sua propriedade, Barcelos também recorre ao transporte marítimo.
Quase 90% da produção é comprada por países europeus, entre eles Inglaterra,
Holanda e Espanha. São 8.000 hectares de plantação, onde ele também cultiva
melancias.
Ter dois mercados, o interno
e o externo, é melhor do que ter só um. Ainda mais para quem trabalha com
produto fresco, que é muito perecível, afirma Barcelos, que exporta seus
produtos desde 1995.
As exigências
fitossanitárias e as tarifas da exportação, contudo, acabam assustando boa
parte dos produtores brasileiros.
Para Barcelos, falta no
setor a cultura de vender para fora. Fica difícil porque o Brasil quase não tem
acordos bilaterais. São poucos os mercados abertos para gente, diz o produtor,
que reclama também da falta de registro por órgãos federais de defensivos
usados na lavoura, o que impede a obtenção dos documentos para exportação.
Entre as frutas mais
resistentes, a maçã tem 5% a 10% da sua safra exportada via navio. Chega a
passar 60 dias em uma embarcação para chegar em Bangladesh, por exemplo. Se o
destino for a Europa, são cerca de 20 dias de viagem.
É bom exportar porque nos
obriga a manter os melhores padrões. A exigência é tremenda, afirma Pierre
Nicolas Pérès, presidente da ABPM (Associação Brasileira de Produtores de
Maçã).
O setor fruticultor
brasileiro tenta conquistar novas fronteiras. Em breve, melões nacionais devem
ser enviados à China. Há negociações também para vender avocado para o Chile e
maçã para a Colômbia.
Durante a pandemia, houve um
crescimento na venda de cítricos, tanto para dentro quanto para fora do país.
Os produtores relacionam a alta à maior procura por alimentos fontes de
vitamina C.
As exportações de laranja
tiveram alta de 132% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período
de 2019, segundo a Abrafrutas. A venda de tangerinas para o exterior aumentou
158%, a de limões e limas, 12%, e a de kiwis, 25%.
Não sei o que vai ser do
mundo depois da pandemia, mas sei que as pessoas vão comer mais fruta porque
não tem nada mais saudável, diz Coelho.
Fonte: Folha SP
Seguro Fiança Locatícia
registra alta de 50% em emissão de prêmios
Algumas imobiliárias já
estão trabalhando apenas com o seguro para garantia de recebimento de aluguel
Fonte: Revista Apólice
O mercado imobiliário tem
registrado um aquecimento, apesar da pandemia. A venda e aluguel de imóveis
usados, em junho, foi a maior dos últimos cinco meses, 10% superiores à média
registrada em fevereiro, quando o país ainda não havia registrado casos de
covid-19. É o que aponta levantamento do Painel do Mercado Imobiliário (PMI).
Este cenário também puxou um forte aumento na procura pelo Seguro de Fiança
Locatícia, que vem crescendo em vendas ano a ano. No primeiro semestre de 2020,
foram vendidos no Brasil mais de R$360 milhões em prêmios de seguro, superando
em mais de 50% o que foi comercializado no mesmo período de 2019.
No Norte e Nordeste, foram
vendidos R$8 milhões em prêmios do produto, um acréscimo de 25,5% em relação ao
ano passado. Este seguro substitui o fiador no caso de locações residenciais e
comerciais, abrangendo a totalidade das obrigações do locatário, explica
Evandro Barroso, especialista em seguros e delegado do Sindicato das
Seguradoras Norte e Nordeste (Sindseg N/NE). Com a Fiança Locatícia, fica
garantido o pagamento de indenização, ao segurado, dos prejuízos que venha a
sofrer em decorrência da inadimplência do locatário em relação à locação do
imóvel mencionado na apólice, respeitadas as disposições, as coberturas e os
limites definidos em contrato.
São várias as vantagens
desta proteção. Para o inquilino, evita o constrangimento de pedir a familiares
ou amigos que sejam seus fiadores e o desembolso imediato da caução, além de
dar mais agilidade na aprovação do contrato. Para o estipulante, confere
segurança e comodidade nos processos de sinistro, e para o proprietário do
imóvel garante o recebimento dos alugueis e demais encargos (se contratados),
mesmo que o inquilino esteja inadimplente, afirma Barroso.
Algumas imobiliárias,
inclusive, já estão trabalhando apenas com o seguro para garantia de
recebimento de aluguel, dispensando opções como indicação de fiadores,
extremamente burocrática, ou depósito de caução, já que nem sempre o inquilino
terá o dinheiro equivalente a três meses de contrato para fazer o adiantamento.
Dispensa da análise de cadastro, que passa a ser feita pela seguradora; a
possibilidade de assistência jurídica da seguradora, caso seja necessário, e a
certeza do recebimento do aluguel garantindo a regularidade no recebimento da
taxa de administração do imóvel são alguns dos benefícios que o seguro traz
para as imobiliárias, completa Barroso.
Para o inquilino, para além
da independência e facilidade no pagamento parcelado, dependendo do serviço
contratado, há ainda mais vantagens. Nas coberturas adicionais, gastos do imóvel,
como água, luz, IPTU, condomínio, pintura e multas contratuais também podem
estar cobertos pelo valor do seguro fiança. Também pode ser adicionada a
assistência 24 horas, com serviços de chaveiro, reparos elétricos ou no sistema
hidráulico, entre outras emergências.
Mais de 250 mil
beneficiários deixam planos de saúde
Setor começa a registrar
estabilidade após sucessivas quedas em função da pandemia de Covid-19
Fonte: IESS / Sonho Seguro
Em três meses, o mercado
brasileiro de planos de saúde médico-hospitalares registrou perda de mais de
250 mil beneficiários, o que equivale a uma queda de 0,5%, constata a Nota de
Acompanhamento de Beneficiários (NAB), produzida pelo Instituto de Estudos de
Saúde Suplementar (IESS). No total, segundo a Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS), o segmento conta, agora, com 46,8 milhões de beneficiários.
Para José Cechin,
superintendente executivo do IESS, a leve queda de 0,2% em relação a julho do
ano passado pode representar uma tendência de estabilidade para os próximos
meses. No início da pandemia pelo novo Coronavírus, em fevereiro e março, houve
mais adesões do que cancelamentos aos planos médico-hospitalares. A partir de
abril, o setor passou a registrar sucessivas baixas, particularmente intensa em
maio e menos intensa em junho, resultado do elevado número de demissões,
interrupção de atividades, fechamentos de empresas ou ainda da perda de poder
aquisitivo, aponta. Claro que alguns números podem ser alterados pela Agência
em função das revisões por parte das operadoras, mas o leve saldo positivo no
mês de julho pode indicar que o mercado brasileiro começa a se estabilizar após
o forte impacto da crise sanitária, destaca.
O setor ainda deve ficar
alerta nos próximos meses, já que não é possível saber como todo o mercado
brasileiro irá se comportar. O que depende diretamente dos rumos que a Covid-19
irá tomar no Brasil, do comportamento das pessoas e das ações dos poderes
público e privado, completa o especialista. Apenas no Estado de São Paulo, 50
mil beneficiários deixaram de contar com o plano de saúde médico-hospitalar em
12 meses, o que equivale a quase metade de todos os vínculos rompidos no
período.
Cechin explica que o
comportamento do mercado de planos de saúde médico-hospitalares está
intimamente ligado ao saldo de empregos formais no País. O executivo destaca
que isso se deve ao fato de a maior parte ser de planos coletivos empresariais,
ou seja, aqueles oferecidos pelas empresas aos seus colaboradores. Além do
vínculo rompido, a redução da massa de rendimento das famílias também acaba por
influenciar sua capacidade de manter planos individuais e familiares ou mesmo
coletivos por adesão.
O pequeno saldo de
crescimento em julho aponta para a atenuação do aprofundamento da crise
econômica. Vale lembrar, no entanto, que a economia brasileira fechou 1,19
milhão de vagas de trabalho com carteira assinada no primeiro semestre de 2020,
segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Julho já
mostrou certo alívio, com o crescimento do emprego, mas a retomada intensa da
atividade econômica só virá após sanada a crise sanitária. Esperamos ter
entrado em um momento de estabilidade para que o setor volte a crescer no
futuro, conclui José Cechin.
A NAB consolida os mais
recentes números de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares e
exclusivamente odontológicos, divididos por estados, regiões, faixas etárias,
tipo de contratação e modalidade de operadoras.
Acesse o boletim na íntegra:
http://bit.ly/NAB_IESS
Planos exclusivamente
odontológicos
Entre 2016 e início de 2020,
o setor de exclusivamente odontológicos sempre se manteve à parte da
instabilidade nacional, com elevado ritmo de crescimento, ao contrário dos
médico-hospitalares. No entanto, esse segmento também sente os impactos do
atual momento.
Apesar de continuar em alta
no período de 12 meses encerrado em julho deste ano, com crescimento de 2,7%
(675 mil novos beneficiários), a modalidade registrou sucessivas quedas mensais
a partir de março. Só entre abril e julho, o segmento perdeu aproximadamente
320 mil vínculos, ou seja, baixa de 1,2%.
No período de três meses, a
maior queda foi registrada entre os planos coletivos. Essa categoria registrou
diminuição de 1,3%, o que equivale a 275 mil beneficiários.
Projeções do PIB melhoram
com notícias mais claras sobre auxílio emergencial
Fonte: CNseg / Sonho Seguro
A projeção mediana para a
variação do PIB subiu mais uma semana, de -5,46% para -5,28%. Para o ano de
2021, a projeção foi mantida em 3,5%
Apesar do noticiário
destacar o que temos chamado de ?desencontro? dos tempos da política e da
economia, uma leitura mais atenta dos acontecimentos da última semana revela um
cenário não tão desfavorável, afirma Pedro Simões, economista do Comitê de
Estudos de Mercado da CNseg, a Confederação das Seguradoras, no boletim
Acompanhamento das Expectativas Econômicas semanal feito pela Superintendência
de Estudos e Projetos (Suesp) da CNseg.
Para Simões, há sinais de
coalizão do governo em buscar um equilíbrio. O debate entre o Executivo e o
Ministério da Economia em relação ao Renda Brasil e mais investimentos em
infraestrutura e o teto de gastos está mais em como acomodar essas demandas em
um orçamento que resulte em resultados fiscais que inspirem confiança na
sustentabilidade da dívida pública. O Teto de Gastos assim cumpre um de seus
principais objetivos, que é explicitar a restrição orçamentária do governo.
O economista da CNseg
destaca a alta de dois pontos percentuais na projeção para o IGP-M este ano,
que chegou a 11,39%, ampliando uma diferença entre a inflação medida pelo IGP e
pelo IPCA. Isso que traz desafios para negócios em que há indexação por
diferentes índices, como é o caso de alguns segmentos do setor de seguros.
Acredito que podemos esperar novas altas nas projeções e isso pode realmente
aumentar desafios para negócios, afirmou.
Leia abaixo o texto completo
produzido pela CNseg: SUPERINTENDÊNCIA DE ESTUDOS E PROJETOS ? SUESP | estudos@cnseg.org.br
Após uma semana de muito
ruído na política, inclusive com o adiamento do anúncio de medidas do programa
Pró-Brasil e até especulações em relação à permanência do ministro da Economia,
as projeções de retração do PIB deste ano continuam a melhorar. Isso ocorre por
dois motivos principais:
i) os dados de atividades no
período mais agudo da crise provocada pela pandemia da Covid-19 não foram tão
ruins quanto o esperado nos cenários mais pessimistas (houve momento em que
algumas empresas de análise do mercado chegaram a projetar quedas de quase 10%
do PIB neste ano) e garantem uma recuperação consistente no 3o trimestre, ainda
que haja dúvidas daí para frente;
ii) apesar do noticiário
destacar o que temos chamado de desencontro dos tempos da política e da
economia, uma leitura mais atenta dos acontecimentos da última semana revela um
cenário não tão desfavorável.
Em primeiro lugar, fica
evidente que o Teto de Gastos está cumprindo uma de suas principais funções,
que é a de escancarar a restrição orçamentária do governo brasileiro, impondo
debates e escolhas. Dessa maneira, o conflito entre o Renda Brasil e mais
investimentos em infraestrutura e o Teto não reside tanto sobre como financiar
os programas, o que cortar ou que imposto criar, e mais sobre como acomodar
essas demandas em um orçamento que resulte em resultados fiscais que inspirem
confiança na sustentabilidade da dívida pública.
Em segundo lugar, a solução
encontrada para a questão do Renda Brasil, a extensão do Auxílio Emergencial
com valor menor até dezembro, dará tempo para que o programa que vier a suceder
o Bolsa Família seja melhor desenhado. E, mais, com a constatação de que não há
como acomodar o Renda Brasil no Teto sem custos econômicos e políticos, haverá
tempo também para um debate mais construtivo sobre o orçamento e para que se
negociem importantes reformas (como a tributária e a administrativa) como
contraponto ao aumento dos gastos sociais.
Além disso, a extensão do
Auxílio Emergencial diminui aquela incerteza que temos destacado a respeito da
economia ao final do ano. Uma retirada suave dos estímulos certamente é mais
favorável para a expectativa de crescimento. Assim, a projeção mediana para a
variação do PIB subiu mais uma semana, de -5,46% para -5,28%. Para o ano de
2021, a projeção foi mantida em 3,50%. A projeção para o IPCA voltou a subir
ligeiramente para 1,77% ao final deste ano.
Mas, após a divulgação do
IGP-M de agosto (aceleração para 2,74% no mês, com acumulado em 12 meses
chegando a 13,02%, sua maior taxa em 12 anos), a projeção para esse indicador
aumentou mais de 2p.p. esta semana, para 11,39%, ampliando uma diferença entre
a inflação medida pelo IGP e pelo IPCA que traz desafios para negócios em que
há indexação por diferentes índices.
No calendário econômico da
semana, destaque para o PIB do 2o trimestre, que será divulgado amanhã (01/09)
e para a produção industrial de julho, a ser divulgada na quinta- feira
(03/09), ambos pelo IBGE.
PIB do Brasil registra forte
queda de 9,7% no 2º trimestre, maior retração da série histórica iniciada em
1996
A expectativa era de que o
PIB brasileiro tivesse registrado um recuo de 9,2% no segundo trimestre na comparação
com os três primeiros meses do ano
Fonte: InfoMoney
O Produto Interno Bruto
(PIB) brasileiro teve queda de 9,7% no 2º trimestre de 2020 na comparação com o
1º trimestre, trazendo os impactos mais agudos da pandemia do coronavírus. Os
dados foram divulgados nesta terça-feira (1) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação a igual período
de 2019, o PIB caiu 11,4%. Ambas as taxas foram as quedas mais intensas da
série histórica, iniciada em 1996. No acumulado dos quatro trimestres
terminados em junho, houve queda de 2,2% em relação aos quatro trimestres
imediatamente anteriores.
A expectativa era de que o
PIB brasileiro tivesse registrado um recuo de 9,2% no segundo trimestre na
comparação com os três primeiros meses do ano, de acordo com projeção mediana
em pesquisa Bloomberg. Na comparação anual, a expectativa era de baixa de
10,7%, segundo a pesquisa Bloomberg.
O IBGE ainda revisou os
dados do PIB do primeiro trimestre de queda de 1,5% para de 2,5%.
Em valores correntes, o PIB
do no segundo trimestre de 2020 totalizou R$ 1,653 trilhão, sendo R$ 1,478
trilhão em Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 175,4 bilhões em
Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
A taxa de investimento no
segundo trimestre de 2020 foi de 15,0% do PIB, ficando abaixo da observada no
mesmo período de 2019 (15,3%).
No 1º semestre de 2020, o
PIB caiu 5,9% em relação a igual período de 2019. Nesta comparação, houve
desempenho positivo para a agropecuária (1,6%) e quedas na indústria (-6,5%) e
nos serviços (-5,9%).
Já na comparação trimestral,
entre os segmentos, a maior queda foi na indústria (-12,3%), seguida por
serviços (-9,7%). A agropecuária apresentou variação positiva de 0,4%.
Entre as atividades
industriais, destacam-se as quedas nas indústrias de transformação (-17,5%), na
construção (-5,7%), na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto,
atividades de gestão de resíduos (-4,4%) e nas indústrias extrativas (-1,1%).
Nos serviços, os resultados
negativos foram: outras atividades de serviços (-19,8%), transporte,
armazenagem e correio (-19,3%), comércio (-13,0%), administração, defesa, saúde
e educação públicas e seguridade social (-7,6%), Informação e comunicação
(-3,0%). Por outro lado, houve resultado positivo nas atividades financeiras,
de seguros e serviços relacionados (0,8%) e nas atividades imobiliárias (0,5%).
Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo (-15,4%), a despesa de
consumo das famílias (-12,5%) e a despesa de consumo do governo (-8,8%) caíram
em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Já as exportações de bens e
serviços cresceram 1,8%, enquanto as importações de bens e serviços recuaram
13,2% em relação ao primeiro trimestre de 2020.
Comparação com segundo
trimestre de 2019
Já na comparação anual,
entre as atividades, a agropecuária cresceu 1,2%, em relação a igual período de
2019, o que pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho de alguns
produtos da lavoura que possuem safra relevante no segundo trimestre e pela
produtividade, afirma o IBGE.
A indústria teve queda de
12,7%, a mais intensa da série histórica, nesta mesma basede comparação. A
atividade indústrias de transformação teve o pior resultado (-20,0%), outro
recorde negativo da série histórica, influenciado, principalmente, pelo recuo
na fabricação de veículos; de outros produtos de transporte; de máquinas e
equipamentos; e na indústria têxtil e de artigos de vestuário.
O segundo recuo mais intenso
veio da construção (-11,1%), corroborada pela redução da ocupação e da produção
de seus insumos.
A atividade de eletricidade
e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos apresentou queda de 5,8%,
explicada pela queda da economia como um todo. Em contrapartida, as indústrias
extrativas apresentaram variação positiva de 6,8%, com um aumento da extração
de petróleo. A extração de minérios ferrosos continua a cair, porém em taxas
menores.
Já serviços caiu 11,2% em
relação ao mesmo período de 2019, a maior queda já registrada na série
histórica. Os piores resultados foram em outras atividades de serviços (-23,6%)
e transporte, armazenagem e correio (-20,8%). Houve quedas em comércio
(-14,1%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social
(-8,6%) e Informação e comunicação (-3,2%). Por outro lado, atividades
financeiras, de seguros e serviços relacionados (3,6%) e atividades
imobiliárias (1,4%) apresentaram resultados positivos.
A despesa de consumo das
famílias teve contração de 13,5%, índice que representa a maior queda
registrada na série histórica. Este foi o segundo resultado negativo desta
comparação após 11 trimestres de avanço. O índice pode ser explicado pelo
isolamento social no país, proibição de funcionamento de algumas atividades
especialmente de serviços prestados às famílias, além queda da massa de
salarial no país no segundo trimestre de 2020, aponta o Instituto.
A formação bruta de capital
fixo recuou 15,2% no segundo trimestre de 2020 em relação ao mesmo período de
2019. A queda é justificada pelos resultados negativos registrados tanto na
produção interna de bens de capital quanto na construção. A despesa de consumo
do governo teve queda de 8,6% em relação ao segundo trimestre de 2019.
No setor externo, as
exportações de bens e serviços cresceram 0,5%, enquanto as importações de bens
e serviços recuaram 14,9% no segundo trimestre de 2020.
Eleições nos EUA respingam
na economia do Brasil
Trump mira reeleição e reduz
importação do aço brasileiro
O presidente Donald Trump
reduziu a cota de importação de aço semi-acabado do Brasil, revendo um acordo
firmado em 2018. Não houve alteração nas tarifas.
As exportações de aço do
Brasil para os EUA totalizam anualmente US$ 2,6 bilhões (R$ 14 bilhões). Cerca
de 85% do volume total, o equivalente a 3,5 milhões de toneladas, são de
semi-acabado que servem de matéria-prima para a indústria americana.
A proclamação que
oficializou a mudança foi assinada por Donald Trump na sexta-feira (28) e
confirmada pelo governo brasileiro neste sábado (29).
A medida mantém a isenção de
tarifas sobre o comércio bilateral do produto intra-quota, a exemplo do que
ocorreu em 2019 como resultado de contato entre os presidentes Jair Bolsonaro e
Donald Trump, diz texto da nota conjunta emitida pelos ministérios da Economia
e das Relações Exteriores.
Com a pandemia do novo
coronavírus, houve queda na demanda em vários segmentos e as usinas americanas
passaram a ter ociosidade. Uma alternativa para muitas delas foi produzir aço
semi-acabado. Parte do setor, então, reivindicou que a gestão Trump adotasse
alguma medida para priorizar o produto nacional. Como Trump está em campanha
para a reeleição, a demanda foi atendida.
Segundo Marco Polo Lopes,
presidente executivo do Instituto Aço Brasil, entidade que representa a
indústria, houve uma negociação, ao longo dos últimos 25 dias, para formalizar
a redução da cota.
Na primeira manifestação, o
governo americano disse que precisava rever os embarques porque haveria
concentração de entregas. A entidade demonstrou que isso não ocorria. Os
americanos, então, deixaram claro que precisavam rever o acordo de 2018, sob
pena de terem inclusive de elevar a taxação.
Representantes da indústria
brasileira, então, avaliaram as entregas prevista e sugeriram a exportação de
cerca de um terço do permitido, o equivalente a 100 mil toneladas. O governo
americano veio com a contraposta de 60 mil toneladas e o acordo foi fechado.
As 3,5 milhões de toneladas
de semi-acabados são exportados do Brasil para os EUA em quatro parcelas: três,
que equivalem a 30% do total cada, e uma final de 10%.
Neste ano, o Brasil já
exportou 90% da cota. A restrição recai sobre parte dos 10% restantes, que
somam 350 mil toneladas que ainda poderiam ser embarcadas neste ano, a
indústria brasileira poderá enviar 60 mil toneladas. O destino das 290 mil
toneladas restantes volta a ser discutido em dezembro, diz Marco Polo.
Sendo sincero,
politicamente, o resultado foi positivo, diz Lopes. E a participação do
presidente Jair Bolsonaro foi decisiva. Ele ligou para Trump, explicou a
situação e a nossa percepção é que esse contato foi decisivo para que não
houvesse truculência do lado americano.
Apesar dos declarados laços
de amizade entre Bolsonaro e Trump, não é primeira vez que a corrente comercial
ligada ao processamento de minérios termina com perdas para o lado brasileiro.
Em 2018, o presidente norte-americano fixou tarifas sobre o aço e o alumínio
importados pelos EUA e o Brasil estava na lista de países prejudicados.
No caso do aço semi-acabado,
o Brasil negociou e trocou as tarifas por cotas equivalentes à média das
exportações de três anos anteriores, no caso dos aços semi-acabados.
A cota determina quanto de
aço semi-acabado pode ser exportado para os EUA sem pagamento de tarifas.
O governo brasileiro mantém
a firme expectativa de que a recuperação do setor siderúrgico dos EUA, o
diálogo franco e construtivo na matéria, a ser retomado em dezembro próximo, e
a excepcional qualidade das relações bilaterais permitirão o pleno
restabelecimento e mesmo a elevação dos níveis de comércio de aço semi-acabado,
completou o comunicado.
Essa perspectiva coaduna-se
com os atuais esforços conjuntos de integração ainda maior das economias dos
dois países, trouxe a nota.
Fonte: Folha SP
IRB: falta de liquidez pode
chegar a R$ 1,2 bi
Resseguradora faz realização
de recebíveis e venda ativos não financeiros.
Fonte: Monitor Mercantil
O IRB Brasil Re está com
falta de liquidez regulatória que chega a R$ 1,2 bilhão para atender exigências
da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Para resolver, a saída será
fazer operações como realização de recebíveis e da venda de ativos não financeiros.
O IRB acredita que isso poderá evitar uma nova capitalização, afirmaram
executivos da companhia nesta segunda-feira em uma teleconferência de
resultados sobre o segundo trimestre.
No sábado, a resseguradora
reportou um prejuízo líquido de R$ 685,1 milhões no segundo trimestre. Na
semana passada, a empresa concluiu um aumento de capital de R$ 2,3 bilhões.
Mas, perguntado por investidor sobre necessidade de um novo aumento de capital,
o presidente do conselho de administração e presidente-executivo interino da
empresa, Antonio Cassio dos Santos, disse que a ideia não faz sentido, reportou
a Reuters.
Segundo o executivo, somente
com a realização de recebíveis, o IRB poderia levantar cerca de R$ 500 milhões.
Além disso, a empresa pretende se desfazer de ativos não financeiros que não se
enquadram na categoria de ativos de liquidez.
As medidas são parte das
correções que a companhia está implementando para corrigir estragos causado por
fraudes contábeis nos últimos anos, que precederam a abertura de uma fiscalização
especial por parte da Susep em maio. Santos frisou que o IRB está com
indicadores sólidos do ponto de vista de solvência, mesmo para padrões
internacionais.
As ações do IRB já caíram
quase 80% neste ano. Não devemos ter recuperação forte da emissão de prêmios
nos próximos trimestres, disse na teleconferência o vice-presidente de relações
com investidores do IRB, Werner Süffert.
Aumento de capital
O IRB Brasil RE informou aos
seus acionistas e ao mercado em geral nesta segunda-feira que o seu Conselho de
Administração aprovou a homologação do aumento do capital social da companhia,
dentro do limite do capital autorizado, para a subscrição privada, conforme
aprovado na Reunião do Conselho de Administração realizada em 8 de julho de
2020, bem como a consignação do valor do novo capital social da companhia.
Em continuidade ao Fato
Relevante e Aviso aos Acionistas divulgado em 8 de julho de 2020 e aos
Comunicados ao Mercado divulgados em 17 e 26 de agosto de 2020, a resseguradora
informa que, em 28 de agosto de 2020, foi realizado leilão especial na B3 S.A.,
Brasil, Bolsa, Balcão, para venda das sobras das ações não subscritas no
Aumento de Capital Privado, em benefício da companhia.
Foram vendidas no leilão as
8.383.542 sobras de ações remanescentes, ao preço de R$ 7,05 por ação,
totalizando o valor de R$ 59.103.971,10. Neste contexto, o Conselho de
Administração homologou o Aumento de Capital Privado no valor de R$
2.300.000.000,00, dentro do limite do capital autorizado, mediante a emissão,
para subscrição privada, de 331.890.331 ações ordinárias. O valor adicional de
R$ 1.006.025,04, obtido com a venda das sobras de ações não subscritas, será
destinado à formação de reserva de capital, em conta de ágio na subscrição de
ações.
As Ações subscritas serão
creditadas em nome dos subscritores em até 3 (três) dias úteis após a
homologação, ocorrida na presente data, do aumento do capital social pelo
Conselho de Administração.
O início da negociação das
novas Ações na B3 ocorrerá após a homologação, na presente data, do aumento do
capital social pelo Conselho de Administração. 2 Uma vez apurada a posição
acionária, após a efetivação do Aumento de Capital Privado, a Companhia
procederá com todos os atos homologatórios regulatórios eventualmente
necessários, nos termos das normas regulatórias vigentes.