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PIB do Brasil registra forte queda de 9,7% no 2º trimestre

01, Set. 2020

Premiação 2020 Insurance Corp Awards

Acontece nesta quarta-feira (02 de setembro), a partir das 18 horas, com transmissão pelo Youtube, a entrega do Prêmio INSURANCE CORP AWARDS.

A premiação, em sua segunda edição, é amparada na pesquisa realizada entre profissionais de seguradoras, resseguradoras, corretores, brokers de resseguro e entidades do segmento.

Categorias avaliadas:

Agilidade na aceitação de riscos

Agilidade na liquidação de sinistros

Consciência ambiental

Contribuição para a diversidade entre pessoas

Inovação de valor

Inovação tecnológica

Melhores critérios de subscrição

Posicionamento estratégico

Suporte comercial

Executivo do Ano

Os participantes da pesquisa foram convidados a avaliar também, segmentos que prestam serviços especializados ou complementares ao setor.

O diferencial da premiação está na forma escolhida para apreciação, formato inédito no segmento. Todos os destaques foram indicados por meio de votos dos pesquisados (anônimos), segundo sua percepção em relação aos serviços oferecidos pela empresa apreciada.

Crescimento da premiação

Esta edição do prêmio, experimentou um crescimento de mais de 150% em número de respondentes da pesquisa e mais de 100% com relação às empresas participantes, diante de realizada em 2019 em São Paulo.

O 2020 Insurance Corp Awards será a primeira premiação no formato online do gênero, dentro da indústria de seguros.

Contamos com sua audiência e prestígio!

ANOTE NA SUA AGENDA: Data: 2 de setembro / Horário: 18 hs

Transmissão pelo canal da Revista Insurance Corp no Youtube. Vamos juntos prestigiar Cristina Weiss Tessari- CPFL Energia, que nesta edição do prémio foi reconhecida pelos seus pares a Gestora de Riscos e Seguros do Ano.

Modernização do setor elétrico é urgente

Reeleito para mais um mandato, executivo fala dos principais temas do setor e das expectativas para o futuro do setor

Reeleito recentemente para mais um mandato à frente da diretoria da Academia Nacional de Engenharia, Francis Bogossian, conversou com a Agência CanalEnergia sobre os planos para os próximos anos e as perspectivas para o setor de energia. Ele disse que a modernização do setor elétrico é urgente. O modelo do setor está ultrapassado em relação ao avanço de outros países, no seu desenho de mercado, e não mais atende adequadamente nossas necessidades, afirmou.

Em relação à ANE, disse que neste novo período pretende dar continuidade às ações de valorização da engenharia brasileira, de estímulo ao desenvolvimento de iniciativas que contribuam para o crescimento do país e às ações de divulgação da Academia. Veja abaixo a entrevista exclusiva:

Agência CanalEnergia / O senhor acabou de ser reeleito para mais um mandato na presidência da ANE (Academia Nacional de Engenharia). Qual são as perspectivas para esse novo período. E qual o papel da Academia atualmente?

Francis Bogossian / A ANE tem como objetivo promover o debate, a reflexão, a disseminação e a sugestão de ideias e políticas relacionadas à formação e aperfeiçoamento de engenheiros, desenvolvimento de tecnologias e inovação. Além disso, busca estreitar cada vez mais a relação entre a engenharia e a ciência.

Nesta gestão, pretendo, junto com o apoio da diretoria e de todos os acadêmicos, dar continuidade às ações de valorização da engenharia brasileira, de estímulo ao desenvolvimento de iniciativas que contribuam para o crescimento do país e às ações de divulgação da Academia.

Recentemente, atualizamos nosso Estatuto e nosso Regimento Interno onde foi instituída a criação de cinco Comitês Permanentes e Comitês Temporários, que podem ser criados a partir do surgimento de alguma necessidade.

Os Comitês Permanentes são: Educação, coordenado por Paulo Alcantara Gomes; Energia, sob o comando de Jerzy Lepecki; Logística, com Maurício Renato Pina; Inovação, com José Castilho Piqueira; e Saneamento, comandado por Jerson Kelman. Todos em plena atividade, preparando estudos sobre pontos relevantes para o País. O Comitê de Saneamento vai discutir o marco legal do saneamento, o Comitê de Logística planeja, entre outros aspectos, organizar um evento para debater a matriz de transporte brasileira; no Comitê de Educação, especialistas discutem a formação do engenheiro do século XXI. Enfim, as perspectivas de trabalho são grandes e estamos otimistas. Acredito que a Academia dará grande contribuição ao País.

Também estamos com a possibilidade de realização de um convênio junto ao Ministério de Ciência e Tecnologia com o objetivo de desenvolver uma parceria para o Fortalecimento da Engenharia Nacional, principalmente seu arcabouço científico e tecnológico.

Agência CanalEnergia / A ANE tem um Comitê dedicado à energia. Poderia falar um pouco do trabalho deste Comitê. Qual o objetivo dele e temas em debate? Quem faz parte desse Comitê?

Francis Bogossian / O Comitê Permanente de Energia (CPE), coordenado pelo Acadêmico Jerzy Lepecki, sempre foi muito ativo e, cumprindo objetivos definidos em nosso Estatuto Social, propõe temas para posicionamentos da ANE. Só para falar de temas recentes que foram objeto de estudos pelo CPE e posicionamentos pela ANE: i) Modernização do setor elétrico, análise do PLS 232/16; ii) Geração Distribuída, Subsídios à geração fotovoltaica (janeiro de 2020); iii) Estratégia para soluções de mitigação. Covid-19 e o setor elétrico (abril de 2020), e iv) Capitalização da Eletrobras, Pontos de atenção (julho 2020). Até o fim deste ano o CPE deverá estudar a Nova Lei do Gás, o Código Brasileiro de Energia Elétrica e voltar ao assunto da modernização do setor, agora estudando o MRE, a separação lastro energia e a racionalização dos encargos setoriais. Claro que se surgirem assuntos de maior urgência, a coordenação do CPE pode sugerir uma alteração de prioridades. É um Comitê com grande número de participantes, todos extremamente capacitados, mas só para citar dois: Jerson Kelman, ex ANEEL, ANA, LIGHT, SABESP e o Altino Ventura Filho, ex Eletrobras, MME e Itaipu.

Agência CanalEnergia / Como o senhor vê o andamento da modernização do setor elétrico? Quais são os pontos mais importantes na sua visão?

Francis Bogossian / De início, ressalto a necessidade urgente da modernização. O modelo do setor está ultrapassado em relação ao avanço de outros países, no seu desenho de mercado, e não mais atende adequadamente nossas necessidades. Tivemos crise por sub contratação das distribuidoras e agora temos por sobre contratação, em ambas gerando empréstimos bilionários lastreados nas tarifas pagas pelos consumidores finais. Mecanismos legais contidos no PLS 232/16 poderiam, se implantados, ter mitigado os efeitos sobre preços e tarifas. A correta alocação de custos e riscos é uma necessidade premente e a abertura ampla do mercado é um desejo de consumidores. Assim, embora com todos os cuidados necessários, deve ser implantada em sua plenitude dentro de um cronograma acelerado. Também é motivo de preocupação a precisa precificação dos atributos de cada uma das fontes para geração de energia. Como o Brasil tem recursos energéticos abundantes, acredito que tenhamos espaço para todas as fontes em nossa matriz, mas sem reservas de mercado ou de subsídios e sim por razões de ordem técnica e econômica.

Agência CanalEnergia / O governo pretende realizar a capitalização da Eletrobras, reduzindo assim a sua participação na companhia. Qual sua avaliação do processo que está sendo encaminhado? Existe preocupações com essa privatização?

Francis Bogossian / O modelo proposto, neste momento, terá um grande custo político para ser aprovado e um ganho financeiro relativamente pequeno. Vejo movimentações do governo redefinindo estratégias no processo de aprovação do PL5877/2019, dando entrada pelo Senado Federal e não mais pela Câmara dos Deputados e o Ministro Bento Albuquerque sinalizando que modificações, para facilitar sua aprovação, serão introduzidas no projeto tal como hoje o conhecemos. Logo, a maior preocupação será a de conhecermos tais modificações para conseguirmos emitir uma opinião. Dada a relevância do assunto, a ANE, por intermédio do CPE, acompanhará a tramitação do PL.

Agência CanalEnergia / O setor elétrico, como todos os segmentos da economia, também foi afetado pela pandemia da Covid-19. O governo teve que lançar mão de uma linha de financiamento para sustentar o setor, a Conta-Covid. Qual sua avaliação da resposta do setor e do governo aos efeitos da pandemia?

Francis Bogossian / Diante das circunstâncias: crises sanitária e econômica, queda de carga, aumento de inadimplência, modelo com ferramentas escassas para administrar a crise, o governo agiu rápido e acertadamente ao atacar primeiro o aspecto financeiro das distribuidoras. Nós mesmos da Academia, enviamos à ANEEL e ao Ministério de Minas e Energia nossa proposta que previa, em um primeiro momento, o ataque à questão financeira. Propusemos mais duas fases: avaliação econômica das distribuidoras e uma terceira etapa de ajustes, caso a situação econômico-financeira das distribuidoras continuasse em situação de desequilíbrio. Recomendamos, ainda, verificar a existência de fundos setoriais com valores represados que pudessem ajudar a diminuir a quantidade de recursos e serem emprestados pelos bancos e, consequentemente, o impacto nas tarifas. As nossas recomendações coincidiram com as ações do governo que, após buscar uma solução financeira, agora analisa a situação econômica das distribuidoras e, ao que tudo indica, usará recursos de fundos de modo a minimizar efeitos dos empréstimos sobre as tarifas.

Agência CanalEnergia / Outro ponto em debate é a geração distribuída. Temos iniciativas na Aneel e no Congresso Nacional para revisão do quadro regulatório do segmento. A ANE tem discutido o assunto? Qual a perspectiva quanto a esse debate?

Francis Bogossian / Também no caso da GD discutimos o assunto no âmbito do CPE e da Diretoria. A discussão foi feita com base em princípios tais como: necessidade de observar contratos legados, adequada alocação de riscos e de custos, evitando subsídios cruzados, remuneração correta de investimentos feitos. Nesse caso, comandos legais contidos em projetos de lei em discussão no Congresso poderiam delimitar os tipos de GD e evitar os embates que tivemos em passado recente. A GD e a energia fotovoltaica terão, com certeza, sua inserção ampliada na matriz de oferta de energia brasileira nos próximos anos. Portanto, defendemos que, no menor espaço de tempo possível, a legislação seja aprovada e regulamentada, de preferência, respeitando os princípios antes elencados.

Fonte: Canal Energia

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Exportação: conflitos entre a carta de crédito e o seguro

Fonte: Blog do Rocha

A carta de crédito, conhecida internacionalmente como Letter of Credit (L/C ou LC) é um instrumento de garantia muito usado no comércio exterior. É uma forma de pagamento que proporciona garantias, dando mais segurança tanto para o vendedor (exportador) como para o comprador (importador).

Na exportação, a carta de crédito é emitida por um banco estrangeiro, a pedido do importador (tomador do crédito), a favor do vendedor-exportador brasileiro que receberá os recursos diretamente do banco do importador. O banco emitente, em conformidade com instruções do tomador do crédito compromete-se a efetuar um pagamento a um terceiro (o beneficiário), desde que sejam cumpridos os termos e condições descritos e vinculados à entrega dos documentos estipulados, principalmente sobre a identificação do valor do crédito, beneficiário e endereço, prazo para embarque da mercadoria, prazo de validade para negociação do crédito, porto de embarque e de destino, discriminação da mercadoria, quantidades, embalagens, permissão ou não para embarques parciais e para transbordo, conhecimento de embarque, faturas, certificados, seguro, e outras ações pertinentes à exportação.

O seguro de transporte internacional é a proteção oferecida pelas companhias de seguros para garantir os riscos de perdas e danos que possam ocorrer com as mercadorias durante a viagem internacional. No Brasil, as seguradoras adotam os Incoterms® como cláusula do contrato de seguro de transporte, já que o termo negociado indica com precisão o momento da transferência de responsabilidade sobre a mercadoria negociada, o que serve de base para definição do inicio e término da cobertura do seguro.

A carta de crédito e o seguro de transporte se cruzam, na medida em que o banco emitente da carta estabelece uma série de garantias e exigências baseadas em condições internacionais. Como a carta de crédito e o seguro são contratos distintos e cada um possui seu objetivo próprio, muitas vezes os interesses são conflitantes, e em relação as condições do seguro, se não bem esclarecidas e escritas, pode resultar em prejuízos aos envolvidos na negociação.

Normalmente, os bancos exigem na carta de crédito que o seguro seja contratado com as garantias das cláusulas All Risks as per I.C.C. (A); Institute SRCC; Institute WAR; Institute TPND (Insured Value), e cobertura desde o armazém do vendedor até o armazém do importador (warehouse to warehouse).

Ao emitir um certificado de seguro, a seguradora deve verificar se as exigências da carta de crédito estão amparadas nas condições do seguro de transporte internacional aprovado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), a fim de evitar o fornecimento de um documento que pode não ser efetivo para o pagamento de uma eventual indenização de sinistro. Um dos equívocos recorrentes na carta de crédito é exigir a cobertura  Warehouse to Warehouse, que significa que a cobertura seja desde o armazém do exportador até o armazém do importador. Se na exportação CIF, de acordo com a definição do Incoterms®, o exportador tem a responsabilidade do pagamento das despesas do embarque, do frete, e do custo do seguro até o porto de destino, ficando a partir desse momento os riscos e custos sob responsabilidade do importador, obviamente a seguradora não deve garantir um risco que não é de seu cliente (exportador).

A carta de crédito é uma das formas de pagamento mais seguras, e o seguro é a garantia real de indenização por perdas e danos acidentais.

Aparecido Rocha / insurance reviewer

A quarentena e os gargalos logísticos no Brasil

O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, mas apenas o 23º no ranking de exportadores, segundo a Abrafrutas (Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados). A venda do produto nacional ainda esbarra em questões logísticas, cenário que foi agravado com a pandemia de coronavírus.

Cerca de 10% dos produtos exportados dependem de aviões para chegar ao destino. Com o fechamento de aeroportos durante a quarentena, frutas sensíveis e com menor tempo de vida deixaram de embarcar.

A carga geralmente vai nos porões de aviões de passageiros. Como não tivemos os voos, consequentemente não tivemos essa exportação, afirma Guilherme Coelho, que é presidente da Abrafrutas.

No primeiro semestre de 2020, o volume de frutas exportado pelo país caiu 5% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 399,8 milhões de quilos. Alguns itens, como pêssegos e caquis, sofreram mais, com quedas acima dos 50%.

A expectativa é de recuperação no segundo semestre quando, tradicionalmente, há maior volume de exportação.

Guilherme Coelho produz há 25 anos mangas e uvas em sua fazenda de 200 hectares em Petrolina, Pernambuco. Ele criou o plantio já de olho no potencial de venda para o exterior e hoje envia seus produtos para destinos como Estados Unidos e Inglaterra.

Para isso, o agricultor teve de obter certificados internacionais obrigatórios de boas práticas de higiene, manuseio da fruta e cuidados com a mão de obra.

Como são produtos perecíveis e de vida útil curta, toda a cadeia de transporte tem de funcionar muito bem, diz Luiz Roberto Barcelos, sócio da Agrícola Famosa, em Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Precisamos de portos com boa estrutura. Além disso, a liberação de carga pela Receita Federal e pelo Ministério da Agricultura tem que correr bem para o navio não sair sem a fruta por causa de burocracia.

Para exportar os melões produzidos em sua propriedade, Barcelos também recorre ao transporte marítimo. Quase 90% da produção é comprada por países europeus, entre eles Inglaterra, Holanda e Espanha. São 8.000 hectares de plantação, onde ele também cultiva melancias.

Ter dois mercados, o interno e o externo, é melhor do que ter só um. Ainda mais para quem trabalha com produto fresco, que é muito perecível, afirma Barcelos, que exporta seus produtos desde 1995.

As exigências fitossanitárias e as tarifas da exportação, contudo, acabam assustando boa parte dos produtores brasileiros.

Para Barcelos, falta no setor a cultura de vender para fora. Fica difícil porque o Brasil quase não tem acordos bilaterais. São poucos os mercados abertos para gente, diz o produtor, que reclama também da falta de registro por órgãos federais de defensivos usados na lavoura, o que impede a obtenção dos documentos para exportação.

Entre as frutas mais resistentes, a maçã tem 5% a 10% da sua safra exportada via navio. Chega a passar 60 dias em uma embarcação para chegar em Bangladesh, por exemplo. Se o destino for a Europa, são cerca de 20 dias de viagem.

É bom exportar porque nos obriga a manter os melhores padrões. A exigência é tremenda, afirma Pierre Nicolas Pérès, presidente da ABPM (Associação Brasileira de Produtores de Maçã).

O setor fruticultor brasileiro tenta conquistar novas fronteiras. Em breve, melões nacionais devem ser enviados à China. Há negociações também para vender avocado para o Chile e maçã para a Colômbia.

Durante a pandemia, houve um crescimento na venda de cítricos, tanto para dentro quanto para fora do país. Os produtores relacionam a alta à maior procura por alimentos fontes de vitamina C.

As exportações de laranja tiveram alta de 132% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2019, segundo a Abrafrutas. A venda de tangerinas para o exterior aumentou 158%, a de limões e limas, 12%, e a de kiwis, 25%.

Não sei o que vai ser do mundo depois da pandemia, mas sei que as pessoas vão comer mais fruta porque não tem nada mais saudável, diz Coelho.

Fonte: Folha SP

Seguro Fiança Locatícia registra alta de 50% em emissão de prêmios

Algumas imobiliárias já estão trabalhando apenas com o seguro para garantia de recebimento de aluguel

Fonte: Revista Apólice

O mercado imobiliário tem registrado um aquecimento, apesar da pandemia. A venda e aluguel de imóveis usados, em junho, foi a maior dos últimos cinco meses, 10% superiores à média registrada em fevereiro, quando o país ainda não havia registrado casos de covid-19. É o que aponta levantamento do Painel do Mercado Imobiliário (PMI). Este cenário também puxou um forte aumento na procura pelo Seguro de Fiança Locatícia, que vem crescendo em vendas ano a ano. No primeiro semestre de 2020, foram vendidos no Brasil mais de R$360 milhões em prêmios de seguro, superando em mais de 50% o que foi comercializado no mesmo período de 2019.

No Norte e Nordeste, foram vendidos R$8 milhões em prêmios do produto, um acréscimo de 25,5% em relação ao ano passado. Este seguro substitui o fiador no caso de locações residenciais e comerciais, abrangendo a totalidade das obrigações do locatário, explica Evandro Barroso, especialista em seguros e delegado do Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste (Sindseg N/NE). Com a Fiança Locatícia, fica garantido o pagamento de indenização, ao segurado, dos prejuízos que venha a sofrer em decorrência da inadimplência do locatário em relação à locação do imóvel mencionado na apólice, respeitadas as disposições, as coberturas e os limites definidos em contrato.

São várias as vantagens desta proteção. Para o inquilino, evita o constrangimento de pedir a familiares ou amigos que sejam seus fiadores e o desembolso imediato da caução, além de dar mais agilidade na aprovação do contrato. Para o estipulante, confere segurança e comodidade nos processos de sinistro, e para o proprietário do imóvel garante o recebimento dos alugueis e demais encargos (se contratados), mesmo que o inquilino esteja inadimplente, afirma Barroso.

Algumas imobiliárias, inclusive, já estão trabalhando apenas com o seguro para garantia de recebimento de aluguel, dispensando opções como indicação de fiadores, extremamente burocrática, ou depósito de caução, já que nem sempre o inquilino terá o dinheiro equivalente a três meses de contrato para fazer o adiantamento. Dispensa da análise de cadastro, que passa a ser feita pela seguradora; a possibilidade de assistência jurídica da seguradora, caso seja necessário, e a certeza do recebimento do aluguel garantindo a regularidade no recebimento da taxa de administração do imóvel são alguns dos benefícios que o seguro traz para as imobiliárias, completa Barroso.

Para o inquilino, para além da independência e facilidade no pagamento parcelado, dependendo do serviço contratado, há ainda mais vantagens. Nas coberturas adicionais, gastos do imóvel, como água, luz, IPTU, condomínio, pintura e multas contratuais também podem estar cobertos pelo valor do seguro fiança. Também pode ser adicionada a assistência 24 horas, com serviços de chaveiro, reparos elétricos ou no sistema hidráulico, entre outras emergências.

Mais de 250 mil beneficiários deixam planos de saúde

Setor começa a registrar estabilidade após sucessivas quedas em função da pandemia de Covid-19

Fonte: IESS / Sonho Seguro

Em três meses, o mercado brasileiro de planos de saúde médico-hospitalares registrou perda de mais de 250 mil beneficiários, o que equivale a uma queda de 0,5%, constata a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). No total, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o segmento conta, agora, com 46,8 milhões de beneficiários.

Para José Cechin, superintendente executivo do IESS, a leve queda de 0,2% em relação a julho do ano passado pode representar uma tendência de estabilidade para os próximos meses. No início da pandemia pelo novo Coronavírus, em fevereiro e março, houve mais adesões do que cancelamentos aos planos médico-hospitalares. A partir de abril, o setor passou a registrar sucessivas baixas, particularmente intensa em maio e menos intensa em junho, resultado do elevado número de demissões, interrupção de atividades, fechamentos de empresas ou ainda da perda de poder aquisitivo, aponta. Claro que alguns números podem ser alterados pela Agência em função das revisões por parte das operadoras, mas o leve saldo positivo no mês de julho pode indicar que o mercado brasileiro começa a se estabilizar após o forte impacto da crise sanitária, destaca.

O setor ainda deve ficar alerta nos próximos meses, já que não é possível saber como todo o mercado brasileiro irá se comportar. O que depende diretamente dos rumos que a Covid-19 irá tomar no Brasil, do comportamento das pessoas e das ações dos poderes público e privado, completa o especialista. Apenas no Estado de São Paulo, 50 mil beneficiários deixaram de contar com o plano de saúde médico-hospitalar em 12 meses, o que equivale a quase metade de todos os vínculos rompidos no período.

Cechin explica que o comportamento do mercado de planos de saúde médico-hospitalares está intimamente ligado ao saldo de empregos formais no País. O executivo destaca que isso se deve ao fato de a maior parte ser de planos coletivos empresariais, ou seja, aqueles oferecidos pelas empresas aos seus colaboradores. Além do vínculo rompido, a redução da massa de rendimento das famílias também acaba por influenciar sua capacidade de manter planos individuais e familiares ou mesmo coletivos por adesão.

O pequeno saldo de crescimento em julho aponta para a atenuação do aprofundamento da crise econômica. Vale lembrar, no entanto, que a economia brasileira fechou 1,19 milhão de vagas de trabalho com carteira assinada no primeiro semestre de 2020, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Julho já mostrou certo alívio, com o crescimento do emprego, mas a retomada intensa da atividade econômica só virá após sanada a crise sanitária. Esperamos ter entrado em um momento de estabilidade para que o setor volte a crescer no futuro, conclui José Cechin.

A NAB consolida os mais recentes números de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares e exclusivamente odontológicos, divididos por estados, regiões, faixas etárias, tipo de contratação e modalidade de operadoras.

Acesse o boletim na íntegra: http://bit.ly/NAB_IESS

Planos exclusivamente odontológicos

Entre 2016 e início de 2020, o setor de exclusivamente odontológicos sempre se manteve à parte da instabilidade nacional, com elevado ritmo de crescimento, ao contrário dos médico-hospitalares. No entanto, esse segmento também sente os impactos do atual momento.

Apesar de continuar em alta no período de 12 meses encerrado em julho deste ano, com crescimento de 2,7% (675 mil novos beneficiários), a modalidade registrou sucessivas quedas mensais a partir de março. Só entre abril e julho, o segmento perdeu aproximadamente 320 mil vínculos, ou seja, baixa de 1,2%.

No período de três meses, a maior queda foi registrada entre os planos coletivos. Essa categoria registrou diminuição de 1,3%, o que equivale a 275 mil beneficiários.

Projeções do PIB melhoram com notícias mais claras sobre auxílio emergencial

Fonte: CNseg / Sonho Seguro

A projeção mediana para a variação do PIB subiu mais uma semana, de -5,46% para -5,28%. Para o ano de 2021, a projeção foi mantida em 3,5%

Apesar do noticiário destacar o que temos chamado de ?desencontro? dos tempos da política e da economia, uma leitura mais atenta dos acontecimentos da última semana revela um cenário não tão desfavorável, afirma Pedro Simões, economista do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, a Confederação das Seguradoras, no boletim Acompanhamento das Expectativas Econômicas semanal feito pela Superintendência de Estudos e Projetos (Suesp) da CNseg.

Para Simões, há sinais de coalizão do governo em buscar um equilíbrio. O debate entre o Executivo e o Ministério da Economia em relação ao Renda Brasil e mais investimentos em infraestrutura e o teto de gastos está mais em como acomodar essas demandas em um orçamento que resulte em resultados fiscais que inspirem confiança na sustentabilidade da dívida pública. O Teto de Gastos assim cumpre um de seus principais objetivos, que é explicitar a restrição orçamentária do governo.

O economista da CNseg destaca a alta de dois pontos percentuais na projeção para o IGP-M este ano, que chegou a 11,39%, ampliando uma diferença entre a inflação medida pelo IGP e pelo IPCA. Isso que traz desafios para negócios em que há indexação por diferentes índices, como é o caso de alguns segmentos do setor de seguros. Acredito que podemos esperar novas altas nas projeções e isso pode realmente aumentar desafios para negócios, afirmou.

Leia abaixo o texto completo produzido pela CNseg: SUPERINTENDÊNCIA DE ESTUDOS E PROJETOS ? SUESP | estudos@cnseg.org.br

Após uma semana de muito ruído na política, inclusive com o adiamento do anúncio de medidas do programa Pró-Brasil e até especulações em relação à permanência do ministro da Economia, as projeções de retração do PIB deste ano continuam a melhorar. Isso ocorre por dois motivos principais:

i) os dados de atividades no período mais agudo da crise provocada pela pandemia da Covid-19 não foram tão ruins quanto o esperado nos cenários mais pessimistas (houve momento em que algumas empresas de análise do mercado chegaram a projetar quedas de quase 10% do PIB neste ano) e garantem uma recuperação consistente no 3o trimestre, ainda que haja dúvidas daí para frente;

ii) apesar do noticiário destacar o que temos chamado de desencontro dos tempos da política e da economia, uma leitura mais atenta dos acontecimentos da última semana revela um cenário não tão desfavorável.

Em primeiro lugar, fica evidente que o Teto de Gastos está cumprindo uma de suas principais funções, que é a de escancarar a restrição orçamentária do governo brasileiro, impondo debates e escolhas. Dessa maneira, o conflito entre o Renda Brasil e mais investimentos em infraestrutura e o Teto não reside tanto sobre como financiar os programas, o que cortar ou que imposto criar, e mais sobre como acomodar essas demandas em um orçamento que resulte em resultados fiscais que inspirem confiança na sustentabilidade da dívida pública.

Em segundo lugar, a solução encontrada para a questão do Renda Brasil, a extensão do Auxílio Emergencial com valor menor até dezembro, dará tempo para que o programa que vier a suceder o Bolsa Família seja melhor desenhado. E, mais, com a constatação de que não há como acomodar o Renda Brasil no Teto sem custos econômicos e políticos, haverá tempo também para um debate mais construtivo sobre o orçamento e para que se negociem importantes reformas (como a tributária e a administrativa) como contraponto ao aumento dos gastos sociais.

Além disso, a extensão do Auxílio Emergencial diminui aquela incerteza que temos destacado a respeito da economia ao final do ano. Uma retirada suave dos estímulos certamente é mais favorável para a expectativa de crescimento. Assim, a projeção mediana para a variação do PIB subiu mais uma semana, de -5,46% para -5,28%. Para o ano de 2021, a projeção foi mantida em 3,50%. A projeção para o IPCA voltou a subir ligeiramente para 1,77% ao final deste ano.

Mas, após a divulgação do IGP-M de agosto (aceleração para 2,74% no mês, com acumulado em 12 meses chegando a 13,02%, sua maior taxa em 12 anos), a projeção para esse indicador aumentou mais de 2p.p. esta semana, para 11,39%, ampliando uma diferença entre a inflação medida pelo IGP e pelo IPCA que traz desafios para negócios em que há indexação por diferentes índices.

No calendário econômico da semana, destaque para o PIB do 2o trimestre, que será divulgado amanhã (01/09) e para a produção industrial de julho, a ser divulgada na quinta- feira (03/09), ambos pelo IBGE.

PIB do Brasil registra forte queda de 9,7% no 2º trimestre, maior retração da série histórica iniciada em 1996

A expectativa era de que o PIB brasileiro tivesse registrado um recuo de 9,2% no segundo trimestre na comparação com os três primeiros meses do ano

Fonte: InfoMoney

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve queda de 9,7% no 2º trimestre de 2020 na comparação com o 1º trimestre, trazendo os impactos mais agudos da pandemia do coronavírus. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação a igual período de 2019, o PIB caiu 11,4%. Ambas as taxas foram as quedas mais intensas da série histórica, iniciada em 1996. No acumulado dos quatro trimestres terminados em junho, houve queda de 2,2% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

A expectativa era de que o PIB brasileiro tivesse registrado um recuo de 9,2% no segundo trimestre na comparação com os três primeiros meses do ano, de acordo com projeção mediana em pesquisa Bloomberg. Na comparação anual, a expectativa era de baixa de 10,7%, segundo a pesquisa Bloomberg.

O IBGE ainda revisou os dados do PIB do primeiro trimestre de queda de 1,5% para de 2,5%.

Em valores correntes, o PIB do no segundo trimestre de 2020 totalizou R$ 1,653 trilhão, sendo R$ 1,478 trilhão em Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 175,4 bilhões em Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.

A taxa de investimento no segundo trimestre de 2020 foi de 15,0% do PIB, ficando abaixo da observada no mesmo período de 2019 (15,3%).

No 1º semestre de 2020, o PIB caiu 5,9% em relação a igual período de 2019. Nesta comparação, houve desempenho positivo para a agropecuária (1,6%) e quedas na indústria (-6,5%) e nos serviços (-5,9%).

Já na comparação trimestral, entre os segmentos, a maior queda foi na indústria (-12,3%), seguida por serviços (-9,7%). A agropecuária apresentou variação positiva de 0,4%.

Entre as atividades industriais, destacam-se as quedas nas indústrias de transformação (-17,5%), na construção (-5,7%), na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-4,4%) e nas indústrias extrativas (-1,1%).

Nos serviços, os resultados negativos foram: outras atividades de serviços (-19,8%), transporte, armazenagem e correio (-19,3%), comércio (-13,0%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-7,6%), Informação e comunicação (-3,0%). Por outro lado, houve resultado positivo nas atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,8%) e nas atividades imobiliárias (0,5%). Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo (-15,4%), a despesa de consumo das famílias (-12,5%) e a despesa de consumo do governo (-8,8%) caíram em relação ao trimestre imediatamente anterior.

Já as exportações de bens e serviços cresceram 1,8%, enquanto as importações de bens e serviços recuaram 13,2% em relação ao primeiro trimestre de 2020.

Comparação com segundo trimestre de 2019

Já na comparação anual, entre as atividades, a agropecuária cresceu 1,2%, em relação a igual período de 2019, o que pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no segundo trimestre e pela produtividade, afirma o IBGE.

A indústria teve queda de 12,7%, a mais intensa da série histórica, nesta mesma basede comparação. A atividade indústrias de transformação teve o pior resultado (-20,0%), outro recorde negativo da série histórica, influenciado, principalmente, pelo recuo na fabricação de veículos; de outros produtos de transporte; de máquinas e equipamentos; e na indústria têxtil e de artigos de vestuário.

O segundo recuo mais intenso veio da construção (-11,1%), corroborada pela redução da ocupação e da produção de seus insumos.

A atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos apresentou queda de 5,8%, explicada pela queda da economia como um todo. Em contrapartida, as indústrias extrativas apresentaram variação positiva de 6,8%, com um aumento da extração de petróleo. A extração de minérios ferrosos continua a cair, porém em taxas menores.

Já serviços caiu 11,2% em relação ao mesmo período de 2019, a maior queda já registrada na série histórica. Os piores resultados foram em outras atividades de serviços (-23,6%) e transporte, armazenagem e correio (-20,8%). Houve quedas em comércio (-14,1%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-8,6%) e Informação e comunicação (-3,2%). Por outro lado, atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (3,6%) e atividades imobiliárias (1,4%) apresentaram resultados positivos.

A despesa de consumo das famílias teve contração de 13,5%, índice que representa a maior queda registrada na série histórica. Este foi o segundo resultado negativo desta comparação após 11 trimestres de avanço. O índice pode ser explicado pelo isolamento social no país, proibição de funcionamento de algumas atividades especialmente de serviços prestados às famílias, além queda da massa de salarial no país no segundo trimestre de 2020, aponta o Instituto.

A formação bruta de capital fixo recuou 15,2% no segundo trimestre de 2020 em relação ao mesmo período de 2019. A queda é justificada pelos resultados negativos registrados tanto na produção interna de bens de capital quanto na construção. A despesa de consumo do governo teve queda de 8,6% em relação ao segundo trimestre de 2019.

No setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 0,5%, enquanto as importações de bens e serviços recuaram 14,9% no segundo trimestre de 2020.

Eleições nos EUA respingam na economia do Brasil

Trump mira reeleição e reduz importação do aço brasileiro

O presidente Donald Trump reduziu a cota de importação de aço semi-acabado do Brasil, revendo um acordo firmado em 2018. Não houve alteração nas tarifas.

As exportações de aço do Brasil para os EUA totalizam anualmente US$ 2,6 bilhões (R$ 14 bilhões). Cerca de 85% do volume total, o equivalente a 3,5 milhões de toneladas, são de semi-acabado que servem de matéria-prima para a indústria americana.

A proclamação que oficializou a mudança foi assinada por Donald Trump na sexta-feira (28) e confirmada pelo governo brasileiro neste sábado (29).

A medida mantém a isenção de tarifas sobre o comércio bilateral do produto intra-quota, a exemplo do que ocorreu em 2019 como resultado de contato entre os presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump, diz texto da nota conjunta emitida pelos ministérios da Economia e das Relações Exteriores.

Com a pandemia do novo coronavírus, houve queda na demanda em vários segmentos e as usinas americanas passaram a ter ociosidade. Uma alternativa para muitas delas foi produzir aço semi-acabado. Parte do setor, então, reivindicou que a gestão Trump adotasse alguma medida para priorizar o produto nacional. Como Trump está em campanha para a reeleição, a demanda foi atendida.

Segundo Marco Polo Lopes, presidente executivo do Instituto Aço Brasil, entidade que representa a indústria, houve uma negociação, ao longo dos últimos 25 dias, para formalizar a redução da cota.

Na primeira manifestação, o governo americano disse que precisava rever os embarques porque haveria concentração de entregas. A entidade demonstrou que isso não ocorria. Os americanos, então, deixaram claro que precisavam rever o acordo de 2018, sob pena de terem inclusive de elevar a taxação.

Representantes da indústria brasileira, então, avaliaram as entregas prevista e sugeriram a exportação de cerca de um terço do permitido, o equivalente a 100 mil toneladas. O governo americano veio com a contraposta de 60 mil toneladas e o acordo foi fechado.

As 3,5 milhões de toneladas de semi-acabados são exportados do Brasil para os EUA em quatro parcelas: três, que equivalem a 30% do total cada, e uma final de 10%.

Neste ano, o Brasil já exportou 90% da cota. A restrição recai sobre parte dos 10% restantes, que somam 350 mil toneladas que ainda poderiam ser embarcadas neste ano, a indústria brasileira poderá enviar 60 mil toneladas. O destino das 290 mil toneladas restantes volta a ser discutido em dezembro, diz Marco Polo.

Sendo sincero, politicamente, o resultado foi positivo, diz Lopes. E a participação do presidente Jair Bolsonaro foi decisiva. Ele ligou para Trump, explicou a situação e a nossa percepção é que esse contato foi decisivo para que não houvesse truculência do lado americano.

Apesar dos declarados laços de amizade entre Bolsonaro e Trump, não é primeira vez que a corrente comercial ligada ao processamento de minérios termina com perdas para o lado brasileiro. Em 2018, o presidente norte-americano fixou tarifas sobre o aço e o alumínio importados pelos EUA e o Brasil estava na lista de países prejudicados.

No caso do aço semi-acabado, o Brasil negociou e trocou as tarifas por cotas equivalentes à média das exportações de três anos anteriores, no caso dos aços semi-acabados.

A cota determina quanto de aço semi-acabado pode ser exportado para os EUA sem pagamento de tarifas.

O governo brasileiro mantém a firme expectativa de que a recuperação do setor siderúrgico dos EUA, o diálogo franco e construtivo na matéria, a ser retomado em dezembro próximo, e a excepcional qualidade das relações bilaterais permitirão o pleno restabelecimento e mesmo a elevação dos níveis de comércio de aço semi-acabado, completou o comunicado.

Essa perspectiva coaduna-se com os atuais esforços conjuntos de integração ainda maior das economias dos dois países, trouxe a nota.

Fonte: Folha SP

IRB: falta de liquidez pode chegar a R$ 1,2 bi

Resseguradora faz realização de recebíveis e venda ativos não financeiros.

Fonte: Monitor Mercantil

O IRB Brasil Re está com falta de liquidez regulatória que chega a R$ 1,2 bilhão para atender exigências da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Para resolver, a saída será fazer operações como realização de recebíveis e da venda de ativos não financeiros. O IRB acredita que isso poderá evitar uma nova capitalização, afirmaram executivos da companhia nesta segunda-feira em uma teleconferência de resultados sobre o segundo trimestre.

No sábado, a resseguradora reportou um prejuízo líquido de R$ 685,1 milhões no segundo trimestre. Na semana passada, a empresa concluiu um aumento de capital de R$ 2,3 bilhões. Mas, perguntado por investidor sobre necessidade de um novo aumento de capital, o presidente do conselho de administração e presidente-executivo interino da empresa, Antonio Cassio dos Santos, disse que a ideia não faz sentido, reportou a Reuters.

Segundo o executivo, somente com a realização de recebíveis, o IRB poderia levantar cerca de R$ 500 milhões. Além disso, a empresa pretende se desfazer de ativos não financeiros que não se enquadram na categoria de ativos de liquidez.

As medidas são parte das correções que a companhia está implementando para corrigir estragos causado por fraudes contábeis nos últimos anos, que precederam a abertura de uma fiscalização especial por parte da Susep em maio. Santos frisou que o IRB está com indicadores sólidos do ponto de vista de solvência, mesmo para padrões internacionais.

As ações do IRB já caíram quase 80% neste ano. Não devemos ter recuperação forte da emissão de prêmios nos próximos trimestres, disse na teleconferência o vice-presidente de relações com investidores do IRB, Werner Süffert.

Aumento de capital

O IRB Brasil RE informou aos seus acionistas e ao mercado em geral nesta segunda-feira que o seu Conselho de Administração aprovou a homologação do aumento do capital social da companhia, dentro do limite do capital autorizado, para a subscrição privada, conforme aprovado na Reunião do Conselho de Administração realizada em 8 de julho de 2020, bem como a consignação do valor do novo capital social da companhia.

Em continuidade ao Fato Relevante e Aviso aos Acionistas divulgado em 8 de julho de 2020 e aos Comunicados ao Mercado divulgados em 17 e 26 de agosto de 2020, a resseguradora informa que, em 28 de agosto de 2020, foi realizado leilão especial na B3 S.A., Brasil, Bolsa, Balcão, para venda das sobras das ações não subscritas no Aumento de Capital Privado, em benefício da companhia.

Foram vendidas no leilão as 8.383.542 sobras de ações remanescentes, ao preço de R$ 7,05 por ação, totalizando o valor de R$ 59.103.971,10. Neste contexto, o Conselho de Administração homologou o Aumento de Capital Privado no valor de R$ 2.300.000.000,00, dentro do limite do capital autorizado, mediante a emissão, para subscrição privada, de 331.890.331 ações ordinárias. O valor adicional de R$ 1.006.025,04, obtido com a venda das sobras de ações não subscritas, será destinado à formação de reserva de capital, em conta de ágio na subscrição de ações.

As Ações subscritas serão creditadas em nome dos subscritores em até 3 (três) dias úteis após a homologação, ocorrida na presente data, do aumento do capital social pelo Conselho de Administração.

O início da negociação das novas Ações na B3 ocorrerá após a homologação, na presente data, do aumento do capital social pelo Conselho de Administração. 2 Uma vez apurada a posição acionária, após a efetivação do Aumento de Capital Privado, a Companhia procederá com todos os atos homologatórios regulatórios eventualmente necessários, nos termos das normas regulatórias vigentes.