Gestão de riscos e tecnologia podem auxiliar no desenvolvimento do Seguro Transporte
03, Set. 2020
Gestão de riscos e
tecnologia podem auxiliar no desenvolvimento do Seguro Transporte
Executivos se reuniram em
mais uma edição do evento Diálogos Apólice para comentar sobre os
impactos sofridos pela carteira e como aumentar a penetração do produto
No último dia das
comemorações dos 25 anos da Revista Apólice, o evento Diálogos Apólice
reuniu ontem, 2 de setembro, a executiva Mariana Miranda, head Marine & Corporate
Sales na Argo Seguros; e Aparecido Rocha, diretor da RBM Seguros e
sócio-fundador do CIST. O assunto do painel foi Seguro Transporte e o debate
foi mediado pela jornalista Kelly Lubiato.
O seguro garante ao cliente
a indenização pelos prejuízos causados aos bens protegidos durante o seu
transporte em viagens aquaviárias, terrestres ou aéreas, em percursos nacionais
e internacionais. A cobertura pode ser estendida durante a permanência das
mercadorias em armazéns.
Entretanto, a carteira teve
que se adaptar durante a crise instaurada pela covid-19 para atender as
necessidades dos transportadores. Segundo Rocha, quando foi decretado pela OMS
estado de pandemia, a maior preocupação das companhias foi saber se a
movimentação do negócio iria continuar e por quanto tempo essa situação iria
permanecer. Tivemos que esperar a reação dos clientes para efetuar mudanças nas
apólices, como aumentar o prazo de cobertura para produtos armazenados e
prorrogar pagamentos. O aumento exponencial das vendas no e-commerce também
ajudou na retomada, pois mais empresas acabaram acionando o seguro.
Um dos setores que cresceu
durante a pandemia foi o de logística. Novos processos de prevenção e cuidados
foram implementados dentro da atividade de transporte, tanto no despache quanto
na entrega. De acordo com Mariana, as estruturas que possibilitam esse serviço
serão repensadas. A executiva também comentou sobre alguns resultados da Argo.
No ano passado atingimos R$ 154,7 milhões em prêmios emitidos na carteira, e
acreditamos que isso nos ajudou a manter as operações mesmo na crise. Em abril
houve uma redução de 20% na movimentação, mas em julho já conseguimos atingir o
mesmo índice de 2019. O dólar alto influencia as importações e exportações, e o
transporte internacional cresceu 18% no primeiro semestre, o que pode ser uma
oportunidade para captarmos clientes.
Durante sua apresentação,
Rocha comentou também sobre a baixa penetração da carteira no mercado. Segundo
o executivo, atualmente existem menos de mil corretoras que atendem o segmento
e apenas 25 seguradoras no Brasil que trabalham com o seguro para transporte. A
carteira atualmente representa apenas 4% do volume arrecadado pelo setor.
Acredito que não há muito interesse por causa da falta de capacitação.
Precisamos abandonar a ideia de este é um ramo difícil de entender e ofertar.
Por não ter muitos especialistas espalhados pelo País, muitos clientes acabam
ficando desamparados ou até sem saber da importância do produto.
Mariana abordou também como
a gestão é importante dentro das empresas, inclusive para as seguradoras, pois
através dela é possível mitigar riscos que muitas vezes as transportadoras não
sabem que estão expostas. A executiva também acredita que a partir desse
monitoramento será possível desenvolver novos produtos e coberturas. Sempre vão
existir situações que não estão previstas, mas que o seguro acaba abrangendo. A
tecnologia avançou muito no nosso setor e as ferramentas que temos disponíveis
são fundamentais para que possamos atender as novas demandas dos clientes no
novo normal. Por isso a importância do corretor conhecer a operação e o risco
do seu segurado.
Fonte: Revista Apólice
Premiação
2020 Insurance Corp Awards
Segue
o link da 2020 Insurance Corp Awards, evento realizado em 2 de
setembro, no Canal do YouTube da Revista Insurance Corp. Assista ao depoimento
da Risk Manager 2020, Cristina Weiss da CPFL Energia. https://www.youtube.com/watch?v=9TV89kyJ12A
Susep publica circular com
políticas sobre prevenção à lavagem de dinheiro
Empresas devem dispor de
estrutura de governança para cumprir os procedimentos
Fonte: Valor Econômico
O Valor Econômico informa
que a Superintendência de Seguros Privados (Susep) publicou nesta quarta-feira
(2) no 'Diário Oficial da União' (DOU) a circular 612, que dispõe sobre
políticas e procedimentos destinados ao combate de crimes de lavagem de
dinheiro e prevenção ao terrorismo. A decisão abrange seguradoras, corretoras,
empresas de capitalização, resseguradores e entidades abertas de previdência
complementar.
Segundo a norma, essas
empresas devem desenvolver e implementar política, procedimentos e controles
internos, efetivos e consistentes com a natureza, complexidade e riscos das
operações realizadas, que contemplem a identificação, avaliação, controle e monitoramento
dos riscos de serem envolvidas em situações relacionadas à lavagem de dinheiro
e ao financiamento do terrorismo.
As empresas devem dispor de
estrutura de governança visando a assegurar o cumprimento da política e dos
procedimentos e controles internos de prevenção à lavagem de dinheiro. Deve ser
indicado um diretor responsável, que terá acesso imediato e irrestrito aos
dados de identificação dos clientes, beneficiários, terceiros, outras partes
relacionadas e beneficiários finais.
As empresas precisam ainda
promover uma avaliação interna de risco, que deverá ser revisada a cada dois
anos, bem como quando ocorrerem alterações significativas nos perfis de risco.
Um monitoramento deverá ser feito de forma reforçada e contínua em operações
envolvendo pessoas expostas politicamente, seus familiares, representantes e
estreitos colaboradores.
Além disso, operações
suspeitas deverão ser comunicadas ao Coaf, no prazo de vinte e quatro horas
contadas a partir da conclusão da análise ou do conhecimento de condição assim
enquadrada. A comunicação será automática em operações realizadas com pagamento
de prêmio, contribuição, aporte e aquisição de título de capitalização em
espécie, em valor igual ou superior a R$ 10 mil.
Seguro Rural prospera em
meio à pandemia
Os prêmios cresceram 25,2%
no primeiro semestre deste ano
Fonte: Seguro Nova Digital
Mais um nicho do mercado de
seguros é visto carinhosamente pelos corretores de seguros. O agronegócio,
importante pilar de sustentação da economia brasileira, ganha notoriedade
dentro do segmento segurador. O avanço da covid-19 no país diminuiu o poder de
compra dos trabalhadores rurais, que precisaram manter seus equipamentos
funcionando para cultivar e extrair alimentos.
A proteção aos equipamentos
agrícolas suporta muito o produtor em caso de imprevistos em uma máquina no
momento da colheita, por exemplo. Por se tratar, normalmente, de um item caro,
porém determinante na rapidez e na realização da colheita, o seguro é
fundamental para repor ou, eventualmente, permitir que o segurado tenha
recursos para arrendar algum outro para finalizar aquele trabalho. Não ter um
seguro, em um caso como esse, pode significar um prejuízo, destaca a diretora
executiva de Negócios Corporativos e Saúde da Allianz Seguros, Karine Barros.
Dada a importância desse
setor para o desenvolvimento econômico, o governo brasileiro se esforça em
subsidiar as produções agrícolas. Conforme a Resolução nº 74, o orçamento
aprovado no Programa de Subvenção Rural (PSR) de 2020 é de R$ 955 mi.
Mesmo com a já prevista
retração no mercado, os prêmios do Seguro Rural cresceram 25,2% no primeiro
semestre deste ano. Joaquim Neto, presidente da Comissão de Seguro Rural da
FenSeg, explica que o aumento da subvenção do governo federal foi um dos
responsáveis em manter o setor funcionando normalmente durante a pandemia.
De acordo com o
especialista, o evento climático no Rio Grande do Sul e o aumento do valor das
commodities também fizeram a diferença na demanda do seguro. Ao observar as
perdas dos produtores gaúchos, os agricultores de outras regiões tiveram maior
interesse no seguro. Além disso, o aumento do valor das commodities, como soja
e milho, despertaram o interesse dos produtores em fazer seguro das suas
plantações, analisa.
O PSR também incentiva o
desenvolvimento do mercado segurador no país. O programa atrai novas empresas,
o que aumenta a concorrência e ampliando o quadro de produtos. No início, em
2005, quatro seguradoras atuavam no país. Já no ano passado, 14 companhias
estão habilitadas a operar nesse segmento.
Apetite dos corretores
Karine conta que o seguro
rural é um nicho importante, mas com pouca penetração. Os corretores de
seguros, por sua vez, se interessam pelo segmento cada vez mais. A Allianz,
segundo a executiva, organiza treinamentos semanalmente com os parceiros a fim
de trabalhar seus conhecimentos sobre a proteção. A seguradora promove
treinamentos com os corretores em cada regional, com a participação média de 40
profissionais.
A companhia se destacou
nesse segmento em 2019, quando cresceu 18%, enquanto a média do mercado foi de
15%. Nossa estratégia é de vender sempre pacotes completos de cobertura. O
corretor precisa se sentir confortável em comercializar o seguro agro da
Allianz e o cliente com total respaldo. Por isso, buscamos oferecer produtos
bastante compreensivos, pondera Karine.
A executiva relata, também,
que a seguradora enxerga um segmento de grande relevância e cheio de
oportunidades. O produtor deve entender que o seguro é um investimento, junto
com todos os outros que ele faz.
Reflexos da pandemia
Por causa do seguro rural,
não é possível dizer que o mercado segurador foi afetado integralmente pela
pandemia. Joaquim Neto esclarece que a produção agrícola está numa crescente,
com saldo na balança comercial devido a suas exportações. O agricultor tem
conseguido atender todo esse mercado, exceto para culturas de frutas,
hortaliças e flores, que houve retração. Nesses casos, porém, os produtores têm
pouco costume de contratar essa proteção.
Com o primeiro semestre
animador, o especialista projeta um contínuo crescimento até o fim do ano,
levando em consideração que o agricultor tem se empenhado a trabalhar com
tecnologia, além de desenvolver sua produção.
A continuidade do
crescimento só será possível com muito trabalho. A FenSeg tem uma comissão
técnica composta por 14 seguradoras que atuam no mercado de seguro rural. Todas
as companhias têm participado ativamente de grupos de trabalho a fim de dar
continuidade a esse crescimento, finaliza Neto.
Governo subsidia
distribuidoras de energia privatizadas
MP busca reduzir conta que
consumidor terá que pagar devido a empréstimo feito a companhias.
Fonte: Monitor Mercantil
Quando as distribuidoras da
Eletrobras na Região Norte foram privatizadas, no ano passado, não faltaram
alertas sobre o aumento de tarifas. A Medida Provisória 998, publicada no
Diário Oficial nesta quarta-feira, busca atenuar o peso dessa conta no bolso
dos consumidores.
A MP visa também diminuir o
impacto do pagamento de um empréstimo de R$ 15,3 bilhões para as distribuidoras
de energia afetadas pela queda de receita em decorrência da pandemia. Ao
contrário de outros setores, igualmente afetados pela retração da economia, o
empréstimo não será pago pelas empresas de energia.
O empréstimo foi tomado
pelas companhias junto a 16 bancos e será bancado pelo consumidor até 2025,
através de um encargo adicional inserido na Conta de Desenvolvimento Energético
(CDE). A transferência dos recursos não utilizados em projetos de pesquisa e
desenvolvimento (P&D) e eficiência energética para a CDE reduzirá o tamanho
desse encargo a ser cobrado.
A CDE é um fundo do setor
elétrico que custeia políticas públicas e programas de subsídio, como o Luz
para Todos e o desconto na tarifa para irrigação.
A medida destina recursos da
Reserva Global de Reversão (RGR) e da CDE para atenuar aumentos tarifários para
os consumidores das distribuidoras recém-privatizadas: Amazonas Distribuidora
de Energia, Boa Vista Energia, Companhia de Eletricidade do Amapá, Companhia
Energética de Alagoas, Companhia Energética do Piauí, Centrais Elétricas de
Rondônia e Companhia de Eletricidade do Acre.
A MP também altera regras
para permitir, não apenas a contratação de energia pelas distribuidoras, mas
também a contratação de potência, que é a energia para as horas de maior
consumo. A partir de agora também está permitida a devolução da energia
comprada pelas distribuidoras e não utilizada.
Além disso, a MP mexe nos
descontos nas tarifas de transmissão e distribuição concedidos às fontes
incentivadas, como usinas eólicas e solares, que somente serão aplicados para
empreendimentos que solicitarem outorga nos próximos 12 meses e entrarem em
operação nos 48 meses seguintes. Como esses descontos são bancados pela conta
de luz, a medida reduz o custo do subsídio para os consumidores, mas coloca uma
dúvida sobre a geração de energia limpa.
Você já conhece as últimas
novidades do MDF-e Integrado, que entram em vigor agora em setembro?
Em fevereiro deste ano, foi
publicada a Nota Técnica de número 2020.001 no portal do Manifesto Eletrônico
de Documentos Fiscais e cujas alterações entram em vigor agora no dia 8 de
setembro (caso não haja novos adiamentos, o que já aconteceu em função dos
impactos para o setor da crise de enfrentamento ao novo coronavírus).
Mas antes de entrar no
detalhe do que essa nova Nota Técnica aborda, vamos falar um pouco sobre o
MDF-e integrado. É um projeto que foi criado para gerar uma infraestrutura
digital de documentos, legislações e processos para simplificar a emissão de
documentos fiscais de transporte e integração.
A ideia é criar um novo
ecossistema digital que permitirá o aperfeiçoamento dos procedimentos e
informações compartilhadas entre os agentes da cadeia do transporte e
fiscalização (ETC, TAC, ANTT, Administradores de meios de pagamentos e as
Secretarias de Fazenda). Ou seja, será possível compartilhar informações entre
todos os envolvidos no transporte, utilizando um único documento e uma
infraestrutura já consolidada, o que simplificará o compartilhamento de
informações e formatos.
Nos últimos meses, as
Secretarias da Fazenda, Encat e parceiros vem estruturando as atividades para
superar os desafios enfrentados pelos órgãos de controle. O principal objetivo
é criar um ambiente operacional mais eficiente e competitivo, com as ações
abaixo:
Aprovação do
compartilhamento dos MDF-es dos 7 Estados com os órgãos reguladores de
transportes;
Aprovação da obrigatoriedade
de emissão do MDF-e em todas as operações de transportes, tanto intermunicipais
quanto interestaduais.
Implantação da plataforma
digital e registro de eventos eletrônicos, que permitem ao transportador
confirmar a entrega da mercadoria ao destinatário, possibilitando assim, a
redução do prazo para o recebimento do frete;
Aprovação da Nota Fiscal
Fácil, que permitirá aos contribuintes, que operam com vendas de mercadorias e
os TACs, emitirem seus documentos fiscais de maneira simplificada e através de
um smartphone, conforme legislação publicada no D.O.U do dia 19/12/2019 (Ajuste
SINIEF No. 37 de 13 de dezembro de 2019).
Publicação da NT que
estrutura o MDF-e integrado.
As principais vantagens do
MDF-e integrado para as transportadoras, são:
Geração automática do CIOT,
através do sistema emissor de CT-e e MDF-e, para as modalidades TAC e TAC-Agregado
Facilitar e automatizar o
processo de fiscalização do Piso Mínimo do Frete (resolução ANTT No 5.849)
Geração de informações que
facilitam a negociação do recebimento de fretes, diretamente na instituição
financeira onde possui conta.
Agora, quanto às mudanças do
projeto do MDF-e, referente a emissão do documento, são:
1) O grupo informações do
município de descarregamento? do sistema emissor agora poderá conter até 10.000
ocorrências (informações)
2) Na parte geral do MDF-e,
deverá ser criado o grupo ?Produto predominante?, para que o emitente selecione
o tipo de carga predominante (granel sólido, carga geral, neogranel, etc..)
3) No modal rodoviário,
deverá incluir os seguintes campos no grupo informações do contratante
3-1) Nome (razão social ou
nome do contratante)
3-2) ID estrangeiro (se
aplicável)
3-3) CNPJ ou CPF
4) Criar o grupo de
?informações do pagamento do frete?, com os campos
4-1) Nome do responsável
pelo pagamento
4-2) Número do CPF ou CNPJ
do responsável pelo pagamento
4-3) Vale pedágio, impostos,
taxas e contribuições
4-4) Despesas (bancárias,
meios de pagamentos, outras)
4-5) Se o pagamento será à
vista ou a prazo
4-6) Número de identificação
do banco
4-7) Número da agência
4-8) CNPJ da IPEF
O prazo de implantação em
homologação, iniciou em 09/03/2020, e serão disponibilizada as alterações em
produção em 08/09/2020.
CÂMARA APROVA NOVO MARCO DO
GÁS, APOSTA PARA DESTRAVAR INVESTIMENTOS DE R$ 43 BI
Após vencer a resistência da
oposição, a Câmara aprovou o projeto do novo marco legal do gás. Foram 351
votos a favor e 101 contra. O projeto tem como objetivo abrir a concorrência no
setor e baratear o preço do gás. O texto segue agora para o Senado.
O projeto é a aposta do
governo para destravar investimentos de até R$ 43 bilhões e reindustrializar o
País. Alinhado ao novo mercado de gás, programa do governo mais conhecido como
?choque da energia barata?, a proposta abre um setor que até pouco tempo era
dominado pela Petrobrás. Os investimentos previstos irão assegurar projetos de
expansão de infraestrutura de transporte, escoamento e armazenamento do gás.
A derrubada do monopólio
permite a grandes consumidores comprar gás dos fornecedores que oferecerem
melhores preços. O preço do gás natural do Brasil é alto na comparação com
outros países, de US$ 12 a US$ 14 por milhões de BTUs (unidade térmica
britânica, na sigla em inglês), de acordo com dados apresentados pelo ministro
de Minas e Energia, Bento Albuquerque, à Câmara dos Deputados. Nos Estados Unidos,
por exemplo, o preço é de aproximadamente US$ 3 e em países da Europa, US$ 7.O
combustível é matéria-prima de segmentos como siderurgia, vidros e
fertilizantes e ainda move usinas geradoras de energia elétrica.
Com a decisão da estatal de
deixar o negócio de distribuição, onde é sócia de 19 de um total de 26
distribuidoras, e vender sua malha de gasodutos e estruturas essenciais, o
ministro da Economia, Paulo Guedes, avalia que a chegada de novos concorrentes
no setor pode fazer com que o preço do gás caia até 40%.
Catálogo da Indústria
Marítima
O texto aprovado traz
adaptações para essa nova fase. Ele muda o regime de exploração de gasodutos
para o de autorizações, mais simples que as atuais concessões (que prevê
leilões), impede que uma empresa atue em várias etapas da produção e barra
também a verticalização, ou seja, relação societária entre transportadores,
produtores e comercializadores.
Além disso, a proposta
assegura o livre acesso de outras empresas a infraestruturas essenciais, como
gasodutos, unidades de processamento e terminais de liquefação e regaseificação
de GNL. Por fim, prevê regime de contratação de capacidade de gás por pontos de
entrada e saída na malha de gasodutos de transporte, o que deve agilizar e
desburocratizar a prestação do serviço de transporte. Por essa lógica, ganhará
mercado quem tiver o melhor preço.
Apesar da insistência de
partidos do centro para mudar o texto, o relator do projeto, deputado Laércio
Oliveira (PP-SE), manteve a proposta aprovada no ano passado pela Comissão de
Minas e Energia da Casa. Governadores pressionaram bancadas em defesa das
distribuidoras, únicas fornecedoras, que poderão perder mercado com o ingresso
de competidores. Hoje, a Constituição estabelece que o serviço compete aos
Estados. Da forma como foi aprovado o texto, concessionárias de distribuição em
dutos poderão terceirizar serviços para empresas que queiram instalar a
infraestrutura.
CNI diz que novo marco
atrairá investidores ao País
A Confederação Nacional da
Indústria (CNI) afirmou, em nota, que a aprovação do novo marco pelos deputados
é um importante passo para a abertura do mercado no Brasil. No texto, a
entidade pede celeridade na apreciação do tema pelo Senado.
A abertura do mercado à
competição e a queda do preço do gás natural de forma consistente são cruciais
para o país superar a grave crise provocada pela covid-19. Com oferta e tarifas
adequadas às demandas da indústria, o Brasil terá melhores condições para
atrair investimentos, enfrentar a acirrada concorrência externa, retomar o crescimento
econômico e criar empregos no pós-pandemia, disse o presidente da entidade,
Robson Braga de Andrade.
Segundo a CNI, a indústria
brasileira tem potencial para se tornar uma grande consumidora de gás natural,
com possibilidade de triplicar a demanda em uma década em um cenário de queda
dos preços de gás pela metade. Diante desse cenário, os investimentos no País
poderiam chegar a R$ 150 bilhões em 2030.
Fonte: Estadão
Zurich muda comando na
América Latina, mas mantém uma mulher no cargo de CEO para a região
Fonte: Sonho Seguro
O grupo Zurich anunciou
nesta semana várias mudanças de executivos ao redor do mundo.
Veja o novo board da Zurich
a partir de 1º de outubro de 2020, e na América do Norte e APAC a partir de 1º
de janeiro de 2021:
Segundo comunicado do grupo,
Claudia Dill decidiu renunciar ao cargo de CEO da América Latina por motivos
pessoais e deixou a empresa.
Claudia será sucedida a
partir de 1º de outubro por Laurence Maurice, nova CEO da América Latina, que
deixa a Allianz após mais de 20 anos no grupo.
Vejam as outras mudanças:
Kristof Terryn assumirá como
CEO da América do Norte, sucedendo Kathleen Savio.
Sierra Signorelli assumirá a
função de Group Chief Underwriting Officer (CUO) (Diretora Executiva de
Subscrição do Grupo).
Tulsi Naidu. Ela, que é CEO
da Zurich no Reino Unido desde 2016, assumirá como CEO da APAC.
A Zurich anuncia a nomeação
de Katja Roth Pellanda como nova Group General Counsel (Diretora Jurídica do
Grupo), a partir de 1º de outubro.
Jack Howell, CEO da
Ásia-Pacífico (APAC), será o líder da unidade de Global Business Platforms e
será realocado em Zurique.
Ericson Chan, atualmente CEO
da Ping An Technology, entrará para a Zurich a partir de 1º de outubro, como
Group Chief Information and Digital Officer (Diretor executivo de Tecnologia da
Informação e Digital) e membro do Comitê Executivo.
A partir de 1º de janeiro de
2021, Kathleen Savio, CEO da América do Norte, será nomeada para a nova função
de Group Chief Transformation Officer (CTO)
FIPE: Certificação em Gestão
de Riscos
Certificação Profissional em
Gestão de Riscos, programa 100% on-line que será realizado no período de 14 de
setembro a 9 de dezembro de 2020.
Associados à ABGR têm 20% de
desconto na matrícula. Aproveite!
A Certificação Profissional
em Gestão de Riscos visa instrumentalizar os profissionais das áreas de gestão
de riscos e afins com uma miríade de ferramentas robustas para implantar um
processo de Transformação Digital em Gestão de Riscos em sua organização.
Maiores informações acesse: https://www.fipe.org.br/pt-br/ensino/extensao-curta-duracao/#CDCPGR2
Se preferir, mantenha
contato com a Secretaria de Cursos da Fipe e tenha acesso a valores, descontos
e condições de matrícula. Chame pelo WhatsApp Business: (11) 3284.0612
Produção industrial cresce
8% em julho na comparação mensal, acima do esperado pelos economistas
A expectativa mediana dos
economistas compilada no consenso Bloomberg era de alta de 5,9% no indicador na
base mensal
Fonte: InfoMoney
A produção industrial
brasileira teve alta de 8% em julho na comparação com junho, mostrou
nesta quinta-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), acima do esperado pelos economistas. Na base de comparação anual, a
baixa foi de 3%.
A expectativa mediana dos
economistas compilada no consenso Bloomberg era de alta de 5,9% no indicador na
comparação mensal, após registrar alta de 8,9% na medição anterior. Na
comparação anual, a projeção era de recuo de 6%, após cair 9% no mês anterior.
Com a alta de julho, foram
três meses seguidos de alta, eliminando parte da perda de 27% acumulada em
março e abril, momento de agravamento dos efeitos do isolamento social por
conta da pandemia da COVID-19, que afetou o processo de produção em várias
unidades produtivas no país. O crescimento, porém, ainda não foi suficiente
para eliminar a queda acumulada em março e abril, que levaram o patamar de
produção ao seu ponto mais baixo da série, destaca o IBGE.
Em relação a julho de 2019
(série sem ajuste sazonal), o recuo de 3% marcou o nono resultado negativo
seguido nessa comparação. Com isso, o setor acumula perda de 9,6% no ano. Em
doze meses, a redução foi de 5,7%, marcando o recuo mais intenso desde dezembro
de 2016 (-6,4%) e acelerando a perda frente aos meses anteriores.
Variações mensais
Entre as atividades, a
influência positiva mais relevante em relação ao mês anterior foi assinalada
pela de veículos automotores, reboques e carrocerias, que avançou 43,9% em
julho de 2020, impulsionada, em grande medida, pela continuidade do retorno à produção
após a interrupção em função da pandemia. O setor acumulou expansão de 761,3%
em três meses consecutivos de crescimento na produção, mas ainda assim se
encontra 32,9% abaixo do patamar de fevereiro último.
Outras contribuições
positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de Metalurgia (18,7%),
de Indústrias extrativas (6,7%), de Máquinas e equipamentos (14,2%), de Coque,
produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,8%), de Outros produtos
químicos (6,7%), de Produtos alimentícios (2,2%), de Produtos de metal (12,4%),
de Produtos de minerais não-metálicos (10,4%), de Confecção de artigos do
vestuário e acessórios (29,7%), de Produtos de borracha e de material plástico
(9,8%), de Produtos têxteis (26,2%), de Equipamentos de informática, produtos
eletrônicos e ópticos (13,8%), de Máquinas, aparelhos e materiais elétricos
(12,0%), de Produtos diversos (27,9%) e de Bebidas (4,6%).
Por outro lado, o ramo de
Impressão e reprodução de gravações, com queda de 40,6%, assinalou o único
resultado negativo nesse mês.
A atividade havia registrado
expansão de 77,1% em junho, quando interrompeu dois meses de consecutivos de
redução na produção, período em que acumulou perda de 27,7%.
Entre as grandes categorias
econômicas, em relação a junho de 2020, bens de consumo duráveis, ao crescer
42,0%, mostrou a taxa positiva mais acentuada em julho de 2020.
Foi o terceiro mês seguido
de expansão na produção, acumulando 443,8% de avanço no período. Mesmo assim, o
segmento ainda se encontra 15,2% abaixo do patamar de fevereiro.
Os setores produtores de
bens de capital (15,0%) e de bens intermediários (8,4%) avançaram acima da
média da indústria (8,0%). Já o de bens de consumo semi e não-duráveis (4,7%)
também teve taxa positiva, mas assinalou o crescimento menos intenso entre as
categorias econômicas.
Todos esses segmentos
apontaram expansão pelo terceiro mês consecutivo e acumularam no período ganhos
de 70,5%, 21,1% e 24,0%, respectivamente, mas ainda assim permanecem abaixo do
patamar de fevereiro último.
Ainda na série com ajuste
sazonal, a média móvel trimestral para o total da indústria avançou 8,8% no
trimestre encerrado em julho de 2020 frente ao nível do mês anterior,
interrompendo a trajetória de quedas iniciada em novembro de 2019. A expansão
observada nesse mês foi a mais acentuada desde o início da série histórica.
Entre as grandes categorias
econômicas, bens de consumo duráveis (64,0%) assinalou o avanço mais intenso em
julho de 2020 e interrompeu o comportamento negativo presente desde dezembro de
2019, acumulando recuo de 64,8% no período.
Os setores de bens de
capital (18,6%), de bens de consumo semi e não-duráveis (7,3%) e de bens
intermediários (6,7%) também mostraram taxas positivas em julho de 2020 e os
avanços mais elevados das séries históricas. O primeiro interrompeu trajetória
de quedas iniciada em junho de 2019; o segundo intensificou a alta de 1,3% do
mês anterior; e o terceiro eliminou parte da perda de 12,8% acumulada de março
a junho de 2020.