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Mercado segurador brasileiro tem potencial para movimentar R$ 553 bilhões

15, Out. 2020

Mercado segurador brasileiro tem potencial para movimentar R$ 553 bilhões

Fonte: Mapfre Economics

Estudo da Mapfre Economics revela que em 2019 os prêmios somaram R$ 234 bilhões. Dados da última década mostram evolução gradual do setor, com crescimento superior a 200%.

O mercado segurador brasileiro tem potencial para movimentar R$ 553 bilhões, número quase 2,4 vezes superior ao que o segmento gerou em 2019 (R$ 234 bilhões), de acordo com o estudo O mercado segurador latino-americano em 2019, realizado pela Mapfre Economics e editado pela Fundación Mapfre. O levantamento mostra que entre 2009 e 2019 o setor cresceu 205,7%.

A análise revela o avanço gradual do mercado nacional na última década. O índice de penetração, que é a relação entre os prêmios e o PIB, chegou a 3,3% em 2019, um aumento de 0,2 pontos percentuais quando comparado a 2018 e de um ponto percentual em relação à 2009. A Brecha de Proteção do Seguro (BPS), que representa a diferença entre a cobertura economicamente necessária para a sociedade e a quantidade efetiva de cobertura adquirida, indica o amadurecimento do mercado brasileiro. Em 2009, a BPS representava 2,9 vezes o mercado e em 2019 esse valor caiu para 1,4 vezes do total movimentado pelo setor, ou seja, houve uma redução do gap entre o seguro contratado e o considerado necessário para o bem-estar social. Os indicadores de densidade, que revelam o valor de prêmio per capita, também avançaram, chegando a R$ 1,1 mil em 2019, 10,5% superior ao valor observado em 2018.

Em relação aos prêmios totais, houve crescimento real (descontada a inflação) de 7,4% em 2019, quando comparado a 2018. Os seguros de vida apresentaram uma forte recuperação na venda de produtos de Previdência VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), depois de uma queda no volume de prêmios em 2018. Uma das razões para esse impulso pode ter sido a reforma da previdência e a maior conscientização da população para complementar sua aposentadoria. O segmento movimentou R$ 152 bilhões em 2019, crescimento real de 12,8% em relação a 2018.

A área de Não vida teve leve queda, com decréscimo real de 1,4% quando comparado a 2018, totalizando prêmios de R$ 82 bilhões. Os grandes destaques foram os seguros de Responsabilidade Civil, Rural e Transporte de Cascos, que cresceram 18,4%, 12,4% e 10,9%, respectivamente.

Cenário latino-americano

O estudo apresenta um panorama detalhado do mercado segurador em 19 países da América Latina e mostra que o volume de prêmios cresceu 1,6% na região, alcançando U$ 153 bilhões. Do total, 54% correspondem a seguros Não Vida e 46% a seguros de Vida.

Apesar da situação de relativa desaceleração econômica vivida pela América Latina em 2019, os grandes mercados seguradores, com exceção de Argentina e Chile, tiveram bons resultados. Neste sentido destacam-se, especialmente, o México e Peru, cujo crescimento real medido nas moedas locais foi de 7,2% e 7,4% respectivamente. Brasil e Colômbia também apresentaram crescimentos significativos nas suas moedas: 7,4% e 6,6%, respectivamente.

Por linhas de negócio, os prêmios de seguros de Vida cresceram 5,1% medidos em dólares (ante queda de 7,2% em 2018), graças a uma menor depreciação das moedas durante 2019, enquanto os prêmios de seguros Não Vida caíram 1,1% (contra -4% em 2018). No primeiro segmento, os prêmios dos seguros de Vida individual e coletivo aumentaram. Esses segmentos, que representaram 40,2% do total dos prêmios, tiveram um acréscimo de 6,9%, em grande parte explicado pelo bom desempenho desse ramo de negócios no Brasil e no México. Em relação ao segmento Não Vida na região, grande parte dos ramos que compõem esta linha de negócio diminuiu. O ramo Automóvel, que representa 16,9% do total dos prêmios, teve uma contração de 8,5%.

A penetração média da região foi de 2,9% em 2019, superior em 0,08 pontos percentuais ao ano anterior. O indicador melhorou no segmento Vida (1,4%, ante 1,3% no ano anterior), mantendo-se inalterado no segmento Não Vida (1,6%). Em relação à densidade, cada habitante da região gastou em média 248,3 dólares, 0,7% acima do nível registrado no ano anterior. A maior parte dos gastos per capita com seguros continuou concentrada no segmento Não Vida (133,9 dólares), com queda de 2% em relação ao ano anterior. Porto Rico continua apresentando o maior índice de penetração e densidade da região, atingindo em 2019 valores de 14,8% e U 5.050, respectivamente. Isso se explica porque o volume de prêmios desse mercado inclui seguro saúde para a população mais pobre, que é administrado pelo setor de seguros privados e custeado com orçamentos governamentais. Abaixo de Porto Rico, Chile (4,3%), Brasil (3,2%) e Colômbia (2,8%) foram os países com maior taxa de penetração em 2019.

Em 2020, o panorama pode mudar drasticamente. A crise desencadeada pelas medidas de distanciamento social para o enfrentamento da Covid-19, a queda dos preços do petróleo e demais matérias-primas tornam o panorama econômico extremamente complexo para a região em 2020. Nesse sentido, a Mapfre Economics prevê uma queda do PIB de 9,4% para a região.

Desigualdade é como colesterol, tem o bom e o ruim

Fonte: Sonho Seguro

Segundo Flávio Comim, economista e professor das Universidades de Barcelona e de Cambridge, tem que haver um pouco de desigualdade, como uma forma de incentivo.

Na última terça-feira (6), a Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP) discutiu o tema Previdência e Desigualdade Social em mais uma edição do Café com Seguro. A live foi apresentada pelo diretor de Fóruns Acadêmicos, Edmur de Almeida, que também foi responsável pela coordenação do evento, moderada pelo coordenador da Cátedra de Previdência Complementar Fechada, Sérgio Rangel e também contou com a presença do presidente da ANSP, João Marcelo dos Santos. O diretor-executivo da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), Carlos de Paula; e o superintendente geral da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), Devanir Silva, contribuíram com o debate dando suas visões a respeito do tema.

O palestrante Flávio Comim, economista e professor das Universidades de Barcelona e de Cambridge, iniciou sua apresentação citando uma metáfora que diz que a desigualdade é como colesterol, tem o bom e o ruim. Tem aquela desigualdade que reflete um pouco de incentivo. Tem que haver um pouco de desigualdade, como uma forma de incentivo. Mas tem aquela que é como o mal colesterol, que traz problemas sociais e pode inclusive afetar a qualidade das instituições democráticas, diz.

Para fazer essa diferenciação, o professor e pesquisador explica que é preciso se perguntar de que desigualdade estamos tratando. Se é de recursos, de renda, de direitos, de bens primários ou de capacitações. Grande parte da discussão está muito ligada à desigualdade de renda. Entretanto, ela é muitas vezes um indicador imperfeito de bem-estar. Pessoas com o mesmo nível de renda às vezes tem nível educacional diferente e convertem essa renda em realizações distintas também. Eu já entrevistei famílias muito pobres, com o mesmo perfil demográfico e, em uma as crianças estavam saudáveis, e na outra não, explica.

No Brasil, existem muitas outras desigualdades. E há que se ter muito cuidado quando se olha apenas para a renda e/ou para um único indicador, porque diferentes medidas têm diferentes propriedades estatísticas. De acordo com o palestrante, seu ex-professor na universidade de Cambridge, Gabriel Palma, descobriu que na grande maioria dos países o bolo que fica no meio entre os 10% mais ricos e os 40% mais pobres é muito parecido em todos os países. No Brasil os 10% mais ricos concentram 4.3 vezes mais renda que os 40% mais pobres juntos. Eu não posso deixar de mencionar um dado muito preocupante. Tirando Catar, o Brasil é o país no qual o ‘1%’ tem mais renda de todo mundo. A gente chega quase a 29% enquanto o Catar, país do Oriente Médio, é 30%. Ou seja, 1% da população tem praticamente um terço da renda, informa.

Segundo o professor Comim, no que diz respeito a desigualdade de riqueza a coisa piora. Para entender o tema ele sugere uma verificação nos relatórios do Credit Suisse, que mostram que no Brasil está havendo um fenômeno interessante. Os ricos do Brasil têm saído de ativos fixos e adquirido mais ativos financeiros. Eles estão com menos patrimônio físico e a riqueza está se deslocando para ativos financeiros.

O grau de concentração disso é algo de arrancar os cabelos. O Gini da concentração de riqueza declarada no nosso país é de 0,85. Se consideramos a riqueza não declarada o problema é muito maior. As amostras nacionais de domicílio têm uma deficiência muito grande, pois ela não consegue falar com os ricos. Essa dificuldade é uma dificuldade de sub-representação, principalmente daqueles que estão no 1%, analisa.

Para o especialista, esse momento não é um bom. É um período de muita concentração. Durante a epidemia o número de bilionários no mundo aumentou e existe uma forte pressão no mundo inteiro para se colocar mais impostos para os mais ricos. Quando se trata de capital humano e educação, no Brasil o problema é que até os mais ricos são piores, nesses quesitos, do que os mais pobres de outros lugares. Nosso sistema é quase de apartheid educacional. Tem muita coisa dentro do processo educacional brasileiro que vai mal, reforça.

A projeção do professor e pesquisador é que a população nacional cresça para 230 milhões até 2050, ocasionando mudanças na composição da sociedade. As pessoas estão envelhecendo e isso significa que estamos desperdiçando formação de capital humano. Do ponto de vista da renda, da riqueza e educação, que poderia corrigir as nossas falhas estruturais, esse é um problema muito grave.

Quanto ao futuro, a visão do professor Comim é que o cenário tende a piorar: A quarta Revolução Industrial, o uso da Inteligência Artificial, deverá afetar as relações de trabalho e de renda; a automação de processos, que já vem ocorrendo é muito poupadora de mão de obra; o ‘machine learning’, por sua vez, está mudando a forma de provisão. E existe ainda o ‘deep learning’ ou cognitive insight’, que diz respeito às máquinas que vão funcionar como se fossem pessoas. As previsões hoje são muito díspares, mas alguma delas indicam que em economias tão complexas como a americana vai haver uma redução de 47% dos postos de trabalho.

O professor acredita que o mundo em que caminhamos irá se dividir em três grupos de pessoas: as que vão conseguir trabalhar com inteligência artificial; as que as máquinas não conseguem substituir, mas elas não prestam serviços de autovalor agregado; e a terceira categoria e a mais preocupante é a de pessoas que não são empregáveis. Isso deve aumentar a desigualdade, não apenas de renda, mas também nos espaços mencionados. O rolo compressor da quarta revolução industrial vai passar por cima da gente se nós não abrimos os olhos para as desigualdades que isso pode causar. Isso colocará as pessoas em uma posição de ainda maior vulnerabilidade, finaliza.

Para o acadêmico Sérgio Rangel, uma questão que envolve a desigualdade, e no Brasil especificamente tem uma face ainda mais perversa, é com relação a longevidade. Quem tem pouco ou nenhum acesso a planos de saúde, a cuidados e a uma boa alimentação tem uma expectativa de vida muito diferente de quem dispõe desses recursos, pondera. Um estudo brasileiro realizado há dois anos concluiu que uma pessoa que nasce em um bairro nobre de São Paulo tem uma expectativa de vida ao nascer cerca de 23 anos mais longa do que alguém que nasce em bairros mais pobres localizados na periferia da cidade.

Na opinião do acadêmico Carlos de Paula, que trouxe uma visão sobre Previdência complementar ao debate, atualmente o país vive a ‘Revolução dos excluídos. Até a década de 80 éramos vistos pelo mundo como uma nação promissora, que teve um crescimento econômico espetacular. Depois saímos para uma agenda mais social, mas nunca resolvemos esses dois pilares. Não escolhemos um caminho. Ao longo dos últimos 50/60 anos, ocorreram melhorias nos indicadores nacionais, mas ainda elas estão muito aquém do patamar almejado. Para o acadêmico, os milhares de jovens desempregados, sem perspectiva e com baixa formação, são um grande desafio na atual conjuntura.

No que diz respeito ao setor seguros e previdência, que também tem relação com renda, o executivo chama a atenção para a baixa penetração do produto devido à falta de consciência securitária da população. O seguro de pessoas, por exemplo, representa hoje apenas 6% do PIB nacional. É fundamental fortalecermos os pilares da educação financeira, fiscal, securitária e previdenciária. As pessoas precisam saber da importância desses fortes instrumentos de proteção social e que eles são sim acessíveis, destaca.

Setor de planos de saúde cresce, mas não recupera beneficiários perdidos no auge da pandemia

Agosto foi o segundo mês consecutivo de crescimento de vínculos da modalidade médico-hospitalar

Fonte: IESS / Sonho Seguro

O setor de saúde suplementar registrou alta de beneficiários pelo segundo mês consecutivo após sucessivas quedas em função da pandemia do novo Coronavírus. Os dados são da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Com a leve retomada, o segmento passa a contar com 46,911 milhões de pessoas, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), ainda inferior ao registrado no mês de março deste ano, quando ultrapassou a marca dos 47 milhões.

Entre março e junho de 2020, aproximadamente 364 mil pessoas deixaram de contar com planos de saúde médico-hospitalares, resultado do elevado número de demissões, interrupção de atividades, fechamentos de empresas ou ainda da perda de poder aquisitivo por conta da crise econômica desencadeada pela Covid-19.

Para José Cechin, superintendente executivo do IESS, é importante ver que o setor está reagindo, mas a análise necessita cautela. O maior número de beneficiários no setor foi em março deste ano, com 47,087 milhões. Notamos, porém, que o mês de julho de 2020 registrou o maior saldo de vínculos, com aproximadamente 110 mil novas vidas, comemora. Essa análise mês a mês, entretanto, exige cuidado porque os números são revistos periodicamente pela agência reguladora, alerta. O saldo positivo de mais de 187 mil beneficiários entre julho e agosto pode indicar que o mercado brasileiro começa a se estabilizar após o forte impacto da crise.

Na análise anual, o boletim aponta para a estabilidade do setor. A ligeira queda de 0,1% em 12 meses representa 55,9 mil vínculos a menos. Esse mercado passa por um ponto fundamental de estabilidade no intervalo anual. Nos próximos meses saberemos como a gradual retomada da economia deve impactar o setor, afirma Cechin. Ele lembra que o mercado de saúde suplementar tem uma relação direta com o número de empregos formais no País e depende de sua recuperação, especialmente nos setores de indústria, comércio e serviços nos grandes centros urbanos. Na comparação anual, a principal queda foi registrada pelas autogestões, com redução de 5,6%, e filantropias, com baixa de 0,6%. Os planos coletivos por adesão apresentaram crescimento de 1,6%, analisa Cechin. 

Para se ter uma ideia, em agosto de 2020, 37,8 milhões, ou 80,7%, de beneficiários de planos médico-hospitalares possuíam um plano coletivo. Desses, 83,6% eram do tipo coletivo empresarial e 16,4% do tipo coletivo por adesão.

A NAB consolida os mais recentes números de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares e exclusivamente odontológicos, divididos por estados, regiões, faixas etárias, tipo de contratação e modalidade de operadoras.

Brasileiros amam seus celulares, mas poucos os protegem

Fonte: Revista Apólice

A Década Conectada é o nome da pesquisa realizada pela seguradora Assurant em seis países (Brasil, Estados Unidos, Canadá, Japão, Reino Unido e Alemanha) para detectar como o mundo está se relacionamento. Foram entrevistadas seis mil pessoas, acima de 18 anos. Entre os destaques está que os celulares são o principal aliado da vida conectada dos brasileiros, mas também um dos responsáveis pelos maiores índices de frustração quando se fala em itens eletrônicos.

O aparelho celular o item mais importante para as pessoas manterem-se conectadas com o mundo. Mesmo assim, a aquisição de uma proteção para o equipamento é uma realidade para apenas 52% dos entrevistados; destes, 30% adquiriram o seguro diretamente com o fabricante.

Um dos resultados interessantes é que 75% das pessoas que não adquiriram a proteção alegaram que foi por falta de oferta ou por desinteresse por não ter suas expectativas atendidas em relação aos serviços oferecidos ou pelo preço.

Vladimir Freneda, vice-presidente da Assurant no Brasil, diz que a popularização dos produtos de proteção só acontecerá com força quando as empresas investirem no desenvolvimento de coberturas que façam sentido para os consumidores. Quanto mais o consumidor adquirir um serviço e utilizá-lo, mais o mercado irá ganhar espaço com propósito positivo e com lucro, prevê.

Esta pesquisa foi mais abrangente porque ela mostra como as pessoas estão inseridas no contexto tecnológico atual e a sua conectividade. É importante saber quais são as preocupações das pessoas em relação à proteção deste tráfego de informações e como elas se imaginam protegendo seus celulares e seus dados, saber das suas aflições, pontua Freneda.

Ele credita a falta de informações sobre os produtos de seguro à limitação de acesso às informações, principalmente por conta da abordagem da oferta. Há uma grande oportunidade para as pessoas adquirirem o produto de proteção. Você pode oferecer coberturas combinadas, mas é preciso ensinar que é possível adquirir uma proteção, valida o executivo.

Pandemia acelera migração para energia limpa

A transição da economia global para fontes mais limpas de energia está ganhando força à medida que a pandemia de covid-19 acelera uma mudança nos investimentos em combustíveis fósseis, disse a Agência Internacional de Energia (AIE) nesta terça-feira (13).

Em um relatório anual sobre o futuro da indústria, divulgado hoje, a entidade, com sede em Paris, afirmou que os gastos de capital com energia neste ano devem cair 18%. Em parte, isso ocorrerá porque a AIE projeta um recuo de 5% na demanda global por energia em 2020, algo que não ocorre desde a Segunda Guerra Mundial.

Mas os cortes de investimento previstos são altamente desiguais, segundo a AIE, que destacou que empresas, mercados e investidores estão divergindo sobre o que estão dispostos a financiar no futuro. Os gastos com novos suprimentos de petróleo e gás sofreram os maiores impactos, enquanto as energias renováveis se mantiveram melhor do que qualquer outra fonte.

A pandemia prejudicou as receitas corporativas e aumentou a incerteza sobre a demanda futura de combustíveis, estimulando os cortes recordes em investimentos no setor de petróleo e gás. Por outro lado, de acordo com o relatório, os projetos de energia solar e eólica estão se beneficiando de uma queda nos custos, além do amplo apoio dado por governos e de políticas monetárias que garantem baixas taxas de juros.

Desta forma, a AIE espera que as energias renováveis forneçam 80% do crescimento da demanda global de eletricidade até 2030. [A energia] solar é, agora, o novo rei dos mercados de eletricidade, disse o diretor-executivo da entidade, Fatih Birol.

Mark Florian, chefe dos fundos globais de energia e infraestrutura de energia da BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, disse que alguns investidores foram atraídos pelos retornos estáveis que os projetos renováveis podem fornecer, mas ressaltou que este sentimento não é universal.

Definitivamente, vemos um maior crescimento em energia renovável, disse ele. Certos investidores institucionais querem se esforçar mais, mas eu não diria que isso é onipresente.

Demanda por petróleo

A AIE, um órgão consultivo dos 37 países que fazem parte da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), também conhecida como clube dos ricos, disse que a demanda anual por petróleo de seus membros já atingiu o pico nos países desenvolvidos, como EUA, Japão e os membros da União Europeia. Para a entidade, é pouco provável que a busca por barris retorne aos níveis pré-pandêmicos no futuro.

Porém, a AIE espera que a demanda por petróleo continue crescendo em economias em desenvolvimento, casos de China e Índia, fazendo com que os níveis pré-pandêmicos sejam recuperados em 2023.

A previsão é de que a demanda por petróleo nos mercados emergentes aumente em 9 milhões de barris por dia até 2030, compensando a queda no mundo desenvolvido, que acelera a transição para fontes de energia limpa.

Assim, mesmo com a projeção de um maior apoio governamental a projetos de baixo carbono, a AIE prevê que o petróleo e o gás natural representem quase metade da matriz energética global em 2040.

Carvão

Para os produtores de carvão, porém, as perspectivas são mais sombrias. No relatório, a AIE estima que a demanda global pelo produto não ultrapassará mais o pico atingido em 2014. Em 2014, a previsão é que o carvão represente menos de 20% da matriz energética global, algo inédito desde a revolução industrial.

Birol afirmou que atender à nova demanda por energias renováveis não será suficiente para reduzir as emissões de gases estufa. Segundo ele, antes de serem definitivamente aposentadas, instalações existentes de energia e de indústria pesada lançariam, na atmosfera, carbono suficiente para prejudicar as metas que visam conter a elevação das temperaturas globais.

Pelos cálculos da AIE, o uso dessas instalações deve provocar um aumento de 1,65ºC, tornando quase impossíveis os esforços internacionais para manter a alta da temperatura abaixo de 2ºC, como prevê o Acordo de Paris.

Daqui pra frente, o que construirmos de novo deve ser limpo, disse ele. Em segundo lugar, temos que lidar com a infraestrutura de energia existente que, se for deixada de lado, colocará todas as nossas metas climáticas fora de alcance, explicou o diretor-executivo da AIE.

Emissões globais de carbono x metas climáticas

A crise provocada pela pandemia vai reduzir as emissões globais de carbono para o menor nível da década, mas o aumento da demanda por combustíveis fósseis em países em desenvolvimento no longo prazo pode fazer o mundo descumprir metas climáticas importantes para o futuro.

A entidade afirmou que as proibições de viagens e os lockdowns adotados para mitigar a propagação da covid-19 contribuíram para uma queda de 5% na demanda global por energia.

No relatório, a AIE incluiu uma modelagem de cenário para ações que governos e empresas teriam que tomar para zerar as emissões de carbono até 2050.

Ainda que a covid-19 tenha atrasado o crescimento da demanda global de petróleo em dois anos e meio, ela deve crescer e se estabilizar na próxima década, principalmente por causa dos emergentes. Somente em 2040, a entidade prevê que a procura por barris seja 7% menor que a registrada em 2019, antes da pandemia.

O número crescente de países e empresas que se comprometem em zerar as emissões líquidas [de carbono] é um desenvolvimento profundamente importante, disse Birol. As enormes somas de dinheiro que eles estão investindo para estimular a recuperação econômica são uma oportunidade histórica para acelerar significativamente as transições em direção a um futuro energético mais limpo e resiliente, acrescentou.

A AIE também projeta que a transição energética será desigual entre os diferentes setores da economia. Nos transportes, por exemplo, espera-se que a transformação da indústria marítima seja a mais lenta, com os combustíveis fósseis respondendo por mais de 97% da demanda por energia até 2030. Enquanto isso, as vendas de carros convencionais devem atingir o pico em meados da próxima década.

Fonte: Valor Econômico

Gestão de risco

As empresas que operam no setor de energia elétrica, em atividades como geração, transmissão, operações e distribuição, assumem diferentes atitudes em relação aos seus inúmeros riscos.

Algumas mantém sistemas modernos de gerenciamento de riscos e outros limitam-se a tratar de um ou outro seguro que julgam suficiente e pertinente para proteger suas operações.

Na realidade, a atividade em si, incluindo todas as formas de riscos, necessariamente, devem ser tratadas por cada empresa de forma profissional, principalmente nas condições atuais deste nosso país. Em tais condições imperam a desqualificação política, a corrupção endêmica e a incompetência econômico-financeira.

Esses setores, no entanto, vêm constatando, evidentemente, que sistemas modernos de governança empresarial devem ser implantados com urgência e, destes, surge todo o processo de implantação das regras de conformidade, o compliance tão propagado. O compliance compreende a importante decisão de implantação obrigatória de um sistema amplo de gerenciamento de risco, não tão somente aplicados a riscos puros, porém, a toda a atividade gerencial: o gerenciamento de risco. O ERM (Enterprise Risk Management) adotado nos países mais desenvolvidos passa a determinar os riscos que afetam a sustentabilidade e a sobrevivência da empresa no contexto de suas operações gerais.

Quando, antigamente, a preocupação dos empresários era a de se sustentar no mercado e manter no máximo um setor de seguros para administrar seus riscos puros e sua administração, hoje em dia, surge a exigência natural da introdução da ERM e, nela, a parte de gerenciamento efetivo dos riscos puros e sua administração. Assim, nasce todo um comportamento especializado de identificação e avaliação de riscos puros e das medidas para adoção de um controle efetivo desses riscos, seja para simplesmente assumi-los, seja por medidas de segurança e prevenção que minimizem os seus impactos e, finalmente, seja para transferência desses riscos a terceiros, inclusive ao seguro, forma mais eficaz de transferência.

Embora a responsabilidade maior pelo gerenciamento de risco de uma empresa seja dela própria, dificilmente, podem prescindir dos serviços de um corretor profissional de seguros e resseguros com conhecimentos específicos como inspeções técnicas, planejamento e administração dos programas de seguros e seus custos, serviços inerentes ao underwriting e colocação dos programas de seguros nos mercados segurador e ressegurador, regulação e indenização de sinistros, roadshows nos mercados de colocação de riscos, enfim, uma enorme gama de serviços necessária a um gerenciamento de risco moderno e atualizado.

Esse gerenciamento permite que as empresas mantenham a consciência exata de seus riscos puros e entendimento correto e técnico de tratá-los da melhor forma e custo compatível.

Fonte: Revista do Setor Elétrico / Autor: Paulo Leão de Moura Júnior, chairman da THB Re Brasil

Moody’s sinaliza mudar nota de crédito se País não retomar ajuste fiscal em 2021

A vice-presidente e analista sênior do rating do Brasil na Moody’s Investors Service, Samar Maziad, disse na última quarta-feira, 14, que a agência de classificação de risco espera algum avanço na agenda de reformas ainda este ano ou no começo de 2021, como forma de enfrentar os efeitos gerados pela pandemia, como a rápida elevação da dívida pública.

O importante é que avancem, disse ela, acrescentando que o atual rating do País, anunciado em maio, já considerava um aumento da dívida para fazer frente aos gastos extraordinários com a pandemia. Mas também previa um esforço para retomar o ajuste fiscal a partir do próximo ano.

A manutenção do rating incorpora esse aumento (de gastos), mas também prevê a retomada do ajuste fiscal em 2021, disse Samar, em evento organizado pela agência. Se o apoio a reformas diminuir, haverá impacto negativo em nosso cenário.

Pelos critérios usados pela Moody’s, a chamada nota de crédito soberano do Brasil é de Ba2, com perspectiva estável. O País está dois graus abaixo do piso para voltar a ser considerado grau de investimento, indicação importante para investidores estrangeiros na hora de distribuir seus recursos.

O Brasil conquistou pela primeira vez o grau de investimento em 2008. Sete anos depois, a S&P foi primeira a tirar o selo de bom pagador, seguida por Fitch e depois por Moody’s.

A Moody’s projeta que a relação entre dívida pública bruta e Produto Interno Bruto (PIB), que era de 75,8% em 2019, supere os 97% no próximo ano. Esperamos que o crescimento econômico se recupere em 2021. Contudo, as reformas estruturais e o ajuste fiscal serão importantes para o Brasil conseguir um crescimento sustentável, afirmou a analista. Ela acrescentou que espera a manutenção do teto de gastos, regra que condiciona o nível de gastos à evolução da inflação. O teto de gastos é a principal âncora fiscal do Brasil.

Sobre a manutenção de estímulos extraordinários, como o auxílio emergencial, ela disse que dentro do teto de gastos há espaço limitado para aumentar despesas. Assim, a ideia do ministro da Economia, Paulo Guedes, de unificar programas sociais pode requerer medidas compensatórias.

Também presente no evento, o diretor do ASA Investments e ex-secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall, afirmou que, nas últimas duas semanas, ficou mais animado com a perspectivas de que o teto de gastos não será ultrapassado.

Segundo Kawall, após alguns sinais do governo sobre o financiamento do Renda Cidadã, a reação negativa dos mercados foi percebida pela equipe econômica, que voltou a reforçar que a regra será mantida. A sinalização é de que o governo vai respeitar o teto para financiar programas sociais.

Concentração da riqueza acentua na pandemia

Enquanto fortuna de ricos cresce, 150 milhões vivem na miséria

Aumento no cálculo do número daqueles que vivem com menos de US$ 1,90 por dia está chegando a cerca de 10% da população global.

Fonte: Monitor Mercantil

O número de pessoas na pobreza extrema em todo o mundo aumentará entre 88 e 150 milhões até 2021, em parte graças à pandemia da Covid-19. Os dados são do novo relatório do Banco Mundial, mostrando que isso representa, pela primeira vez em 20 anos, aumento no cálculo do número daqueles que vivem com menos de US$ 1,90 por dia está chegando a cerca de 10% da população global.

A convergência da pandemia do coronavírus, combinada com o conflito global e mudanças climáticas, colocou o objetivo de acabar com a pobreza mundial até 2030 praticamente longe da vista, alertou o relatório. Além disso, 82% dos novos empobrecidos vivem em países de rendimento médio, considerando que um grande número de pessoas em todo o mundo perderam seus empregos, seja por causa das medidas de isolamento ou devido às consequências econômicas que se seguirão à pandemia.

No entanto, a classe trabalhadora em países ricos e pobres também sofre com o impacto do vírus. Cerca de 56 milhões de pessoas nos Estados Unidos (incluindo bem mais de um terço de famílias de baixa renda) que foram obrigados a depender de um banco de alimentos durante a pandemia, de acordo com a Pew Research. No final de julho, 54 milhões entraram com o pedido de seguro-desemprego depois que o setor econômico foi fechado em uma tentativa de lidar com a propagação do vírus. Um terço da população dos EUA também sofreram redução de salário.

Enquanto isso, os que vivem em países pobres estão em uma situação ainda pior. Em abril, o Programa Mundial de Alimentos alertou sobre uma epidemia de fome global potencialmente massiva, já que os mais pobres do mundo não teriam mais condições de comprar alimentos.

Segundo o diretor-geral do Programa Mundial de Alimentos, David Beasley, o surgimento de “múltiplas fomes de proporções bíblicas”, principalmente no Iêmen e no Chifre da África, no qual, após pressão do governo Trump, a ajuda ao Iêmen foi reduzida para apenas US$ 25 centavos por pessoa por dia, menos da metade do que as Nações Unidas estimam ser necessário.

Paralelamente, grandes empresas conseguem suportar a pressão. Mesmo com um grande número de pessoas tendo seus meios de subsistência destruídos, a riqueza dos bilionários do planeta aumentou em cerca de um terço (US$ 1,5 trilhões) durante a pandemia. O CEO da Tesla e da SpaceX, Elon Musk, teve sua fortuna mais do que triplicada, para US$ 92 bilhões, ainda que sua fábrica da Tesla na Califórnia tenha sido temporariamente fechada devido à propagação do vírus.

O relatório do Banco Mundial mostra claramente que bilhões de pessoas estiveram mais vulneráveis aos impactos econômicos da Covid-19 por causa de décadas de políticas econômicas que os mantiveram vivendo com um salário mínimo acima da linha da pobreza, enquanto os mais ricos da sociedade acumulam cada vez mais riqueza, escreveu a Oxfam.

Educadores relatam qual presente gostariam de ganhar no Dia do Professor

Fonte: Estadão

De abraço coletivo (proibido na pandemia) ao reconhecimento da importância da educação de qualidade e valorização da profissão, estes são os presentes que docentes gostariam de ganhar no Dia do Professor, comemorado nesta quinta-feira, 15.

Diante do novo coronavírus, educadores precisaram se reinventar para manter o aprendizado dos alunos. Para alguns, plataformas online das escolas ajudaram no processo. Outros precisaram e ainda precisam lidar com dificuldades de alunos que não têm equipamentos eletrônicos ou acesso ao ambiente virtual.

'Possibilidade genuína de aprender com meus alunos por empatia', diz Jacobik © ALEX SILVA/ESTADAO 'Possibilidade genuína de aprender com meus alunos por empatia', diz Jacobik

Em meio ao esforço, dedicação e carinho, também precisam lidar com os preparativos e desafios para a retomada das aulas presenciais. Depois de quase sete meses com escolas fechadas, a volta começa a ser feita de forma gradual, com limite máximo de alunos e adoção de protocolos sanitários. Para prestar uma homenagem, envie uma mensagem de agradecimento e de apoio aos professores nessa volta às aulas com a hashtag #mensagemaoprofessor.

Docentes ouvidos pelo Estadão demonstram a falta que faz o convívio diário com os alunos, não somente para o aprendizado, mas também com relação ao lado afetivo. Neste Dia do Professor, eles desejam que a educação possa um dia ser de qualidade para todos.

Ana Gagliardo, professora de Língua Portuguesa e Literatura da Escola Luminova, no Bom Retiro, região central de São Paulo, dá aulas para o 6º e o 7º ano do ensino fundamental e turmas do ensino médio. Tem 40 anos, dos quais 16 são dedicados à educação.

Para ela, o melhor presente seria a valorização do ensino. No plano utópico, gostaria de ganhar a valorização da educação como um bem para toda a sociedade em desenvolvimento educacional, econômico e social. O mundo ideal. Em termos materiais, gostaria de ganhar um pacote de formação em recursos digitais, pensando na pandemia e prospecção de mantermos o ensino híbrido, presencial e remoto, no pós-pandemia, disse Ana, que também destacou os desafios enfrentados no início da quarentena.

No dia 19 de março, começamos com as aulas online, usando plataformas digitais da escola. Mas o desafio é ser inventivo e captar atenção dos alunos no formato digital, que é diferente do contato presencial, tanto em aprendizado, quanto no lado afetivo, explicou. Na escola onde leciona, as aulas presenciais serão retomadas na próxima segunda-feira, 19, para educação infantil até a 5ª série do fundamental, conforme os protocolos.

Amanda Carmona, de 39 anos, professora do 5º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dom Paulo Rolim Loureiro, na Cidade Nova São Miguel, zona leste da capital paulista, também pede mais educação de qualidade. O que nós, educadores, gostaríamos de ganhar seria a igualdade de oportunidades para todos os alunos e familiares. Só assim, a educação atingiria as metas por nós sonhadas, disse.

Na rede pública de ensino há mais de 18 anos, afirmou que o maior desafio dos professores na pandemia é atingir todos os alunos. Objetivo esse que, diante da falta de recursos de grande parte das famílias, não está sendo atingindo como gostaríamos. A falta de acesso à internet e a ausência de computadores ou celulares, que possibilitem o acesso às plataformas digitais, impedem que uma parcela considerável acompanhe diariamente as atividades. Embora todos os professores estejam engajados em oferecer o melhor no ensino remoto, nada substitui o papel da escola na formação do cidadão. É na escola que criamos nossas melhores lembranças, nossas melhores e mais marcantes experiências, destacou Amanda.

Mais reconhecimento da profissão é o que pede Alyne Cavalcante Valença, de 30 anos, professora das escolas estaduais Professora Joanna Abrahão, na Vila Joaniza, e Plínio Negrão, na Vila Cruzeiro, ambas na zona sul da capital.

Em geral, a profissão está bastante desvalorizada. Acredito que os educadores precisam ser mais reconhecidos, disse a professora de Artes, de alunos do 1º ao 5º ano na Joanna Abrahão e de Espanhol a partir do 7º ano do fundamental até o ensino médio no Centro de Estudos de Línguas da Plínio Negrão. Apesar do contato online, sinto muita falta do carinho e do contato presencial dos alunos. Gostaria que tudo ficasse bem logo para que a gente pudesse retomar com tranquilidade nossa rotina, pediu.

Para Guilherme Santinho Jacobik, de 48 anos, professor do 4º ano do fundamental do Colégio Santa Cruz, no Alto de Pinheiros, zona oeste da cidade, e do ensino superior do curso de Pedagogia do Instituto Singularidades, na mesma região, o presente de Dia do Professor é renovado ano a ano. Possibilidade genuína de aprender com meus alunos por empatia, pela vontade científica de aprender e curiosidade. Paciência de entender a linguagem do professor. Um presente que é renovado todos os anos.

Embora seus alunos consigam ter acesso ao ambiente virtual, há desafios. Não é fácil mudar a lógica do ensino presencial para modelo virtual. Já tivemos atividades online, mas nunca integralmente. Além disso, sinto falta da interação e da proximidade entre aluno e professor, destacou Jacobik, que leciona há mais de 30 anos para crianças e há 17 anos para universitários.

Professor de Química das três séries do ensino médio e do cursinho do Colégio Santa Maria no Jardim Marajoara, zona sul da cidade, Maurício Rodrigues, de 45 anos, trabalha há mais de 20 anos com educação. Ele disse que nada seria mais gratificante que poder ganhar um abraço coletivo da turma.

O que eu mais gostaria de receber é um abraço coletivo com a turma toda. O contato olho no olho, sentindo e trocando emoções, expressou o professor, que já retomou as aulas presenciais no cursinho com limite de 19 alunos por sala e dois metros de distanciamento. Já o ensino médio permanece no ambiente virtual até o fim do ano. Meu sentimento foi de alegria pelo retorno. O reencontro e poder ver a carinha de cada um. Apesar da máscara, o olhar diz muito. Ao mesmo tempo, a preocupação com todos, enquanto não existir a vacina, ressaltou o educador.

Igor Golinelli, professor de História do ensino médio do Colégio Augusto Laranja, em Moema, zona sul da cidade, também gostaria de receber um caloroso abraço. O presente que gostaria de ganhar no Dia do Professor seria poder abraçar cada um dos alunos, ver que todos estão bem, saber que os seus familiares estão com saúde e seguros. E, claro poder retornar ao ritmo normal de vida que tínhamos antes da pandemia, disse ele, de 50 anos, sendo metade dedicada à educação.

Diana de Oliveira Mendes, de 33 anos, é pedagoga e atua como professora de alunos de 2 a 3 anos em um Centro de Educação Infantil (CEI) na Barra Funda, zona oeste da capital. Para ela, o presente ideal é que todos comecem a pensar na educação como uma ação transformadora. Estamos longe de ter uma educação de qualidade que contemple todas as crianças. Meu maior desejo seria ter valorização dos educadores e escolas. Que as crianças pudessem ter educação de qualidade e que seus direitos fossem realmente respeitados, afirmou.

Com a pandemia, o CEI manteve grupos de WhatsApp para ter contato direto com as famílias. Enviamos vídeos que estimulam o aprendizado das crianças. Damos apoio com desmame e até desfralde das crianças pequenas. Também ajudamos com arrecadação de cestas básicas para famílias de crianças mais carentes da creche, explicou a professora.

Diana é mãe de duas crianças, de 1 e 10 anos, e também de um adolescente de 14. A educação infantil é uma etapa muito importante para o desenvolvimento humano. Formada na área, estou vivenciando com o meu caçula a importância dessa etapa de ensino. Peço que as famílias sejam incentivadas sobre a importância desta etapa. Com previsão de retorno para novembro, para ela ainda há um grande desafio pela frente com relação aos pequenos. Será dar carinho, sem poder abraçar na retomada das aulas, disse.

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Tipo de emprego: Tempo integral

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