Nenhuma informação no momento

Gestão de riscos e desastres

09, Nov. 2020

Gestão de riscos e desastres

Papel dos profissionais do Sistema foi destaque em mesa redonda virtual

Com uma mesa redonda transmitida por duas horas pelo canal do Confea no YouTube na quarta-feira, 28 de outubro, a Coordenadoria das Câmaras Especializadas de Geologia e Engenharia de Minas (CCEGM) encerrou um encontro de três dias, todo realizado por videoconferência, discutindo a gestão de riscos e desastres e o papel dos profissionais do Sistema.

Mediada pelo coordenador nacional da CCEGM, Geol. Caiubi Kuhn, a mesa redonda teve a participação dos geólogos paulistas Eduardo Soares de Macedo, pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT-SP), e Ronaldo Malheiros Figueira, coordenador do Câmara Especializada de Geologia e Engenharia de Minas (CAGE) do Crea-SP, além dos coordenadores desses colegiados em outros estados.

Viver nas cidades implica estar cercado de riscos o tempo todo. A pandemia do Covid-19 que vivemos hoje é o maior risco que tivemos no planeta nos últimos 100 anos. É a junção de uma determinada ameaça aos danos que ela pode causar à sociedade em geral, disse Macedo.

O geólogo ressaltou a necessidade de se criar uma cultura de risco. Só lembramos disso quando temos problemas e aí começamos a buscar soluções. Somos bons em atender desastres, mas deveríamos ser bons em evitá-los, ou seja, na gestão dos riscos. Estamos buscando resolver isso com o nosso trabalho, disse.

Macedo destacou pontos como o mapeamento de riscos para fazer planejamento urbano, fiscalização, recuperação das áreas de riscos, urbanização de favelas e também educação dos moradores para ter uma boa ocupação dos espaços.

Segundo o geólogo, o papel que cabe aos municípios conforme dita a Lei 12.608/2012, que instituiu a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, acaba não sendo exercido a contento por falta de recursos financeiros e de uma equipe técnica robusta, sem profissionais do nosso Sistema e de outras áreas.

O pesquisador do IPT ressaltou ainda a importância de exercer uma fiscalização para que as prefeituras tenham as pessoas corretas em seus postos. Quem faz os mapeamentos? Quem cuida da reurbanização? A quem cabem os atendimentos de emergência? Isso sempre envolve geólogos, engenheiros, geógrafos, geofísicos, tecnólogos e outros. No caso das barragens de rejeitos, como tivemos os exemplos recentes de Brumadinho e Mariana, e mais de 700 barragens em Minas Gerais que podem dar problemas, isso envolve também os engenheiros de minas. Ou seja: nossa turma toda envolvida na história da gestão de riscos, disse.

Cooperação técnica com o MDR

Iniciativa nascida em São Paulo, o recém-assinado acordo de cooperação técnica do Confea com o Ministério do Desenvolvimento Regional - MDR, que tem foco direto na questão da defesa civil, foi destaque durante a mesa redonda.

O acordo tem como objetivo estabelecer protocolos de atuação conjunta permanente, de forma a contribuir para a redução dos riscos e a melhoria da gestão dos desastres naturais e tecnológicos por meio do compartilhamento de informações e da adoção de medidas com o propósito de garantir a proteção civil, a ordem pública e a segurança da população.

Além de promover a integração entre o sistema profissional e os órgãos de proteção e defesa civil, o acordo fortalece a atuação do Sistema Confea Crea fora de seus muros e valoriza os profissionais da área tecnológica no processo de gestão de riscos e desastres, promovendo a implantação do processo de gestão do assunto nos municípios. “Com a ampliação das ações fiscalizatórias, objetivamos uma melhoria na eficácia da gestão de riscos e desastres, destacou Malheiros.

Com vigência de três anos, o acordo assinado em setembro último começou a ser delineado em 2016, considerando a importância de envolver o sistema profissional no trabalho de defesa civil, não apenas naquilo que já faz parte da rotina das nossas atividades. Por que o Sistema não atua antes; só aparece depois que acontece o problema? Temos que inverter essa ordem, ressaltou Malheiros.

Segundo o coordenador do colegiado paulista, os grandes executores do plano serão os municípios e os Creas regionais e, para o seu sucesso, é fundamental fortalecer a gestão de riscos em âmbito municipal.

O município tem que mudar o seu foco na gestão dessas questões. Na Capital, por exemplo, toda a gestão de riscos e desastres está nas mãos da Defesa Civil. Precisamos quebrar esse paradigma de correr atrás de prejuízos e procurar culpados, mudar esse olhar. Não enxergar esse problema somente sob a ótica do desastre, disse.

Malheiros destacou ainda a importância da comunicação para todo o processo. Ao dar publicidade a esse trabalho, despertamos nos profissionais o olhar para a sua participação e a possibilidade de se engajar, o que também implica em ações nossas que promovam a engenharia social, disse, lembrando que sem a possibilidade de fazer essas reuniões por videoconferência, certamente esse acordo não estaria assinado. Isso agilizou os trâmites e economizou recursos do Sistema.

Na conclusão, o coordenador da CCEGM disse: Ficou clara a necessidade de termos no Brasil uma gestão pública mais eficiente, que inclua uma gestão de risco preventiva. É um desafio e isso não tem como ser feito sem a participação dos nossos profissionais em iniciativas como essa, que ajudam a evitar perdas de vidas.

Fonte: Portal CREA-SP

Amanhã, a Jornada Global Risks realizará o Webinar

Tema: Infraestrutura: Uma perspectiva em construção.

A proposta é conversar com especialistas sobre qual o cenário que nos aguarda nos próximos meses e discutir as possibilidades para o setor.

As inscrições já podem ser feitas na plataforma: https://lnkd.in/eyS64f2 

#MAPFRE #JornadaMAPFRE

Seguro é para ser usado

Viver sem seguro é uma verdadeira irresponsabilidade, escreve Antonio Penteado Mendonça

Fonte: O Estado de S. Paulo

A não ser gente mal-intencionada, ninguém contrata seguro pensando em usá-lo. A proposta por trás de uma apólice é a segurança de ter um bem reposto, no caso de acontecer um evento que cause sua perda. A razão de ser do seguro não é evitar o sinistro, mas minimizar as perdas, através do pagamento da indenização. É por isso que o risco não é transferível. O risco será sempre do segurado. Não tem como a seguradora morrer no lugar do segurado, ou pegar fogo no lugar da casa do segurado, ou bater no lugar do carro do segurado. O que a seguradora faz é assumir a obrigação de pagar uma quantia em dinheiro no caso de o segurado sofrer um prejuízo previsto e coberto pela apólice de seguro.

Até alguns anos atrás, eu tinha certeza de que jamais cobraria uma indenização decorrente de um sinistro de incêndio. Também não via razão para ser indenizado por roubo residencial. Seguro para usar era o seguro do veículo e o plano de saúde privado, mesmo assim, para exames e consultas de rotina.

Mas o mundo gira e a cada 24 horas estamos sujeitos a eventos que podem não depender de nós, mas que acontecem, tanto faz o que achemos. Foi assim que um belo dia eu precisei usar o seguro de incêndio de minha casa.

Num domingo de manhã, senti cheiro de queimado. Achei estranho, mas no princípio não dei muita bola. Uma rápida olhada pelo imóvel me mostrou que, se tinha alguma coisa queimando, não era dentro de casa. Não me preocupei mais até sentir o cheiro de queimado um pouco mais forte. Fui até a lavanderia e, lá, o cheiro era francamente forte, além do que tinha fumaça do lado de fora.

Abri a porta e do lado de fora dei com nossa empregada olhando apavorada para dentro de seu quarto. Era de lá que vinha a fumaça. Fui até a entrada do quarto e olhei para dentro. Algo queimava em cima de sua cama, mas não havia chama, só uma fumaça densa. Peguei um balde com água e joguei na cama e outro e outro. Entrei no quarto e retirei o colchão. Era ele que estava queimando. Como era de espuma, não havia chama.

Em princípio, foi um evento pequeno. Mas o estrago causado pela fumaça não teve nada de pequeno. O aposento estava com as paredes negras, o armário de roupas, chamuscado, as roupas da empregada se desfaziam nas mãos e a cama e o colchão estavam destruídos. Para completar, a água que eu joguei criou uma lama escura que se espalhou pelo chão e atingiu o rodapé.

Perto do que aconteceria se a casa pegasse fogo, a indenização paga não foi muito alta. Mas pagou a limpeza e a pintura do quarto, uma nova cama e seu colchão, o armário e as roupas da empregada.

Da mesma forma, quando, alguns anos depois, minha casa foi assaltada, o seguro residencial pagou tudo que foi roubado, de objetos a roupas. A partir destes dois eventos, descobri que se, nós contratamos seguro pensando que não será necessário usá-lo, também contratamos para, em caso de necessidade, chamar a seguradora para indenizar as perdas decorrentes dos prejuízos cobertos.

O que não é surpreendente é que as seguradoras, em mais de 98% das vezes, pagam sem discussão, assim que termina o processo de regulação do sinistro. Nem poderia ser diferente. Seguro é um negócio como qualquer outro, baseado num contrato com obrigações do segurado e da seguradora. Se a obrigação básica do segurado é pagar o prêmio, a da seguradora é pagar a indenização decorrente dos prejuízos causados pelo evento danoso que atingiu o segurado.

Num mundo cada vez mais impessoal e automatizado, com riscos de todos os gêneros ameaçando a vida, a família e os negócios das pessoas, pretender viver sem seguro é uma verdadeira irresponsabilidade. A ordem de grandeza dos prejuízos varia de evento para evento e ela pode se tornar muito pesada. Se o incêndio de um pequeno cômodo custa pouco, o incêndio de uma casa pode consumir praticamente todo o patrimônio de uma família. Sem seguro, ela perde tudo, mas, se estiver protegida por uma apólice, a perda é suportável, porque o grosso dos prejuízos é reposto pela seguradora.

Esta regra vale para a vida, mas o importante é segurar o que pode te fazer falta.

Prudência, caldo de galinha e um pouco de medo não fazem mal a ninguém

Allianz cautelosa com as perspectivas, apesar do aumento do lucro

A volatilidade nos mercados financeiros também pode aumentar devido ao resultado das eleições nos Estados Unidos

Fonte: Reuters

A seguradora alemã Allianz deixou de fornecer uma previsão para 2020 devido à incerteza em torno da pandemia de COVID-19, apesar de apresentar um aumento de 6% no lucro líquido do terceiro trimestre. A Allianz, como outras seguradoras, alertou sobre o impacto de clientes que fazem reivindicações por lucro cessantes e eventos cancelados, enquanto a demanda por seguros de automóveis e viagens caiu.

O diretor financeiro Giulio Terzariol disse que a volatilidade nos mercados financeiros também pode aumentar devido ao resultado das eleições nos Estados Unidos. Ele se absteve de oferecer orientação sobre as perspectivas da empresa para o ano todo. Estes não são tempos normais, disse ele aos jornalistas.

O lucro líquido atribuível aos acionistas foi de € 2,063 bilhões (US$ 2,44 bilhões) nos três meses até setembro, em comparação com € 1,947 bilhão um ano antes. Foi mais alto do que a previsão de consenso de € 1,626 bilhão. O resultado financeiro foi incrementado por um aumento no lucro não relacionado às atividades principais da Allianz. A empresa teve maiores ganhos realizados durante o verão com as vendas em seu portfólio e menores prejuízos, depois de uma redução no valor dos títulos argentinos há um ano.

A empresa também cancelou definitivamente uma recompra de ações que estava em espera à luz das incertezas econômicas em curso. As ações da Allianz subiram 1% no pregão do meio da manhã, com analistas do Barclays chamando os resultados de uma batida geral decente.

No início deste ano, a seguradora abandonou sua meta de lucro para 2020 entre € 11,5 bilhões e € 12,5 bilhões devido à incerteza econômica resultante da pandemia, e disse que espera registrar o primeiro declínio anual no lucro em quase uma década.

Continuamos confiantes em não apenas enfrentar bem a crise do COVID-19, mas em construir um Allianz ainda mais forte, disse o CEO Oliver Baete. O índice combinado da Allianz, uma medida de lucratividade para sua divisão de danos a propriedades e responsabilidade civil, um de seus maiores produtores de receita, piorou ligeiramente para 94,5% no terceiro trimestre, de 94,3% um ano antes. Leituras abaixo de 100% indicam lucratividade.

Prudential do Brasil sofre ataque hacker e roubo de dados pessoais de clientes

Fonte: Convergência Digital

Sem revelar que tipo de incidente de segurança sofreu, a Prudential do Brasil, maior seguradora individual do País, publicou um comunicado em seu site assumindo um ataque aos seus sistemas para contratação de seguro de vida individual. A empresa garante que as investigações feitas mostram que nenhum outro sistema foi atingido.

Ainda de acordo com a empresa, as informações que foram copiadas são referentes a uma parcela limitada da base de dados das propostas de seguro de vida individual. Essas propostas podem conter dados pessoais como nome, CPF, endereço, informações de saúde, bens, beneficiários e, em casos limitados, os números de conta corrente e agência. Informações relacionadas a cartões de crédito não foram comprometidas.

A companhia informa que realiza uma investigação global nos sistemas de segurança e que está em estreita colaboração com as autoridades competentes. E reporta que as pessoas atingidas pelo vazamento de dados pessoais terão por 24 meses, acesso gratuito ao sistema de monitoramento Serasa Premium, que acompanha o uso indevido de informações.

A Prudential do Brasil, maior seguradora independente do país no ramo de vida (excluindo VGBL), existe desde 1998, mas a sua história começou antes disso. Somos uma subsidiária da Prudential Financial, Inc, uma das maiores instituições em serviços financeiros no mundo, com mais de 140 anos de existência e operações em mais de 40 países. No Brasil, a Prudential é especializada há 20 anos em seguro de vida individual e, desde 2017, comercializa também seguro de vida em grupo.

Mulheres no Seguro aborda a atuação feminina no mercado de seguridade

Produzida pela Editora Leader, dentro da série Mulheres, a obra conta com 30 depoimentos de grandes executivas que atuam nos principais centros econômicos brasileiros. O livro será lançado no dia 25 de novembro, em todo o Brasil.

Buscando mostrar a magnitude e a grandeza do mercado de seguros no país, a Editora Leader programa o lançamento do livro Mulheres no Seguro para o dia 25 de novembro. A obra, indo além da história da seguridade, chama atenção para outra questão que precisa ser discutida: a equidade de gênero.

Com 30 depoimentos femininos, apresentando o perfil de executivas que atuam neste setor, nas principais cidades brasileiras, o livro promove amplo debate sobre o assunto.

As mulheres estão ocupando os mais destacados ambientes sociais e profissionais. Isso enche o nosso coração de alegria. Quando há restrições femininas para ocupar cargos e outros espaços, o mundo perde oportunidades de crescimento e desenvolvimento. Nosso projeto busca mostrar, justamente, como a presença da mulher é importante em diferentes aspectos, conta Andréia Roma, coordenadora geral do projeto e CEO da Editora Leader.

Em 2012, foi publicado o 1º Estudo de Mulheres no Mercado de Seguros no Brasil, pela Escola de Negócios e Seguros (ENS). A participação feminina, na época, chegou a 57%. Doze anos antes, esse percentual atingia apenas 49%. Já em 2018, houve pequeno decréscimo contabilizado e 55% das mulheres compunham o segmento. A análise traz resultados positivos, pois há movimentação constante buscando promover a igualdade de oportunidades para homens e mulheres neste meio.

Mulheres no Seguro entra na história porque chama a atenção de gestores e influenciadores para que diminuam, na seguridade, os limites de crescimento ainda impostos às mulheres do setor, conta Regina Lacerda, coordenadora convidada do livro e CEO da Rainha Seguros. A profissional atua no mercado de seguros há 30 anos, gerenciando a sua própria empresa e liderando uma equipe de vendas. É especialista em seguros patrimoniais e coordenadora do grupo Executivas do Mercado de Seguros de Brasília.

Em entrevista para a Associação das Mulheres do Mercado de Seguros (AMMS), Regina conta que, no começo da sua atuação, a presença das mulheres no mercado ainda era tímida. Em 1993, tive o privilégio de ser convidada pela atual ENS, à época, FUNENSEG, para participar de uma campanha nacional de testemunho de credibilidade da profissão de corretor de seguros, intitulada ‘Seguros, uma vocação da mulher’. Nela, quatro mulheres, cada uma de uma região do país, contava sua história, a fim de motivar outras mulheres a ingressarem na profissão, informa.

O livro Mulheres no Seguro, ainda inédito em todo o país, aproveita o gancho sobre o tema e chama atenção para a baixa demanda de produtos específicos para a realidade feminina.

É um espaço em que há boa chance de crescimento. Em 2018, apenas 17% das seguradoras tinham esse tipo de produto. Nós, mulheres, precisamos encarar este desafio, conta Regina.

Profissionais que integram o livro Mulheres do Seguro: Regina Lacerda, Alessandra Monteiro, Andrea Mathias, Camila Davoglio, Carolina Vieira, Daniela Paschoal, Ellen Oliveira, Enir Junker, Eva Vazquez, Fabiana Resende, Francesca Bianco, Gisele Christo, Graziella Castilho, Guadalupe de Andrade, Isabel Alves Azevedo, Izabel Barbosa, Liliana Caldeira, Linda Bessa, Margo Black, Patrícia Campos, Paula Lopes, Rosana Techima, Rossana Costa, Simone Cristina Fávaro, Simone Ramos, Simone Vizani, Solange Guimarães, Stephanie Zalcman, Vanessa Capua e Vanessa Rocha.

Serviço / Ficha técnica

Título: Mulheres do Seguro

Lançamento: 25 de novembro, organizado pela TV Gestão RH

Editora: Editora Leader / ISBN: 978-65-88368-11-4 / Preço: R$ 79,90 Vendas virtuais: Submarino, Americanas.com, Shoptime, Extra, Casas Bahia, Ponto Frio e Amazon Vendas físicas: Saraiva, Cultura, Travessa, Livraria da Vila, Martins Fontes, Livrarias Curitiba

Ataque cibernético

Ataque hacker: STJ diz que processos foram preservados Tribunal deve retomar julgamentos na próxima terça-feira, 10.

O presidente do STJ, ministro Humberto Martins, informou que as atividades no Tribunal devem ser retomadas na terça-feira, 10. O trabalho dos ministros e servidores do STJ foi suspenso nesta semana devido a um ataque hacker ao sistema de informática.

Em nota, o presidente disse que o Sistema de Justiça estará disponível para os ministros, servidores e usuários externos na segunda-feira, 9. A plataforma reúne as funcionalidades do processo eletrônico e dos julgamentos dos colegiados. No dia seguinte, as atividades decisórias serão retomadas.

Humberto Martins também afirmou que o backup dos 255 mil processos que tramitam no STJ foi preservado.

O STJ segue contando com a colaboração do Comando de Defesa Cibernética do Exército brasileiro e acompanhando, diariamente, a investigação realizada pela Polícia Federal. Todos os dados relativos ao ataque cibernético apurados pela equipe do STJ já foram enviados ao órgão de apuração competente, informou.

Na terça-feira, 3, os sistemas do STJ foram alvo de um ataque cibernético e a transmissão das sessões de seis colegiados foi interrompida. Os ministros e servidores foram alertados para não utilizarem computadores pessoais ligados ao sistema.

O hacker conseguiu criptografar e bloquear o acesso aos dados do Tribunal. No entanto, as informações sobre os processos judiciais, contas de e-mail e contratos administrativos permanecem na íntegra e estão preservadas em um backup.

O presidente Jair Bolsonaro disse que a PF identificou o autor do ataque ao STJ.

A Polícia Federal entrou em ação imediatamente. Tive a informação do diretor-geral da PF, Rolando Alexandre, e ele foi elogiado pelo presidente do STJ no que ele conseguiu até agora. Já descobriram quem é o hackeador. O cara hackeou e não conseguiu ficar duas horas escondido, disse o presidente.

Fonte: Agência Brasil.

Corrente de comércio de outubro de 2020

A corrente de comércio (soma das exportações com importações) que mede os negócios do Brasil com o exterior, atingiu US$ 30,238 bilhões durante o mês de outubro de 2020, conforme os dados publicados pela Secretaria de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia.

Durante o mês de outubro, as exportações somaram US$ 17,855 bilhões e as importações US$ 12,383 bilhões, registrando um superávit de US$ 5,472 bilhões. Isso significa que as exportações superaram as importações. Em relação a 2019, as importações caíram 20,5% e as exportações aumentaram 0,3%.

No mês de outubro, as exportações registraram alta na média diária para produtos da indústria de transformação (4,7%) e vendas da indústria extrativa (7,2%), sendo que na exportação de produtos agropecuários houve uma queda de 20,6% na comparação com a média diária de outubro de 2019. Nas importações, houve alta apenas na compra de produtos agropecuários, que subiu 3%. A compra de produtos da indústria extrativa caiu 44,6% e a de produtos da indústria de transformação mostrou redução de 19,5%.

No ano, as exportações totalizam US$ 174,379 bilhões e as importações US$ 126,717 bilhões, com saldo positivo de US$ 47,662 bilhões e corrente de comércio de US$ 301,096 bilhões. O principal destino dos produtos brasileiros continua sendo a China. De janeiro a outubro, as exportações para a região, incluindo Hong Kong e Macau, somaram U$ 60,5 bilhões, o que correspondeu a 48,3% de tudo que foi exportado para a Ásia. Já a Europa, que agora enfrenta uma segunda onda de covid-19 em vários países, com fechamento de comércios e retomada de protocolos mais rígidos de isolamento, comprou U$ 32 bilhões em produtos brasileiros.

Depois de o saldo da balança comercial ter encerrado 2019 em US$ 48,035 bilhões, o segundo maior resultado positivo da história, o mercado estima menor volume de comércio em 2020, por causa da pandemia do novo coronavírus. No entanto, a retração das importações em ritmo maior que a das exportações elevou as projeções de saldo. Segundo o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, os analistas de mercado preveem superávit de US$ 58,7 bilhões para este ano. O Ministério da Economia atualizou a estimativa de saldo positivo para US$ 55 bilhões, com leve queda em relação à estimativa de US$ 55,4 bilhões divulgada em julho.

Aparecido Rocha / insurance reviewer

Amapá: estatal Eletrobras consertará apagão de empresa privatizada

Amapá está um caos. Barra de gelo é vendida por R$ 50.

Fonte: Monitor Mercantil

O Estado do Amapá sofre com a falta de energia, água e combustíveis desde a última terça-feira quando a subestação de energia que pegou fogo por volta das 20h40, na capital Macapá, levou ao desligamento automático da linha de transmissão.

A empresa responsável é a espanhola Isolux, que tem histórico de maus serviços prestados em outros países, mas quem está fazendo o conserto são os trabalhadores da Eletrobras. Cerca de 700 mil pessoas, de 13 dos 16 municípios estão sem luz.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Urbanitários do Maranhão (STIU/MA), Wellington Diniz, em 2014, a Isolux já deu um prejuízo de US$ 476 milhões ao estado de Indiana, nos Estados Unidos, onde também prestava serviços.

Segundo Diniz, a Isolux que controla a concessionária Linhas do Macapá não conseguiu fazer o reparo e pediu ajuda para a Eletrobras. A estatal brasileira enviou técnicos do Pará, Maranhão e Rondônia para solucionar o problema. O que acontece no Amapá pode acontecer em outros lugares. Bolsonaro e Bento Albuquerque vêm dizendo que a Eletrobras não tem capacidade de investimento, e apostam na privatização, só que na hora em que acontece um acidente como este são os técnicos da Eletrobras que são convocados para prestarem socorro à empresa internacional porque ela não tem capacidade para resolver o problema, alerta Diniz, que também é funcionário da Eletronorte, do holding Eletrobras.

Segundo ele, a Isolux não tem capacidade técnica, nem trabalhadores em números suficientes para manutenção, nem recompor a energia em pouco espaço de tempo, por isso os técnicos da Eletrobras foram chamados para prestar socorro.

Apesar da gravidade da situação, o ministério das Minas e Energia, sob o comando do general Bento Albuquerque, e o governo local, preveem que a situação só se normalize em 15 dias, podendo se estender por outros 15.

De acordo com técnicos, a demora se dá porque um novo gerador só deve chegar em duas semanas. Pesa cerca de 100 toneladas e seria levado de barco, o que dificulta ainda mais a logística operacional. A esperança para a população é que o fornecimento de energia seja reestabelecida em 70% em todo o estado do Amapá, conforme prometeram as autoridades governamentais.

Estado de caos

Enquanto lutam contra o tempo para reestabelecer pelo menos parte da energia nos 13 municípios afetados (apenas três estão com energia: Laranja do Jari, Vitória do Jari e Oiapoque, por serem abastecidos pela usina de Coaraci Nunes, sistema independente da linha de transmissão da Isolux), os relatos do presidente do STIU-AP e da tesoureira da CUT/AP, Maria Neuzina Tavares Castro, são de caos e desespero dos amapaenses.

O Amapá se transformou em um estado de puro caos. Filas nos supermercados são imensas, o que já vem causando alguns desentendimentos para comprar água, que está sendo racionada, segundo o presidente do Sindicato dos Ubanitários do Amapá (STIU-AP), Jedilson Santa Bárbara de Oliveira. Há estabelecimentos que vendem apenas dois galões de cinco litros por pessoa.

As padarias também estão limitando a venda de pães a dez unidades por família. Nos postos de combustíveis as filas quilométricas são formadas por 60 a 50 veículos. Outros postos estão fechados porque suas bombas não condições de retirar o produto dos poços. O calor é insuportável, especialmente para os mais idosos e crianças, que têm de deixar suas portas e janelas abertas para entrar algum vento, mesmo com medo de assaltos ou algum tipo de violência que possam ser cometidos em função das ruas vazias e a escuridão. A temperatura na capital amapaense é em média 35 graus, mas a sensação térmica chega a 40 graus, diz Jedilson oliveira.

De acordo com o dirigente, com o calor e a necessidade de manter alimentos refrigerados, uma barra de gelo chega a ser vendida por R$ 50. A comunicação também é precária. As linhas de celulares das operadoras Vivo e Oi não funcionam. Ele explica que a Claro é a única operadora que dá algum sinal e, ainda assim de vez em quando. Há casos em que uma mensagem transmitida pelo whatsAPP pela manhã só é visualizada a noite. Toda a energia que chega é direcionada apenas a hospitais e serviços essenciais. Toda essa situação poderia ser evitada se a empresa que ganhou a concessão da linha de transmissão contratasse profissionais com qualificação, mas ela só se interessa em pagar baixos salários, colocando a população em risco, critica Jedilson Oliveira.

Reinserção do Brasil na geopolítica global

A conferência do clima do Rio de Janeiro (1992) marcou uma inflexão no posicionamento do Brasil na geopolítica global. A elevada parcela de fontes renováveis de energia na matriz energética brasileira credenciou o país para ocupar papel de destaque nas negociações globais que buscam evitar o risco de mudanças climáticas, como pudemos perceber na conferência do clima de Paris. No entanto, esse protagonismo vem sendo erodido. E não apenas pelo aumento do desmatamento ilegal. Os cenários energéticos elaborados peIa Empresa de Pesquisa Energética (EPE) indicam que não haverá mudanças substanciais na parcela dos combustíveis fósseis na matriz energética. Os estoques fósseis permanecerão no cerne do sistema energético brasileiro até 2050.

A comunidade científica informa que, caso não sejam adotadas políticas agressivas de contenção do esgotamento dos estoques fósseis nas próximas décadas, as mudanças climáticas permanecerão sendo um risco importante para a humanidade. Elas farão parte da realidade com as quais teremos que conviver. A sucessão de desastres climáticos recentes (chuvas torrenciais, temperaturas extremas etc.) são sinais claros de que é absolutamente necessário estabelecer um novo diálogo com a natureza, como nos alertou a revista The Economist em sua publicação de setembro último. Nesse novo diálogo, a transição do sistema industrial assentado nos estoques fósseis para outro sistema, estruturado em torno dos fluxos de energia renováveis, é componente imperativo.

A crise do Coronavirus explicitou uma dimensão cruel do sistema industrial assentado nos estoques fósseis: enorme parcela da população global vive em condições socioambientais desumanas. Para superar esse problema, a adoção de políticas de renda mínima tem emergido como mecanismo consensual. A dificuldade encontrada nessa solução tem sido a reorganização dos orçamentos fiscais para deslocar os recursos necessários para financiar esses programas.

A taxação das emissões de C02 é apontada como caminho adequado para a solução desse problema. Proposta idealizada inicialmente para compensar a sociedade pelas externalidades negativas dos estoques fósseis, os recursos financeiros obtidos com essa taxação trariam o benefício adicional de gerar uma nova fonte de recursos fiscais para orçamentos bastante estressados. Orientada para o financiamento de programas de reequilíbrio socioambiental (saneamento básico, educação, saúde etc.), essa taxação acelerará a transição energética indispensável para evitar a elevação da temperatura do planeta acima dos 20º Celsius pré-industrial, considerado patamar limite para evitar desastres climáticos extremos.

Essa taxação é escassamente adotada pelo sistema industrial (15% das emissões globais) e em patamar que não é incitativo das inovações necessárias para acelerar a transição energética. Sua universalização em patamar elevado (USS 75/MTC02) vem sendo proposta no ambiente geopolítico global como mecanismo de redução dos riscos do sistema industrial.

No Brasil, a Cide-combustível foi adotada como mecanismo para limitar o consumo dos derivados de petróleo. No momento atual, ela pode cumprir papel similar ao proposto para a taxação das emissões de CO2. A elevação da Cide-combustível é o caminho mais imediato para impulsionar nossa transição energética e gerar recursos para financiar o programa de renda cidadã proposto pelo governo. Essa solução permitirá que o Brasil volte a ocupar posição de destaque nas negociações geopolíticas globais.

Fonte: Revista Brasil Energia / Autor: Adilson Oliveira ( é professor Titular do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ).

Assista ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=ogER33ww7qA&feature=youtu.be

GRTV Entrevista Presidente e Vice Presidente da ABGR

Webinar GRTV / Tema: Os Desafios da Gestão de Riscos

Seguem links para acesso às edições virtuais mais recentes das Revistas do Setor de Seguros:

Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2020/10/edicao-259/

Revista Segurador Brasil: https://issuu.com/revistaseguradorbrasil/docs/segurador_160

Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2020/10/12/seguro-e-mais-velho-do-que-se-imagina/

Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/2020/09/25/edicao-224/

Revista Insurance Corp: http://insurancecorp.com.br/pt/content/pdf/ic_ed31_2020.pdf

Revista Cadernos de Seguro: http://cadernosdeseguro.funenseg.org.br/secoes.php