O apagão do Amapá
O apagão do Amapá
No início, a informação era de que a queda de um raio foi responsável pelas cenas surreais decorrentes de um Estado, uma Unidade da Federação, ficar completamente sem energia. O apagão não durou algumas horas, como já aconteceu no passado, mas se estendeu por mais de dez dias e até agora a energia ainda não está totalmente restabelecida no Estado do Amapá.
Num certo sentido, o acidente é um retrato do Brasil. De como as coisas são mal feitas, começando pelo governo e avançando pelas empresas privadas, concessionárias de serviços públicos. A energia no Estado do Amapá é fornecida por uma empresa privada que, segundo as informações iniciais, não tomou os cuidados mínimos para garantir o abastecimento no caso de um acidente atingir os três únicos geradores em atividade. O descaso é de tal ordem que o acidente, se não foi, poderia mesmo ter sido causado pela queda de um raio que atingiu um gerador, que explodiu e atingiu uma segunda unidade, que pegou fogo, enquanto a terceira estava em manutenção.
Os efeitos das quedas de raio são minimizados pelo uso de para-raios desde o século 18, quando Benjamim Franklin o inventou, justamente para evitar que os raios atingissem imóveis e bens, causando prejuízos de monta.
Segundo as primeiras informações, o acidente que gerou o apagão do Amapá aconteceu porque, se os para-raios estavam instalados, não funcionaram. Os laudos a respeito ainda não foram divulgados. Apenas a polícia, preliminarmente, informou que a causa do acidente não teria sido uma queda de raio. Então, a única coisa certa é que um transformador explodiu, atingiu uma segunda unidade, que pegou fogo e também ficou inoperante.
Como o terceiro transformador estava em manutenção, o Estado ficou sem energia, completamente no escuro, com consequências dramáticas, como falta de água, atendimento à saúde, etc., tudo em meio à pandemia do coronavírus.
Os prejuízos são gigantescos. E as perdas mais severas e cruéis não são as das grandes empresas. As maiores vítimas, e as que terão maiores dificuldades para terem os prejuízos ressarcidos, são os moradores do Estado, o povo, as donas de casa, os comerciantes, pequenos e micro empresários, prestadores de serviços, ambulantes, etc.
Deixar de produzir tantas toneladas de manganês ou de celulose é fácil de ser comprovado e quantificado, mas como comprovar a perda de alimentos que estragaram porque as geladeiras deixaram de funcionar? Como provar que um saco de açaí estragou ou que dez peixes apodreceram? Como comprovar o prejuízo consequente da compra de água por preço mais elevado do que o normal? Todavia, estes prejuízos devem ser ressarcidos.
O Código de Defesa do Consumidor é claro na responsabilização dos causadores dos danos. E, com base no Código de Defesa do Consumidor, os responsáveis são, indubitavelmente, a empresa concessionária e a União, por ser a concedente da operação e ter a obrigação da fiscalização da concessionária. Além delas, não há como descartar a responsabilidade do Estado, por omissão no cumprimento de suas obrigações quanto à prestação de serviços públicos para a população.
O Código de Defesa do Consumidor determina que os prejudicados podem se ressarcir de qualquer um dos responsáveis pelo prejuízo. Mas a União e os Estados brasileiros não são famosos por pagarem o que devem. Então, as reclamações devem recair sobre a concessionária do serviço, responsável direta pelo apagão.
O seguro aplicável é o seguro de responsabilidade civil, que indeniza os danos causados a terceiros. Estes danos podem ser de três naturezas: materiais/patrimoniais, corporais e morais. Não há danos corporais, apesar de ser possível uma reclamação por morte de paciente que veio a óbito em função da falta de energia.
O grosso dos prejuízos são danos patrimoniais e danos morais. Se a concessionária, ao contrário do trato dos equipamentos, for criteriosa no trato da proteção de suas responsabilidades, ela terá uma apólice de responsabilidade civil. Se ela não tiver o seguro, corre o risco de quebrar.
Fonte: Estadão / Autor: Antonio Penteado Mendonça
Apagão no Amapá expõe falhas graves de gestão de riscos
A escuridão do Amapá ilumina a falta de processos preventivos de crise no Brasil. Noites e dias escuros. Fornecimento de água paralisado. Bancos fechados e caixas eletrônicos desligados. Postos de combustíveis racionando gasolina. Comidas jogadas no lixo. Sensação de impotência e medo. Na escuridão, aconteceram saques e vandalismo. O cenário descrito é o vivido há uma semana por cerca de 90% da população do Amapá, aproximadamente 765 mil pessoas. Cenas de um filme noir.
A rotina da população da capital e de mais 12 municípios (o estado tem 16 municípios) foi quebrada pelo incêndio que um raio provocou numa subestação de energia na capital. O acidente cortou totalmente o fornecimento de energia de grande parte do estado, incluindo a capital. O acidente foi exatamente na subestação que garante o abastecimento de energia no estado. O Amapá está conectado ao Sistema Interligado Nacional (a rede de linhas de transmissão), desde 2015, por meio de uma única linha.
Sem energia, a população se viu num processo que beirou o caos. Sem o fornecimento de água encanada, houve corrida para a água mineral e o gelo. Internet e serviços de telefonia também foram atingidos e a maioria parou de funcionar. Até agora, a volta completa à normalidade é incerta, já que a cada momento o Ministério de Minas e Energia apresenta uma data diferente. Até lá, como a população enfrentará a crise e se livrará dos borrachudos, que atacam à noite, em meio ao calor natural do estado?
Apesar de, após quatro dias de apagão, tivesse previsão de fornecimento de luz por 6 horas, em forma de rodízio, há regiões onde a energia voltou por apenas duas horas. A subestação incendiada voltou a operar apenas com um transformador, em conjunto com a hidrelétrica. A situação só deve ser normalizada a partir desta semana, segundo autoridades do setor elétrico.
Prevenção
O setor elétrico é um dos mais rígidos em normas. Para todo tipo de ação, um protocolo e planos de contingências que precisam ser eficazes. Mas o que se viu no Amapá foi uma combinação de fatores que vão da falta de gestão de riscos do setor elétrico, no caso, gerenciado por uma empresa concessionária, e o despreparo dos governos para gerenciarem crises graves, principalmente aquelas que afetam diretamente as pessoas, nas suas necessidades mais básicas. Isso acontece em enchentes, queimadas, deslizamentos, etc.
A falta de energia no Amapá começou em 3 de novembro, quando um transformador da subestação da Zona Norte de Macapá incendiou. Houve uma explosão no local. Segundo o Ministério de Minas e Energia, havia três transformadores e todos foram comprometidos. Dois deles precisam ser substituídos e o terceiro já estava em manutenção, desde o fim do ano passado. De ressaltar que a gestão da energia no estado está a cargo de uma empresa concessionária, a espanhola Isolux, que entrou em recuperação judicial. Isso explica um gerador com defeitos desde o ano passado.
No caso, se o transformador estava em manutenção desde 2019, qual era o plano de mitigação de riscos adotado pela empresa responsável? A hipótese de um acidente, explosão, sabotagem ou até mesmo raio estava considerada na matriz de riscos da empresa?
Gestão privada
De acordo com relatos do Coletivo Nacional dos Eletricitários -CNE, apresentados à Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, a empresa estava com um transformador em manutenção e um outro apresentou vazamento. Ainda segundo a CNE, o vazamento potencializou o incêndio, após o transformador ter sido atingido por uma descarga elétrica.
Se o acidente era previsto, por que não havia um planejamento de crise, que evitasse um apagão no estado do Amapá, nas dimensões em que aconteceu? As autoridades não foram de todo surpreendidas pelo acidente, porque a subestação, pelo visto, tinha problemas. Uma das dificuldades do setor público, de modo geral, em situações de crise, é a lentidão na tomada de decisão, o que não condiz com a urgência que a crise exige. O caos instalado no Amapá é o resultado do despreparo dos órgãos envolvidos, da falta de prevenção e da dificuldade de os governos tomarem decisões rápidas e eficazes, quando a crise está instalada. Mostra também grave falha da fiscalização, que deveria ter alertado a empresa e o controlador sobre o risco de cortes de energia.
No caso, o foco do Gabinete de Crise tem sido prioritariamente restaurar o fornecimento de energia. Mas outros problemas gerados pela crise estão a exigir pronta ação do governo: abastecimento de água e de alimentos para a população, o atendimento aos doentes, especialmente aqueles que dependem de energia em suas residências ou nos hospitais e unidades de saúde. Há cidades pequenas, onde a energia não chegará tão cedo, que precisam de atendimento especial.
Outra questão em pauta é da responsabilidade pela crise. O Palácio do Planalto tratou a companhia de energia como estadual. Mas a supervisão e fiscalização está na esfera federal. O apagão foi consequência da falha de uma empresa que deveria ser fiscalizada pela ANEEL, sob supervisão do Ministério de Minas e Energia.
Outra pergunta. Assim como na Amapá não havia resposta convincente, quatro dias depois do incêndio, sobre quando a energia elétrica seria restabelecida no estado, é de se entender que não existia plano de crise nos governos, para esses casos, ainda que, a responsabilidade primeira fosse da empresa concessionária. Se não existe um plano consistente, o risco de acontecer em outras regiões também existe?
Justiça dá prazo
A crise do Amapá é tão grave que levou a Justiça Federal do Amapá a determinar o retorno de 100% da energia, no prazo de três dias, sob pena de multa de R$ 15 milhões à empresa. A Isolux também deve apresentar em até 12 horas um plano de ações para o restabelecimento de serviço, determinou o Juiz no despacho..
Além disso, foi ordenada a instauração de um inquérito do Tribunal de Contas da União (TCU) e Polícia Federal (PF) para apurar o caso, e a criação de um grupo de trabalho com o Ministério das Minas e Energia, Eletronorte, Isolux e Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA). Quanto à determinação da Justiça, pareceu mais um ato simbólico, como resposta no âmbito do Judiciário, para atender ação do Senador Randolfe Rodrigues, do que um ato que poderia levar à solução rápida do problema. Até porque o ministério já explicou que, a rigor. não poderá resolver o problema completo em apenas três dias.
A criação desse Grupo de Trabalho não tem muito sentido, no momento, porque já existe um gabinete de crise, criado pelo ministério de Minas e Energia, que está conduzindo as operações de recuperação da subestação. Neste domingo (8), o estado completou mais de 100 horas sem o retorno completo da energia. No sábado (7), a energia voltou de forma parcial em algumas regiões do estado, com 65% do serviço e rodízio de turnos de seis horas. Mesmo assim, há localidades que ficam 12 horas sem energia. O cronograma dos horários de fornecimento e suspensão ainda não foi divulgado à população. Na sexta, o governador Waldez Góes (PDT) assinou decreto que estabelece situação de emergência por 90 dias nas cidades atingidas.
No sábado, o ministro Bento Albuquerque disse que até final desta semana a energia do Amapá deve ser restabelecida 100%. Ainda que a recuperação do sistema aconteça até antes desse prazo, o fato concreto é que esta crise não deveria ter acontecido. É o tipo de situação que afetou de forma grave a população e que deveria ter um monitoramento rigoroso. Infelizmente, o Amapá serviu como laboratório para uma situação de caos que poderá ocorrer em outros lugares. A pergunta que fica é: quem falhou nessa crise grave? E quais as lições que ficam, a partir desse lamentável acontecimento?
Autores: Ana Negreiros é especialista em comunicação em crises nas organizações públicas e privadas, atuando em Gestão de Imagem e Reputação, Narrativas Corporativas Crises e Riscos e João José Forni, Jornalista, Consultor de Comunicação, autor do livro “Gestão de Crises e Comunicação / O que Gestores e Profissionais de Comunicação precisam saber para enfrentar crises corporativas.
Fonte: Comunicação & Crise
Agrobusiness
Corte da subvenção paulista afeta a economia do país
Por Tany Souza, jornalista freelancer / Fonte: Sonho Seguro
Com a notícia de que se esgotaram os recursos do governo estadual para a subvenção do seguro rural da safra atual, os produtores estão alerta. Sem essa ajuda, caso ocorra algum sinistro na lavoura, eles não serão assegurados, o que coloca em risco a produção paulista e também a economia do país.
Para entender melhor esse cenário, o corretor de seguros e membro da Comissão de Seguro Rural (Sincor-SP), Antônio Américo de Aquino, produtor rural, explica os motivos pelos quais faltou a subvenção estadual. O governo federal reduziu uma parte do percentual de subvenção, que foi a taxa do multirrisco rural, o seguro para grãos, o mais vendido, um produto muito acessado pelos agricultores.
Outro fato é que o fundo de expansão do agronegócio paulista tinha R$ 202 milhões como recursos, que foram levados para o tesouro. Segundo eles, para resolver a questão da saúde na pandemia. Isso demonstra que talvez falte informação do governo sobre a importância do seguro para o agronegócio.
Além disso, o clima tem mudado bastante e as perdas são constantes. O principal risco para os produtores é a seca, mas também o granizo, a tromba d´agua, a geada. Em função disso, houve maior procura de seguro, em torno de 25%, o que aumentou a necessidade de mais recursos. Porém, o governo não olhou essa expansão e manteve o mesmo valor da subvenção do ano passado. Cerca de 9 mil apólices já emitidas estão sem cobertura securitária, aguardando o subsídio do estado para quitar os boletos.
O produtor rural explica que, caso o governo do estado não consiga subsidiar, os agricultores receberão os boletos e terão que pagar para não perder o seguro. Se não pagaram, a seguradora pode cancelar o seguro por falta de pagamento e reduzir a vigência do seguro proporcional ao prêmio pago, o que nunca aconteceu.
E então, quais são as consequências?
Sendo 2020 o ano do La Niña, as previsões climáticas não são positivas para os produtores e isso afeta drasticamente a produção e a economia do país. Há a previsão de seca para janeiro e fevereiro, época em que as lavouras de soja enchem o grão ou floram, fase que ela precisa de mais água e é crucial para determinar a produção da soja. Se há seca, a produção ou parte, é perdida. E se há o encurtamento da vigência da soja e acontecer um sinistro nesta fase, não haverá cobertura.
O primeiro reflexo é a instabilidade financeira do produtor que começará a depender do banco, ao dever na cooperativa, na revenda, perdendo todo o investimento dele. Ele pode perder equipamentos e, algumas vezes, sai da atividade. Por sua vez, o município deixa de arrecadar dinheiro, ao diminuir a arrecadação de impostos, o que afeta a economia local.
Para Antonio, é muito mais barato para o governo estadual alocar os R$ 32 milhões, que são as apólices emitidas. Sem contar os quase R$ 2 milhões para fazer frente a outras apólices contratadas. O fato é que o governo precisa resolver essa questão e olhar com mais cuidado para esse segmento que é vital para nossa economia.
Para Bruno Camargo, presidente da Fairfax Brasil, esse corte terá efeito perverso para os produtores na medida em que os bancos só liberam crédito agrícola tendo como contrapartida a contratação da apólice para garantir a safra e o pagamento do financiamento. No cenário de longo prazo acredito que o mercado de seguros poderá rever o modelo e reduzir ou mesmo eliminar essa subvenção. Porém, é preciso que essa mudança seja planejada para que o sistema possa se adequar gradativamente às novas regras. O fim da subvenção rural vai afetar não apenas o setor de seguros, mas a economia brasileira como um todo, assinala o presidente da Fairfax.
De acordo com ele, a subvenção para o segmento rural varia de 30% a 50% e o efeito imediato da medida será o aumento no valor do seguro sem que os empresários agrícolas tenham condições de bancar a operação. O efeito será uma diminuição do crédito para o setor.
Segundo a FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), de janeiro a setembro, o volume de prêmios do Seguro Rural no Brasil alcançou R$ 5,13 bilhões, um crescimento de 30,1% sobre o mesmo período do ano passado. Esse ritmo de expansão tem sido impulsionado pelo subsídio recorde de R$ 1 bilhão, através do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), e também pelos riscos climáticos no país. Até agora, já foram utilizados em torno de R$ 680 milhões em subvenção federal, contra os R$ 427,8 milhões do ano passado, de acordo com o Ministério da Agricultura.
A área colhida cresceu 2,78% no estado de São Paulo de 2019 para 2020. Essa expansão da área gerou em aumento da produção de 14%. Quando a área expande, há um investimento maciço na área rural. O produtor tem capacidade de investir e o resultado é imediato. O agronegócio paulista respondeu, até o mês de setembro, com 16,25% das exportações nacionais. Esse dado mostra que a contribuição do agronegócio ao Estado é inquestionável.
Seguro de vida e previdência têm salto na crise
Enquanto seguros aumentaram receita em 11,7% ante 2019, fundos de previdência captaram R$ 6,5 bilhões apenas em agosto
Fonte: O Estado de S. Paulo
O Estadão informa que a pandemia de coronavírus impôs duras perdas ao faturamento de diversos setores da economia. Alguns serviços, porém, acabaram tendo ganhos com essa crise, que já provocou a morte de mais de 160 mil pessoas no País. Seguro de vida e previdência privada, por exemplo, aumentaram a base de usuários e a receita ao longo de 2020.
A crise deixou claro para as pessoas a importância de se ter um seguro e pensar na longevidade. Esse movimento, associado ao trabalho de educação financeira que os corretores fazem para explicar os produtos, mostra que a retomada terá continuidade, diz Vinicius Brandi, diretor da área de seguros da Superintendência de Seguros Privados (Susep).
Órgão regulador do setor, a Susep calcula que, de janeiro a setembro de 2020, os seguros contratados somaram R$ 14,6 bilhões em receitas. O montante é 11,7% superior ao do mesmo período de 2019.
Na previdência privada, o bom ritmo de recuperação veio após março, abril e maio, os meses mais críticos da crise. As contribuições em ativos de previdência somaram R$ 12,6 bilhões em agosto, crescimento de 9,5% ao registrado no mesmo mês de 2019, segundo dados da Fenaprevi. A captação líquida também fechou o mês no positivo, com R$ 6,5 bilhões, valor 21% maior em relação ao saldo do ano passado.
Infelizmente aprendemos com a dor, mas agora os brasileiros estão mais dispostos a falar sobre seguro e previdência privada, diz Jorge Pohlmann Nasser, presidente da Federação Nacional das Empresas da Previdência Aberta (Fenaprevi).
A Viva Previdência é uma das empresas a ver na prática este crescimento. Entre maio e outubro de 2020, a empresa atingiu a média de 120 novas adesões ao mês, alta de 800% se comparada às 15 adesões de abril, ápice da queda de vendas. Até março, a média era de 65 por mês.
As pessoas criaram consciência de que precisam de uma previdência, mas, como é um investimento de longo prazo, preferem esperar para ter mais clareza se conseguem ter fôlego para contribuir com o plano todo mês, diz Silas Devair, diretorpresidente da Viva.
Na visão de Armando Vergilio, presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), a mudança no entendimento é favorecida pelo atual cenário econômico do País. Antigamente, quem investia em um CDI ou na poupança conseguia um rendimento honesto. Com a taxa básica de juros em sua mínima histórica de 2% ao ano, perde-se dinheiro. A ficha caiu, diz.
Alternativas. Dentro da previdência privada, existe uma série de fundos que são agrupados em três grandes categorias: renda fixa, ações e multimercado. O investimento, a partir de R$ 50 ao mês, costuma ser indicado para pessoas com pouca experiência no mercado financeiro, já que a aplicação é administrada por um profissional especializado que decide em quais ativos o montante será aplicado.
Apesar de a pandemia ter derrubado a rentabilidade dos brasileiros no primeiro semestre, a carteira de fundos previdenciários se recuperou da fase difícil e entrega rendimentos acima da média no acumulado de 12 meses.
Diferentes funções Fundos de previdência privada funcionam como investimento de retorno de longo prazo. No caso do seguro de vida, o objetivo é proteger entes queridos contra imprevistos. rentabilidade superior a 15% no período (veja tabela na pág. B10).
O presidente da Fenaprevi reforça ainda que não se investe em previdência pensando no curto prazo, mas sim para um horizonte maior.
Em uma carteira pensada para o longo prazo, é necessário separar uma parte para ativos de previdência. Ela auxilia com a disciplina e concorre com uma rentabilidade durante um período muito mais longo, afirma Nasser. É um dos poucos investimentos que suportam o comportamento de uma curva de taxas de juros (preço do dinheiro ao longo do tempo).
Seguro é investimento? Muitas pessoas veem a contratação de seguro como uma forma de investir, mesmo o serviço sendo, na verdade, uma forma de indenização, não uma classe de investimentos.
Se você compra um carro por R$ 100 mil, decide não fazer o seguro e acontece algum acidente ou roubo, você perderá toda a quantia investida. O seguro cobre possíveis prejuízos através do pagamento de um prêmio, que equivale a um custo representativo daquele determinado bem”, diz Sarai Molina, gestora da área educacional da Ágora Investimentos. Se fosse investimento, você receberia esse dinheiro de volta.
Contudo, ela enfatiza a necessidade de dedicar parte do orçamento para ativos de proteção. Tudo é uma questão de fazer um planejamento para você e para a sua família, seja para manter o seu padrão de vida ou proteger entes queridos contra imprevistos, diz Molina.
Polícia Civil cumpre 15 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de aplicarem 49 golpes do seguro
Fonte: CQCS
A Polícia Civil realizou, na manhã desta quinta-feira (12), uma operação contra suspeitos de aplicar o golpe do seguro na região de Sorocaba (SP). As informações são do G1. Ainda de acordo com o site, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em Salto, Itu e também na capital.
A TV TEM apurou que algumas pessoas simulavam furto ou roubo de carro para conseguir o dinheiro do seguro. Além disso, elas recebiam duas vezes, pois vendiam os veículos para um desmanche. No total, foram identificadas 49 fraudes.
Aposte na Gestão de Risco
Estrategistas recomendaram posição overweight em ações e títulos corporativos em detrimento de dinheiro e dívida pública, além da venda de dólares
Fonte: Bloomberg
Estrategistas do Morgan Stanley disseram que a expectativa de uma recuperação econômica em “formato de V”, maior clareza sobre vacinas contra a Covid-19 e contínuo apoio de políticas oferecem um ambiente favorável para ações e crédito no próximo ano.
Em relatório sobre o cenário para 2021, estrategistas como Andrew Sheets recomendaram posição overweight (exposição acima da média do mercado) em ações e títulos corporativos em detrimento de dinheiro e dívida pública, além da venda de dólares. A volatilidade deve cair, e investidores precisam ser “pacientes” nos mercados de commodities, disseram os estrategistas.
Esta recuperação global é sustentável, sincrônica e apoiada por políticas, seguindo grande parte do manual pós-recessão ‘normal’, escreveram. Confie na recuperação.
Um índice de ações globais era negociado perto de nível recorde na segunda-feira em meio ao otimismo de que a distribuição esperada de vacinas e estímulos fiscais adicionais dos EUA irão impulsionar a economia mundial. Ainda assim, céticos argumentam que a perspectiva de curto prazo é desafiadora, já que os países recorrem a restrições para combater o ressurgimento de casos de coronavírus e congressistas discutem sobre o tamanho dos gastos de alívio dos EUA.
O Morgan Stanley faz coro ao JPMorgan Chase e Goldman Sachs ao traçar uma perspectiva positiva para as ações. O estrategista do JPMorgan, Marko Kolanovic, disse que os resultados das eleições nos EUA criam um argumento de ganhos para os mercados, enquanto David Kostin, do Goldman Sachs, espera que a sociedade volte ao normal gradualmente em 2021.
A equipe do Morgan Stanley não espera um caminho fácil para o crescimento e destacou que desafios significativos permanecem. Os riscos incluem uma onda de Covid-19 pior do que o esperado no inverno do hemisfério norte e um retorno à austeridade no longo prazo, de acordo com o relatório.
Comércio marítimo global
China x EUA, Brexit, tarifas, Japão x Coréia do Sul, protecionismo e covid-19 são problemas para o setor.
Fonte: Monitor Mercantil
A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Unctad, prevê queda de 4,1% do comércio marítimo em 2020 devido à perturbação causada pela Covid-19. Em seu relatório Revisão do Transporte Marítimo 2020, a agência afirma que as perspectivas de curto prazo são sombrias e novas ondas de pandemia podem causar um declínio ainda mais acentuado.
A pesquisa afirma ainda que 2019 já tinha sido um ano fraco, devido a tensões comerciais entre China e Estados Unidos. Outros fatores foram incertezas em torno do Brexit, reclamações de vários países contra tarifas, disputa comercial entre Japão e Coréia do Sul e movimentos gerais em direção ao protecionismo.
O secretário-geral da Unctad, Mukhisa Kituyi, apresentou o novo relatório, e segundo ele, a estimativa é que o crescimento retorne no próximo ano, crescendo 4,8%. Existem, no entanto, muitas incertezas sobre a escala da recuperação. A indústria de transporte marítimo global estará na vanguarda dos esforços para uma recuperação sustentável.
Kituvi afirma que o setor precisa estar bem preparado para um mundo diferente depois da pandemia. Segundo ele, a indústria deve ser uma das principais partes interessadas, ajudando a adaptar a logística de eficiência.
No auge da crise, o setor cortou a capacidade e reduziu custos para manter a lucratividade. Como resultado, as taxas de frete permaneceram estáveis, apesar da queda na demanda, mas graves limitações de espaço causaram atrasos nas entregas.
Além disso, vários governos, autoridades portuárias e administrações alfandegárias fizeram reformas para continuar com o fluxo do comércio e, ao mesmo tempo, manter as pessoas seguras.
Segundo o chefe da Unctad, será importante avaliar as melhores práticas que emergiram para fortalecer o comércio nos próximos anos.
Muitas das medidas requerem mais investimentos em digitalização e automação. Aceitar cópias digitais em vez de originais em papel, processamento antes da chegada, pagamentos eletrônicos e automação alfandegária ajudam a acelerar o comércio internacional.
Embora a Covid-19 tenha destacado como as nações dependem umas das outras, a pandemia também levantou questões sobre globalização e a utilização de locais distantes nas cadeias de produção.
A pesquisa diz que existem questões sobre encurtamento da cadeia de suprimentos, dependência de modelos de estoque reduzidos, diversificação de locais de produção, manufatura e fornecedores.
A crise de saúde também expôs o quão despreparado o mundo parecia estar destacando a necessidade urgente de investir na gestão de riscos e preparação de resposta a emergências.
Para a diretora de Tecnologia e Logística da Unctad, Shamika Sirimanne, as políticas de recuperação também devem apoiar o progresso em direção a soluções verdes e sustentabilidade.
Segundo ela, a dinâmica dos esforços atuais para lidar com as emissões de carbono do transporte marítimo e a atual transição energética dos combustíveis fósseis deve ser mantida.
Webinar | Lançamento do livro Candidatas em jogo
13/11/2020 - 13:30 - 15:30 GMT-3 / Este é um evento online / Sobre o evento
Historicamente excluídas dos espaços de poder, mulheres ainda são minoria nas Casas Legislativas brasileiras. Para entender por que isso acontece, a Coordenadoria de Pesquisa Jurídica Aplicada (CPJA) da FGV Direito SP realizou uma pesquisa para identificar como as regras formais e informais do jogo político-eleitoral impactam a inserção de mulheres na política institucional brasileira. A pesquisa “Democracia e Representação nas Eleições de 2018: campanhas eleitorais, financiamento e diversidade de gênero”, realizada pela FGV Direito SP em parceria com o CEPESP/FGV e com o apoio do Instituto Mattos Filho e do escritório Braga & Ruzzi Sociedade de Advogadas e finalizada neste ano, resultou no livro Candidatas em jogo: um estudo sobre os impactos das regras eleitorais na inserção de mulheres na política.
A partir do estudo das cotas de candidaturas por gênero, das normas de financiamento eleitoral, do uso de redes sociais em campanhas eleitorais e das trajetórias políticas de deputadas e deputados federais, o livro mostra que é preciso repensar algumas ações e aprofundar certas medidas voltadas ao combate às desigualdades de gênero e raça, com vistas a construir um sistema político mais justo e democrático.
Para apresentar e debater os principais resultados da pesquisa apontados no livro, a FGV Direito SP convida a todas e todos para webinar de lançamento do livro.
Programação:
Abertura
Catarina Barbieri, co-coordenadora do projeto Democracia e Representação nas Eleições de 2018
George Avelino, coordenador do Centro de Estudos em Política e Economia do Setor Público (CEPESP) da FGV
Camila Calais, representante do Instituto Mattos Filho e sócia do Escritório
Marina Ruzzi, sócia do escritório Braga & Ruzzi Sociedade de Advogadas
Painel 1: Candidaturas
Ivan Mardegan, pesquisador do projeto Democracia e Representação nas Eleições de 2018
Aline Herscovici, pesquisadora do projeto Democracia e Representação nas Eleições de 2018
Painel 2: Campanhas
Hannah Maruci, pesquisadora do projeto Democracia e Representação nas Eleições de 2018
Juliana Fabbron, pesquisadora do projeto Democracia e Representação nas Eleições de 2018
Painel 3: Resultados eleitorais
Vanilda Chaves, pesquisadora do projeto Democracia e Representação nas Eleições de 2018
Comentários
Thayná Yaredy, advogada e integrante da iniciativa Me Representa
Encerramento
Luciana Ramos, co-coordenadora do projeto Democracia e Representação nas Eleições de 2018
BATE-PAPO AMMS
MULHER E POLÍTICA:
PORQUE NOSSO PAPEL É CADA VEZ MAIS RELEVANTE
DIA 13.11 / 12h30 AS 13h30
Nesse bate-papo, Paula Lopes, conselheira da AMMS e Regina Lacerda, CEO da Rainha Seguros, abordam tema super atual: o papel da mulher na política.
Nessa conversa, as duas irão nos falar sobre o que já foi conquistado e as dificuldades encontradas pelas mulheres no cenário político e o que pode ser feito para mudar o futuro.
Para participar, inscreva-se no canal do youtube e não esqueça de ativar o sininho! Link de acesso: https://www.youtube.com/c/AMMSTV
GRTV Entrevista Presidente e Vice Presidente da ABGR
Assista ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=ogER33ww7qA&feature=youtu.be
Webinar GRTV / Tema: Os Desafios da Gestão de Riscos
Seguem links para acesso às edições virtuais mais recentes das Revistas do Setor de Seguros:
Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2020/10/edicao-259/
Revista Segurador Brasil: https://issuu.com/revistaseguradorbrasil/docs/segurador_160
Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2020/10/12/seguro-e-mais-velho-do-que-se-imagina/
Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/2020/09/25/edicao-224/
Revista Insurance Corp: http://insurancecorp.com.br/pt/content/pdf/ic_ed31_2020.pdf
Revista Cadernos de Seguro: http://cadernosdeseguro.funenseg.org.br/secoes.php
I Conferência Nacional de Microsseguros
Inscrições gratuitas e online. Acesse: https://conferencia.anmicrosseguros.org.br/inscricao/
Curso: Introdução a Logística
O CIST (Clube Internacional de Seguro de Transportes), promoverá entre os dias 16 e 19 de novembro, o CIST promoverá mais um curso rápido de 8 horas. Desta vez, o tema será "Introdução a Logística", ministrado por Paulo Roberto Guedes, sócio-diretor da Ripran Consultoria.
Participante em associações de classe, nas quais assumiu postos de Diretoria, Vice-Presidência, Presidência Executiva em Conselhos de Administração, destacando ANTV- Associação Nacional das Transportadoras de Veículos, NTC&L- Associação Nacional dos Transportadores de Carga e Logística e ABOL- Associação Brasileira dos Operadores Logísticos. Atualmente é consultor de empresas, Conselheiro da ABOL e diretor de logística do CIST.
SummitSec –
Segurança e Privacidade na Prática
Sobre o Evento O SUMMIT SEC acontece pelo terceiro ano
consecutivo para discutir temas como LGPD, proteção e privacidade de dados,
segurança da informação e cibernética de forma inovadora, com profissionais e
temas a frente do mercado.