PF Deflagra Operação Canal Seguro
27, Nov. 2020
PF deflagra operação Canal Seguro, que investiga fraudes
envolvendo gigante do mercado
Fonte: Sonho Seguro
São cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, em São
Paulo, Rio de Janeiro e Brasília
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira a operação
Canal Seguro, que investiga fraudes envolvendo a corretora Wiz. Segundo a PF,
são cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, em São Paulo, Rio de Janeiro e
Brasília, informa o Valor e outras diversas mídias.
A investigação contou com a participação da Receita
Federal e do Ministério Público Federal. Ela teve início a partir de provas
produzidas no âmbito da Operação Descarte e seus desdobramentos (Chiaroscuro,
Checkout, E o Vento Levou e Chorume).
A PF conseguiu identificar mais uma organização criminosa
dedicada à prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional,
especialmente gestão fraudulenta e desvio de valores de instituição financeira,
além de crimes contra a ordem tributária e lavagem de ativos, diz a corporação.
Segundo a PF, entre 2014 e 2016 três dos diretores da
companhia teriam praticado atos de gestão fraudulenta e desviado valores que
podem chegar a R$ 28,3 milhões, mediante diversas transferências a título de
pagamento por prestação de serviços, superfaturados ou que na verdade não foram
realizados.
Foi determinado o sequestro de valores que, somados,
superam R$ 27 milhões, bem como o sequestro de um apartamento no Rio de
Janeiro, avaliado em R$ 5,5 milhões. Foi também determinada a suspensão do
exercício da atividade de natureza econômica ou financeira pelos três diretores
diretamente envolvidos nas fraudes investigadas.
A Wiz esclarece que desconhece qualquer indício da
prática dos ilícitos investigados e adotará as medidas necessárias para a
apuração completa dos fatos alegados, bem como sempre se colocará à disposição
das autoridades para colaborar com as investigações e prestar quaisquer
esclarecimentos necessários para a devida apuração dos fatos, diz a corretora
em nota a CVM.
Há três semanas, a revista IstoÉ Dinheiro publicou a
matéria Gigante dos seguros, Wiz avança no crédito. O texto informa que o CEO
da Wiz, Heverton Peixoto, prepara a entrada da gigante dos seguros no mercado
de originação e distribuição de crédito. Seremos tão grandes na distribuição de
crédito quanto somos na venda de seguros, afirmou Heverton. Aos 37 anos, o
engenheiro com MBA em Corporate Finance no Insead, na França, e ex-consultor da
McKinsey & Company, está à frente da transformação da Wiz. Hoje, a empresa
é a maior gestora de canais de distribuição de produtos financeiros e seguros
do País e chegou a lucrar R$ 223,7 milhões em 2019. No segundo trimestre de
2020, mesmo com a pandemia, a companhia teve receita bruta de R$ 169,4 milhões.
NOTA DA WIZ
A Wiz Soluções foi surpreendida na manhã desta
quinta-feira (26) com uma ação de busca e apreensão de documentos no âmbito da
Operação Descarte, que investiga atividades entre 2014 e 2016, em gestão
anterior da companhia.
A Wiz segue à disposição das autoridades para qualquer
esclarecimento necessário. Sendo a maior interessada na elucidação dos fatos, a
companhia tomará todas as medidas necessárias para identificar eventuais irregularidades.
A empresa reitera seu compromisso com a ética, a transparência e as boas
práticas de gestão, base do trabalho realizado ao longo de 47 anos de atuação.
Mercado segurador demonstra resiliência durante a crise
Enquanto o PIB registrou uma queda de 4,8% em 2020, o
mercado de seguros cresceu 3,4% nos últimos 12 meses (sem DPVAT e sem Saúde)
Fonte: Revista Apólice
Com o objetivo de promover ações educacionais gratuitas e
disseminar a educação financeira, previdenciária, de seguros e fiscal, a Susep
(Superintendência de Seguros Privados) participa da sétima edição da Semana
Nacional de Educação Financeira, que acontece entre os dias 23 e 29 de
novembro. A entidade quer mostrar a importância do seguro como ferramenta para
minimizar os impactos de situações indesejáveis, sendo capaz de restabelecer o
equilíbrio financeiro de famílias e empresas.
Na manhã desta quarta-feira, 25 de novembro, a
Superintendência realizou seu primeiro webinar, trazendo como tema O papel do
regulador e do setor de seguros em tempos de crise. Participaram da transmissão
ao vivo Marcio Coriolano, presidente da CNseg; Leonardo Albuquerque, coordenador-geral
de Consultoria Técnica e Sanções Administrativas e diretor substituto do
Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor da Senacon; e Rafael Scherre,
diretor da Susep. A mediação do painel ficou por conta de Marcia Cicarelli,
sócia da área de seguros e resseguros do escritório de advocacia Demarest.
Durante sua apresentação, Coriolano comentou sobre alguns
dados do setor. De acordo com informações da própria Susep, enquanto o PIB
registrou uma queda de 4,8% em 2020, o mercado de seguros cresceu 3,4% nos
últimos 12 meses (sem DPVAT e sem Saúde). Além disso, no ano passado o setor
movimentou R$ 472 bilhões. Isso demonstra o quanto a nossa indústria é
resiliente mesmo em momentos de crise. Não há um setor em que o seguro não
esteja presente, ajudando a estimular o empreendedorismo, promovendo a
responsabilidade social e protegendo as pessoas em momentos adversos como este
que estamos vivendo. O mercado segurador resiste ao ciclo econômico e serve
para alavancar a economia.
Para Scherre, o dever do regulador é supervisionar o
mercado ampliando a concorrência e trazendo mais inovação, beneficiando, assim,
o consumidor. O diretor comentou algumas das mudanças regulatórias que a
entidade vem promovendo, como, por exemplo, a Norma de Conduta (Resolução 382/20),
a adesão a plataforma Consumidor.gov, a simplificação dos contratos de Seguros
de Danos e o Sandbox. Com a crise econômica e sanitária que o mundo vem
enfrentando é importante que o setor invista em produtos simples, flexíveis e
compreensíveis, adotando também boas práticas de conduta. Somente através da
mudança poderemos facilitar o entendimento do cliente sobre aquela apólice que
ele está adquirindo, atraindo então a parte da população que se encontra
desprotegida.
Segundo Albuquerque, um dos desafios do mercado de
seguros neste momento é entender os novos hábitos de consumo para poder
reformular os seguros já existentes e desenvolver novos produtos. Ele disse que
os corretores são agentes fundamentais para transmitirem da melhor maneira as
informações para a sociedade. A intermediação é tão importante quando a
subscrição do risco, pois os corretores são quem representa a seguradora. Ele é
o responsável por empoderar o cliente, que atualmente está mais exigente,
atuando como consultor e oferecendo a solução mais adequada para cada perfil de
segurado. Através dessa troca de confiança iremos conseguir alavancar o setor.
Vazamento de senha do Ministério da Saúde expõe dados de
16 milhões de pacientes de covid
A exposição dos dados foi descoberta pelo Estadão após
uma denúncia recebida pela reportagem com o link para a página
Ao menos 16 milhões de brasileiros que tiveram
diagnóstico suspeito ou confirmado de covid-19 ficaram com seus dados pessoais
e médicos expostos na internet durante quase um mês por causa de um vazamento
de senhas de sistemas do Ministério da Saúde.
Entre as pessoas que tiveram a privacidade violada, com
exposição de informações como CPF, endereço, telefone e doenças pré-existentes,
estão o presidente Jair Bolsonaro e familiares; o ministro da Saúde, Eduardo
Pazuello; outros seis titulares de ministérios, como Onyx Lorenzoni e Damares
Alves; o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e mais 16 governadores,
além dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre
(DEM-AP).
A exposição de dados não foi causada por ataque hacker
nem por falha de segurança do sistema. Eles ficaram abertos para consulta após
um funcionário do Hospital Albert Einstein divulgar uma lista com usuários e
senhas que davam acesso aos bancos de dados de pessoas testadas, diagnosticadas
e internadas por covid nos 27 Estados. Conforme o Einstein, o hospital tem
acesso aos dados porque está trabalhando em um projeto com o ministério.
Com essas senhas, era possível acessar os registros de covid-19
lançados em dois sistemas federais: o E-SUS-VE, no qual são notificados casos
suspeitos e confirmados da doença quando o paciente tem quadro leve ou
moderado, e o Sivep-Gripe, em que são registradas todas as internações por
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), ou seja, os pacientes mais graves.
A exposição dos dados foi descoberta pelo Estadão após
uma denúncia recebida pela reportagem com o link para a página onde as senhas
dos sistemas estavam disponíveis. A planilha com as informações foi publicada
em 28 de outubro no perfil pessoal de Wagner Santos, cientista de dados do
Einstein, na plataforma github, usada por programadores para hospedar códigos e
arquivos.
A reportagem acessou o sistema para checar a veracidade
dos dados. Ao verificar que as senhas eram válidas, buscou registros de
autoridades que já haviam divulgado publicamente diagnóstico ou suspeita de
covid e confirmou que os dados estavam corretos.
Os bancos de dados do ministério trazem, além das
informações pessoais dos pacientes, detalhes considerados confidenciais sobre o
histórico clínico, como a existência de doenças ou condições pré-existentes,
entre elas diabete, problemas cardíacos, câncer e HIV.
Alguns registros de pacientes internados traziam até
informações do prontuário, como quais medicamentos foram administrados durante
a hospitalização. No registro de Pazuello, por exemplo, era possível saber em
qual andar do Hospital das Forças Armadas ele ficou internado e qual
profissional deu baixa em sua internação.
Tanto pacientes da rede pública quanto da privada tiveram
seus dados expostos. Isso porque a notificação de casos suspeitos ou
confirmados de covid ao Ministério da Saúde é obrigatória a todos os hospitais.
Para o advogado Juliano Madalena, professor de Direito
Digital e fundador do fórum direitodigital.io, o vazamento das senhas e
exposição dos dados que deveriam ser resguardados pelo poder público é
preocupante. De acordo com o especialista, as informações podem ser usadas para
fins comerciais por diferentes empresas. Dados de saúde podem ser usados por
empresas do ramo que queiram criar produtos específicos voltados para um
público, por empresas de seguro de vida ou planos de saúde de forma indevida,
muitas vezes até com aspecto discriminatório, pois você tem as informações
sobre o histórico de saúde da pessoa, diz.
O advogado diz que, considerando a Lei Geral de Proteção
de Dados, é dever de quem controla e acessa os dados adotar medidas que evitem
vazamentos. Nesse caso, tanto o Einstein e seu funcionário quanto o Ministério
da Saúde podem ser responsabilizados por dano coletivo por terem exposto
informações de milhões de pessoas. Mesmo quando não agem de forma proposital,
responsáveis por vazamento de dados pessoais e sensíveis podem ser obrigados
judicialmente a pagar indenizações por danos coletivo.
Ministério da Saúde e Einstein vão investigar
responsabilidade
Após serem comunicados pelo Estadão sobre o vazamento das
senhas de sistemas federais, o Hospital Albert Einstein e o Ministério da Saúde
disseram que as chaves de acesso foram removidas da internet e trocadas nos
sistemas, informações confirmadas pela reportagem. Afirmaram ainda que uma
investigação interna será aberta pelo Einstein para apurar as
responsabilidades.
O Einstein afirmou que foi comunicado somente na tarde de
ontem, após contato da reportagem, que um colaborador teria arquivado
informações de acesso a determinados sistemas sem a proteção adequada. O
hospital diz ter comunicado o Ministério da Saúde para que fossem tomadas as
medidas para assegurar a proteção das referidas informações.
O Einstein afirmou ainda que todos os seus funcionários
passam por treinamento de segurança digital e que tomará as medidas
administrativas cabíveis. Questionado sobre o tipo de serviço que prestava para
o ministério, o hospital informou que trata-se de um projeto do Programa de
Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS)
em que dados epidemiológicos eram usados para fazer análise preditiva da
pandemia.
A reportagem questionou a instituição o motivo de ela ter
acesso aos dados pessoais e não apenas informações sem identificação e foi
informada que o banco de dados não fica disponível para o Einstein e somente ao
funcionário do hospital que ficava baseado no próprio Ministério da Saúde.
Já o órgão federal confirmou a parceria e disse que
realizou reunião com o Einstein para esclarecimento dos fatos. Disse que o
profissional Wagner Santos, que publicou as senhas, é contratado pelo Einstein
e atua no ministério desde setembro como cientista de dados. No âmbito das
medidas de segurança do ministério e em atendimento aos protocolos de
compliance e confidencialidade, ele assinou termo de responsabilidade antes do
acesso à base de dados do e-SUS Notifica, disse a pasta federal.
De acordo com o ministério, o Einstein confirmou que
houve falha humana de um dos seus colaboradores, e não do sistema e informou
que iniciou processo de apuração dos fatos. O órgão disse que está realizando o
rastreamento de possíveis sites ou ciberespaços onde os dados podem ter sido
replicados.
A pasta disse também que o Departamento de Informática do
SUS (DataSUS) revogou imediatamente todos os acessos dos logins e das senhas
que estavam contidos na referida planilha divulgada pelo funcionário do
Einstein. O Ministério da Saúde ressalta que todos os técnicos que têm acesso
aos seus sistemas de informação assinam termo de responsabilidade para uso das
informações e todos estão cientes de que a divulgação de informações pessoais
está sujeita a sanções penais e administrativas.
Também procurado pela reportagem, o funcionário Wagner
Santos, do Einstein, confirmou que publicou a planilha de senhas em seu perfil
na plataforma github para a realização de um teste na implementação de um
modelo, porém esqueceu de remover o arquivo da página pública.
Fonte: O Estado de S. Paulo
Gestão de Riscos Digitais: Como se proteger?
Crescentes ataques cibernéticos na pandemia ameaçam as
empresas
Seguro de riscos digitais é alternativa para garantir
funcionamento operacional e já cresceu 63,9% em 2020
Dados internacionais da Marsh, especializada em
consultoria de riscos e corretagem de seguros e resseguros, mostram que neste
ano, o total de ataques de ransomware cresceu 148%. O ransomware é um tipo de
malware que sequestra o computador da empresa e cobra um valor em dinheiro pelo
resgate. Este tipo de vírus age codificando os dados do sistema operacional e
faz com que o usuário não tenha mais acesso ao sistema.
Outros estudos da consultoria também revelam que cerca de
93% das cyber violações ocorrem devido ao chamado phishing, sendo o e-mail a
porta de entrada mais comum em 96% dos casos de ataques de hackers às empresas.
Neste tipo de crime, os atores de ameaças cibernéticas induzem os funcionários
a clicarem em links ou abrirem arquivos que liberam malware no sistema. Além
dos criminosos poderem assumir identidades falsas em conversa com os
funcionários das empresas com o objetivo de coletar dados confidenciais, o
phishing pode também induzir os colaboradores a realizarem eventuais
transferências de valores em moeda.
Neste contexto, justamente para se proteger desse
cenário, as empresas começaram uma corrida para contratar seguros de risco
cibernético. Para se ter uma ideia, entre janeiro e agosto, o mercado de
seguros cibernéticos cresceu 63,9% em relação ao mesmo período de 2019,
alcançando R$ 24 milhões em prêmio, segundo a Fenseg (Federação Nacional de
Seguros Gerais).
As explicações para o aumento da contratação do seguro
De acordo com Marta Schuh, Líder de Cyber da Marsh
Brasil, os episódios recentes de vazamento de dados e a implantação da LGPD
(Lei de Proteção Geral de Dados) – que tem regras rígidas de punição à empresas
que não resguardam adequadamente as informações pessoais armazenadas em seus
sistemas, ajudam a explicar a alta expressiva no volume de contratações do
seguro em questão.
Nos últimos anos, digitalização e robotização foram
palavras-chave nas empresas, mas o risco e a necessidade de proteção dos dados
só ficaram evidentes depois de episódios emblemáticos. Isso levou a uma corrida
pela contratação do seguro de risco cibernético, diz.
A Marsh registou um aumento de 200% no volume de apólices
entre janeiro e setembro deste ano, na comparação anual. As companhias
perceberam que os ataques cibernéticos são riscos operacionais capazes de
comprometer seu funcionamento. Temos sinistros de empresas que perderam até 15%
do faturamento anual em incidentes cibernéticos, complementa a executiva.
Para Gustavo Fiuza Quedevez, especialista em privacidade
de dados e tecnologia aplicada ao ambiente jurídico do BVA Advogados, a
ampliação da contratação deste tipo de seguro ganhou força com a pandemia. O
acréscimo de operações online saltou de maneira absurda, seja pelo home-office,
ou mesmo pela maior exploração dos canais online. As empresas tiveram que
buscar mecanismos que sustentassem a operação, tanto de venda, quanto de rotina
com os seus profissionais, avalia.
Ele ressalta que este tipo de seguro não é utilizado como
forma de prevenir ataques cibernéticos, mas ajuda as empresas a se recuperarem
em eventual ataque dessa ordem com a reparação de danos.
A contratação do seguro não dá uma carta branca para a
empresa deixar de adotar premissas de segurança relevantes, pelo contrário. O
seguro somente será levado a efeito se estas estiverem presentes e devidamente
monitoradas, afirma.
Gustavo explica que o seguro contra riscos digitais, ou
cibernéticos, tem coberturas variadas e a contratação trará uma segurança maior
para a empresa no sentido de que os prejuízos, ou parte deles, estarão
devidamente cobertos.
Seguro para todos os tipos de empresas
O especialista em privacidade aponta ainda que o seguro é
recomendado para companhias de todos os portes. É interessante ter em mente o
fato de que os criminosos digitais não visam somente as grandes corporações,
pois estas muitas vezes possuem salvaguardas atualizadas, times específicos
disponíveis, além de tecnologia mais atual para se defender desse tipo de ataque.
As empresas de pequeno e médio porte são alvo comum, diz.
Entre os incidentes cibernéticos mais comuns estão:
Invasões de rede, implantação de malwares, phishing, além daqueles derivados do
comportamento inadvertido do usuário, que costuma ser sempre o elo mais fraco
de uma cadeia de segurança.
Segundo Marta, a maior parte dos sinistros está atrelada
ao vazamento de dados. 72% dos nossos sinistros incluem perdas operacionais
relevantes. A empresa é obrigada a suspender a atividade até que o problema
seja resolvido, afirma.
Tokio Marine oferece seguro de Riscos Digitais
Justamente para ajudar as empresas a lidarem com as
consequências de ataques cibernéticos, a Tokio Marine lançou o Seguro Riscos
Digitais, com coberturas tanto para a responsabilidade da empresa por vazamento
de dados de terceiros, quanto para a os custos associados à recuperação de um
ataque.
Um dos focos principais da atuação da Tokio Marine nesta
modalidade de seguro é voltado para pequenas e médias empresas, que geralmente
não possuem uma estrutura dedicada à prevenção. O seguro disponibiliza uma
equipe especializada de resposta a incidentes pronta para prestar apoio 24
horas por dia, sete dias por semana.
Os custos associados à defesa de reclamações movidas
contra a empresa por terceiros por vazamento de dados e disseminação de
malwares estão cobertos pelo seguro. Também estão inclusos os custos de
investigação forense, reconstituição de sistemas e outras situações
relacionadas à recuperação de um ataque cibernético. Além disso, são passíveis
de cobertura os lucros cessantes (para compensar as perdas causadas pela
interrupção das operações em consequência de um ataque cibernético) e até as
multas impostas por órgãos governamentais associadas ao vazamento de dados.
O que esperar de 2021
Jorge SantAnna, CEO da BMG Seguros
Fonte: Sonho Seguro
A série O que esperar de 2021, visa trazer um pouco de
luz sobre as incertezas do próximo ano. Nesta edição, Jorge SantAnna, CEO da
BMG Seguros, fala um pouco sobre suas expectativas. Leia abaixo:
Como descreve o ano de 2020?
O ano de 2020 tem sido um ano onde a realidade se impõe.
Uma crise sanitária sem precedentes na nossa geração, trouxe como consequência
não só a desestruturação política e econômica de grande proporção para o
Brasil, mas também a aceleração da tendência de transformação digital, que por
si só coloca em risco a maneira tradicional com que conduzimos os nossos
negócios. Os choques para o mercado de seguros são importantes e deverão ter
repercussão nos próximos anos. Alguns exemplos:
Efeitos sobre o segmento de Seguro Garantia / Empresas
Grandes e Médias:
PGFN entra em desaceleração a partir de março/20,
reduzindo expressivamente novas execuções fiscais;
Intensa deterioração no crédito corporativo a partir de
abril/20 em segmentos importantes (Viagem e Turismo; Aviação; Varejo e etc.),
reduzindo oportunidade de receita;
Restrições do Governo Federal / Ministério da Economia, à
substituição de Depósitos Judiciais;
Projetos de Infraestrutura em hold, em todo País;
Muito embora o Seguro Garantia ainda apresente crescimento
em 2020 (Gráfico abaixo), tais efeitos concentraram ainda mais o setor na
modalidade de Seguro Garantia Judicial e mais especificamente em torno de
alguns tomadores específicos. Houve também uma nítida redução na rentabilidade
das Seguradoras que operam no setor, associada a um maior índice de
sinistralidade, especificamente no segmento SME.
Importante também mencionar, uma redução progressiva no
apetite de risco por parte dos resseguradores em relação ao mercado Brasileiro,
concentrando sua capacidade em players com excelência na avaliação de crédito.
Efeitos sobre o segmento de SME:
Intensa deterioração no segmento SME, especialmente no 2o
semestre, limitando a incursão neste segmento, tanto com Seguro Garantia como
P&C. Penetração atual em P&C menor que 20%, podendo chegar à menos de
10% após a Pandemia;
PRONAMPE, não atingiu os objetivos de suporte às SME: R$
12bn disponibilizado pelo Governo Federal (agosto/20):
Número de SME que tentaram acessar o crédito: 6,3 milhões
Número de SME que conseguiram crédito: 1 milhão
Segundo ANR mais do que 50 mil restaurantes fecharam as
portas de março a agosto no estado de SP e a expectativa é que ao todo 200.000
deverão desaparecer em todo País;
De acordo com IBGE, 716 mil SME deverão fechar as portas
em 2020.
Como consequência, houve uma restrição imediata de
crédito aos Setores / Empresas de maior risco, para Garantia Judicial e Seguro
Garantia Tradicional, bem como uma maior seletividade para os produtos de
P&C. Adiciona-se a isto a alta inadimplência nos produtos de P&C SME,
como consequência da crise econômica generalizada.
Qual o impacto da pandemia na empresa?
Em 2020 nossa Empresa persegui uma abordagem conservadora
na aprovação de crédito, privilegiando a saúde de nosso P&L. Fechamos com o
melhor resultado líquido da nossa breve história e com um ROE próximo a 40%.
Operamos com tomadores selecionados e adiamos de certa forma a nossa incursão
mais ativa nos mercados SME. No período continuamos contratando e consolidamos
diversas áreas internas, bem como focalizamos em nosso planejamento estratégico
para os próximos 3 anos. Catalisamos as discussões sobre seguro e
infraestrutura, em conjunto com a FGV e estamos lançando, também em conjunto
com a FGV o Instituto de Inovação em Seguros. A despeito do cenário foi um
grande ano para BMG Seguros.
Quais as áreas mais afetadas?
Naturalmente os planos mais afetados foram aqueles
relacionados ao desenvolvimento dos mercados no segmento SME, seja para Seguro
Garantia ou P&C.
O que mudou na forma de se relacionar com o consumidor?
A partir de agora tudo muda em uma velocidade cada vez
maior no que diz respeito à Jornada do Cliente. Será necessário reavaliarmos as
cadeias de valor e o nosso papel neste processo. Ecosistemas, marketplaces,
plataformas de procurement, finalmente chegam ao mercado de Seguro Garantia,
temos que nos adequar. Ainda nesta área, acho inexorável a aprovação do PL
1.292, que altera substancialmente a vida dos seguradores. Em P&C SME, a
redução dos pain points atuais dos Clientes, exige uma total re-imaginação do
setor tanto em termos de produtos, como distribuição.
Quais as tendências da empresa e do setor para 2021?
As expectativas que chegam do mercado financeiro (sou
Conselheiro da ABBC), ainda são muito ruins no primeiro trimestre de 2021, mais
especificamente no segmento SME. Espera-se que teremos o recrudescimento de uma
crise de crédito que poderá afetar inclusive grandes companhias. No entanto,
existe potenciais pontos positivos que podem ser importantes para o segmento de
Seguro Garantia:
O funcionamento da PGFN (Ministério Público da Fazenda
Nacional) tende a voltar ao normal no 3o trimestre, o que pode gerar uma grande
demanda de novas execuções;
A Substituição de Depósitos Judiciais, embora suspensa
agora, reuniu vários apoiadores e pode vir a ser uma realidade em 2021,
aliviando a crise de liquidez das empresas;
O novo Marco Regulatório para Saneamento, recentemente
aprovado, vai criar uma onda massiva de investimentos em infraestrutura no
Brasil e, consequentemente, uma grande demanda de Garantia. A previsão de
investimentos é da ordem de R $ 50 bilhões por ano até 2033.
Debêntures Incentivadas (Títulos de Infraestrutura) serão
um importante componente de financiamento dos novos projetos. Seguro Garantia
pode atuar como instrumento de Hedge nestes instrumentos;
Projetos de infraestrutura em geral deverão ser retomados
no 1o trimestre de 2021;
Espera-se que ocorra um surto de privatizações nos
próximos 3 anos;
Licitação de telecomunicações móveis 5G / Investimento
total de cerca de R $ 35bilhões de 2021 a 2022;
Programa Pró-Brasil de Infraestrutura: Investimentos
totais da ordem de R $ 280 bi de2021 a 2023;
O Parlamento está prestes a aprovar, o novo Quadro Regulamentar
do GAS;
Enfim, a previsão de investimento total em infraestrutura
é da ordem de R$ 700 bilhões até 2023.
Lançamento do tomo I e II da obra Temas atuais de Direito
dos Seguros
O selo editorial da Thomson Reuters Brasil, Revista dos
Tribunais, lança o tomo I e II do livro Temas atuais de Direito dos Seguros,
coordenado por Ilan Goldberg (Chalfin, Goldberg & Vainboim Advogados) e
Thiago Junqueira.
Em um cenário marcado por rápida evolução tecnológica, o
estudo qualificado dos seguros, que compreenda as especificidades dessa
modalidade contratual, sem que se perca de vista toda a disciplina do direito
obrigacional e a unidade do ordenamento jurídico, demonstra-se essencial.
Apenas dessa forma será possível navegar-se nos mares turbulentos, mas deveras promissores
dos seguros do século XXI.
A obra contém 88 autores, entre eles os maiores
civilistas, comercialistas, administrativistas, consumeristas e especialistas
em seguros do país.
Além disso, ela é dividida em dois tomos e em quatro
principais categorias de investigação, quais sejam:
I. O exame de tópicos que, embora antigos e relevantes,
ainda não haviam sido devidamente enfrentados no País (e.g., a intermediação, o
aviso de sinistro, a prescrição, a sub-rogação e a vinculação de mitigar os
próprios danos no âmbito dos seguros);
II. A releitura, à luz dos mais recentes desenvolvimentos
fáticos, normativos e jurisprudenciais, de temas clássicos da matéria (v.g., a
boa-fé, a declaração inicial do risco, a mora no pagamento do prêmio, o
agravamento e a exclusão do risco);
III. A análise do cosseguro, do resseguro e de variadas
espécies de seguros (e.g., seguro D&O, seguro de responsabilidade civil,
seguro-garantia, seguro E&O, seguro de vida, seguro de riscos ambientais);
IV. Apreciação de temas novos do Direito dos Seguros
(v.g., os efeitos da força maior e outros aspectos relacionado à Covid-19 nos
seguros, o tratamento de dados pessoais e o uso do Big Data e da Inteligência
Artificial pelos seguradores).
Tomo I
Tratamento de dados e discriminação / Big data,
inteligência artificial e contratação online /
Regulação dos contratos de seguro / Fase inicial da
contratação: boa-fé e deveres de informação / Alteração das circunstâncias no
decorrer da contratação / Fraude, dolo e gradação da culpa do segurado / Exigências
de conduta das partes e regulação do sinistro / Direito processual civil e
métodos alternativos de solução de conflitos securitários.
Tomo II
Delimitação contratual dos riscos e repercussões da
covid-19 nos seguros privados / Especificidades de alguns institutos clássicos
do direito civil nas relações securitárias / Seguro D&O / Seguro Garantia /
Seguros de Danos / Seguros de Pessoa e Planos de Saúde
Cosseguro e Resseguro / Direito Antitruste e Direito dos
Seguros.
Fonte: Migalhas
Autores: Ilan Goldberg / Doutor em Direito Civil pela
Universidade do Estado do Rio de Janeiro / UERJ. Mestre em Regulação e
Concorrência pela Universidade Cândido Mendes / Ucam. Sócio fundador do
escritório Chalfin, Goldberg & Vainboim Advogados.
Thiago Junqueira / Doutor em Direito Civil pela
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Mestre em Ciências Jurídico
Civilísticas pela Universidade de Coimbra.
Seguros de Grandes Riscos, um mercado em evolução
Thisiani Martins, presidente da Comissão de Riscos
Patrimoniais Grandes
Riscos da FenSeg, analisa o crescimento e as
transformações dos Seguros de Grandes Riscos
Assista no Youtube:
Black Friday deve impulsionar menos a venda de eletros
que em 2019
Alta no ano passado foi de 18%; este ano deve ficar entre
10% e 15%.
Fonte: Monitor Mercantil
Levantamento da Eletros, a associação dos fabricantes de
eletroeletrônicos e eletrodomésticos, projeta crescimento entre 10% e 15% nas
vendas da indústria para o varejo nesta Black Friday de 2020 no comparativo com
os resultados de 2019. No ano passado, no mesmo período, o setor cresceu 18% em
relação a 2018.
Apostamos que há, ainda, uma forte demanda reprimida
acentuada pela pandemia, o que diante da instabilidade econômica observada em
especial nos primeiros meses da crise sanitária, fez com que muitas famílias
adiassem as compras. Estes consumidores estão aguardando o momento certo para
comprar se aproveitando dos descontos expressivos da Black Friday, afirma o presidente-executivo
da Eletros, Jorge Nascimento.
De agosto a outubro, segundo a entidade, mais de 80% das
indústrias ampliaram sua capacidade produtiva para perto da capacidade máxima,
reduzindo a ociosidade para próximo 3%. Parte considerável de nossas fábricas
ampliou a produção para 3 turnos, fenômeno que não era registrado desde 2016,
destaca.
A indústria garante viver um momento de intensa retomada.
O setor começou o ano registrando crescimento médio de 5% nas vendas em janeiro
e fevereiro, mas, a partir de março, com a chegada da pandemia e o agravamento
da crise sanitária, uma sequência de perdas significativas fez com que o
primeiro trimestre apresentasse uma retração de 11,72% em relação ao mesmo
período de 2019.
O auge da crise de 2020 foi registrada no mês de abril em
que uma queda média nas vendas de 60% foi aferida por conta do reflexo das
medidas restritivas de circulação de pessoas. Neste período a Eletros detectou
o fechamento de 85% das fábricas em todo o país. Apesar deste cenário, com os programas
de auxílio implementados pelo governo, as demissões não chegaram a 5%.
Com a abertura gradual da economia a partir de maio, o
setor vive um forte movimento de retomada e recomposição de perdas. Em junho
verificamos forte crescimento em todos os segmentos de eletroeletrônicos,
alcançando um resultado de quase 40% no comparativo ao mesmo mês do ano
anterior, ressalta Nascimento. Graças à performance registrada em junho,
terminamos o segundo trimestre com perdas de 19,15%. Poderia ter sido bem pior se
tivéssemos mantido o cenário registrado em abril.
Este cenário de recuperação econômica se manteve firme no
terceiro trimestre, o que se converteu em crescimento de 73% em relação ao
segundo trimestre de 2020. Na comparação entre o terceiro trimestre de 2020 com
o terceiro trimestre de 2019, o crescimento foi de 2,75%. O comparativo entre o
terceiro trimestre de 2020 com o segundo trimestre é interessante, pois mostra
exatamente o momento da virada, ou seja, saímos de um cenário de fortes perdas
e invertemos o jogo, pondera.
Seguem links para acesso às edições virtuais mais recentes das Revistas do Setor de Seguros:
Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2020/10/edicao-259/
Revista Segurador Brasil: https://issuu.com/revistaseguradorbrasil/docs/segurador_160
Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2020/10/12/seguro-e-mais-velho-do-que-se-imagina/
Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/2020/09/25/edicao-224/
Revista Insurance Corp:
Revista Cadernos de Seguro: http://cadernosdeseguro.funenseg.org.br/secoes.php
SummitSec / Segurança e Privacidade na Prática
Sobre o Evento O SUMMIT SEC acontece pelo terceiro ano consecutivo para discutir temas como LGPD, proteção e privacidade de dados, segurança da informação e cibernética de forma inovadora, com profissionais e temas a frente do mercado.
Em formato digital, CIST promoverá maior evento sobre seguros, riscos e logística da América Latina
Entre os dias 26 e 27 de novembro, o Clube Internacional de Seguros de Transporte (CIST) realizará o maior evento online do mercado de seguros de transporte da América Latina. Por conta da pandemia, o já tradicional ExpoCIST dará lugar ao Iº CIST Web Conference Seguros, Riscos e Logística.
O primeiro grande evento digital da entidade deve reunir centenas de executivos do mercado segurador para acompanhar diversos painéis relevantes, como o que tratará da Simplificação e modernização dos contratos de seguro pela SUSEP, envolvendo as recentes consultas públicas (CP 16, 18 e 19) e o processo de oferecer maior liberdade e desenvolvimento ao setor.
Durante os dois dias do encontro serão discutidos também muitos temas relacionados ao segmento, como por exemplo, a Transformação e expansão da infraestrutura logística de carga, novos caminhos e oportunidades, incluindo a expansão da cabotagem, portos e terminais, ferrovias, BR do Mar, BR dos rios, e a integração multimodalidade.
Outro painel abordará o Ambiente regulatório, tecnologia em transformação, ação de ressarcimento e carta protesto. Neste talk show será debatido, por exemplo, se a ação de ressarcimento requer comprovação de pagamento e sub-rogação nas suas mais variadas vertentes, como no Sistema Jurisdicional eletrônico, no Blockchain com rastreabilidade de transações, entre outras coisas.
Um assunto que deve chamar bastante a atenção será Drone Delivery, o modal do agora e soluções logísticas, que discutirá as funcionalidades e as utilizações de drones; o case Ifood; a Importância da automação durante a pandemia; e ainda o futuro desse modal.
Já a transformação do mercado de consumo; o crescimento abrupto das compras via e-commerce; a armazenagem e gestão de operador logístico (Last Mile); e a logística reversa serão temas do painel Transformação mercado de consumo, gestão da logística e satisfação do cliente.
Por sua vez, a Gestão dos riscos na cadeia de frio e a logística de perecíveis, saúde e indústria irá debater as exigências de segurança; o foco na prevenção e não no controle dos danos após um incidente; os desafios da logística no transporte e na distribuição da Vacina Covid-19, entre outros tópicos.
O Iº CIST Web Conference Seguros, Riscos e Logística também terá espaço para temas relacionados ao Desenvolvimento e gestão de pessoas. Liderança & Team Buildings (desenvolvimento de líderes); inteligência emocional & alta performance; o trabalho remoto; e a liderança feminina são apenas alguns desafios a serem superados no atual processo de modernização do mercado de seguros.
Por fim, também já está confirmada uma entrevista com Mauro Friendrich, diretor da Arrezo & CO, além de uma apresentação de Henrique Cabral, Marine Underwriter da Munich Re, com base nas Estatísticas dos ramos de Marine e contexto do Brasil na América Latina.
Vale lembrar que o Iº CIST Web Conference Seguros, Riscos e Logística conta com apoio da 3S Tecnologia; Buonny; Moraes Velleda; Omnilink; Grupo Fox; Servis; MCLG; Tokio Marine; Trucks Control; UPPER e GUEP. Para mais informações, entre em contato através do e-mail secretaria@cist.org.br
Link de inscrição: https://www.antonicelli.com.br/cadastro-cist