Gestão de Riscos: Compliance / Desenvolvimento Sustentável / Inovação
01, Dez. 2020
Pandemia e as boas práticas de gestão de riscos
Pandemia fez o setor acelerar os processos de inovação,
compliance e desenvolvimento sustentável
Tema é tratado Relatório Anual da Federação Global de
Associações de Seguros (GFIA)
Fonte: CNseg
A Federação Global de Associações de Seguros (GFIA)
publicou o seu Relatório Anual 2019-2020, nele apontando que a pandemia da
COVID-19 serviu como um catalizador para que o setor mundial de seguros tenha
acelerado os processos de inovação, compliance e desenvolvimento sustentável
para responder a novas demandas de seus clientes.
Conforme Presidente da GFIA, Recaredo Areas, Os
seguradores permanecerão focados em honrar os seus compromissos e implementar
planos de contingência. Estou orgulhoso de afirmar também que várias
seguradoras providenciaram suporte financeiro e material para a sua população,
tanto individualmente quanto coletivamente através de suas associações.
A esse respeito, o Presidente da CNseg, Marcio Coriolano,
afirmou que relatamos para a GFIA os impactos e as providências tomadas pelo
setor brasileiro de seguros para enfrentar a COVID-19, a maioria delas
exatamente na mesma direção do que vem sendo providenciado globalmente. E,
aproveitando o momento, no Brasil, da 7ª Semana de Educação Financeira, emendou:
Na crise da pandemia, os indivíduos precisam urgentemente de habilidades para
fazer bom uso dos produtos financeiros. É um momento em que os indivíduos estão
tendo que usar suas economias, recorrer a qualquer seguro que possam ter, e
serem extremamente cuidadosos ao gerenciar suas finanças pessoais'.
Munich Re espera voltar ao lucro pré pandemia em 2021
Fonte: Sonho Seguro
No próximo ano, planejamos, apesar das perdas adicionais
antecipadas da COVID-19, atingir a meta de lucro de € 2,8 bilhões, conforme
previsto antes da pandemia
A Munich Re espera retornar aos níveis pré-pandêmicos de
lucro anual de € 2,8 bilhões (US$ 3,35 bilhões) em 2021, após uma queda para €
1,2 bilhão em 2020, disse a resseguradora na terça-feira, enviando suas ações
2,2% mais altas. A receita de prêmios do grupo aumentará para € 55 bilhões em
2021, de 54 bilhões em 2020, apesar de uma queda nos volumes de prêmios causada
pela pandemia.
A Munich Re espera consequências financeiras do COVID-19
no próximo ano também, mas em uma escala consideravelmente menor do que em
2020, disse. No quarto trimestre de 2020, o lucro chegará a € 200 milhões,
acrescentou. A Munich Re retirou sua projeção em março de um aumento de lucro
para € 2,8 bilhões em 2020 de € 2,7 bilhões um ano antes.
Christoph Jurecka, diretor financeiro, afirmou que espera
gerar um lucro claramente superior a € 1 bilhão este ano. A pandemia
naturalmente teve um impacto considerável em nosso resultado. Mas os encargos
decorrentes do COVID-19 são financeiramente administráveis para a Munich Re. Ao
cobrir perdas seguradas que totalizam bilhões, estamos desempenhando um papel
substancial ajudando a economia e a sociedade a lidar com a pandemia. Nosso
negócio está claramente no caminho certo, afirmou.
Segundo ele, na
ausência do COVID-19, o grupo teria sido capaz de atingir a meta de resultado
original para 2020. Graças ao nosso forte balanço, estamos em uma posição muito
boa para explorar as oportunidades de mercado atuais. No próximo ano,
planejamos, apesar das perdas adicionais antecipadas da COVID-19, atingir a
meta de lucro de € 2,8 bilhões, conforme previsto antes da pandemia.
Faça da Inteligência Artificial um aliado
Plataformas de IA facilitam operações das seguradoras
Inteligência artificial (IA) vem se tornando a principal
ferramenta tecnológica do mercado
Fonte: Valor Econômico
Plataformas facilitam operações das seguradoras
Uma das áreas mais tradicionais e conservadoras do
mercado financeiro, o segmento de seguros se rendeu às tecnologias disruptivas
e a inteligência artificial (IA) vem se tornando a principal ferramenta dessa
revolução, relata o Valor Econômico. Presente em 45 países, a Tokio Marine
pretende investir R$ 120 milhões em 2021, para lançar seu primeiro laboratório
de inovação digital no Brasil.
Segundo Adilson Lavrador, diretor executivo de operações,
tecnologia e sinistros da seguradora, a IA é uma das prioridades no
investimento da companhia na área de P&D. Em um mercado em que 70% da frota
de carros não têm seguro e 85% da população, nenhuma cobertura de vida, as
plataformas de IA podem ajudar a desenvolver produtos mais adequados, melhorar
a precificação e descobrir novos nichos de mercado.
Entre outras aplicações, a Tokio Marine usa a IA na área
jurídica e também para prevenir fraudes e abusos. Por meio de análise
preditiva, avaliamos a probabilidade de sucesso em processos contenciosos, diz
Lavrador. O horizonte para o uso da IA na indústria seguradora é amplo, vai
desde o desenvolvimento de chatbots inteligentes para reduzir custo e agilizar
o atendimento aos clientes, até apólices desenhadas de acordo com o nível de
risco individual de cada cliente.
Na Prudential do Brasil, a tecnologia é usada para
fortalecer a estratégia comercial. Segundo André Veloso, diretor de Soluções
Digitais da seguradora, a ferramenta de cotação inteligente permite que os
corretores e consultores de seguros incluam de forma simples dados sobre o
perfil e necessidades de proteção financeira de cada cliente, para gerar
indicações de coberturas e opcionais mais alinhadas com o perfil de cada
consumidor. A ferramenta oferece enorme ganho de produtividade e velocidade de
conversão, com propostas ainda mais adequadas aos clientes, diz.
Veloso explica que, a partir do conhecimento sobre
comportamento e perfil dos clientes e dos resultados obtidos com os primeiros
exercícios com IA, a seguradora avalia a aplicação da tecnologia na análise de
risco para acelerar o ciclo de aprovação das propostas. A IA também é o motor
que move boa parte das insurtechs, startups tecnológicas do setor de seguros.
Entre 2018 e 2020, o número de insurtechs no mercado brasileiro aumentou 47%.
A Thinkseg é uma dessas empresas. Focada em seguro de
veículos, procura aplicar a tecnologia em todas as vertentes do negócio. Além
de contar com a tecnologia para a análise individual mais rápida e mais
eficiente dos clientes, a seguradora usa a telemetria do aparelho celular dos
segurados para alimentar a plataforma de IA com dados sobre o uso do veículo.
Em apenas um quilômetro percorrido, o sistema gera 100 mensurações diferentes
e, com o tempo, reconhece se o carro está sendo dirigido pelo segurado ou por
outra pessoa. O resultado é uma análise cada vez mais precisa e
individualizada, diz André Gregori, CEO da Thinkseg.
O modelo de negócios das insurtechs não exclui a parceria
com bancos e seguradoras tradicionais. É o caso da HDI Seguros, que investiu R$
250 milhões em projetos de digitalização e, por meio de uma joint venture,
administra a seguradora Santander Auto, operação 100% digital com mais de 40
mil segurados. A relação com os bancos tradicionais permite que as insurtechs
expanda seu banco de dados trazendo cada vez mais assertividade para a criação
de novas soluções; já para as instituições financeiras, a inserção da
tecnologia nos processos traz maior agilidade e expansão de oportunidade de
negócios, explica Murilo Riedel, CEO da HDI Seguros.
A experiência de atendimento a sinistros também avançou
com a IA. A startup Cilia, em parceria com a Universidade Federal de Goiás,
desenvolveu um algoritmo que permite dizer em poucos minutos, o custo do
conserto a partir de fotos tiradas no local do acidente.
A solução já vem sendo utilizada no mercado brasileiro
por seguradoras como a Tokio Marine e a Thinkseg, que se associou à companhia.
Recebemos propostas para aplicação do produto em mercados como Colômbia, Chile,
Equador, China e Estados Unidos, diz Daniel Barbosa, diretor da empresa. Tudo
isso resulta em mudança cultural do setor. Os consumidores estão cada vez mais
habituados ao mundo digital e esperam que os serviços e produtos oferecidos
pela indústria sigam nessa mesma linha de inovação, afirma Veloso.
Nubank entra no mercado de seguros e oferece produto com
preço competitivo
Fonte: CQCS
A partir de hoje, 1º de Dezembro, a fintech brasileira
Nubank vai entrar em mais um mercado: seguros de vida. As informações são de
uma matéria publicada nesta manhã no site Terra. Ainda de acordo com o portal,
a startup vai oferecer planos com preço médio de R$ 9 em parceria com a
seguradora americana Chubb.
O serviço, chamado de Nubank Vida, poderá ser simulado e
contratado pelo aplicativo do Nubank. Para David Vélez, CEO e fundador da
startup, a ideia do produto é abandonar pacotes pré-definidos e a linguagem
técnica e cheia de asteriscos dos contratos convencionais de seguros, que só
encarecem e dificultam o processo. Ainda de acordo com o executivo, os clientes
terão autonomia para só pagar o que realmente valorizam e utilizam.
O produto possui cobertura para morte natural ou
acidental e assistência funerária, ainda será possível adicionar proteções a
serem usadas em vida, como hospitalização ou invalidez por acidente e
assistência funeral para familiares. Com as opções, o valor da mensalidade pode
variar, em cobertura que vai de R$ 25 mil até R$ 150 mil. Em caso de sinistros,
o atendimento será feito pelo app do Nubank, em chat em tempo real e a promessa
de pagamento em até poucas horas, dependendo do caso.
Com a sua entrada para o mercado de seguros, o Nubank
aposta em um serviço financeiro que muita gente não possui, assim como fez ao
lançar seu cartão de crédito digital,
segundo estudos recentes feitos por seguradoras, o porcentual de
brasileiros que têm um seguro de vida não ultrapassa os 20%.
Para Samy Hazan, consultor e especialista do mercado de
seguros, o Nubank pode ajudar a aumentar a penetração do seguro de vida no
Brasil, mas precisa tomar cuidado com a forma como oferece o serviço. A empresa
vai precisar entender a necessidade de cada usuário, com uma oferta consultiva
e construtiva, sem vender seguro na base da pressão, explicou Hazan, que já
passou por marcas como Porto Seguro, Marítima e Sompo, ao site.
O produto começará a chegar gradualmente para sua base de
usuários, uma lista de inscrições para interessados já está disponível no site
do Nubank.
O que esperar de 2021
Newton Queiroz, CEO da Argo Seguros
Fonte: Sonho Seguro
A série O que esperar de 2021, visa trazer um pouco de
luz sobre as incertezas do próximo ano. Nesta edição, Newton Queiroz, CEO da
Argo Seguros, fala um pouco sobre suas expectativas. Leia abaixo:
Quais as tendências da empresa e do setor para 2021?
Para 2021, a Argo Seguros seguirá com seus planos de
crescimento sustentável, tendo como KPI principal o combinado operacional da
empresa, o qual deve estar sempre abaixo de 100%, independentemente do mês.
Essa vem sendo nossa meta desde o início deste ano e estamos conseguindo entregar.
Ao mesmo tempo, o pilar principal de nossa estratégia
está voltado a nossa equipe e ambiente de trabalho, uma vez que sem pessoas não
é impossível entregar metas ou planos. Assim, seguiremos desenvolvendo um
ambiente de trabalho aberto, diversificado, inclusivo e horizontal, ou seja,
onde a hierarquia funciona mais da porta para fora, do que para dentro. Essa
medida visa permitir que o time esteja sempre no seu melhor para conseguir
desbravar os desafios pela frente.
Um ponto importante deste quesito é o trabalho que
estamos fazendo de aprimorar o sentimento do ‘orgulho de pertencer’. É
fundamental que todos nós, enquanto colaboradores de uma empresa, tenhamos a
visão de que o nosso trabalho vai além do lucro ao acionista. Para isso,
focamos na parte social através de algumas ações que estamos desenvolvendo,
além, é claro, de nossa própria indústria via o produto de seguros.
Portanto, a Argo Seguros de 2021 estará focada em manter
a visão de empresa tecnológica, inovadora e que busca a inclusão social através
do seguro. Nesse sentido, estamos em pleno desenvolvimento de uma série de
iniciativas e produtos de seguros que possam atender a parcela da sociedade que
hoje não compra seguro.
Já demos um exemplo este ano com o lançamento do Instant,
o primeiro seguro 24h para automóveis do Brasil, cujo foco é atender a 70% da
população que não compra seguro hoje, seja por conta do preço ou pela falta de
um produto adequado as suas necessidades.
Desenvolvemos esse produto para que as pessoas com
automóveis mais antigos que são usados, por exemplo, para ir à praia no final
do ano, possam estar segurados e contarem com uma assistência em caso de
problemas na estrada. Se este produto fosse vendido via assinatura + KM rodado,
não seria viável para muitos, mas como é um produto de diária ao redor de R$
27, se torna bastante acessível.
Além do ponto de inclusão e novos produtos, a Argo
Seguros seguirá investindo forte em suas áreas de expertise como Transportes,
onde somos top 10 de mercado; E&O (top 3); D&O (top 10); Bike (Top 3);
mas reforçando foco em RCG, Garantia, Property SME e outras frentes. Isso visa
dar o maior leque de opções aos nossos clientes em one stop shop, e, ao mesmo
tempo, abrir um novo mercado, permitindo que novos consumidores de seguros
sejam alcançados via canais de distribuição com nossos parceiros e corretores.
O que mudou na forma de se relacionar com o consumidor?
Para nosso setor diria que quase tudo, desde como nos
comunicamos (muito menos cara a cara), até como fechamos negócios e avaliamos
concorrências. Durante este período tivemos que nos adaptar totalmente para
conseguir atender a nossos corretores/parceiros e não deixar o cliente final
sem uma reposta ou cobertura. Para isso, os investimentos em digitalização
foram enormes em nossa indústria, o que era preciso, sendo bem honesto.
No caso da Argo Seguros, nós já temos o viés digital há
anos, então a mudança foi mais uma adaptação onde utilizamos a forma de
trabalhar para linhas massificadas, mas agora com ajustes para atender os
grandes riscos e corretores.
Já no sentido de demanda, o consumidor se tornou muito
mais criterioso, buscando entender melhor o que compra e o valor do produto,
além de querer se sentir mais valorizado. Para isso, nós trabalhamos forte na
segmentação dos produtos, pois fazer algo sob medida para uma operação como a
nossa é bastante difícil, salve os mega clientes que demandam isso há anos.
Essa segmentação é algo que veio para ficar na Argo e pode ser visto no caso do
seguro de bicicleta, onde lançamos o Bike Mulher e Bike Basic. Duas variações
de um produto principal, justamente para focar em segmentos específicos através
de um seguro único para aquele perfil de consumidor e isso está rendendo bons
frutos. A ideia é continuar efetuando essa segmentação em todas as áreas da
empresa para dar um melhor serviço e passar a valorização merecida do
consumidor.
Quais as áreas, mais afetadas?
Em nossa indústria, todas as áreas foram afetadas durante
os primeiros meses do ano, mas neste segundo semestre estamos vendo uma grande
recuperação e acredito que atestar isso de forma definitiva ainda é cedo. Digo
isso porque em automóvel a produção reduziu, assim como a sinistralidade, então
a margem pode acabar por ter sido melhor para muitas empresas e isso acaba
sendo muito mais importante em momentos como este.
Porém, de forma geral em GWP, vimos Auto e Saúde sendo
afetados fortemente com consumidores deixando de renovar seguros por temas de
finanças pessoais, e ao mesmo tempo empresas buscando reduzir benefícios e, com
isso, planos de saúde a seus colaboradores.
Em Engenharia tivemos um total shut down de quase todas
as grandes obras que eram esperadas este ano no pais, sendo que o que realmente
movimentou o mercado foram as obras residenciais, que acabaram tendo um boom
agora no segundo semestre com a procura por moradias mais confortáveis por
parte da sociedade, devido ao tempo que temos de ficar em nossas casas.
No Transporte, E&O e D&O estamos tendo um ano
similar ao passado em termos de prêmio, sendo que em D&O as apólices que
não se renovaram acabaram sendo cobertas pelo aumento geral do mercado global
nesta linha.
Do lado crescente, tivemos as Garantias Judiciais com
várias empresas buscando liberar recursos vinculados a ações judiciais através
de apólices de seguro, assim como o seguro de Vida e Residencial por
consumidores mais preocupados em ter algum tipo de proteção para seus bens e
família. Como disse, ainda é cedo para poder fazer um diagnóstico completo de
quem foi mais afetado, seja em perda ou em ganho.
Qual o impacto da pandemia na empresa?
O impacto relacionado ao dia a dia e funcionalidade
operacional da empresa foi basicamente zero, pois na Argo Seguros todos tem
laptop e, a grande maioria, celulares. Além disto, sempre tivemos um BCP bem
estabelecido e que se demonstrou muito eficiente neste momento atual. O que
adicionamos a isto, devido ao tempo que estamos de home office, foram melhorias
aos colaboradores como monitores, cadeiras e apoio com contas de internet e
celular. Tudo isso sempre visando o bem-estar do colaborador, que resulta em
uma operação estável e eficiente.
No lado ambiente de trabalho, temos focado muito em fazer
reuniões mensais com todo o escritório, ter eventos descontraídos (como games,
happy virtual, Dia das Crianças virtual e outros). Também estabelecemos uma
linha de apoio com psicólogos e suporte em planejamento financeiro e outros
pontos mais. Tudo isso para buscar dar o melhor ambiente possível a nossos
colaboradores (e ferramentas), uma vez que este tempo todo em home office tem
sim um efeito que, claro, é mais forte em alguns indivíduos, mas nosso foco é
dar o melhor que podemos a todos e suas famílias, porque como mencionei, sem
time não conseguimos entregar metas, nem chegar aos objetivos.
Até o momento o saldo está sendo positivo, mas
pessoalmente me preocupo porque entendo que vários de nós não estávamos
preparados para trabalhar 100% de casa por tanto tempo, e isso somado ao stress
adicional do novo dia a dia, com certeza tem seu efeito.
Para nosso negócio, por termos decidido desde o dia 01
‘pisar no acelerador’ e buscar o melhor resultado possível (mesmo sem saber
qual seria o resultado), junto a nossas ferramentas digitais e um time focado,
estamos tendo resultados bastante interessantes e seguimos em linha para
entregar nossas metas do ano, estabelecidas ainda em 2019. Claro que esse
resultado está sendo surpreendente para nós e aqui não posso deixar de
reconhecer o time da Argo (e suas famílias), que a cada dia estão dando o
melhor de si, e é um grande orgulho fazer parte de um time tão resiliente,
humano e focado.
Como descreve o ano de 2020?
Descrevo como o ano da verdade e aprendizado, não vejo outra
maneira de colocar o que vivenciamos. Um ano onde todos nós fomos tomados de
surpresa por algo que não temos nenhum controle, que nos deixou por bons meses
sem saber o que fazer e que nos ensinou (ou demonstrou) o real valor dos pontos
importantes da vida pessoal e profissional.
Irei focar mais no profissional neste caso, em que
aprendemos a valorizar muito mais os benefícios, que por vezes olhávamos como
algo do dia a dia, mas no momento em que algumas empresas cortaram isso, a
visão mudou e hoje, com certeza, damos muito mais valor a estes pontos.
O trabalho em equipe, o senso de time, do todo, ficou
muito mais forte. O bem maior neste caso foi muito importante porque uniu
equipes, profissionais e valorizou o entorno de todos (famílias, amigos, entre
outros).
Os aprendizados estão sendo inúmeros devido à variedade
de desafios que encontramos e ainda iremos encontrar, e como se reinventar a
cada momento para poder manter a estabilidade do negócio e do mercado. Para
isso, a questão de aprender, estudar e focar ficou nítida até mesmo no
resultado de empresas e indústrias.
Por fim, e mais importante em minha opinião, é que ficou
muito claro que a adaptabilidade é (e será) uma habilidade fundamental para o
futuro. Antes falávamos que tínhamos que aprender a aceitar mudanças, mas agora
não basta apenas aceitar, temos que nos adaptar e seguir em frente. Portanto,
adaptabilidade é fundamental e todos nós temos que trabalhar muito para
desenvolver e aprimorar este skill, uma vez que 2021 deverá ser um ano melhor,
mas ainda com muitos desafios e mudanças pela frente.
Embraer é alvo de ataques de hacker e tem informações
vazadas
Empresa avalia impactos do ataque
Embraer disse que está investigando o ataque. Empresa
afirmou que opera com sistemas em regime de contingência.
A Embraer informou nessa 2ª feira (30.nov.2020) que sofre
ataque hacker na última semana. A invasão do sistema informático resultou na
divulgação de dados supostamente atribuídos à companhia na madrugada de 30 de
novembro.
A Embraer informou que o ataque ocorreu em 25 de novembro
e afetou apenas um ambiente de arquivos da companhia. A empresa não disse, no
entanto, quais as informações foram vazadas.
Em razão do ocorrido, imediatamente a companhia iniciou
os procedimentos de investigação e resposta ao evento, bem como procedeu
proativamente ao isolamento de alguns de seus sistemas para proteção do
ambiente, lê-se em trecho do comunicado.
A fabricante de aeronaves afirmou que continua a operar
com o uso de alguns sistemas em regime de contingência, sem impactos relevantes
sobre suas atividades.
A Embraer declarou que está empreendendo todos os seus
esforços para investigar as circunstâncias do ataque, avaliar se existem
impactos sobre seus negócios e terceiros, e determinar as medidas a serem
tomadas.
A empresa trabalha com projetos sigilosos de
desenvolvimento de aeronaves e protótipos. O vazamento desses projetos pode
prejudicar a competitividade da Embraer no mercado.
Fonte: Poder360
Produção, vendas internas e demanda dos produtos químicos
de uso industrial caem em outubro
Setor tem resultados negativos após quatro meses de alta
A produção do segmento de químicos de uso industrial teve
queda de 4,92%, as vendas internas caíram 2,9% e o consumo aparente nacional
(CAN), que mede o resultado da soma da produção mais importação excetuando-se
as exportações, teve queda de 15,5%, em outubro em comparação com setembro. O
nível de utilização da capacidade instalada voltou ao patamar de 70%, seis
pontos abaixo do registrado em setembro. Os dados são do Relatório de
Acompanhamento Conjuntural (RAC) da Abiquim.
Os resultados negativos em outubro sucedem quatro meses
de consecutivos de altas, entre junho e setembro. Segundo a diretora de
Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, esse é um
movimento sazonal que ocorre, tradicionalmente, para os produtos químicos de uso
industrial, que estão na base de diversas outras cadeias industriais, entre os
meses de julho a outubro do ano, em razão das encomendas de Natal e do período
de verão, que eleva a procura por descartáveis e outros itens. Este ano, além
disso também houve o impacto da recomposição geral de estoques em diversas
cadeias, após o declínio do segundo trimestre, e uma alta conjuntural muito
forte no terceiro trimestre do ano. A tendência é a de normalização da demanda
ao longo dos próximos meses.
O índice de preços registrou, em outubro, a quarta
elevação consecutiva e subiu 11,26% em comparação com o mês anterior. Os preços
internos acompanham as cotações e os ciclos de volatilidade do mercado
internacional, especialmente em razão da característica do setor de ser tomador
de preços e não formador. Após um forte declínio nos preços das matérias-primas
básicas atreladas ao petróleo no mercado internacional, entre março e maio, no
período mais recente o óleo vem registrando sucessivas elevações, pressionando
a cotação dos produtos químicos. Os preços ainda são influenciados pelo impacto
da forte desvalorização da moeda nacional, que afeta os custos de produção, bem
como da elevação momentânea da procura por produtos químicos no mercado
internacional, explica Fátima.
No acumulado de janeiro a outubro de 2020, o segmento de
químicos de uso industrial apresenta recuo, em comparação com o mesmo período
do ano passado, a produção caiu 3,46% e as vendas internas declinaram 1,58%. O
CAN teve elevação de 9,2%, puxado pelo crescimento de 17,6% das importações, já
as exportações declinaram 15,8%, confirmando que o produtor local priorizou o
atendimento da demanda interna, que ficou bem aquecida nos últimos meses. A
taxa de utilização da capacidade instalada, de janeiro a outubro, foi de 72%,
um ponto acima do registrado em igual período do ano passado.
Com relação aos últimos 12 meses, de novembro de 2019 a
outubro de 2020, o índice de produção caiu 4,63% e o de vendas internas recuou
1,43%, sobre os 12 meses anteriores. Em relação ao CAN, houve elevação de 5,4%
nos últimos 12 meses, com queda nas exportações de 14,8%, enquanto o volume
importado, dos mesmos produtos, subiu 13,6%. A participação das importações no
mercado nacional, no período de novembro de 2019 a outubro de 2020, foi de 46%.
A redução da produção nacional em outubro, o retorno ao
patamar de 70% na utilização da capacidade instalada e o crescimento da
participação dos importados reforçam a necessidade de se acelerar as medidas da
agenda positiva do governo federal. São urgentes as mudanças que tragam maior
competitividade às tarifas de gás e de energia, além da reforma tributária e da
solução das deficiências logísticas para reduzir o custo Brasil e eliminar as
distorções que impõem uma estrutura de custos de produção não compatíveis
aquela praticada no mercado internacional. Os custos locais são tão
discrepantes que nem mesmo a elevada depreciação do Real compensa, afirma a
diretora da Abiquim.
Fonte: Abiquim
Aço Brasil melhora perspectiva para siderúrgicas em 2020
A indústria produtora de aço do Brasil voltou a melhorar
suas perspectivas para este ano, apostando agora em um crescimento modesto nas
vendas no país e expansão de 5,3% em 2021, segundo dados da entidade que
representa as siderúrgicas divulgados nesta sexta-feira.
O setor agora espera que as vendas de aço no país cresçam
0,5% em 2020, para 18,9 milhões de toneladas, avançado para 19,9 milhões em
2021, informou o Instituto Aço Brasil a jornalistas. Em setembro, a expectativa
era de alta de 3,1% nas vendas neste ano.
No auge dos impactos das medidas de isolamento social, em
abril, o setor siderúrgico chegou a esperar que as vendas de aço no Brasil este
ano despencassem 19%. Mas com a flexibilização da quarentena em vários Estados
e o retorno da atividade econômica, a entidade foi melhorando as expectativas
ao longo do ano.
Embora alguns setores da economia, como construção civil
e segmentos de máquinas e equipamentos venham reportando problemas no
abastecimento de aço no mercado interno, executivos do Aço Brasil afirmaram que
o fornecimento está caminhando para a normalidade e que não existe risco de
faltar o insumo no país.
A prioridade é abastecer o mercado interno, disse o
presidente-executivo do Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, em apresentação
online a jornalistas.
Representantes da entidade devem se reunir com o
presidente Jair Bolsonaro nesta tarde em uma pauta que deve discutir justamente
os relatos de problemas no abastecimento de aço. Segundo Lopes, o setor
trabalha atualmente com um índice de ocupação de sua capacidade instalada de
68,4%, abaixo dos 80% que a indústria siderúrgica considera ideal. Em outubro,
o indicador estava em 64,9%, depois de atingir 42% em abril. A capacidade total
de produção do setor siderúrgico é de 51 milhões de toneladas por ano.
Lopes voltou a afirmar que o país enfrentou um
esgotamento dos estoques durante a pandemia e, quando a atividade econômica
voltou a crescer, o consumo interno de aço foi exacerbado pela necessidade de
reposição desses estoques, situação que, segundo ele, está caminhando para a
normalidade.
Parte das críticas recebidas pelo setor envolveu também
seguidos reajustes nos preços do aço no mercado interno, algo que no acumulado
do ano chegou a cerca de 40% de incremento em alguns tipos de ligas, segundo
informam fabricantes de máquinas. O mais recente aumento, em novembro, foi de
cerca de 10%.
Questionado se o setor vai defender a necessidade de
novos reajustes na reunião com Bolsonaro, Lopes afirmou que a entidade não vai
tratar de preços no mercado interno com o presidente.
Segundo ele, a eleição do democrata Joe Biden para a
presidência dos Estados Unidos deve criar oportunidades para o Brasil negociar
uma flexibilização no regime de cotas de importação imposto desde o início do
governo de Donald Trump.
A expectativa é que, com a nova administração, poderemos
ter espaço para renegociar. Pelo menos que se retire o semiacabado (do regime
de cotas), disse Lopes. Aços semiacabados são considerados uma matéria-prima da
indústria da transformação e, segundo o Aço Brasil, o setor industrial
norte-americano precisa do material produzido no país para se abastecer. O
Brasil é o maior exportador de aço semiacabado para os EUA.
Fonte: Reuters
Desinvestimentos da Petrobrás podem somar US$ 35 bi
Previsão de desinvestimento da Petrobras aumenta; venda
da Rlam entra em contagem regressiva
A Petrobras prevê arrecadar de US$ 25 bilhões a US$ 35
bilhões com a venda de ativos, no período de 2021 a 2025. A projeção integra os
indicadores do Plano Estratégico (PE) apresentado a analistas, na segunda-feira
(30/11), pela diretoria da petroleira.
A maior parte do montante projetado será oriundo do
processo de venda das refinarias, da BR Distribuidora, da Braskem e dos grandes
campos da Bacia de Campos, como Marlim, Albacora e Albacora leste, que foram
recém incluídos no programa de desinvestimento da companhia. A previsão supera
a cifra de US$ 20 bilhões a US$ 30 bilhões, prevista no plano anterior,
direcionado ao período de 2019 a 2024.
Apesar das dificuldades enfrentadas em 2020, em razão da
Covid-19 e da crise do preço do barril do petróleo, e das incertezas que ainda
ameaçam 2021, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, aposta que
todos os processos de desinvestimentos das oito refinarias serão concluídos até
o final do próximo ano. No momento, somando todos os processos, a companhia tem
mais de 50 ativos colocados à venda.
O processo de venda de ativos garantiu à Petrobras a
entrada de US$ 16 bilhões no caixa, em 2019. Até o momento, ao longo de 2020, o
programa assegurou o ingresso de apenas US$ 1 bilhão.
De acordo com Anelise Lara, o processo de venda da
Refinaria Landulpho Alves (Rlam- BA), em negociação com o grupo Mubadala, será
finalizado entre dezembro e janeiro. Após a assinatura do contrato, a Petrobras
dará início ao processo de transferência do ativo e closing do negócio,
operação que poderá se estender por cerca de nove meses.
No dia 10 de dezembro, a Petrobras receberá as propostas
vinculantes para a venda das refinarias Alberto Pasqualini (Refap – RS) e
Presidente Getúlio Vargas (Repar- PR). A projeção de Analise Lara é de que seja
possível assinar os processos de venda das duas unidades no primeiro trimestre
de 2021.
No início de janeiro, será marcada a data para entrega
das ofertas firmes para as unidades da Regap (Minas Gerais) e Rnest (Pernambuco).
Após a conclusão do pacote de venda do refino, a
Petrobras manterá apenas cinco refinarias em carteira, todas localizadas no
Sudeste, sendo três em São Paulo (Recap, Revap, RPBC e Replan) e uma no Rio de
Janeiro (Reduc). A capacidade de processamento de petróleo ficará fixada em
1,15 milhão de barris/dia, ante o patamar atual de 2,2 milhões de barris/dia.
Fonte: Revista Brasil Energia
Seguros de Grandes Riscos, um mercado em evolução
Thisiani Martins, presidente da Comissão de Riscos Patrimoniais Grandes
Riscos da FenSeg, analisa o crescimento e as transformações dos Seguros de Grandes Riscos
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