2021 e seus riscos pouco seguráveis
07, Jan. 2021
2021 e seus riscos pouco seguráveis
Fonte: Sonho Seguro
A Eurasia, uma das maiores consultorias de risco político
do mundo, acredita que ainda é cedo para se criar expectativas para 2021, que
deve ser atormentado por riscos tanto para a estabilidade quanto para o
crescimento da economia global.
O primeiro deles vem dos EUA. A Eurasia acha que o
cenário-base será de polarização política e desalinhamento global.
Segundo: Covid por um tempo maior do que todos previam.
Terceiro: transição energética. Os compromissos de
redução de emissões de gás carbono ganharão uma relevância ainda maior no mundo
este ano. Será marcada por uma competição acirrada entre os países e por uma
falta de coordenação global, com todas as consequências que isso traz.
Quarto: tensão EUA/China.
Quinto: Protecionismo. A Eurasia acredita que 2021 será
marcado por um crescimento no protecionismo dos governos em relação aos dados
de sua população.
Sexto: Os conflitos cibernéticos vão criar riscos
tecnológicos e geopolíticos sem precedentes.
Sétimo: Turquia. A Eurasia acredita que a solução que o
país adotou foi apenas um band-aid que não vai resistir ao longo de 2021.
Oitavo: Primavera árabe. A Eurasia acredita que o preço
do barril vai continuar baixo, mantendo a pressão em governos que já
enfrentavam instabilidade mesmo antes da covid. Muitos desses países terão que
cortar despesas, prejudicando um setor privado ainda nascente e aumentando o
desemprego, e os protestos devem se intensificar, reduzindo o ritmo das
reformas.
Nono: Sem Merkel. Angela Merkel agora deve focar em
garantir a vitória para seu partido nas eleições de setembro, deixando Emmanuel
Macron sozinho no centro do palco da Europa. O presidente francês não terá a
mesma capacidade de liderar a UE, e a região enfrentará muitos desafios,
comenta a Eurasia.
Décimo: América Latina. Os problemas começam com a demora
na vacinação. Quando a América Latina finalmente emergir da pandemia, vai
enfrentar problemas políticos, sociais e econômicos ainda maiores que antes da
crise. O Oriente Médio é obviamente o maior perdedor do mundo na crise do
coronavírus. Mas a América Latina é claramente o segundo, afirma a Eurasia.
Modelo atual dos fundos de pensão deve ser repensado
Devemos nos esforçar para oferecer aposentadorias de
contribuição definida de qualidade semelhante
Fonte: Financial Times, com tradução do Valor Econômico
Bons fundos de pensão financiam uma boa infraestrutura.
Uma boa infraestrutura sustenta bons fundos de pensão. Essa relação fundamental
só é percebida quando as duas desaparecem – como Estados Unidos, Reino Unido e
vários outros países estão descobrindo. Depois de ter desmantelado em grande
parte os planos corporativos de previdência de benefício definido do passado,
eles agora lutam para transformar planos de previdência individuais,
fragmentados, nos investimentos de longo prazo que seus poupadores e suas
economias exigem. Solucionar isso é vital. E não será fácil
Dada a expectativa de vida das pessoas, a poupança
previdenciária é a fonte natural de capital que pode ser imobilizado por 30, 40
ou 50 anos. Em troca, ela ganha o prêmio que vem de ativos voláteis ou de baixa
liquidez, o que é ainda mais valioso quando as taxas de juro estão baixas. Mas,
como o presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, observou em discurso,
alguma coisa deu errado. Vivemos em uma época em que parece não haver escassez de
poupança agregada, mas o investimento é fraco, disse. Os fundos de pensão do
Reino Unido alocam apenas 3% de seus recursos em ativos não negociados em
bolsas de valores.
O Reino Unido espera resolver esse problema com o
relaxamento das regulamentações, de forma a permitir que fundos de pensão de
contribuição definida, nos quais os indivíduos assumem o risco de investimento,
mantenham mais ativos de baixa liquidez, e tornar mais flexíveis os valores
máximos de comissões para possibilitar investimentos complexos, como os de
infraestrutura. Mas mesmo que essas mudanças não tenham consequências
indesejadas, elas não tratarão do desafio fundamental de um sistema de
previdência fragmentado, em que as decisões recaem sobre os indivíduos e é
difícil vincular suas expectativas de vida aos ativos que possuem.
É hora de considerar uma transformação mais radical, que
saia dos planos de previdência baseados no empregador para veículos grandes e
permanentes que possam despejar dinheiro em infraestrutura e capital privado se
isso fizer sentido. Os fundos de pensão tradicionais para funcionários públicos
e fundos soberanos como Temasek e Government Investment Corporation, de
Cingapura, já fazem isso. Não se trata aqui de quem assume o risco do
investimento, para o bem ou para o mal, a contribuição definida veio para
ficar, mas de como o dinheiro é administrado.
Uma olhada nas opções à minha disposição como funcionário
do Financial Times por meio de seu plano de previdência deixa clara a
dificuldade. Há cerca de 200 diferentes fundos de ações, títulos e
propriedades, de uma variedade de provedores, que são geridos ativa ou
passivamente e cobrem regiões diferentes do mundo. Todos mostram o preço de
mercado de ontem. E é o indivíduo quem tem de escolher.
Isso cria uma série de problemas. As mentes mais
brilhantes do mundo na área de investimento passam os dias na tentativa de
descobrir qual ativo ou região terá desempenho acima da média. Um indivíduo não
tem nenhuma chance, mesmo que possa optar por evitar qualquer alternativa que
pareça arriscada.
Mesmo que houvesse um fundo de infraestrutura, ou um
fundo de capital de risco, e a falta de opções canalizasse os poupadores para
eles, essa estrutura representaria um problema. Os gestores de fundos não têm
ideia de quem são seus investidores ou de quando devem se aposentar. Eles sabem
que o dinheiro é de aposentadoria e, portanto, provavelmente “fixo”, mas ainda
assim precisam proporcionar preços regulares para o fundo e manter
disponibilidade de caixa para o caso de alguns investidores saírem
repentinamente. A estrutura simplesmente não é adequada a investimentos sem
liquidez e de longo prazo, em detrimento de poupadores e economia.
Também vale a pena perguntar se os planos de
aposentadoria baseados no empregador ainda fazem sentido. Quando os
empregadores passaram a assumir o risco de investimento, o arranjo era lógico,
mas hoje tudo o que ele cria é fragmentação. Cada vez que as pessoas mudam de
emprego, pegam novos planos de previdência; planos pequenos têm custos fixos
elevados. Existem economias de escala: quanto menores e mais numerosos os
esquemas, mais se desperdiça e mais difícil é fazer investimentos sofisticados.
Dar a cada um seu plano pessoal de aposentadoria é um erro pela mesma razão.
Consideremos, em vez disso, a seguinte estrutura: o
governo licenciaria um número modesto de planos de previdência sem fins
lucrativos, talvez com base em doações, trustes ou fundos do setor público
existentes. Os empregadores decidiriam o valor de suas contribuições, como
fazem hoje, mas fariam os pagamentos para o plano que o funcionário
selecionasse. O plano decidiria como investir o dinheiro, sujeito às
regulamentações, e os funcionários não poderiam sacar os recursos até se
aposentar.
Este ainda seria um sistema de contribuição definida, mas
funcionaria de forma bem diferente. Os planos de previdência se tornariam
grandes rapidamente, com o que ganhariam economia de escala, custos mais baixos
e recursos para lidar com investimentos sofisticados. Eles saberiam exatamente
quando precisariam pagar as aposentadorias e poderiam planejar sua liquidez de
acordo. A carga para empresas e indivíduos desapareceria. Trata-se de uma
estrutura de investimento de baixo custo e longo prazo.
Isso pode parecer paternalista. Com certeza as pessoas
que desejam gerir os próprios investimentos devem poder fazê-lo. Mas
consideremos também para onde a configuração atual se dirige. A OCDE fez um
alerta recente aos governos contra o uso de recursos de planos de previdência
privada para financiar projetos como os de energia renovável. Há uma demanda
crescente por investimento estatal para construir infraestrutura e por
previdência pública porque a oferta privada é inadequada.
Os velhos planos de previdência de benefício definido
eram grandes instituições econômicas: reservatórios sofisticados de capital
privado com um longo horizonte de investimento. Infelizmente, a segurança que
eles ofereciam aos aposentados não é mais possível. Devemos nos esforçar para
oferecer aposentadorias de contribuição definida de qualidade semelhante.
Susep autoriza mais uma empresa a atuar no setor de
seguros em condições especiais
Fonte: CQCS
A Stone Seguros poderá atuar no modelo Sandbox por três
anos. A portaria com a autorização da Susep foi publicada em 22 de dezembro de
2020. São nove projetos em fase de autorização e propõem novas tecnologias ou
processos inovadores para o mercado de seguros.
A expectativa é que, em breve, as empresas autorizadas
iniciem as operações para comercializar novos produtos. Os seguros que poderão
ser oferecidos incluem tablets, smartphones e dispositivos portáteis; animais
domésticos; residência e estabelecimentos comerciais; automóveis; acidentes
pessoais e funeral.
Haverá oferta de seguros intermitentes assim como seguros
paramétricos para desastres, de acordo com alertas das autoridades públicas de
cada estado.
O sandbox regulatório é um ambiente experimental
constituído com condições especiais, limitadas e exclusivas que não representam
barreiras à inovação. O ambiente tem como objetivo reduzir os custos e
facilitar os processos para os consumidores, com foco na melhoria da
experiência do usuário.
Biden enfim toma posse e tranquiliza mercado
Congresso certifica vitória de Joe Biden para presidente
dos EUA
Câmara e Senado confirmaram o resultado do Colégio Eleitoral,
em que Biden venceu com 306 delegados, contra 232 de Donald Trump
Após um longo atraso por conta da invasão do Capitólio
por manifestantes pró-Donald Trump, o Congresso dos Estados Unidos certificou a
eleição do democrata Joe Biden como o 46º presidente do país. Ele tomará posse
no dia 20 de janeiro.
Em uma sessão conjunta da Câmara dos Representantes e do
Senado, os parlamentares americanos confirmaram por volta das 5h30 (horário de
Brasília, 3h30 de Nova York) desta quinta-feira (7) o resultado que já havia
sido definido pelo Colégio Eleitoral em dezembro, em que Biden venceu com 306
delegados, contra 232 de Donald Trump.
Biden atingiu 271 votos no Colégio Eleitoral, um a mais
do que o necessário para uma vitória na Casa Branca, com a aceitação da lista
de eleitores de Vermont.
Considerada apenas uma formalidade no processo eleitoral
dos EUA, já era esperado que desta vez a certificação da eleição pelo Congresso
poderia ser conturbada, com a expectativa de que aliados de Trump fizessem
objeções para prolongar a sessão conjunta das duas Casas.
O que não se esperava, porém, era que o próprio
presidente ajudaria a inflar manifestantes, que saíram de um comício seu para
irem até o Capitólio, criando o caos e atrasando o processo.
Durante sua fala para apoiadores, que ocorreu antes da
sessão do Congresso, que começou às 15h (horário de Brasília) de quarta (6), o
atual presidente disse que marcharia junto com os manifestantes pelas ruas da
capital americana. Eu estarei com vocês. Vamos andar até o Capitólio e
felicitar nossos bravos senadores e congressistas, disse ele.
Enquanto deputados e senadores discutiam a primeira das
objeções republicanas, envolvendo o resultado do estado do Arizona,
manifestantes subiram as escadas e escalaram as paredes externas do prédio onde
fica o Congresso. Eles entraram no edifício e tiveram diversos confrontos com a
polícia.
Neste momento, o vice-presidente Mike Pence, que também
acumula o cargo de presidente do Senado, anunciou um lockdown do Capitólio. Ele
foi escoltado e retirado do edifício, enquanto que os senadores e deputados
foram levados para locais seguros dentro do prédio principal.
A vice-presidente eleita Kamala Harris, que é senadora,
ficou no Congresso em um local seguro, segundo sua equipe.
A prefeitura de Washington determinou um toque de
recolher das 18h (hora local) de quarta até às 6h de quinta-feira para tentar
acalmar os ânimos.
A polícia confirmou que mais de 25 pessoas foram presas
na cidade de Wasihngton por conta dos protestos. Além disso, uma mulher que foi
baleada dentro do Capitólio e mais três pessoas que sofreram grave ferimentos
acabaram morrendo.
A sessão do Congresso foi retomada por volta das 23h
(horário de Brasília) com a continuidade da discussão da objeção sobre o
Arizona, que acabou rejeitada tanto pela Câmara quanto pelo Senado.
Em seguida, os parlamentares seguiram o rito normal de
certificação do resultado, com senadores retirando algumas das objeções que
pretendiam apresentar. A exceção ficou com a Pensilvânia, que acabou
prolongando o processo, mesmo com senadores e deputados tentando encurtar o debate
para menos das duas horas limites para discussões. Câmara e Senado rejeitaram
as objeções impostas ao resultado eleitoral na Pensilvânia, sendo confirmado o
resultado apresentado pelo colégio eleitoral do Estado.
Mortos e detidos
A invasão do Capitólio começou na tarde da última quarta
após Trump fazer um discurso inflamado, cerca de duas horas antes da sessão do
Congresso começar, pedindo para que seus apoiadores marchassem até o Capitólio
para felicitar nossos senadores e congressistas.
Com o sinal verde para ir à sede do poder legislativo do
país, manifestantes invadiram o prédio quebrando janelas e vandalizando
diversos postos de trabalho de senadores e deputados.
No entanto, a repressão ao protesto não foi violenta e
alguns dos manifestantes chegaram a ser acompanhados pelos agentes para fora do
local.
Segundo informações da imprensa norte-americana, quatro pessoas morreram na invasão, uma mulher já foi identificada como uma das invasoras do prédio, e os outros três (uma mulher e dois homens) não foram identificados ainda. Outras 52 pessoas foram presas e 14 membros da segurança do Capitólio ficaram feridos.
Fonte: InfoMoney
Caminhoneiros convocam paralisação para 1º de fevereiro
Assembleia do Conselho Nacional de Transporte Rodoviário
de Cargas (CNTRC), realizada nesta terça-feira, decidiu pela paralisação geral
da categoria, em todo o Brasil, em 1º de fevereiro. Os motoristas protestam
contra o alto valor dos combustíveis.
Outra reivindicação é a regulamentação do piso mínimo de
frete para o transportador autônomo. Também estão na pauta dos protestos o
projeto conhecido como BR do Mar, aposentadoria especial, marco regulatório do
transporte e uma fiscalização mais atuante da Agência Nacional de Transportes
Terrestres (ANTT).
O lema dos caminhoneiros é nas rodovias, só vai passar ônibus e carro pequeno; caminhão não passa. Apesar da decisão, a categoria é dividida em muitas entidades e movimentos, o que não garante sucesso da paralisação. Muitos caminhoneiros continuam fiéis ao presidente Bolsonaro, apesar da elevada inflação e do preço do diesel.
Fonte: Monitor Mercantil
A superação da pandemia ainda distante
China registra o maior número de novos casos de covid-19
desde julho
Fonte: AFP
A China reportou, nesta quinta-feira (7), 63 novas
infecções por covid-19 nas últimas 24 horas, um recorde desde julho, enquanto
as autoridades tentam conter um surto de coronavírus que apareceu na região que
faz fronteira com Pequim.
O país, onde o novo coronavírus surgiu há um ano,
erradicou amplamente a epidemia desde a primavera (boreal) graças a controles
rígidos sobre viagens, uso generalizado da máscara, medidas de confinamento e
aplicativos de rastreamento.
Mas nos últimos dias o saldo oficial de infecções tem
aumentado, embora ainda seja muito inferior aos registrados no exterior.
A maioria dos novos casos foi registrada em Shijiazhuang,
capital da província de Hebei, que circunda Pequim (51 infecções, às quais se
somam 69 casos assintomáticos).
Todas as escolas do município, cujo vasto território tem
11 milhões de habitantes, foram fechadas.
As estradas principais que levam a Shijiazhuang,
localizada cerca de 300 km ao sul da capital, foram fechadas e os ônibus
intermunicipais não estão trafegando para evitar que o vírus se espalhe para
fora da cidade.
Por razões sanitárias, a principal estação ferroviária de
Shijiazhuang foi fechada e os viajantes não podem mais entrar, de acordo com a
televisão pública CCTV.
A rede já havia mostrado imagens de pessoal médico em
roupas de proteção em uma das estações de trem de Shijiazhuang, ao lado de
viajantes.
Fiz um teste ontem à noite, mas ainda não tenho os
resultados. Sem ele, não posso deixar a cidade, explicou uma jovem entrevistada
pela CCTV.
Segundo dados oficiais, a China registrou 4.634 mortes e mais de 87.000 infecções, a grande maioria delas em Wuhan (centro), desde o início da epidemia.
Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:
https://www.revistaapolice.com.br/2020/12/edicao-261/
https://www.revistacobertura.com.br/2020/12/21/edicao-227/
https://revistaseguradorbrasil.com.br/edicao-163/
https://revistasegurototal.com.br/wp-content/uploads/2020/12/segurototal_ed213.pdf
http://insurancecorp.com.br/pt/content/pdf/ic_ed33_2020.pdf
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