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Economia & Seguro = Impacto Inversamente Proporcional

14, Jan. 2021

Desempenho da economia impacta os seguros de modo diverso

Fonte: Sonho Seguro / CNSeg

Destaque positivo para Danos e Responsabilidades com avanço de 5,7% no acumulado do ano. Se comparado ao mês de outubro de 2020, o setor de seguros cresce 2,8% em novembro. Seguro de Automóveis apresenta alta de 3,9% em novembro sobre o mesmo mês de 2019. Seguro rural cresceu 31,1% nos 11 meses do ano

A análise de desempenho do setor segurador realizada pela CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras) mostra que a arrecadação de prêmios totalizou R$ 242,9 bilhões no acumulado do ano até novembro, decréscimo de 0,2% comparando-se com o mesmo período de 2019. Nessa comparação, as apólices de Danos e Responsabilidades puxaram o mercado para cima, com avanço de 5,7%. O viés de baixa setorial prevaleceu em virtude da retração do segmento de Cobertura de Pessoas (-2,3%) e dos Títulos de Capitalização (-3,5%). Já na análise de 12 meses móveis fechados em novembro, a arrecadação foi de R$ 269,6 bilhões, alta de 0,8%, em relação ao último período equivalente encerrado em novembro de 2019. No mês de novembro último, a receita total foi de R$ 22,9 bilhões, evolução de 0,2% sobre o mesmo mês de 2019, e de 2,8% na margem (sobre outubro).

Confirmando o histórico desde 2018, a crise recessiva impacta de modo diverso os diferentes ramos de seguros, eles mesmos caudatários do comportamento da produção, da renda e do emprego nos segmentos da economia demandantes de seguros, de previdência privada e de capitalização, analisa o Presidente da CNseg, Marcio Coriolano, em editorial da edição nº 36 da Conjuntura CNseg, publicada pela Confederação Nacional das Seguradoras, disponível na íntegra em www.cnseg.org.br 

Carro-chefe do segmento de Danos e Responsabilidades, o seguro de Automóveis apresentou alta de 3,9% em novembro sobre o mesmo mês do ano passado, totalizando R$ 3 bilhões em prêmios. Contribuiu de forma significativa para a produção mensal de prêmios nesse segmento, que alcançou R$ 6,6 bilhões em novembro, salto de 11,5% sobre o mesmo mês do ano anterior. Mesmo assim, a carteira de Automóveis teve perda no acumulado do ano, de 3%, em relação à igual período de 2019. E de 2,5% na média de 12 meses encerrados em novembro, quando comparado ao período equivalente encerrado em novembro do ano passado. De janeiro a novembro de 2020, a receita do seguro Automóveis alcançou R$ 31,7 bilhões e, o segmento de Danos e Responsabilidades como um todo, R$ 71,1 bilhões. 

Algumas modalidades apresentaram um comportamento extraordinário em termos de arrecadação no acumulado do ano. Entre os exemplos, Marítimos e Aeronáuticos, com alta de 45,5%; Rural, 31,1%; Responsabilidade Civil, 20,8%; Crédito e Garantia, 15,6%; Patrimonial, 10,3%; e Habitacional, 7,8%.

No segmento de Cobertura de Pessoas, embora tenha crescido 8,9% comparativamente ao mês anterior, perdeu arrecadação equivalente a 3,8% contra o mesmo mês de novembro do ano passado, acabando então por apresentar taxa negativa de 2,3% no acumulado de janeiro a novembro. 

Dada a participação de mercado, R$ 151 bilhões no acumulado do ano (mais do que o dobro da de Danos e Responsabilidades), o desempenho das apólices de Pessoas afeta o resultado geral. Se no conjunto de Planos de Risco (Vida, Prestamista, Viagem, entre outros), a taxa acumulada positiva, agora de 4,4%, os Planos de Acumulação (VGBL e PGBL) acumularam perda de 4,5% no ano. 

Já o segmento de Capitalização, com arrecadação até novembro de R$ 20,9 bilhões, houve avanço nas receitas no mês, de 4,4%, mas perdas nominais líquidas de 3,8% comparado com idêntico mês de 2019 e de 3,5% no período acumulado de janeiro a novembro.

No acumulado do ano contra o do ano anterior então a tendência também deverá ser de estabilidade e caso haja crescimento incremental de 2% de dezembro contra dezembro de 2019, o ano fechará no mesmo patamar nominal de arrecadação, avalia Marcio Coriolano.

Nesta edição, duas seções, Economia Brasileira e Análise de Desempenho, aprofundam uma visão das conexões entre a economia e o setor de seguros. O texto da conjuntura econômica destaca que os estímulos fiscais concedidos colaboraram para uma queda menos pronunciada do PIB em 2020, de 10% para algo abaixo de 5%, mas produzem o risco de reduzir o crescimento potencial nos próximos anos, ao impactar as contas públicas, que são o maior problema do País.

A busca de reequilíbrio fiscal, diz o estudo, dependerá de um cronograma assertivo de diversas reformas, e, sobretudo, de um programa de vacinação em massa tempestivo.  Mesmo com uma segunda onda da Covid-19, em curso em diversas nações do mundo, a extensão das medidas emergenciais podem ser decisivas a curto prazo, mas podem comprometer o crescimento futuro. Ou seja, quanto maior o estímulo, menor tende a ser a projeção de crescimento ao longo do tempo.

De certo modo, os movimentos cíclicos da economia são reproduzidos no desempenho do seguro.  É o que demonstra a nova Análise de Mercado, ao se debruçar sobre os números do setor em novembro.  O resultado de novembro, mesmo tendo crescido apenas 0,2% sobre o mesmo mês de 2019, é um sinal importante de que a arrecadação de prêmios está mais perto de fechar o ano estável, uma notícia positiva em um 2020 em que a grande maioria das atividades econômicas marcha para fechar no vermelho, dada a intensidade da crise gerada pela pandemia.

IRB+Inteligência e o mercado segurador

Em novembro de 2020, o crescimento foi de 10% em relação ao mesmo período de 2019, totalizando cerca de R$ 10,5 bilhões

Fonte: Sonho Seguro

O Sonho Seguro destaca que o mercado segurador registrou alta no faturamento (prêmios emitidos) pelo sexto mês consecutivo. Em novembro de 2020, o crescimento foi de 10% em relação ao mesmo período de 2019, totalizando cerca de R$ 10,5 bilhões. É o que aponta o Boletim IRB+Mercado, relatório divulgado pelo IRB+Inteligência, serviço de inteligência de dados do IRB Brasil RE.

O crescimento acumulado de janeiro a novembro de 2020 fechou em 4,9%, totalizando R$ 112,2 bilhões em prêmios emitidos em seguros. Responsável por 37% do faturamento total do mercado, o segmento de seguros de Vida teve variação positiva de 4,2% na comparação entre os acumulados de 2020 e 2019: alta de R$ 1,6 bilhão. Só em novembro, o faturamento desse ramo chegou a R$ 4 bilhões.

O índice que mede a proporção entre as despesas com sinistros ocorridos e o faturamento alocado no mês de novembro de 2020 apresentou aumento de 4,3 pontos percentuais na comparação com novembro de 2019. Porém, no acumulado do ano, segundo o Boletim IRB+Mercado, o índice de sinistralidade apresentou melhora com o recuo de 1,6 ponto percentual.

Novembro foi mais um mês excepcional para o mercado segurador, em que o faturamento cresceu 10%, ratificando a tendência de melhora macroeconômica do país, avalia o CEO e presidente do Conselho de Administração do IRB Brasil RE, Antonio Cassio dos Santos.

O Boletim IRB+Mercado resume as operações de seguros e resseguros a partir dos dados públicos disponibilizados pela Susep no fim de dezembro, com foco nos seguros de danos, responsabilidades e pessoas. A terceira edição também lista os cinco maiores grupos seguradores por linha de negócios. A análise, que é publicada mensalmente, está disponível, na íntegra, no site da companhia (http://www.irbre.com).

No mesmo endereço, o IRB oferece ainda um painel de dados interativo, que permite fazer consultas dinâmicas aos dados. O Dashboard IRB+Mercado Segurador, como é chamado, foi desenvolvido pelo ressegurador, é gratuito, de fácil acesso e traz informações de todo o setor.

O Novo DPVAT

Fonte: CQCS

O CNSP aprovou, através da Resolução 403/21, publicada nesta terça-feira (12/01), o estatuto do fundo do seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não (FDPVAT).

A finalidade exclusiva do fundo será custear o pagamento de indenizações por acidentes de trânsito ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2021, envolvendo veículos automotores de via terrestre, em território nacional, seja ao motorista, passageiro ou pedestre, até o limite do seu patrimônio, bem como sua gestão e operacionalização, visando a garantir a continuidade das coberturas de riscos previstas na Lei 6.194/74 (que criou o seguro DPVAT).

Caberá à Susep adotar as medidas necessárias à publicidade do estatuto, inclusive com os dados referentes à instituição contratada para realizar a gestão e a operacionalização das indenizações do seguro DPVAT.

O fundo será constituído pelo prazo necessário para cumprimento de suas obrigações, sendo de regime privado, sem personalidade jurídica e com patrimônio próprio, separado do patrimônio da Administradora, estando sujeito a direitos e obrigações próprias.

O patrimônio do FDPVAT será formado por recursos oriundos da transferência realizada pelo Consórcio DPVAT e já aprovada pelo CNSP; e dos rendimentos obtidos com a aplicação dos seus recursos financeiros.

Na hipótese de necessidade de ajustes nos recursos transferidos pelo Consórcio DPVAT, a Susep poderá, após aprovação do CNSP, determinar a transferência de recursos do FDPVAT ao Consórcio DPVAT, ou vice-versa, a fim de fazer frente aos ajustes necessários.

O FDPVAT terá direitos e obrigações próprios, pelos quais responderá com seu patrimônio até o limite de seus bens e direitos, não respondendo a Administradora por quaisquer de suas obrigações.

O patrimônio do FDPVAT será contábil, administrativa e financeiramente segregado, para todos os fins, do patrimônio da Administradora, de forma que, encerrados seus ativos, não haverá mais qualquer outra obrigação a ser adimplida.

Outro ponto importante é que o FDPVAT não contará com qualquer tipo de garantia ou aval por parte do setor público e responderá por suas obrigações até o limite dos bens e direitos integrantes de seu patrimônio.

O FDPVAT será administrado, gerido e representado judicial e extrajudicialmente por uma instituição que está sendo contratada pela Susep.

Esse administradora deverá dispor dos ativos do FDPVAT em conformidade com as diretrizes fixadas neste estatuto e realizar a gestão, a avaliação, o acompanhamento e as diligências decorrentes das solicitações de indenizações.

A ela também caberá representar o FDPVAT, ativa ou passivamente, judicial ou extrajudicialmente, nos limites do contrato firmado com a Susep; zelar pelo equilíbrio entre os ativos do FDPVAT e suas obrigações, mitigando riscos financeiros; deliberar sobre a gestão e alienação dos bens e direitos do FDPVAT, zelando pela manutenção de sua rentabilidade e liquidez, na forma autorizada em contrato firmado com a Susep; e manter custodiados, em instituição prestadora de serviços de custódia devidamente autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM, os títulos e valores mobiliários de titularidade do FDPVAT; além de elaborar as demonstrações contábeis e financeiras semestralmente, com as manifestações da Auditoria Independente, e submetê-las à Susep.

É vedado à administradora, em relação à gestão do patrimônio do FDPVAT, negociar ativos do fundo desnecessariamente, com a finalidade de aumentar sua remuneração; prestar fiança, aval, aceite ou coobrigar-se sob qualquer forma, exceto conforme disposto neste estatuto; realizar operações que caracterizem situação de conflito de interesse de seu conhecimento, exceto na condição de credor de operações garantidas pelo fundo; e onerar, sob qualquer forma, os ativos do FDPVAT, exceto conforme disposto neste estatuto.

A Administradora receberá, pelos serviços de gestão e administração do Fundo e de operacionalização dos pagamentos das indenizações, a remuneração prevista em contrato firmado com a Susep.

DISSOLUÇÃO.

De acordo com o estatuto, a dissolução do FDPVAT ficará condicionada à prévia quitação da totalidade dos débitos garantidos, limitado ao seu patrimônio, devendo ser constituídas as provisões técnicas adequadas para fazer frente às despesas e custos da Administradora e para a liquidação de valores referentes a processos administrativos e judiciais e as respectivas indenizações no período em que perdurarem os compromissos decorrentes dos eventos ocorridos durante o período de vigência (run-off).

Dissolvido o FDPVAT, a forma de distribuição dos seus recursos remanescentes será definida pelo CNSP, observadas suas finalidades legais, com base na situação patrimonial na data da dissolução.

VALORES

Em outra norma publicada nesta terça-feira, a Resolução 402/21, o CNSP aprovou o valor de R$ 4.127.768.723,96 como resultado da diferença entre os valores das provisões técnicas do balanço do Consórcio do Seguro DPVAT e o valor necessário para o pagamento de suas obrigações referentes aos sinistros ocorridos até 31 de dezembro de 2020.

Saiba qual é o melhor seguro para cada tipo de transporte de carga

Embora existam apólices mais generalistas, que fazem a proteção de diversos segmentos de cargas, também há seguros específicos para algumas modalidades

Contratar um seguro para o transporte de carga é uma forma de minimizar os transtornos, além de manter as atividades da empresa com mais segurança e garantir a entrega. No entanto, embora existam seguros mais generalistas, que fazem a proteção de diversos segmentos de cargas, também há seguros específicos para algumas modalidades. Pensando em auxiliar as transportadoras e os embarcadores, o Porto Seguro Transportes lista os seguros para cada tipo de transporte de carga.

De acordo com Rose Matos, gerente da companhia, o seguro mais específico é o de cargas perigosas. Para quem transporta cargas de risco ao meio ambiente, ter um seguro de responsabilidade civil ambiental é fundamental, diante do risco exposto tanto para o dono da mercadoria e transportador da carga, quanto para a população e meio ambiente, alerta. Na Porto Seguro, por exemplo, há o seguro Responsabilidade Civil Ambiental Transportes, que garante danos pessoais e danos materiais causados a terceiros; despesas de limpeza resultantes de condições de poluição da carga transportada; custos de monitoramento, remoção de contaminação do solo, águas de superfície e lençóis freáticos.

Há também seguros específicos para transportadores, como o RCTR-C (Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga), que é obrigatório conforme Decreto Lei nº 73/1966. Ele cobre danos às mercadorias causados por acidentes decorrentes de colisão, capotagem, abalroamento (choque ou colisão de embarcação contra um obstáculo) e tombamento. Outro seguro destinado às transportadoras é o RCF-DC (Responsabilidade Civil Facultativa por Desaparecimento de Carga), que indeniza o prejuízo em caso de roubo ou desaparecimento da carga. Como esses seguros são destinados aos transportadores, não há especificação para segmentos de cargas, informa Rose.

Além dos seguros convencionais, na seguradora há o Transportes Mais Simples, destinado ao micro e pequeno empresário (donos de mercadorias). Esse é contratado em sua maioria pelos segmentos de combustíveis, têxteis, alimentos, construção e autopeças, analisa a executiva. A vantagem desse seguro é que o custo é aplicado de acordo com o segmento da mercadoria e não considera a origem e o destino da carga, tornando-se mais acessível, complementa.

Também há a opção do Transportes Embarcador, com coberturas específicas para as empresas embarcadoras. É indicado para os segmentos de indústria, comércio e serviços, abrangendo transporte rodoviário ou aéreo. Já as empresas de médio e grande porte podem contar com o Transportes Embarcador Programável, um seguro que proporciona previsibilidade financeira ao cliente com averbação (comunicação de embarques) trimestral e parcelamento do prêmio em 10 vezes sem juros, além de contar com taxas competitivas.

Há ainda o Transporte Internacional, que proporciona atendimento e coberturas para as cargas nas operações de importação, exportação, tradings e despachantes aduaneiros.

No momento de contratação do seguro ou na manutenção do contrato, a gerente alerta para a importância da participação do corretor, que auxiliará na escolha do seguro que mais se adequa as necessidades do transportador e/ou embarcador. Eles são responsáveis por acompanhar o processo, a fim de obter informações sobre a possibilidade de risco que o transporte possa ter. Com isso, conseguimos atender de acordo com as necessidades do cliente e garantir a segurança do produto até o destino final, conclui.

Fonte: Revista Apólice

Associação diz que greve dos caminhoneiros no dia 1º pode ser maior que em 2018

Fonte: Reuters

A greve dos caminhoneiros, prevista para o próximo dia 1º de fevereiro, vem crescendo em adesões e, de acordo com o presidente da Associação Nacional do Transporte Autônomos do Brasil (ANTB), José Roberto Stringasci, poderá ser maior do que a realizada em 2018, devido ao grau crescente de insatisfação da categoria, principalmente em relação ao preço do diesel e às promessas não cumpridas após a histórica greve no governo Temer.

Integrante do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), que na semana passada já alertou para a possibilidade de uma paralisação nacional, a ANTB representa cerca de 4,5 mil caminhoneiros, e não vê problema de realizar uma greve em plena pandemia.

A pandemia nunca foi problema. A categoria trabalhou para cima e para baixo durante a pandemia. Muitos caminhoneiros ficaram com fome na estrada com os restaurantes fechados, mas nunca parou, afirma Stringasci.

Segundo ele, a alta do preço do diesel é o principal motivador da greve, mas conquistas obtidas na paralisação de 2018, que chegou a prejudicar o abastecimento em várias cidades, também estão na lista de dez itens que estão sendo reivindicados ao governo para evitar a greve.

Esse (diesel) é o principal ponto, porque o sócio majoritário do transporte nacional rodoviário é o combustível (50% a 60% do valor da viagem) Queremos uma mudança na política de preço dos combustíveis, informa.

Ainda monopólio da Petrobras, a produção de combustíveis no Brasil passou por mudanças em 2016, quando foi instituído o PPI (Preço e Paridade de Importação), praticado até hoje. Na época, os reajustes eram praticamente diários, seguindo a flutuação do mercado internacional, mas agora obedecem apenas a lógica da paridade, sem prazo determinado.

A Petrobras não foi criada para gerar riqueza para meia dúzia, a Petrobras é nossa e tem que ajudar o povo brasileiro e o Brasil, afirma Stringasci. Queremos preços nacionais para os combustíveis, com reajuste a cada seis meses ou um ano. Essa é uma das maiores lutas nossas desde 2018, e até antes, e até hoje, destaca.

Outras reivindicações são o preço mínimo de frete, parado no Supremo Tribunal Federal (STF), após um recurso do agronegócio, e a implantação do Código Identificador de Operação de Transporte (Ciot), duas conquistas de 2018.

Para resolver a questão e evitar uma greve, os caminhoneiros querem uma reunião com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, que recebeu o apoio da categoria nas eleições de 2018.

A categoria apoiou ele em 100% praticamente nas eleições. Então agora exige a presença dele na reunião, explica.

Stringasci diz que a greve já tem 70% de apoio da categoria e de parte da população, diante de preços em alta não apenas no diesel, mas em outros combustíveis, alimentos e outros itens que elevaram a inflação em 2020.

Eu creio que a greve pode ser igual a 2018. A população está aderindo bem, os pequenos produtores da agricultura familiar também. Se não for igual, eu creio que vai ser bem mais forte do que 2018, alerta.

Ameaças de golpes virtuais quase quintuplicaram, aponta estudo

O uso mais intenso da internet durante a quarentena fez disparar as tentativas de fraudes e golpes virtuais

Fonte: Agência Estado

O uso mais intenso da internet durante a quarentena fez disparar as tentativas de fraudes e golpes virtuais. Dados da Apura Cybersecurity Intelligence, empresa especializada em segurança digital, apontam alta de 394% nas ameaças eletrônicas, na comparação com 2019. Para 2021, a empresa alerta que a entrada do 5G e do Pix, o novo sistema de pagamentos, demanda atenção dos usuários.

Um relatório da empresa sobre as ameaças detectadas no ano passado contabiliza vazamentos de 958 mil CPFs, 592 mil cartões internacionais, 262 mil cartões nacionais e 220 milhões de credenciais de acesso, como senhas. Como ameaça, a empresa considera todos os indícios de crimes detectados por seus sistemas que vasculham a internet como um todo, de redes sociais à deep web. Ao todo, foram 272 milhões de ameaças apontadas.

Para este ano, há uma crescente preocupação entre especialistas sobre o impacto do 5G no mundo do cibercrime. A tecnologia deve aumentar a quantidade de pessoas e de dispositivos conectados à internet, como equipamentos inteligentes para automatização de casas.

Esses aparelhos inteligentes, se vulneráveis, são usados por hackers para formação de botnets, redes de dispositivos zumbis usadas para ataques de sobrecarga. Uma rede como essa, com equipamentos no Brasil, nos EUA e na Nova Zelândia, foi utilizada para gerar instabilidade em serviços do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 15 de novembro.

É a mesma questão da pandemia, com mais gente e mais dispositivos conectados, mais gente suscetível e vulnerável. Com relação ao Pix, o raciocínio é o mesmo. Começou forte no Brasil. Estamos de olho em grupos de fraudadores. Quanto mais gente utiliza, maior o interesse deles, disse Maurício Paranhos, diretor de operações da Apura.

As tentativas de golpe na pandemia consolidaram o Brasil como um dos países com mais ocorrência de phishing no mundo. O crime consiste na tentativa de enganar as pessoas para que elas compartilhem dados confidenciais, como senhas e números de cartão de crédito. O golpe costuma se dar por e-mails e mensagens com links maliciosos falsamente atribuídos a grandes organizações.

O phishing foi uma das fraudes mais comuns dentre as detectadas pela Apura (14%). Também tiveram destaque a criação de perfis falsos (28,9%), a manipulação de dados bancários (19,8%) e o vazamento de cartões de créditos (15,1%).

Alvo

Em 2020, o Brasil se tornou alvo de hackers. Para além dos ataques com alta repercussão contra TSE, Superior Tribunal de Justiça (STJ), Embraer e outros órgãos, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência registrou 24 mil notificações de ameaças em órgãos públicos. Mais do que dobrou a quantidade de vulnerabilidades encontradas em órgãos públicos, de 1.201 para 2.519, de 2019 a 2020.

As ações hackers causam transtornos a usuários de internet e são atividades altamente lucrativas para cibercriminosos. Segundo a Apura, operadores de ransomware, espécie de vírus similar ao utilizado contra o STJ, tiveram lucro de mais de US$1 bilhão em 2020.

Os recursos são arrecadados com pedidos de resgates de dados sensíveis sequestrados por criminosos. Há no mundo ao menos 15 gangues especializadas nesse tipo de ataques.

Pouco após a ação contra a STJ, as primeiras informações, atribuídas à PF, davam conta de que os atacantes teriam pedido resgate para devolver dados que foram roubados e criptografados. Na quinta-feira, a Corte informou ao Estadão que não houve requisição de valores.

Na hipótese de restar comprovada a inexistência da extorsão, o fato pode reduzir ainda mais o leque de crimes nos quais os responsáveis pelo ataque, considerado pelo próprio STJ o pior ataque cibernético já empreendido contra uma instituição pública brasileira, em termos de dimensão e complexidade, poderão ser enquadrados. Hoje, os principais dispositivos previstos na legislação para invasão de sistemas informáticos estabelecem não mais do que um ano de detenção.

No início de novembro, o ataque hacker paralisou o julgamento de ao menos 12 mil processos do STJ por uma semana. Os criminosos ganharam acesso, inclusive, a dados de processos sigilosos. Ainda não há clareza sobre a extensão e consequências do ataque. Questionado sobre os impactos, a Corte informou apenas que a situação poderá ser melhor elucidada após a conclusão do inquérito que tramita em sigilo na Polícia Federal.

Tarifas residenciais de energia serão majoradas em 2021

Fonte: Megawhat Energy 

A TR Soluções divulgou projeção de aumento médio de 14,5% para as tarifas residenciais em 2021. Para o cálculo, a empresa de tecnologia utilizou o Serviço para Estimativa de Tarifas de Energia (SETE), que considera dados de todas as 53 distribuidoras do país, além de sete permissionárias.

O maior aumento esperado é na parcela que corresponde ao serviço de distribuição de energia elétrica, com alta de 15,5%, representando 4,5 pp da alta média. Esse aumento do custo do serviço de distribuição é fortemente pressionado pelo IGP-M, que ficou em 23,14% no ano passado. Nesse sentido, a TR Soluções destaca que uma parte das distribuidoras têm suas receitas reajustadas pelo IGP-M e a outra parte pelo IPCA (que fechou o ano em 4,52%).

Em segundo lugar, colaboram para o aumento os custos com a compra de energia, com aumento de 9,5% em relação a 2020. Neste caso, o aumento ocorre pelo fato de que a maior parte dos custos financeiros que as empresas teriam repassado às tarifas em 2020, em decorrência da sobrecontratação de energia e da queda do mercado, ter sido coberto pelo empréstimo associado à Conta-Covid e o seu pagamento, em cinco parcelas, ter início em 2021.

Por fim, destacam-se os custos associados ao serviço de transmissão de energia. Isso porque as empresas que passam por evento tarifário no primeiro semestre de 2021 devem ter reconhecido nas tarifas o aumento aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em julho de 2020, que elevou a receita de transmissão para o segmento de consumo em mais que 44,5%, tendo passado de R$ 10,4 bilhões para R$ 15 bilhões.

Empresários cobram início da vacinação, e governo desconversa

Capitaneados pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), 30 empresários, entre eles pesos-pesados como André Gerdau, Juliana Azevedo, Luiz Carlos Trabuco e Wesley Batista Filho, participaram de videoconferência com os ministros da Casa Civil, Braga Netto, e das Comunicações, Fábio Faria, além do secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco.

A pauta do encontro do Conselho Diálogo pelo Brasil da Fiesp era clara: cobrar do governo o início da vacinação. Os empresários se convenceram de que somente a campanha poderá dar tranquilidade para se pensar na recuperação da economia do país.

O resultado foi decepcionante. O governo não definiu qual será o Dia D e a Hora H do início da vacinação contra a Covid-19. Reafirmaram apenas que será em janeiro.

Apesar da falta de novidades, houve quem saísse otimista. Um empresário que preferiu que sua identidade não fosse revelada falou a um jornal que o governo já tem encomendadas 500 milhões de doses de vacinas, que serão suficientes para a imunização de toda a população mais de uma vez.

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, lembrou aos representantes do governo que os empresários estão à disposição para ajudar o país neste momento, como tem sido desde o início da pandemia. Foi a oportunidade para oferecerem a compra de vacinas para os funcionários e parentes, doando o mesmo número de unidades compradas para cada família ao governo. Algo similar à tentativa de Supremo e Superior Tribunal de furar a fila da vacinação.

Fonte: Monitor Mercantil

Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:

https://www.revistaapolice.com.br/2020/12/edicao-261/ 

https://www.revistacobertura.com.br/2020/12/21/edicao-227/ 

https://revistaseguradorbrasil.com.br/edicao-163/ 

https://revistasegurototal.com.br/wp-content/uploads/2020/12/segurototal_ed213.pdf 

http://insurancecorp.com.br/pt/content/pdf/ic_ed33_2020.pdf