Economia & Seguro = Impacto Inversamente Proporcional
14, Jan. 2021
Desempenho da economia impacta os seguros de modo diverso
Fonte: Sonho Seguro / CNSeg
Destaque positivo para Danos e Responsabilidades com
avanço de 5,7% no acumulado do ano. Se comparado ao mês de outubro de 2020, o
setor de seguros cresce 2,8% em novembro. Seguro de Automóveis apresenta alta
de 3,9% em novembro sobre o mesmo mês de 2019. Seguro rural cresceu 31,1% nos
11 meses do ano
A análise de desempenho do setor segurador realizada pela
CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras) mostra que a arrecadação de
prêmios totalizou R$ 242,9 bilhões no acumulado do ano até novembro, decréscimo
de 0,2% comparando-se com o mesmo período de 2019. Nessa comparação, as
apólices de Danos e Responsabilidades puxaram o mercado para cima, com avanço
de 5,7%. O viés de baixa setorial prevaleceu em virtude da retração do segmento
de Cobertura de Pessoas (-2,3%) e dos Títulos de Capitalização (-3,5%). Já na
análise de 12 meses móveis fechados em novembro, a arrecadação foi de R$ 269,6
bilhões, alta de 0,8%, em relação ao último período equivalente encerrado em
novembro de 2019. No mês de novembro último, a receita total foi de R$ 22,9
bilhões, evolução de 0,2% sobre o mesmo mês de 2019, e de 2,8% na margem (sobre
outubro).
Confirmando o histórico desde 2018, a crise recessiva
impacta de modo diverso os diferentes ramos de seguros, eles mesmos caudatários
do comportamento da produção, da renda e do emprego nos segmentos da economia
demandantes de seguros, de previdência privada e de capitalização, analisa o
Presidente da CNseg, Marcio Coriolano, em editorial da edição nº 36 da
Conjuntura CNseg, publicada pela Confederação Nacional das Seguradoras,
disponível na íntegra em www.cnseg.org.br
Carro-chefe do segmento de Danos e Responsabilidades, o
seguro de Automóveis apresentou alta de 3,9% em novembro sobre o mesmo mês do
ano passado, totalizando R$ 3 bilhões em prêmios. Contribuiu de forma
significativa para a produção mensal de prêmios nesse segmento, que alcançou R$
6,6 bilhões em novembro, salto de 11,5% sobre o mesmo mês do ano anterior.
Mesmo assim, a carteira de Automóveis teve perda no acumulado do ano, de 3%, em
relação à igual período de 2019. E de 2,5% na média de 12 meses encerrados em
novembro, quando comparado ao período equivalente encerrado em novembro do ano
passado. De janeiro a novembro de 2020, a receita do seguro Automóveis alcançou
R$ 31,7 bilhões e, o segmento de Danos e Responsabilidades como um todo, R$
71,1 bilhões.
Algumas modalidades apresentaram um comportamento
extraordinário em termos de arrecadação no acumulado do ano. Entre os exemplos,
Marítimos e Aeronáuticos, com alta de 45,5%; Rural, 31,1%; Responsabilidade
Civil, 20,8%; Crédito e Garantia, 15,6%; Patrimonial, 10,3%; e Habitacional,
7,8%.
No segmento de Cobertura de Pessoas, embora tenha
crescido 8,9% comparativamente ao mês anterior, perdeu arrecadação equivalente
a 3,8% contra o mesmo mês de novembro do ano passado, acabando então por
apresentar taxa negativa de 2,3% no acumulado de janeiro a novembro.
Dada a participação de mercado, R$ 151 bilhões no
acumulado do ano (mais do que o dobro da de Danos e Responsabilidades), o
desempenho das apólices de Pessoas afeta o resultado geral. Se no conjunto de
Planos de Risco (Vida, Prestamista, Viagem, entre outros), a taxa acumulada
positiva, agora de 4,4%, os Planos de Acumulação (VGBL e PGBL) acumularam perda
de 4,5% no ano.
Já o segmento de Capitalização, com arrecadação até
novembro de R$ 20,9 bilhões, houve avanço nas receitas no mês, de 4,4%, mas
perdas nominais líquidas de 3,8% comparado com idêntico mês de 2019 e de 3,5%
no período acumulado de janeiro a novembro.
No acumulado do ano contra o do ano anterior então a
tendência também deverá ser de estabilidade e caso haja crescimento incremental
de 2% de dezembro contra dezembro de 2019, o ano fechará no mesmo patamar
nominal de arrecadação, avalia Marcio Coriolano.
Nesta edição, duas seções, Economia Brasileira e Análise
de Desempenho, aprofundam uma visão das conexões entre a economia e o setor de
seguros. O texto da conjuntura econômica destaca que os estímulos fiscais
concedidos colaboraram para uma queda menos pronunciada do PIB em 2020, de 10%
para algo abaixo de 5%, mas produzem o risco de reduzir o crescimento potencial
nos próximos anos, ao impactar as contas públicas, que são o maior problema do
País.
A busca de reequilíbrio fiscal, diz o estudo, dependerá
de um cronograma assertivo de diversas reformas, e, sobretudo, de um programa
de vacinação em massa tempestivo. Mesmo
com uma segunda onda da Covid-19, em curso em diversas nações do mundo, a
extensão das medidas emergenciais podem ser decisivas a curto prazo, mas podem
comprometer o crescimento futuro. Ou seja, quanto maior o estímulo, menor tende
a ser a projeção de crescimento ao longo do tempo.
De certo modo, os movimentos cíclicos da economia são
reproduzidos no desempenho do seguro. É
o que demonstra a nova Análise de Mercado, ao se debruçar sobre os números do
setor em novembro. O resultado de
novembro, mesmo tendo crescido apenas 0,2% sobre o mesmo mês de 2019, é um
sinal importante de que a arrecadação de prêmios está mais perto de fechar o
ano estável, uma notícia positiva em um 2020 em que a grande maioria das
atividades econômicas marcha para fechar no vermelho, dada a intensidade da
crise gerada pela pandemia.
IRB+Inteligência e o mercado segurador
Em novembro de 2020, o crescimento foi de 10% em relação
ao mesmo período de 2019, totalizando cerca de R$ 10,5 bilhões
Fonte: Sonho Seguro
O Sonho Seguro destaca que o mercado segurador registrou
alta no faturamento (prêmios emitidos) pelo sexto mês consecutivo. Em novembro
de 2020, o crescimento foi de 10% em relação ao mesmo período de 2019,
totalizando cerca de R$ 10,5 bilhões. É o que aponta o Boletim IRB+Mercado,
relatório divulgado pelo IRB+Inteligência, serviço de inteligência de dados do
IRB Brasil RE.
O crescimento acumulado de janeiro a novembro de 2020
fechou em 4,9%, totalizando R$ 112,2 bilhões em prêmios emitidos em seguros.
Responsável por 37% do faturamento total do mercado, o segmento de seguros de
Vida teve variação positiva de 4,2% na comparação entre os acumulados de 2020 e
2019: alta de R$ 1,6 bilhão. Só em novembro, o faturamento desse ramo chegou a
R$ 4 bilhões.
O índice que mede a proporção entre as despesas com
sinistros ocorridos e o faturamento alocado no mês de novembro de 2020
apresentou aumento de 4,3 pontos percentuais na comparação com novembro de
2019. Porém, no acumulado do ano, segundo o Boletim IRB+Mercado, o índice de
sinistralidade apresentou melhora com o recuo de 1,6 ponto percentual.
Novembro foi mais um mês excepcional para o mercado
segurador, em que o faturamento cresceu 10%, ratificando a tendência de melhora
macroeconômica do país, avalia o CEO e presidente do Conselho de Administração
do IRB Brasil RE, Antonio Cassio dos Santos.
O Boletim IRB+Mercado resume as operações de seguros e
resseguros a partir dos dados públicos disponibilizados pela Susep no fim de
dezembro, com foco nos seguros de danos, responsabilidades e pessoas. A
terceira edição também lista os cinco maiores grupos seguradores por linha de
negócios. A análise, que é publicada mensalmente, está disponível, na íntegra,
no site da companhia (http://www.irbre.com).
No mesmo endereço, o IRB oferece ainda um painel de dados
interativo, que permite fazer consultas dinâmicas aos dados. O Dashboard
IRB+Mercado Segurador, como é chamado, foi desenvolvido pelo ressegurador, é
gratuito, de fácil acesso e traz informações de todo o setor.
O Novo DPVAT
Fonte: CQCS
O CNSP aprovou, através da Resolução 403/21, publicada
nesta terça-feira (12/01), o estatuto do fundo do seguro obrigatório de danos
pessoais causados por veículos automotores de via terrestre, ou por sua carga,
a pessoas transportadas ou não (FDPVAT).
A finalidade exclusiva do fundo será custear o pagamento
de indenizações por acidentes de trânsito ocorridos a partir de 1º de janeiro
de 2021, envolvendo veículos automotores de via terrestre, em território
nacional, seja ao motorista, passageiro ou pedestre, até o limite do seu
patrimônio, bem como sua gestão e operacionalização, visando a garantir a
continuidade das coberturas de riscos previstas na Lei 6.194/74 (que criou o
seguro DPVAT).
Caberá à Susep adotar as medidas necessárias à
publicidade do estatuto, inclusive com os dados referentes à instituição
contratada para realizar a gestão e a operacionalização das indenizações do
seguro DPVAT.
O fundo será constituído pelo prazo necessário para
cumprimento de suas obrigações, sendo de regime privado, sem personalidade
jurídica e com patrimônio próprio, separado do patrimônio da Administradora,
estando sujeito a direitos e obrigações próprias.
O patrimônio do FDPVAT será formado por recursos oriundos
da transferência realizada pelo Consórcio DPVAT e já aprovada pelo CNSP; e dos
rendimentos obtidos com a aplicação dos seus recursos financeiros.
Na hipótese de necessidade de ajustes nos recursos
transferidos pelo Consórcio DPVAT, a Susep poderá, após aprovação do CNSP,
determinar a transferência de recursos do FDPVAT ao Consórcio DPVAT, ou
vice-versa, a fim de fazer frente aos ajustes necessários.
O FDPVAT terá direitos e obrigações próprios, pelos quais
responderá com seu patrimônio até o limite de seus bens e direitos, não
respondendo a Administradora por quaisquer de suas obrigações.
O patrimônio do FDPVAT será contábil, administrativa e
financeiramente segregado, para todos os fins, do patrimônio da Administradora,
de forma que, encerrados seus ativos, não haverá mais qualquer outra obrigação
a ser adimplida.
Outro ponto importante é que o FDPVAT não contará com
qualquer tipo de garantia ou aval por parte do setor público e responderá por
suas obrigações até o limite dos bens e direitos integrantes de seu patrimônio.
O FDPVAT será administrado, gerido e representado
judicial e extrajudicialmente por uma instituição que está sendo contratada
pela Susep.
Esse administradora deverá dispor dos ativos do FDPVAT em
conformidade com as diretrizes fixadas neste estatuto e realizar a gestão, a
avaliação, o acompanhamento e as diligências decorrentes das solicitações de
indenizações.
A ela também caberá representar o FDPVAT, ativa ou
passivamente, judicial ou extrajudicialmente, nos limites do contrato firmado
com a Susep; zelar pelo equilíbrio entre os ativos do FDPVAT e suas obrigações,
mitigando riscos financeiros; deliberar sobre a gestão e alienação dos bens e
direitos do FDPVAT, zelando pela manutenção de sua rentabilidade e liquidez, na
forma autorizada em contrato firmado com a Susep; e manter custodiados, em
instituição prestadora de serviços de custódia devidamente autorizada pela
Comissão de Valores Mobiliários – CVM, os títulos e valores mobiliários de
titularidade do FDPVAT; além de elaborar as demonstrações contábeis e
financeiras semestralmente, com as manifestações da Auditoria Independente, e
submetê-las à Susep.
É vedado à administradora, em relação à gestão do
patrimônio do FDPVAT, negociar ativos do fundo desnecessariamente, com a
finalidade de aumentar sua remuneração; prestar fiança, aval, aceite ou
coobrigar-se sob qualquer forma, exceto conforme disposto neste estatuto;
realizar operações que caracterizem situação de conflito de interesse de seu
conhecimento, exceto na condição de credor de operações garantidas pelo fundo;
e onerar, sob qualquer forma, os ativos do FDPVAT, exceto conforme disposto
neste estatuto.
A Administradora receberá, pelos serviços de gestão e
administração do Fundo e de operacionalização dos pagamentos das indenizações,
a remuneração prevista em contrato firmado com a Susep.
DISSOLUÇÃO.
De acordo com o estatuto, a dissolução do FDPVAT ficará condicionada
à prévia quitação da totalidade dos débitos garantidos, limitado ao seu
patrimônio, devendo ser constituídas as provisões técnicas adequadas para fazer
frente às despesas e custos da Administradora e para a liquidação de valores
referentes a processos administrativos e judiciais e as respectivas
indenizações no período em que perdurarem os compromissos decorrentes dos
eventos ocorridos durante o período de vigência (run-off).
Dissolvido o FDPVAT, a forma de distribuição dos seus
recursos remanescentes será definida pelo CNSP, observadas suas finalidades
legais, com base na situação patrimonial na data da dissolução.
VALORES
Em outra norma publicada nesta terça-feira, a Resolução
402/21, o CNSP aprovou o valor de R$ 4.127.768.723,96 como resultado da
diferença entre os valores das provisões técnicas do balanço do Consórcio do
Seguro DPVAT e o valor necessário para o pagamento de suas obrigações
referentes aos sinistros ocorridos até 31 de dezembro de 2020.
Saiba qual é o melhor seguro para cada tipo de transporte
de carga
Embora existam apólices mais generalistas, que fazem a
proteção de diversos segmentos de cargas, também há seguros específicos para
algumas modalidades
Contratar um seguro para o transporte de carga é uma
forma de minimizar os transtornos, além de manter as atividades da empresa com
mais segurança e garantir a entrega. No entanto, embora existam seguros mais
generalistas, que fazem a proteção de diversos segmentos de cargas, também há
seguros específicos para algumas modalidades. Pensando em auxiliar as
transportadoras e os embarcadores, o Porto Seguro Transportes lista os seguros
para cada tipo de transporte de carga.
De acordo com Rose Matos, gerente da companhia, o seguro
mais específico é o de cargas perigosas. Para quem transporta cargas de risco
ao meio ambiente, ter um seguro de responsabilidade civil ambiental é
fundamental, diante do risco exposto tanto para o dono da mercadoria e
transportador da carga, quanto para a população e meio ambiente, alerta. Na
Porto Seguro, por exemplo, há o seguro Responsabilidade Civil Ambiental
Transportes, que garante danos pessoais e danos materiais causados a terceiros;
despesas de limpeza resultantes de condições de poluição da carga transportada;
custos de monitoramento, remoção de contaminação do solo, águas de superfície e
lençóis freáticos.
Há também seguros específicos para transportadores, como
o RCTR-C (Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga), que é
obrigatório conforme Decreto Lei nº 73/1966. Ele cobre danos às mercadorias
causados por acidentes decorrentes de colisão, capotagem, abalroamento (choque
ou colisão de embarcação contra um obstáculo) e tombamento. Outro seguro
destinado às transportadoras é o RCF-DC (Responsabilidade Civil Facultativa por
Desaparecimento de Carga), que indeniza o prejuízo em caso de roubo ou
desaparecimento da carga. Como esses seguros são destinados aos
transportadores, não há especificação para segmentos de cargas, informa Rose.
Além dos seguros convencionais, na seguradora há o Transportes
Mais Simples, destinado ao micro e pequeno empresário (donos de mercadorias).
Esse é contratado em sua maioria pelos segmentos de combustíveis, têxteis,
alimentos, construção e autopeças, analisa a executiva. A vantagem desse seguro
é que o custo é aplicado de acordo com o segmento da mercadoria e não considera
a origem e o destino da carga, tornando-se mais acessível, complementa.
Também há a opção do Transportes Embarcador, com
coberturas específicas para as empresas embarcadoras. É indicado para os
segmentos de indústria, comércio e serviços, abrangendo transporte rodoviário
ou aéreo. Já as empresas de médio e grande porte podem contar com o Transportes
Embarcador Programável, um seguro que proporciona previsibilidade financeira ao
cliente com averbação (comunicação de embarques) trimestral e parcelamento do
prêmio em 10 vezes sem juros, além de contar com taxas competitivas.
Há ainda o Transporte Internacional, que proporciona
atendimento e coberturas para as cargas nas operações de importação, exportação,
tradings e despachantes aduaneiros.
No momento de contratação do seguro ou na manutenção do
contrato, a gerente alerta para a importância da participação do corretor, que
auxiliará na escolha do seguro que mais se adequa as necessidades do transportador
e/ou embarcador. Eles são responsáveis por acompanhar o processo, a fim de
obter informações sobre a possibilidade de risco que o transporte possa ter.
Com isso, conseguimos atender de acordo com as necessidades do cliente e
garantir a segurança do produto até o destino final, conclui.
Fonte: Revista Apólice
Associação diz que greve dos caminhoneiros no dia 1º pode
ser maior que em 2018
Fonte: Reuters
A greve dos caminhoneiros, prevista para o próximo dia 1º
de fevereiro, vem crescendo em adesões e, de acordo com o presidente da
Associação Nacional do Transporte Autônomos do Brasil (ANTB), José Roberto
Stringasci, poderá ser maior do que a realizada em 2018, devido ao grau
crescente de insatisfação da categoria, principalmente em relação ao preço do
diesel e às promessas não cumpridas após a histórica greve no governo Temer.
Integrante do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário
de Cargas (CNTRC), que na semana passada já alertou para a possibilidade de uma
paralisação nacional, a ANTB representa cerca de 4,5 mil caminhoneiros, e não
vê problema de realizar uma greve em plena pandemia.
A pandemia nunca foi problema. A categoria trabalhou para
cima e para baixo durante a pandemia. Muitos caminhoneiros ficaram com fome na
estrada com os restaurantes fechados, mas nunca parou, afirma Stringasci.
Segundo ele, a alta do preço do diesel é o principal
motivador da greve, mas conquistas obtidas na paralisação de 2018, que chegou a
prejudicar o abastecimento em várias cidades, também estão na lista de dez itens
que estão sendo reivindicados ao governo para evitar a greve.
Esse (diesel) é o principal ponto, porque o sócio
majoritário do transporte nacional rodoviário é o combustível (50% a 60% do
valor da viagem) Queremos uma mudança na política de preço dos combustíveis,
informa.
Ainda monopólio da Petrobras, a produção de combustíveis
no Brasil passou por mudanças em 2016, quando foi instituído o PPI (Preço e
Paridade de Importação), praticado até hoje. Na época, os reajustes eram
praticamente diários, seguindo a flutuação do mercado internacional, mas agora
obedecem apenas a lógica da paridade, sem prazo determinado.
A Petrobras não foi criada para gerar riqueza para meia
dúzia, a Petrobras é nossa e tem que ajudar o povo brasileiro e o Brasil,
afirma Stringasci. Queremos preços nacionais para os combustíveis, com reajuste
a cada seis meses ou um ano. Essa é uma das maiores lutas nossas desde 2018, e
até antes, e até hoje, destaca.
Outras reivindicações são o preço mínimo de frete, parado
no Supremo Tribunal Federal (STF), após um recurso do agronegócio, e a
implantação do Código Identificador de Operação de Transporte (Ciot), duas
conquistas de 2018.
Para resolver a questão e evitar uma greve, os
caminhoneiros querem uma reunião com a presença do presidente da República,
Jair Bolsonaro, que recebeu o apoio da categoria nas eleições de 2018.
A categoria apoiou ele em 100% praticamente nas eleições.
Então agora exige a presença dele na reunião, explica.
Stringasci diz que a greve já tem 70% de apoio da
categoria e de parte da população, diante de preços em alta não apenas no
diesel, mas em outros combustíveis, alimentos e outros itens que elevaram a
inflação em 2020.
Eu creio que a greve pode ser igual a 2018. A população
está aderindo bem, os pequenos produtores da agricultura familiar também. Se
não for igual, eu creio que vai ser bem mais forte do que 2018, alerta.
Ameaças de golpes virtuais quase quintuplicaram, aponta
estudo
O uso mais intenso da internet durante a quarentena fez
disparar as tentativas de fraudes e golpes virtuais
Fonte: Agência Estado
O uso mais intenso da internet durante a quarentena fez
disparar as tentativas de fraudes e golpes virtuais. Dados da Apura Cybersecurity
Intelligence, empresa especializada em segurança digital, apontam alta de 394%
nas ameaças eletrônicas, na comparação com 2019. Para 2021, a empresa alerta
que a entrada do 5G e do Pix, o novo sistema de pagamentos, demanda atenção dos
usuários.
Um relatório da empresa sobre as ameaças detectadas no
ano passado contabiliza vazamentos de 958 mil CPFs, 592 mil cartões
internacionais, 262 mil cartões nacionais e 220 milhões de credenciais de
acesso, como senhas. Como ameaça, a empresa considera todos os indícios de
crimes detectados por seus sistemas que vasculham a internet como um todo, de
redes sociais à deep web. Ao todo, foram 272 milhões de ameaças apontadas.
Para este ano, há uma crescente preocupação entre
especialistas sobre o impacto do 5G no mundo do cibercrime. A tecnologia deve
aumentar a quantidade de pessoas e de dispositivos conectados à internet, como
equipamentos inteligentes para automatização de casas.
Esses aparelhos inteligentes, se vulneráveis, são usados
por hackers para formação de botnets, redes de dispositivos zumbis usadas para
ataques de sobrecarga. Uma rede como essa, com equipamentos no Brasil, nos EUA
e na Nova Zelândia, foi utilizada para gerar instabilidade em serviços do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 15 de novembro.
É a mesma questão da pandemia, com mais gente e mais
dispositivos conectados, mais gente suscetível e vulnerável. Com relação ao
Pix, o raciocínio é o mesmo. Começou forte no Brasil. Estamos de olho em grupos
de fraudadores. Quanto mais gente utiliza, maior o interesse deles, disse
Maurício Paranhos, diretor de operações da Apura.
As tentativas de golpe na pandemia consolidaram o Brasil
como um dos países com mais ocorrência de phishing no mundo. O crime consiste
na tentativa de enganar as pessoas para que elas compartilhem dados
confidenciais, como senhas e números de cartão de crédito. O golpe costuma se
dar por e-mails e mensagens com links maliciosos falsamente atribuídos a
grandes organizações.
O phishing foi uma das fraudes mais comuns dentre as detectadas
pela Apura (14%). Também tiveram destaque a criação de perfis falsos (28,9%), a
manipulação de dados bancários (19,8%) e o vazamento de cartões de créditos
(15,1%).
Alvo
Em 2020, o Brasil se tornou alvo de hackers. Para além
dos ataques com alta repercussão contra TSE, Superior Tribunal de Justiça
(STJ), Embraer e outros órgãos, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da
Presidência registrou 24 mil notificações de ameaças em órgãos públicos. Mais
do que dobrou a quantidade de vulnerabilidades encontradas em órgãos públicos,
de 1.201 para 2.519, de 2019 a 2020.
As ações hackers causam transtornos a usuários de
internet e são atividades altamente lucrativas para cibercriminosos. Segundo a
Apura, operadores de ransomware, espécie de vírus similar ao utilizado contra o
STJ, tiveram lucro de mais de US$1 bilhão em 2020.
Os recursos são arrecadados com pedidos de resgates de
dados sensíveis sequestrados por criminosos. Há no mundo ao menos 15 gangues
especializadas nesse tipo de ataques.
Pouco após a ação contra a STJ, as primeiras informações,
atribuídas à PF, davam conta de que os atacantes teriam pedido resgate para
devolver dados que foram roubados e criptografados. Na quinta-feira, a Corte
informou ao Estadão que não houve requisição de valores.
Na hipótese de restar comprovada a inexistência da
extorsão, o fato pode reduzir ainda mais o leque de crimes nos quais os
responsáveis pelo ataque, considerado pelo próprio STJ o pior ataque
cibernético já empreendido contra uma instituição pública brasileira, em termos
de dimensão e complexidade, poderão ser enquadrados. Hoje, os principais
dispositivos previstos na legislação para invasão de sistemas informáticos
estabelecem não mais do que um ano de detenção.
No início de novembro, o ataque hacker paralisou o
julgamento de ao menos 12 mil processos do STJ por uma semana. Os criminosos
ganharam acesso, inclusive, a dados de processos sigilosos. Ainda não há
clareza sobre a extensão e consequências do ataque. Questionado sobre os
impactos, a Corte informou apenas que a situação poderá ser melhor elucidada
após a conclusão do inquérito que tramita em sigilo na Polícia Federal.
Tarifas residenciais de energia serão majoradas em 2021
Fonte: Megawhat Energy
A TR Soluções divulgou projeção de aumento médio de 14,5%
para as tarifas residenciais em 2021. Para o cálculo, a empresa de tecnologia
utilizou o Serviço para Estimativa de Tarifas de Energia (SETE), que considera
dados de todas as 53 distribuidoras do país, além de sete permissionárias.
O maior aumento esperado é na parcela que corresponde ao
serviço de distribuição de energia elétrica, com alta de 15,5%, representando
4,5 pp da alta média. Esse aumento do custo do serviço de distribuição é
fortemente pressionado pelo IGP-M, que ficou em 23,14% no ano passado. Nesse
sentido, a TR Soluções destaca que uma parte das distribuidoras têm suas
receitas reajustadas pelo IGP-M e a outra parte pelo IPCA (que fechou o ano em
4,52%).
Em segundo lugar, colaboram para o aumento os custos com
a compra de energia, com aumento de 9,5% em relação a 2020. Neste caso, o
aumento ocorre pelo fato de que a maior parte dos custos financeiros que as
empresas teriam repassado às tarifas em 2020, em decorrência da
sobrecontratação de energia e da queda do mercado, ter sido coberto pelo
empréstimo associado à Conta-Covid e o seu pagamento, em cinco parcelas, ter
início em 2021.
Por fim, destacam-se os custos associados ao serviço de
transmissão de energia. Isso porque as empresas que passam por evento tarifário
no primeiro semestre de 2021 devem ter reconhecido nas tarifas o aumento
aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em julho de 2020,
que elevou a receita de transmissão para o segmento de consumo em mais que
44,5%, tendo passado de R$ 10,4 bilhões para R$ 15 bilhões.
Empresários cobram início da vacinação, e governo
desconversa
Capitaneados pela Federação das Indústrias de São Paulo
(Fiesp), 30 empresários, entre eles pesos-pesados como André Gerdau, Juliana
Azevedo, Luiz Carlos Trabuco e Wesley Batista Filho, participaram de
videoconferência com os ministros da Casa Civil, Braga Netto, e das
Comunicações, Fábio Faria, além do secretário-executivo do Ministério da Saúde,
Elcio Franco.
A pauta do encontro do Conselho Diálogo pelo Brasil da
Fiesp era clara: cobrar do governo o início da vacinação. Os empresários se
convenceram de que somente a campanha poderá dar tranquilidade para se pensar
na recuperação da economia do país.
O resultado foi decepcionante. O governo não definiu qual
será o Dia D e a Hora H do início da vacinação contra a Covid-19. Reafirmaram
apenas que será em janeiro.
Apesar da falta de novidades, houve quem saísse otimista.
Um empresário que preferiu que sua identidade não fosse revelada falou a um
jornal que o governo já tem encomendadas 500 milhões de doses de vacinas, que
serão suficientes para a imunização de toda a população mais de uma vez.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, lembrou aos representantes do governo que os empresários estão à disposição para ajudar o país neste momento, como tem sido desde o início da pandemia. Foi a oportunidade para oferecerem a compra de vacinas para os funcionários e parentes, doando o mesmo número de unidades compradas para cada família ao governo. Algo similar à tentativa de Supremo e Superior Tribunal de furar a fila da vacinação.
Fonte: Monitor Mercantil
Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:
https://www.revistaapolice.com.br/2020/12/edicao-261/
https://www.revistacobertura.com.br/2020/12/21/edicao-227/
https://revistaseguradorbrasil.com.br/edicao-163/
https://revistasegurototal.com.br/wp-content/uploads/2020/12/segurototal_ed213.pdf
http://insurancecorp.com.br/pt/content/pdf/ic_ed33_2020.pdf
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