Setor Elétrico Tem Agenda Desafiadora Para 2021
20, Jan. 2021
Setor Elétrico Tem Agenda Desafiadora Para 2021
O setor elétrico começa o ano com uma agenda carregada,
que engloba pautas bem encaminhadas, aguardando desfechos importantes, e
projetos desafiadores com evolução incerta, como a privatização da Eletrobras.
Para o primeiro semestre, o mercado espera resolver definitivamente
a judicialização do risco hidrológico (GSF, na sigla em inglês), problema que
se estende há anos e trava valores bilionários em liquidações financeiras do
mercado de curto prazo. Neste ano, a bola está com os geradores: em breve eles
deverão receber os cálculos finais das compensações para abrir mão de ações
judiciais e, com isso, terão que decidir aderir ou não à repactuação.
A expectativa é de que as conversas finais com os
geradores sejam tranquilas e levem a uma ampla adesão. Um sinal promissor veio
já nos primeiros dias de 2021: a AES Brasil decidiu antecipar o pagamento de
seu débito, liberando R$ 2 bilhões que estavam em aberto na Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Com a iniciativa da geradora, a
primeira a demonstrar intenção de aderir à repactuação, o montante represado
por liminares do risco hidrológico caiu para R$ 8,5 bilhões.
Outro tema que promete ganhar relevância já no início do
ano é a segurança das operações no mercado livre. As discussões vêm se
intensificando desde 2019, quando o setor viveu a crise das comercializadoras.
O episódio acendeu o alerta para a necessidade de aprimoramentos regulatórios,
em meio à expansão do mercado livre e à aproximação com o setor financeiro, com
o lançamento de produtos como os derivativos de energia.
Ao longo do ano passado, a CCEE enviou uma série de
propostas sobre segurança de mercado à Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel). Agora, espera-se que a agência abra uma consulta pública sobre o
assunto no primeiro trimestre.
No segmento de distribuição, as empresas aguardam a
decisão final sobre reequilíbrio contratual pelos impactos da pandemia. No fim
de 2020, a Aneel abriu a 3ª fase da consulta pública, acatando alguns pleitos
das distribuidoras e incluindo, no debate, os temas de sobrecontratação
involuntária e de alocação dos custos do spread do empréstimo Conta Covid.
No âmbito legislativo, várias pautas estão à espera de
encaminhamento, algumas com risco de perder validade. É o caso da medida
provisória 998/2020, que altera regras do setor elétrico e remaneja recursos
para reduzir as tarifas de energia de consumidores da região Norte. A MP já
passou pela Câmara mas ainda precisa ser apreciada pelo Senado, prazo para que
isso aconteça é bastante apertado, já que ela caduca em 9 de fevereiro.
Para Mário Menel, presidente do Fórum das Associações do
Setor Elétrico (FASE), o projeto de modernização do setor (PLS 232/2016) está
no topo da lista das pautas prioritárias para 2021. Avançamos com a
precificação horária, mas precisamos da modernização, ela proporcionará melhor
alocação de custos e riscos. Ele destaca ainda na agenda setorial a Nova Lei do
Gás e o projeto sobre licenciamento ambiental.
Agentes lembram também da privatização da Eletrobras,
que, para avançar, precisa da aprovação de um projeto de lei que está parado na
Câmara. Um executivo do setor, que pede para não ser identificado, avalia que o
tema exigirá muita força de vontade do governo, já que encontra forte
resistência política. Ele nota que ainda não se sabe se o governo mudará a
estratégia, introduzindo um novo texto no Senado, como chegou a ser cogitado no
ano passado. Essa é a última chance do governo Bolsonaro de fazer isso vingar,
por não se tratar de um ano eleitoral.
Fonte: Valor Econômico
Privatização da Eletrobras
Ministério esclarece fala de Bento Albuquerque e diz que
privatização da Eletrobras apenas no 2º semestre traz prejuízos ao país
Segundo a pasta, o ministro se referia ao patamar atual
da empresa ao dizer que uma eventual demora para analisar o projeto não traria
prejuízos
Fonte: Agência Estado
O Ministério de Minas e Energia (MME) esclareceu que a
aprovação do projeto de lei que trata da privatização da Eletrobras (ELET3;ELET6) apenas no segundo semestre
deste ano traria prejuízos para o país. Isso porque o Brasil deixará de ter
importantes investimentos, necessários para a manutenção e melhoria do setor
elétrico.
Segundo a pasta, o ministro Bento Albuquerque se referia
ao patamar atual da empresa ao dizer que uma eventual demora para analisar o
projeto não traria prejuízos.
Em entrevista na noite da segunda-feira, 18, Albuquerque
disse que a Eletrobras não tem recursos que seriam necessários para manter a
participação na geração e transmissão de energia, mas está sendo muito bem administrada.
Entendemos que é importantíssimo para o setor elétrico
que a Eletrobras volte a ter capacidade de investimentos, acrescentou o
ministro na ocasião.
Cyber Risks
Vazamento expõe dados de CPF e veículos de milhões de
brasileiros
PSafe identificou também possível exposição de dados de
empresas.
Na manhã desta terça-feira, o dfndr lab, laboratório de
cibersegurança da PSafe, identificou um provável vazamento de dados em massa
que coloca em vulnerabilidade quase todos os brasileiros. O banco de dados
vazado reúne nome completo, data de nascimento e CPF, incluindo até grandes
autoridades do país.
Além dos dados de pessoas físicas, também foram expostas
informações sobre mais de 104 milhões de veículos, contendo número de chassi,
placa do veículo, município, cor, marca, modelo, ano de fabricação, cilindradas
e tipo de combustível utilizado. Também teria vazado informações de 40 milhões
de empresas, contendo CNPJ, razão social, nome fantasia e data de fundação.
Emilio Simoni, diretor do dfndr lab, explica os riscos de
vazamentos desse tipo: O mais comum é que os dados sejam utilizados para golpes
de phishing, uma vez que o cibercriminoso tenha o CPF e outros dados reais da
pessoa, seria fácil se passar por um serviço legítimo e utilizar engenharia
social para obter dados mais críticos da vítima, que poderiam ser utilizados
para pedir empréstimos, senha de banco e contratações de serviços, por exemplo,
alerta.
Simoni conta que devido ao alto valor dessas informações
para o mercado, os dados têm sido comercializados ilegalmente em fóruns da dark
web. Os pesquisadores seguem investigando como essas informações confidenciais
teriam sido obtidas por cibercriminosos. No entanto, até o momento, não existem
informações concretas sobre as fontes.
Impulsionada pela pandemia, saúde vive onda de fusões e
atrai investidores
Objetivo é ganhar escala para fazer frente a uma
revolução tecnológica antecipada pelo coronavírus
Fonte: O Globo
Impulsionado pela pandemia, o setor de saúde vive nova
onda de consolidação, conta O Globo. O objetivo é ganhar escala para fazer
frente a uma revolução tecnológica antecipada pela crise do coronavírus, com
expansão do atendimento por telemedicina e foco em procedimentos que buscam
detectar o risco de o paciente desenvolver doenças graves e, com isso,
tratá-las antecipadamente.
Em um setor ainda fragmentado, multiplicam-se as
operações de fusões e aquisições, que buscam enfrentar a pressão de custos no
setor. Uma única consultoria relatou estar envolvida em nove operações do tipo.
Na avaliação de empresários e economistas, há espaço para
ganhar mercado. Em um país com mais de 200 milhões de habitantes, apenas 47
milhões contam com a cobertura da saúde suplementar. Segundo Marco Novais,
superintendente executivo da Associação Brasileira de Planos de Saúde
(Abramge), é possível alcançar 70 milhões.
Outro foco é melhorar os serviços hospitalares em cidades
médias, mercado nem sempre contemplado por grandes grupos.
Existem sinais do apetite do investidor pelo segmento. A
abertura de capital na Bolsa da Rede D’Or no ano passado foi a segunda maior da
história. E neste começo de ano, a maior operadora de planos de saúde do
Nordeste, a Hapvida, propôs união com o Grupo NotreDame Intermédica.
Se o negócio se concretizar, será criada uma empresa com valor
de mercado de R$ 120 bilhões.
As empresas têm total complementariedade geográfica. Há
espaço para expansão dentro dos estados onde já existe presença, indo, por
exemplo, ainda mais para o interior e outras cidades, afirmou Jorge Pinheiro,
presidente da Hapvida.
Abertura a estrangeiros
As bases para esta expansão do setor de saúde têm origem
em 2015, quando ele foi aberto ao capital estrangeiro, explica Saulo Sturaro,
sócio da assessoria de fusões e aquisições JK Capital, que tratou, no ano
passado, de cinco operações de aquisições de hospitais:
Antes, o setor de saúde ficava blindado do avanço de
grupos mais profissionalizados e eficientes. A mudança regulatória foi o
importante.
Maior empresa de medicina diagnóstica e segunda maior
rede de hospitais do país, a Dasa vem acelerando suas aquisições. Em dezembro,
pagou R$ 1,8 bilhão pelo Grupo Leforte, que tem três hospitais e cinco clínicas
em São Paulo.
Em setembro, assumiu o controle do Nossa Senhora do
Carmo, que tem hospitais no Rio, além de uma empresa de tecnologia, parte da
transformação digital do grupo iniciada há três anos.
O setor de saúde, principalmente quando se sai dos
grandes centros, ainda é bastante fragmentado. Há espaço para consolidação, o
que gera ganhos de eficiência, afirmou Pedro Bueno, presidente do Grupo Dasa.
Ele completa:
A medicina está no nosso DNA, mas a tecnologia também.
Nos próximos anos vamos passar por uma transformação digital. Tecnologia e
medicina não poderão ser dissociadas e nosso grupo poderá atuar com
pró-atividade, prevendo, por exemplo, as chances de uma pessoa se tornar
diabética ou ter uma internação, tendo a possibilidade de mudar esse trajeto e
o fim dessa história.
As cidades intermediárias estão no radar da Rede D’Or, o
maior grupo hospitalar privado do país. O projeto em cinco anos é crescer 1.400
leitos por ano. Como destaca fonte próxima ao grupo, a maioria dos hospitais no
país tem até 50 leitos.
Nos EUA, a média é de 160 leitos. Ganhar escala é forma
de sobrevivência em razão da alta de custos.
O grupo tem parceria com SulAmérica, Bradesco e Golden
Cross, entre outras operadoras, na oferta de planos que privilegiam o uso da
rede. E tem firmado um novo modelo de parceria com as Unimeds em que entra com
a experiência de gestão hospitalar do grupo, para reduzir custos e tornar os
planos regionais mais competitivos.
Em 2020, o grupo entrou em Fortaleza e Aracaju e está
atento a outras oportunidades.
Inovação digital
Para Carlos Marinelli, presidente do Grupo Fleury, de
diagnósticos, a revolução digital do setor foi acelerada pela pandemia. O grupo
iniciou atendimento por telemedicina durante a crise e, em pouco mais de um
mês, realizou 150 mil consultas virtuais:
A lógica de consumo da saúde mudou. A gente nasceu
laboratório, se transformou em empresa de diagnóstico, e quer usar essa
potência para atendimentos que vão muito além dos exames. Temos 250 unidades
pelo Brasil, que, nos períodos de tarde e noite, eram ociosas. Podemos usar
esses locais para outros atendimentos, como pequenas cirurgias ortopédicas,
especialidades médicas. Tudo que não é hospital a gente pode entrar.
A Qualicorp, maior administradora de benefícios do país,
com 2,5 milhões de usuários, investe em inovação para propor a operadoras
produtos customizados e acessíveis.
Até fevereiro, devemos lançar um produto voltado para uma
região específica de São Paulo. Estamos investindo num canal de distribuição
para fazer a oferta certa de plano para cada um. O primeiro passo é ampliar a
presença com as operadoras regionais. Fizemos quatro aquisições em 2020 e
continuamos olhando oportunidades — disse o vice-presidente Comercial da
empresa, Elton Carluci, ressaltando que o foco são as regiões Centro-Oeste,
Norte e Nordeste.
Para Maurício Justo, sócio da gestora Alpha Key, a
consolidação permite maior presença em camadas de menor renda, outra forma de
expansão:
NotreDame e Hapvida encontraram uma avenida de
crescimento nos planos individuais de tíquetes menores, entre R$ 200 e R$ 300.
Isso permite atender o cliente que está saindo do SUS e, na prática, cria nova
linha de atuação.
A alta liquidez no mercado financeiro também funciona
como um incentivo à consolidação.
Existem mais de 700 operadoras de plano de saúde no
Brasil, muitas delas com menos de 20 mil vidas. Para ser capaz de dar conta dos
sinistros, uma operadora deveria ter pelo menos 40 mil, 50 mil vidas. Por isso,
os grandes grupos, que estão capitalizados, fazem uma corrida de consolidação,
resumiu Luís Fernando Joaquim, sócio-líder da área de saúde da Deloitte.
Wiz entra na disputa pelo balcão da Caixa como
co-corretora
As corretoras interessadas terão de ofertar serviços de
recuperação de clientes, aporte de tecnologia, intermediação tradicional de
seguros e prospecção de clientes fora do balcão Caixa
A Wiz Soluções e Corretagem de Seguros informou que
submeteu ofertas preliminares e não vinculantes no âmbito do processo
competitivo aberto pela Caixa Seguridade para seleção de uma cocorretora para
atuação em todas as linhas de negócios objeto do referido processo competitivo.
A concorrência é conduzida pela EY e os interessados deveriam enviar proposta
não vinculante até 15 de janeiro.
O modelo de parceria será estabelecido via acordo
operacional e terá prazo de dez anos. O prazo começa em 15 de fevereiro de
2021, quando termina a exclusividade da Wiz. A atuação da corretora própria da
Caixa Seguridade será como um agente viabilizador das demandas do balcão da
Caixa, com foco na gestão de parcerias.
A concorrência será dividida em quatro blocos: produtos
Caixa Seguridade; automóvel; saúde e odonto; e grandes riscos e corporate. As corretoras
interessadas terão de ofertar serviços de recuperação de clientes, aporte de
tecnologia, intermediação tradicional de seguros e prospecção de clientes fora
do balcão Caixa.
Fonte: Sonho Seguro
Seguradora em liquidação extrajudicial anuncia novas
medidas
O Diário Oficial da União publicou nesta segunda-feira
(18) edital de intimação da liquidante do Montepio da Família Militar (MFM), em
liquidação extrajudicial, que, autorizada pela Susep, realizará entre os dias
25 de janeiro e 26 de março, o pagamento de rateio de 50% dos valores dos
créditos habilitados em seu Quadro Geral de Credores como Créditos com
Privilégio Geral (Beneficiários, Participantes e Sub-rogação).
De acordo com o edital, todos os credores habilitados
devem manter suas informações cadastrais e bancárias atualizadas por meio do
site www.montepiomfm.com.br
Além disso, foi informado ainda que a relação de credores
e demais informações podem ser obtidas através do site
www.montepiomfm.com.br ou do e-mail
contato@montepiomfm.com.br
O Quadro Geral de Credores (QGC) foi homologado e considerado definitivo em 23 de julho de 1987. Portanto, não há mais prazo legal para apresentação de impugnações quanto aos valores originalmente nele inscritos.
Fonte: CQCS
Perspectivas de Riscos Para 2021
Acesse o estudo da The Global Risks
Report 2021: https://www.weforum.org/reports/the-global-risks-report-2021/
Inscreva-se: Curso Online / Gratuito
Evento Online: Tema Compliance
Participe! Faça sua inscrição: 1º Congresso de Compliance para Pequenas e Médias Empresas que
ocorrerá na última semana de janeiro (entre 25 e 29).
Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:
https://www.revistaapolice.com.br/2020/12/edicao-261/
https://www.revistacobertura.com.br/2020/12/21/edicao-227/
https://revistaseguradorbrasil.com.br/edicao-163/
https://revistasegurototal.com.br/wp-content/uploads/2020/12/segurototal_ed213.pdf
http://insurancecorp.com.br/pt/content/pdf/ic_ed33_2020.pdf
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