Faltou Gestão de Riscos
28, Jan. 2021
Faltou Gestão de Riscos
Brasil é pior país do mundo na gestão da epidemia de
Covid-19, aponta estudo australiano
A gestão pública brasileira da pandemia de Covid-19 é a
pior do mundo, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira (28) por um
grupo de reflexão na Austrália. A estratégia da Nova Zelândia é considerada a
melhor, embora o país tenha confirmado dois novos casos da variante
sul-africana do coronavírus nas últimas horas.
O Lowy Institute de Sydney analisou quase 100 países de
acordo com seis critérios, como casos confirmados, mortes e capacidade de
detecção da doença. No total, o Brasil tinha 8.996.876 de infecções confirmadas
e 220.161 mortes na quarta-feira (27), para uma população de 209,5 milhões de
habitantes. A Nova Zelândia registrou 2.299 casos do novo coronavírus e 25
mortes desde o início da pandemia, em uma população de cerca de 5 milhões de
pessoas.
Coletivamente, esses indicadores indicam quão bem ou mal
os países administraram a pandemia, diz o relatório desta instituição
independente.
Além da Nova Zelândia, que praticamente erradicou o vírus
com fechamentos de fronteira precoces e drásticos, bloqueios e testes de
diagnóstico ,Vietnã, Taiwan, Tailândia, Chipre, Ruanda, Islândia, Austrália,
Letônia e Sri Lanka estão entre os dez principais países que melhor responderam
à pandemia. No final da lista estão Brasil (98), México, Colômbia, Irã e
Estados Unidos.
Em número total de mortes, o Brasil perde apenas para os
Estados Unidos. As duas nações mais populosas do continente americano tiveram
em comum governos de líderes populistas nacionalistas, Jair Bolsonaro e Donald
Trump, que minimizaram ativamente a ameaça da Covid-19, ridicularizaram o uso
de máscaras, opuseram-se a lockdowns e fechamentos, enquanto os países eram
altamente infectados pelo vírus.
A China, onde o vírus surgiu no final de 2019, não está
incluída na lista por falta de dados de diagnóstico disponíveis ao público,
segundo os autores.
De acordo com os autores do estudo, Pequim tentou
agressivamente manipular a percepção pública de como estava lidando com a
epidemia para provar que seu sistema autoritário é superior a governos
democráticos, muitos dos quais fracassaram na crise.
O Lowy Institute afirma que não há um vencedor claro
quando se trata de saber qual sistema político administrou melhor a pandemia
porque, em praticamente todos os países analisados, a resposta à Covid-19 foi
bastante medíocre.
Alguns países administraram a pandemia melhor do que
outros, mas a maioria deles se destacou apenas por seu desempenho
insatisfatório, observa o estudo. Países pequenos, com populações abaixo de 10
milhões de pessoas, mostraram ter algumas vantagens.
Em geral, os países com menos populações, sociedades mais
coesas e instituições bem treinadas têm uma vantagem comparativa quando se
trata de lidar com crises globais como a pandemia, revela o estudo.
Mais de 100 milhões de pessoas foram infectadas com o
vírus e 2,2 milhões morreram desde dezembro de 2019.
Nova Zelândia
Depois de diagnosticar duas pessoas com a variante
sul-africana em seu território, a Nova Zelândia tenta determinar como o vírus
chegou ao país, apesar dos rígidos controles na fronteira. As autoridades de
saúde garantem que os dois casos, um adulto e uma criança, foram infectados no
mesmo hotel habilitado para a quarentena onde outra pessoa deu positivo no
último fim de semana.
De acordo com as autoridades, o Pullman Hotel em Auckland
não está aceitando novos hóspedes ou permitindo partidas enquanto examina como
a infecção se espalhou.
Parece que algo aconteceu no Pullman, onde essas pessoas
poderiam potencialmente entrar em contato umas com as outras. Esta investigação
continuará, informou o ministro para a resposta à Covid-19, Chris Hipkins.
Hipkins disse a um jornal local que todos os contatos
próximos dos três casos tiveram resultados negativos até o momento. Ele espera
que o surto esteja contido.
A Nova Zelândia impõe duas semanas de quarentena e um
teste negativo a todas as pessoas que chegam do exterior antes de entrar no
país. Os novos casos respeitaram todos os requisitos, mas tiveram resultados
positivos após o fim da quarentena.
A variante sul-africana do coronavírus é mais contagiosa
que a anterior, embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha garantido que
não há evidências de que seja mais grave ou mais letal.
Fonte: AFP / Agence France Presse
A nova revolução tecnológica do 5G
Fonte: CNseg / Sonho Seguro
Os impactos na vida das pessoas, empresas e governos
produzidos pela quinta geração de telefonia móvel (5G) serão extraordinários e
profundos e, por isso mesmo, razão da escolha do tema como matéria de capa da
nova edição da Revista de Seguros (nº 915). Com edital de licitação previsto
para o primeiro semestre de 2021 e incremento de mais US$ 100 bilhões ao PIB em
10 anos, o 5G tornará pelo menos dez vezes mais rápido o acesso à internet,
assegurando a massificação do acesso à informação de última geração e sua
incorporação à rotina de empresas. Um mundo novo, incluindo realidade
aumentada, cirurgias remotas, drones e robôs com uso ampliado, materialização
de cidades inteligentes, estará em construção nos próximos anos.
Para os seguros, o 5G permitirá mais saltos no processo
de transformação digital, com ganhos de eficiência operacional nos próximos
anos, englobando desde a liquidação mais célere de sinistros à mitigação de riscos
com equipamentos interligados a bens segurados por meio da Internet das Coisas
(IoT), que ganhará mais escala, significando novos desafios para as
seguradoras, dado o aumento dos riscos cibernéticos.
A análise setorial é outro tema relevante destacado nessa
edição. Lideranças do setor de seguros avaliam os efeitos do choque produzido
pela pandemia do novo coronavírus e as perspectivas para 2021. São treze
líderes, Presidentes da CNseg e de suas quatro Federações integrantes (FenSeg,
FenaSaúde, FenaCap, FenaPrevi), além dos oito dirigentes dos Sindicatos das
Seguradoras. Apresentamos um balanço da natureza contracíclica do setor e os
próximos cenários quando, espera-se, a vacinação em massa seja capaz de dar
mais tranquilidade a todos mais à frente no ano de 2021, afirma o Presidente
Marcio Coriolano, no editorial da publicação.
Além da vacina contra a Covid-19, há outros remédios
necessários para a retomada econômica. A Proposta de Emenda Constitucional
(PEC) em tramitação no Congresso não é suficiente para os objetivos de aliviar
a expansão das despesas obrigatórias, afirma o economista e ex-Diretor de
Assuntos Internacionais do Banco Central (BC), Alexandre Schwartsman, em
entrevista exclusiva concedida à Revista de Seguros.
Outras reformas são necessárias para mitigar o risco
fiscal, havendo soluções realistas para o equilíbrio das contas públicas. Um
time de economistas de primeira linha, a convite da Revista de Seguros, faz
sugestões relevantes para melhorar o ambiente de negócios, sem a espada de
déficits públicos com risco de descontrole.
Os leitores podem refletir sobre os benefícios da
autonomia do Banco Central, que nunca esteve tão perto de se materializar após
a proposta ser aprovada no Senado. O
ex-Presidente do Banco Central Armínio Fraga e o ex-Diretor Carlos Thadeu de
Freitas avaliam esses benefícios e fazem algumas ressalvas importantes sobre o
projeto em análise no Congresso em matéria nessa edição.
Se navegar é preciso nos dias atuais no mundo virtual,
pode-se dizer que é fundamental também no mundo real. Até porque não tem havido
avanços na navegação fluvial. O Brasil possui 63 mil quilômetros de rios com
potencial para transportes, mas desperdiça grande parte desse recurso natural à
disposição: apenas 18,6 mil quilômetros (29,5%) são aproveitados para a
movimentação de cargas e passageiros. Confira a reportagem sobre o tema.
Por fim, para comemorar os 70 anos de criação da CNseg, a
capa da Revista de Seguros traz o selo comemorativo que estará presente em
todas as publicações e documentos corporativos da Confederação Nacional das
Seguradoras no decorrer de 2021.
Acidentes marítimos e a importância do seguro
Fonte: blog do rocha
A marinha mercante mundial vem registrando nos últimos
anos um crescimento expressivo nos acidentes marítimos envolvendo embarcações
de cargas. São acidentes de diversas naturezas, mas os que mais chamam atenção
são os decorrentes de problemas meteorológicos que causam colapso a bordo dos
navios e queda de contêineres no mar. A construção de navios cada vez mais
sofisticados e supostamente seguros não tem sido suficiente para enfrentar as
adversidades do mar.
Em 2020, foram registrados 945 acidentes graves
envolvendo navios de cargas em todo o mundo. No ano, 55 embarcações foram
perdidas por completo e 294 vítimas fatais. Além dos acidentes, alguns navios
sofreram ataques piratas e tiveram124 tripulantes sequestrados. Esses números
fazem parte de uma base de dados do Maritime Bulletin. A maioria dos acidentes
comuns não são monitorados e reportados, como por exemplo acidentes com balsas,
barcos, barcos de pesca e navios com problemas sem necessidade de reboque.
Segundo orientações internacionais acompanhadas pelo
Brasil, através da NORMAM 09 de 2003 (Normas da Autoridade Marítima para
Inquéritos Administrativos sobre Acidentes e Fatos da Navegação), são
considerados acidentes de navegação o naufrágio, encalhe, colisão, abalroação,
água aberta, explosão, incêndio, varação, arribada e alijamento.
A exploração dos dados sobre acidentes marítimos permite
um melhor acompanhamento pela indústria de seguros e possibilita a
identificação de novos riscos e oportunidades para o setor de seguros marítimos
e de transportes.
Entre catástrofes naturais, acidente, avaria, avaria
grossa, perda, extravio, roubo, incêndio e explosão, os riscos são inúmeros e
causam sérios transtornos e prejuízos a todos os participantes do transporte
internacional. Diante dessa potencialidade de riscos, o seguro se torna
imprescindível para a proteção financeira dos embarcadores e de toda a cadeia
logística.
Cada envolvido no transporte deve contratar seu próprio
seguro, pois os riscos são distintos. Para o armador existe o seguro com
cobertura para o casco (corpo principal do navio), máquinas e equipamentos, e o
seguro de proteção e indenização (P&I) que cobre prejuízos a terceiros. Ao
agente de cargas, que atua como um intermediário na venda de frete entre o
armador e embarcador (exportador e importador), o mercado oferece o seguro de
responsabilidade civil e erros e omissões. Ao embarcador, cabe o seguro de
transporte internacional com cobertura contra os riscos de perdas e danos sobre
suas mercadorias transportadas.
A orientação a todos os envolvidos em uma aventura
marítima é jamais embarcar sem seguro.
Aparecido Rocha / insurance reviewer
2021: ano de oportunidades, inovação e lançamentos para o
mercado
Rivaldo Leite, presidente do Sindseg SP, participou do
Programa Sempre Seguro, da Revista Apólice, e falou sobre as expectativas para
este ano.
Fonte: Revista Apólice
O ano novo chegou e as incertezas de 2020 permanecem.
Para falar sobre o que o mercado de seguros pode esperar de 2021, a Revista
Apólice realizou na última sexta-feira, 22 de janeiro, o Programa Sempre
Seguro. Desta vez o convidado especial foi Rivaldo Leite, vice-presidente
Comercial e Marketing da Porto Seguro. A transmissão ao vivo contou com a
mediação da Jornalista Kelly Lubiato.
No início da live o executivo falou sobre como as
mudanças regulatórias e a tecnologia impactaram os corretores de seguros. Em
março de 2020 a Susep publicou a Resolução 382/20, na qual tornou obrigatória a
disponibilização das informações relacionadas à remuneração dos intermediários
na proposta de seguro, documento que antecede a contratação e que estabelece,
entre outros itens, o valor do prêmio comercial. Segundo Leite, o corretor traz
há muitos anos o bem-estar social. Algumas mudanças acabaram gerando
inseguranças, mas, apesar de estarmos enfrentando um momento delicado, a
categoria mostrou-se resiliente e conseguiu se adaptar para continuar
protegendo as pessoas.
Leite também comentou sobre as perspectivas do seguro
auto e o desempenho da carteira para 2021. De acordo com o executivo, o
segmento vem apresentando pequenas melhoras nos resultados e a elaboração de
novos modelos de veículos por parte das montadoras poderá auxiliar o setor
segurador. Estamos observando o crescimento do Auto, porém há novas tendências.
Uma delas é a elaboração de uma apólice voltada para o público jovem, que na
pandemia migrou d no o transporte por aplicativo e agora terá mais interesse em
comprar um carro.
Quando o assunto é a expansão dos canais de comunicação
com o corretor, Leite afirma que a Porto Seguro tem feito investimentos para auxiliar
na rotina dos parceiros. Se atingimos ótimos resultados é graças ao esforço de
todos os corretores que trabalham com a gente. Nossa prioridade sempre será ter
contato direto com os parceiros. Temos uma equipe especialmente para isso e
eles estão elaborando diversas novidades e melhorias para este ano.
O executivo destacou o segmento de saúde como uma grande
aposta para 2021, pois devido à pandemia as pessoas estarão mais atentas a esse
tipo de proteção. A seguradora lançou em setembro do ano passado o Porto Cuida,
programa que oferece descontos em consultas (físicas ou remotas), exames,
terapias e medicamentos. Essa é a hora que o corretor tem a oportunidade de
crescer, expandindo sua carteira, e as seguradoras de lançarem produtos
inovadores, que façam sentido com a realidade de cada um. Acredito muito também
no crescimento do seguro de vida, tanto o coletivo quanto o individual, como
opção de planejamento financeiro, disse Leite.
Para finalizar, o vice-presidente de Comercial e
Marketing da Porto Seguro afirmou que o mercado segurador não pode reclamar de
2020, pois apesar da crise obteve bons resultados. Segundo dados da edição
número 36 da Conjuntura CNseg, a arrecadação de prêmios totalizou R$ 242,9
bilhões no acumulado do ano até novembro, uma queda de 0,2% quando comparado
com o mesmo período de 2019. O mercado como um todo superou as adversidades da
pandemia e aprendeu muito com isso. Logo no início, as seguradoras e corretores
rapidamente adaptaram suas operações, colocando suas equipes em home office e
atendendo as necessidades dos segurados. Enxergo 2021 como um ano de muitas
oportunidades, mais confiança e produtos que há 5 anos atrás jamais
imaginávamos que iriam ser lançados, ressaltou o executivo.
Governo promete investigar vazamento de 220 milhões de
CPFs; saiba mais
Autoridade Nacional de Proteção de Dados se pronunciou 8
dias após o incidente que vazou, entre outros, CPFs, nomes completos,
endereços, fotografias e renda de milhões de brasileiros.
Fonte: Brasil Econômico
No último dia 19, o
dfndr lab, laboratório de pesquisa de segurança da PSafe,
identificou um vazamento em um banco de
dados que expôs informações pessoais de mais de 220 milhões de pessoas, praticamente
toda a população do Brasil.
De acordo com a investigação, os dados já circulam na
internet desde o dia 11 de janeiro.
A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD),
responsável pela aplicação da LGPD, disse que está apurando tecnicamente
informações sobre o caso e atuará de maneira cooperativa com os órgãos de
investigação competentes e oficiará para apurar a origem, a forma em que se deu
o possível vazamento, as medidas de contenção e de mitigação adotadas em um
plano de contingência, as possíveis consequências e os danos causados pela
violação.
O órgão afirma que sugerirá as medidas cabíveis,
previstas na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), para promover, com os
demais órgãos competentes, a responsabilização e a punição dos envolvidos.
Outros órgãos já atuaram no caso . As evidências indicam
que o vazamento veio do Serasa. O Serasa afirma que realizou uma investigação
aprofundada e concluiu que não é a fonte dos dados.
Dinheiro sai ou não sai?: o impasse de Bolsonaro sobre
renovar auxílio em 2021
Presidente negou a continuidade do benefício, mas o
ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu essa possibilidade; entenda a
'sinuca de bico' do governo federal
Fonte: BBC News Brasil
E aí, esse dinheiro sai ou não sai?, pergunta uma
trabalhadora doméstica sobre a possibilidade de renovação do auxílio
emergencial em 2021 . Mãe de dois filhos e moradora do Parque Fernanda, subdistrito
do Capão Redondo, na Zona Sul de São Paulo, ela foi beneficiada no ano passado
pelo auxílio emergencial dobrado para mães chefes de família.
A dúvida é a de milhões de brasileiros que ficaram sem a
transferência emergencial de renda a partir de janeiro deste ano, num momento
em que a pandemia volta a fazer mais de
1 mil vítimas por dia e o sistema de saúde de diversas capitais dá sinais de
colapso.
Na terça-feira (26/01), o presidente Jair Bolsonaro (sem
partido) voltou a negar a retomada do benefício. A palavra é emergencial. O que
é emergencial? Não é duradouro, não é vitalício, não é aposentadoria . Lamento
muita gente passando necessidade, mas a nossa capacidade de endividamento está
no limite, disse a apoiadores, na entrada do Palácio da Alvorada, em Brasília.
No mesmo dia, no entanto, o ministro da Economia, Paulo
Guedes, admitiu a possibilidade de renovação da ajuda emergencial , caso o
número de mortes por coronavírus continue crescendo no país e o governo
fracasse na vacinação da população. O ministro ponderou, porém, que isso
exigiria cortes de outras despesas como forma de compensação.
Quer criar o auxílio de novo? Tem que ter muito cuidado,
pensar bastante. Se fizer isso, não pode ter aumento automático de verbas para
educação e segurança pública, porque a prioridade passou a ser a guerra [contra
a covid], disse Guedes a uma plateia de investidores e empresários, durante
evento online promovido pelo banco Credit Suisse.
A 'sinuca de bico' do governo federal
As falas divergentes de Bolsonaro e seu ministro num
mesmo dia revelam o impasse que vive o governo federal.
Por um lado, a piora da pandemia e a necessidade de
renovação das medidas de isolamento social em diversos municípios minam o
discurso do governo de que a retomada da atividade econômica deve se dar em V,
ou seja, recuperando-se de maneira tão rápida quanto foi a queda.
Com isso, a
esperada recuperação do mercado de trabalho fica comprometida e o risco
de retorno à extrema pobreza de uma parcela considerável da população já é palpável
nas primeiras notícias sobre a volta da fome em localidades mais pobres neste
início de ano.
Nesse cenário, prefeitos e governadores pressionam o
governo pela volta do benefício , e os dois principais candidatos à presidência
da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e
Baleia Rossi (MDB-SP), já se declararam favoráveis à sua renovação,
ainda que num formato mais enxuto e respeitando os limites da regra do teto de
gastos , que impede que as despesas públicas cresçam acima da inflação do ano
anterior.
Ao mesmo tempo, o governo já vê os efeitos do fim do
auxílio e da crise da falta de oxigênio em Manaus na sua popularidade, o que
também aumenta a pressão sobre um presidente com pretensões de tentar a
reeleição em 2022.
Na outra ponta da balança, as limitações fiscais citadas por Bolsonaro são
reais, já que o país deve ter encerrado 2020 com a relação entre dívida e PIB
(Produto Interno Bruto) próxima a 90%, comparada a 74,3% em 2019.
Diante desse quadro, o mercado financeiro vê com
preocupação a possiblidade de renovação do auxílio e seus economistas alertam
que desrespeitar o teto de gastos deve levar a um aumento da taxa de juros e
desvalorização adicional da moeda brasileira, com impactos sobre o investimento
e a inflação, que já começa o ano em nível desconfortável.
Em meio a essa sinuca de bico que vive o governo federal
, a BBC News Brasil ouviu especialistas para saber o que pode vir pela frente
com relação ao auxílio emergencial.
Há espaço no Orçamento para recriar o auxílio?
Jair Bolsonaro negou a continuidade do auxílio
Quanto a essa questão, os especialistas são unânimes:
mesmo com o grave desequilíbrio das contas públicas nacionais, existem soluções
possíveis para retomar o auxílio emergencial e sua eventual continuidade é uma
decisão política.
Quando olhamos para o mercado de trabalho, de fato há uma
precariedade grande. A ocupação deve ter caído em torno de 10% no ano passado
e, esse ano, deve crescer menos de 2%, num cenário em que a recuperação da
economia se mantenha, observa Felipe Salto, diretor-executivo da IFI
(Instituição Fiscal Independente) do Senado Federal.
Isso significa que vai haver um contingente grande de
pessoas sem remuneração formal ou informal, o que justificaria a continuidade
de algum tipo de auxílio, ainda que diferente e em menor proporção do que no
ano passado, diz Salto. Essa é uma decisão política.
Lucas de Aragão, mestre em ciência política e sócio da
consultoria de risco político Arko Advice, avalia que o auxílio, para ser
prorrogado, depende de algumas variáveis.
Se dependesse exclusivamente do Poder Legislativo, teria
que respeitar o teto de gastos, com indicação da fonte de recursos, do
contrário, a iniciativa é inconstitucional, afinal não estamos mais num estado
de calamidade, diz Aragão.
Segundo ele, quanto à possiblidade de se estabelecer um
novo estado de calamidade, que permitiria a despesa ser criada sem indicação de
fonte de recurso, há uma divergência no Congresso se isso pode ou não ser
proposto exclusivamente pelo Poder Legislativo.
A Mesa do Senado acredita que não tem como, que é uma
prerrogativa exclusiva do Poder Executivo. Já a Mesa da Câmara acredita que
pode. Então não há clareza se um estado de calamidade poderia ser proposto pelo
Poder Legislativo.
Crédito extraordinário
Outro caminho possível, dizem Salto e Aragão, é a
abertura de um crédito extraordinário através de Medida Provisória do governo
federal.
É uma exceção ao teto, que dispensa o decreto de
calamidade. O crédito extraordinário está previsto na Constituição e poderia
ser utilizado para fazer uma despesa como essa, desde que bem justificada, diz
Salto.
Auxílio emergencial ajudou milhões de trabalhadores
durante a pandemia
Aragão pondera, porém, que essa alternativa poderia ser
mal vista pelo mercado. Por mais que não seja dentro do teto, é gasto, e isso
debilitaria ainda mais o quadro fiscal.
Salto avalia que a reação negativa pode ser minimizada,
caso o governo apresente um plano crível de como pretende controlar a
trajetória de endividamento nos próximos anos.
O que está faltando é indicar como as contas vão ficar
esse ano, se vai haver algum tipo de compensação para esses gastos novos, se é
que eles vão existir, e também o que vai acontecer a médio prazo, diz o
diretor-executivo da IFI.
Estamos no escuro, não se sabe até quando a dívida vai crescer e quais as medidas que vão ser tomadas em quatro ou cinco anos para que ela possa voltar a se estabilizar em relação ao PIB , porque o ajuste fiscal não vai ser feito da noite para o dia.
Mercado Recruta / Coordenador de Gestão de Riscos e Controles Internos
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O que será considerado como diferencial:
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Principais ramos de seguro para atuação:
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O grupo Energisa se orgulha de ser uma empresa de muitos sotaques, que respeita as diferenças, acolhe as boas ideias e valoriza as experiências vivenciadas em cada canto do País. Dessa forma, todas as candidaturas realizadas são consideradas sem distinção de raça, religião, gênero, nacionalidade, deficiência, orientação sexual, idade ou qualquer outra.
Link para Candidatura: https://jobs.kenoby.com/grupoenergisa/job/especialista-de-seguros/5ffdfc3cb13d962373cdc461?utm_source=website#.YARJcBLeIIk.linkedin
Perspectivas de Riscos Para 2021
Acesse o estudo da The Global Risks Report 2021: https://www.weforum.org/reports/the-global-risks-report-2021/
https://www.revistaapolice.com.br/2020/12/edicao-261/
https://www.revistacobertura.com.br/2020/12/21/edicao-227/
https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-915.html
https://revistaseguradorbrasil.com.br/edicao-163/
https://revistasegurototal.com.br/wp-content/uploads/2020/12/segurototal_ed213.pdf