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IRB receberá R$ 358 milhões por acordo homologado com Eletronorte

05, Mar. 2021

IRB receberá R$ 358 milhões por acordo homologado com Eletronorte

Fonte: Sonho Seguro

Grande expectativa do mercado agora está em quem será o novo CEO

Enquanto todos aguardam com ansiedade o nome do novo CEO do IRB-Brasil Re, a rotina para sanear o ressegurador segue a passos largos. Nesta quarta-feira, o IRB divulgou comunicado para informar que foi publicada a homologação do acordo judicial celebrado com a Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte).

O acordo encerra a ação de ressarcimento proposta em dezembro de 2005 pelo IRB, SulAmérica e outras seguradoras, objetivando o ressarcimento dos valores pagos à Albras (Alumínio Brasileiro) em razão de contrato de seguro firmado, em decorrência de sinistro envolvendo interrupção de energia elétrica. Pelo acordo, está previsto o pagamento, à vista, pela Eletronorte ao IRB Brasil RE, do valor de aproximadamente R$ 358 milhões, do total de R$ 390 milhões, até o dia 10 de março.

Já o nome do novo CEO, cargo que Antonio Cassio dos Santos acumula com o de presidente do Conselho, deve sair em breve. Santos deve seguir na presidência do Conselho, juntamente Jorge Lauriano Nicolai Sant’Anna, como suplente do presidente, e, como titulares do colegiado, Regina Helena Jorge Nunes, Ivan Gonçalves Passos, Henrique José Fernandes Luz, Marcos Pessoa de Queiroz Falcão, Ellen Gracie Northfleet, Hugo Daniel Castillo Irigoyen. Todos os nomes já fazem parte do atual conselho e seriam reconduzidos a um mandato de dois anos.

Taesa se credencia como uma das melhores pagadoras de dividendos e ofusca resultado fraco do 4º trimestre

Resultado da companhia não animou os analistas, mas pagamento de dividendos, com um dividend yield de 15% em 2020, foi o ponto positivo

Resultados fracos, mas dividendos fortes. Mesmo com os números do quarto trimestre de 2020 decepcionando o mercado, o anúncio dos dividendos da companhia de energia Taesa (TAEE11) acabaram animando os investidores, em um dia também de alta generalizada para os mercados. Às 11h53 (horário de Brasília), os ativos TAEE11 subiam 3,84%, a R$ 31,93.

A princípio, o balanço da transmissora de energia elétrica parece ser bem positivo, uma vez que ela registrou lucro líquido de R$ 829 milhões no quarto trimestre de 2020, um salto de 194,7% na comparação anual, ajudada pela disparada do IGP-M, que corrige parte de seus contratos, e após aquisições e conclusão de projetos. Os ganhos totais em 2020 foram de R$ 2,26 bilhões, pouco mais que o dobro do resultado de R$ 1,1 bilhão em 2019.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) regulatório foi de R$ 302 milhões no último trimestre de 2020, alta de 17% ano a ano, com margem de 78,9%, contra 76,1% em mesmo período de 2019. No ano, a companhia encerrou com margem Ebitda de 81,9%, contra 82,7% em 2019.

A receita líquida da Taesa para o período de outubro a dezembro somou R$ 1,17 bilhão, com significativa expansão de 148,5% em base anual, “em função das aquisições recentes e entrada em operação de algumas concessões”, segundo a empresa.

Também houve impacto positivo do reajuste inflacionário de receitas asseguradas em contratos de concessão da empresa, parte eles associados ao índice de inflação IGP-M, que disparou em 2020, com alta acumulada de 24,5% no ano.

Enquanto no último trimestre de 2020 o IGP-M avançou um acumulado de 11,24%, em 2019 o índice chegou a ter variação negativa de 0,01% em setembro e acumulou 0,97% nos últimos três meses, destacou a Taesa.

A correção monetária dos ativos rendeu 493,5 milhões de reais em receita líquida para a empresa no trimestre, impressionantes 1.290% a mais que no mesmo período de 2019. No fechado do ano, foram R$ 1 bilhão, alta de 513%.

Os custos, despesas, depreciação e amortização regulatórios da companhia aumentaram 9,6% no último trimestre, para R$ 143,6 milhões, enquanto avançaram 18,8% em 2020, para R$ 517,8 milhões. Mas custos com pessoal, material, serviços e outros recuaram 0,4% no último trimestre, para 80,9 milhões, embora tenham subido 14,6% no ano, para R$ 275,7 milhões.

Os números impressionam mas, com ajustes, eles não foram tão recebidos pelos analistas de mercado. Conforme destaca a XP Investimentos, o Ebitda Ajustado (incluindo resultado de participações por equivalência patrimonial) foi de R$ 334,0 milhões, ligeiramente abaixo (mais precisamente 8,5%) da estimativa dos analistas de R$ 364,8 milhões. Além disso, houve maiores despesas financeiras líquidas do que o esperado.

Por outro lado, os analistas da XP destacaram como positivo que a empresa manteve sua prática de distribuição de proventos nos patamares elevados, refletindo o forte potencial de geração de caixa da companhia e o menor perfil de risco do setor de transmissão de energia.

O Conselho de Administração da companhia aprovou uma distribuição de dividendos adicionais de R$ 561,9 milhões. Isso representa R$ 1,63 por unit e um dividend yield (valor do dividendo em relação ao preço da ação) de 5,3%. A distribuição dos dividendos ainda deverá ser submetida à deliberação da Assembleia de Acionistas. As units negociarão ex-dividendos em 05 de maio de 2021.

Sendo aprovada, a distribuição total será equivalente a R$ 4,66 por ação referente a 2020, um retorno em dividendos de cerca de 15%, um retorno bastante considerável comparada às taxas praticadas pelo setor, destaca a Levante Ideias de Investimentos.

De acordo com a XP,  tal patamar de distribuição de dividendos é muito positivo, e uma evidência da visão da Taesa como um dos melhores veículos pagadores de dividendos. Estimamos um dividend yield de 9,6% em 2021-22 para as ações, apontam os analistas.

Para acompanhar

Cabe destacar que, além do resultado, a transmissora ainda divulgou a preparação de um plano de negócios que contemple a sua expansão de atuação em território nacional até 2030, que deverá ser realizada por meio de participações de leilões de transmissão e via aquisições de ativos.

André Moreira, CEO da companhia, apontou que a Taesa deve manter o mesmo nível de investimentos realizados em 2020 para os próximos anos subsequentes, da ordem de aproximadamente R$ 1,5 bilhão.

De acordo com Moreira, a expectativa é que essa competição se mantenha acirrada, com a participação de empresas do setor de energia, além de companhias de construção civil e fundos de investimentos, destaque do leilão anterior. Além do leilão previsto para junho, a agência deve realizar um segundo leilão no final do ano, em dezembro.

Além dos planos de expansão da companhia, que atualmente contabiliza 39 concessões de transmissão, a Taesa também incluiu em seus planos metas relacionadas à integração e sustentabilidade, com ampliação da diversidade no seu quadro de funcionários e métricas para monitorar esse propósito, aponta a Levante.

Fonte: InfoMoney

Novo seguro garante contratos de energia solar

Fonte: CQCS

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) lançou, nesta quarta-feira (03), o Programa ESI (Seguro de Economia Energética, na sigla em inglês), voltado a impulsionar esses segmentos. A aposta é um seguro de performance energética, que garanta o retorno de investimentos de pequenas e médias empresas (PME) em projetos de eficiência energética e instalações de geração fotovoltaica. As informações são da IstoÉ, em matéria publicada dia 03/02.

Ainda de acordo com o portal, o seguro prevê o pagamento do valor previsto em contrato correspondente à redução no consumo de energia, para projetos de eficiência energética, ou à geração elétrica, para instalações fotovoltaicas, caso esses indicadores não sejam atingidos por problemas de desempenho do projeto ou dos equipamentos envolvidos.

A contratação do seguro é feita através de companhias seguradoras conveniadas ao programa. No Brasil, há apenas uma empresa, a Invest, e o BID, que se propõe a ser indutor deste mercado, espera que outras seguradoras possam passar a oferecer o produto.

A expectativa é que o seguro possa ser oferecido em parceria com bancos privados que, com a garantia oferecida pelo modelo, terão mais segurança para oferecer crédito para investimentos em eficiência energética.

Seguro tende a ficar mais caro com aumento de tributo de instituições financeiras

Dos R$ 37 bilhões de lucro em 2019, a CSLL e o IRPJ somaram cerca de R$ 12,4 bilhões, equivalente a 33,5% dos ganhos.

Fonte: Folha de S.Paulo

O aumento do CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) anunciado na última segunda-feira (1) para as instituições financeiras pode encarecer os produtos de seguros de algumas companhias do setor.

A medida foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para compensar o corte de tributos sobre diesel e gás de cozinha por dois meses.

A expectativa de repasse para o preço dos seguros é do presidente da CNSeg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização), Marcio Coriolano.

Nosso setor tem uma variedade enorme de companhias dos mais variados tamanhos. E essa medida impacta e prejudica principalmente essas pequenas e médias empresas do segmento, que podem não ter outra alternativa além de repassar os valores para as tarifas. Algumas vão poder absorver [a alíquota], mas outras, não, afirmou.

Segundo Coriolano, representantes do mercado segurador já conversam com o governo para tentar excluir o setor do aumento de impostos trazido pela MP 1034/21 que eleva a tributação de instituições financeiras, da indústria química e dos veículos comprados por pessoas com deficiência.

Pela proposta, a alíquota da CSLL cobrada dos bancos sobe de 15% para 25% até o final deste ano e passa a 20% a partir de 2022.

Para as demais instituições financeiras (como corretoras de câmbio, empresas de seguro e administradoras de cartão de crédito), a alíquota sobe de 15% para 20% até o final de 2021 e volta a 15% em 2022.

As bolsas de valores não entraram no aumento de imposto. Para as demais pessoas jurídicas, a CSLL continua sendo de 9%. Por se tratar de uma Medida Provisória (MP), o efeito imediato da alteração é imediato, mas precisa de aprovação na Câmara e no Senado em até 120 dias para se tornar lei e não perder a validade. Como no caso a MP trata de aumento de tributos, o impacto ocorre após cerca de 90 dias, a chamada noventena.

A medida é recente, mas estamos tentando conversar com parlamentares e mostrar que é diferente para o setor de seguros, disse Coriolano.

Não estamos conformados. Em 2019, o recolhimento de impostos de todas as naturezas [como Imposto de Renda para pessoas jurídicas, CSLL e Pis/Cofins] foi de R$ 47 bilhões para o setor, maior do que o lucro do segmento naquele ano, de R$ 37 bilhões. Isso também acaba prejudicando a competitividade do mercado segurador, completou.

Segundo o executivo, dos R$ 37 bilhões de lucro alcançado pelo setor em 2019, a CSLL e o IRPJ somaram cerca de R$ 12,4 bilhões, uma carga tributária equivalente a 33,5% dos ganhos.

Considerando um mesmo montante de lucro anual, o aumento anunciado pelo governo elevaria essa carga para R$ 14 bilhões –37,8% dos ganhos.

No ano passado tivemos um crescimento nominal de 1,3% e uma queda real de 1,6% o que, de maneira geral, deixa o mercado no zero a zero, disse Coriolano, afirmando que as expectativas para 2021 são mais positivas.

Mas para ter um resultado melhor, não adianta ficar orando para o papai do céu. Todo mundo tem que fazer a lição de casa. Estamos depositando muita expectativa na vacinação e na manutenção dos fundamentos macroeconômicos do país. Agora, temos que esperar que o Congresso e o governo façam o seu trabalho, disse o presidente da CNSeg.

Investimentos em Infraestrutura

O Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal, abriu nesta segunda-feira (1) edital de chamada pública para financiar projetos de infraestrutura. Com recursos de R$ 3 bilhões para financiamentos de empreendimentos nos setores de energia, rodovia, ferrovia, hidrovia, porto, aeroporto e saneamento, a novidade é que o fundo também atenderá a empresas de menor porte, uma vez que não foi estabelecido valor mínimo para os projetos.

O FI-FGTS tem o objetivo de investir recursos na construção, reforma, ampliação ou implantação de empreendimentos em infraestrutura. O valor máximo da proposta de investimento ao FI-FGTS será de R$ 400 milhões por empreendimento, e o edital prevê que o fundo financie até 25% do projeto. Além disso, será exigido do empreendedor um capital próprio mínimo de 20% do valor do projeto.

A chamada ficará aberta para recebimento de propostas por quatro meses, contados a partir da data de publicação do edital, ou em prazo inferior, caso sejam aprovadas 24 propostas na etapa de elegibilidade ou caso a soma dos valores das propostas aprovadas nessa etapa atinja o limite de R$ 3 bilhões, o que ocorrer primeiro.

Fonte: Revista Portos e Navios

Por que vacinação sem lockdown pode tornar Brasil 'fábrica' de variantes superpotentes

Brasil confirma 6 casos de reinfecção

O cenário atual no Brasil, que combina início da vacinação com transmissão descontrolada da covid-19, pode tornar o país uma fábrica de variantes potencialmente capazes de escapar por completo da eficácia das vacinas. Esta é a avaliação de cientistas britânicos diretamente envolvidos em algumas das principais pesquisas sobre mutações do coronavírus.

Pesquisadores da universidade Imperial College London e da Universidade de Leicester ouvidos pela BBC News Brasil afirmam que lockdowns e outras medidas de contenção são particularmente necessários durante a vacinação de uma população.

Eles explicam que é justamente o contato entre vacinados e variantes que propicia o aparecimento de mutações superpotentes, capazes de driblar totalmente a ação do imunizante.

E, no Brasil, há uma combinação explosiva para que isso ocorra: vacinação ainda em ritmo lento, variante com a mutação E484k (que dribla anticorpos) e altas taxas de infecção.

Variante de Manaus pode favorecer mutação antivacina

O maior perigo está no contato da variante de Manaus, apelidada de P.1, com pessoas recém-vacinadas, explica o virologista Julian Tang, da Universidade de Leicester, no Reino Unido.

Segundo ele, ao entrar na célula humana e se deparar com uma quantidade ainda pequena de anticorpos da vacina, a variante, ao se replicar, pode promover mutações mas resistentes a esses anticorpos.

Se você é vacinado numa segunda-feira, você não está imediatamente protegido. Leva algumas semanas para os anticorpos da vacina aparecerem e você ainda pode se infectar pelo vírus original ou pela variante P.1, explica Tang.

Brasil bate recordes de mortes em 24 horas - mais de 1,8 mil vítimas de covid-19. Hospitais em Porto Alegre alcançam 100% da ocupação em de 1,8 mil vítimas de covid-19. Hospitais em Porto Alegre alcançam 100% da ocupação em UTIs.

Se esses anticorpos da vacina surgem enquanto a infecção está ocorrendo e replicando no seu corpo, o vírus pode se replicar de maneira a evadir o anticorpo que está sendo produzido, num movimento de seleção natural.

Esse movimento é parte do processo de evolução do vírus, que tenta se adaptar a adversidades. A pessoa vacinada, porém infectada, pode passar o vírus mutante adiante se não houver medidas de controle em vigor, como quarentenas, fechamento de comércio e locais de lazer.

O risco de isso acontecer seria menor se a variante de Manaus não estivesse se espalhando pelo país e se as infecções estivessem sob controle. Isso porque a chance de o vírus original conseguir se fixar em grandes quantidades nas células de uma pessoa vacinada é pequena, já que os imunizantes foram produzidos exatamente para impedir a eficácia dessa ligação.

Mas a mutação E484k, presente na variante de Manaus, afeta exatamente o principal ponto de ligação entre o vírus e as células, tornando o encaixe mais eficaz e reduzindo a eficácia dos chamados anticorpos neutralizantes.

Pesquisas preliminares apontam redução da eficácia da vacina Oxford-AstraZeneca contra variantes com a mutação E484K e o Instituto Butatan está pesquisando o impacto delas no percentual de proteção da CoronaVac.

Se há uma replicação descontrolada do vírus, ou seja, transmissão num ambiente sem regras de distanciamento social, lockdown e uso de máscaras, as pessoas suscetíveis vão se misturar com as vacinadas. Sem barreiras, o vírus pode se transmitir de uma população para outra, potencialmente gerando variantes que escapam à vacina, disse Tang à BBC News Brasil.

Brasil vacinou cerca de 3% da população e ainda negocia vacinas suficientes para atender a todos os habitantes.

O professor de Saúde Global Peter Baker, da Imperial College London, também afirma que o contato em larga escala de variantes do coronavírus com pessoas vacinadas gera uma pressão biológica para que elas evoluam, criando mutações que driblem melhor os anticorpos.

Isso vai acontecer principalmente se você tiver uma situação de epidemia de grande porte num país com sucesso moderado de vacinação. Você alcança assim o equilíbrio perfeito entre pessoas imunes e infectadas. E, quando essas populações se misturam, há risco de surgir uma nova variante resistente às vacinas, disse à BBC News Brasil.

Descontrole da epidemia no Brasil

O Brasil vivencia exatamente essa confluência entre vacinação em estágio precoce e pico de casos de covid-19. O país superou os Estados Unidos no infeliz recorde de infecções em 24 horas.

Dados publicados nesta quinta-feira (24) pela Organização Mundial da Saúde apontam que foram registrados 59,9 mil casos de covid-19 no Brasil no período de 24 horas. Nos EUA, foram 57,8 mil.

O número de mortes diárias também não para de subir e bater recordes. Na quarta (3), foram registradas 1,8 mil mortes num dia, o maior número desde o início da pandemia. Em mais da metade dos estados brasileiros, a ocupação de leitos de UTI supera 80%.

Diante do colapso dos sistemas de saúde em vários municípios, governadores decretaram lockdown ou medidas de distanciamento social. Apesar do descontrole de infecções, o presidente Jair Bolsonaro declarou mais uma vez ser contra as restrições.

No que depender de mim nunca teremos lockdown. Nunca, uma política que não deu certo em lugar nenhum do mundo, afirmou o presidente.

Mas os dados desmentem a fala de Bolsonaro.

No Reino Unido, o lockdown em vigor em todo o país desde o início de janeiro reduziu em dois terços as infecção por covid-19. Em Londres a diminuição foi de 80%, segundo pesquisa da Imperial College London.

Do ponto de vista científico, fechar fronteiras e implementar quarentenas em casa são eficazes em diminuir a infecções. E há benefícios em reduzir infecções. Você diminui o risco de surgirem variantes, ganha tempo para a campanha de vacinação avançar e para pesquisas concluírem vacinas adaptadas às variantes existentes hoje, diz o professor Peter Baker.

Variante de Manaus pode dominar infecções no país

Além disso, especialistas alertam que, sem medidas de controle, a variante de Manaus pode acabar substituindo o vírus original e se tornar prevalente em todo o território nacional. A P.1 já circula em pelo menos 10 Estados brasileiros, além de ser responsável por quase a totalidade das infecções atuais na capital do Amazonas.

Sem medidas de controle, P1 vai rapidamente ser o vírus dominante e gerar ondas epidêmicas significativas, disse à BBC News Brasil Charlie Whittaker, pesquisador da Imperial College London.

Um estudo liderado por Whittaker mostrou que a variante de Manaus é entre 1,4 e 2,2 vezes mais transmissível que o vírus original. A pesquisa revela ainda que a P.1 é capaz de evadir o sistema imune de infecções prévias em 25% a 61% dos casos. Ou seja, ela pode provocar reinfecções em indivíduos que já haviam sido contaminados pela covid-19.

E reinfecções são outro ingrediente importante para mutações perigosas, diz Peter Baker, da Imperial College London.

Quando essas variantes entram em contato com pessoas que já foram infectadas, há uma pressão para que elas mutem mais, encontrem uma maneira de reinfectar pessoas previamente imunizadas, diz.

A combinação de uma epidemia prévia com uma nova grande epidemia, em que pessoas que já teriam imunidade são reinfectadas, gera um ambiente propenso a mutações. Achamos que isso é o que aconteceu no contexto brasileiro.

Aparição de variantes no Brasil gera risco ao mundo todo

Além de já estar se espalhando pelo território brasileiro, a variante de Manaus já foi detectada em 25 países, apesar de várias nações terem cancelado voos para o Brasil e imposto quarentenas e testes de covid-19 a quem desembarcar vindo do país.

Isso revela que o descontrole da doença num país coloca em risco outras nações.

Se você deixar o Brasil replicar o vírus de maneira descontroladas, essas variantes podem surgir e viajar para qualquer lugar, diz o virologista Julian Tang, da Universidade de Leicester.

Se você tem um celeiro de produção de vírus num país, se você não controla a transmissão, vai ter mutação ocorrendo por seleção natural, se essas variantes viajam pelo mundo e algumas delas escapam totalmente ou parcialmente às vacinas, é claro que é um risco.

Os pesquisadores ouvidos pela BBC News Brasil avaliam que vacinação em massa, combinada com medidas de restrição de contato social, como lockdowns, uso de máscaras e fechamento de comércio são importantes para conter altas taxas de infecções e impedir novas mutações, enquanto a imunização avança.

Ninguém está seguro enquanto todos não estivermos seguros. E garantir que estamos seguros significa limitar a chance de variantes surgirem. Medidas de controle são úteis para alcançar isso, mas talvez mais importante ainda seja garantir uma estratégia global equitativa de vacinação. Isso significa que nenhum país deve ser deixado para trás, defende Charlie Whittaker, da universidade Imperial College London.

Fonte: BBCNews

Em melhor cenário, economia brasileira só se recupera em 2023

Fpnte: Monitor Mercantil

Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), por conta de o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro ter caído 4,1% em 2020 em comparação com o ano anterior, as notícias seguem sendo desanimadoras por dois motivos.

O primeiro (e mais importante deles) é que a última vez que o Brasil cresceu significativamente foi em 2013 – 3%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Depois, estacionou em 0,5% em 2014 e caiu nos anos seguintes: -3,5% em 2015 e -3,3% em 2016. Quando começava a indicar um cenário de retomada, com expansões tímidas do PIB em 2017 (1,3%), 2018 (1,1%) e 2019 (1,1%), veio a pandemia. Diante desses números, é possível dizer que o país só vai retomar o patamar do começo da década passada em 2023, isso se daqui até lá sustentar um crescimento de, pelo menos, 2% ao ano. Em outras palavras, se nada der errado daqui para frente, o Brasil só voltará ao patamar de 2013 exatamente 10 anos depois. É, portanto, a verdadeira década perdida.

E esse é o segundo (e mais preocupante) motivo: as perspectivas de um crescimento nesse ritmo são poucas. Isso porque 2021 já começou com desafios enormes para a economia do país, com um primeiro trimestre marcado por uma nova queda do consumo das famílias em meio ao auge da crise de covid-19, cujos impactos se verão no PIB trimestral. Além disso, há ainda as dúvidas de longo prazo sobre a capacidade do governo federal em implantar uma política de austeridade fiscal cortando despesas.

Ainda que o PIB cresça entre 3% e 3,5% em 2021, será muito mais por conta do efeito comparativo da queda de 4,1% em 2020 do que um indicativo sólido da retomada econômica.

Para a Fecomércio-SP, o caminho pode começar a ser trilhado por uma verdadeira reforma do Estado, diminuindo tributos, acelerando investimentos e contendo a alta da inflação por meio de uma política de juros baixos.

A Fecomércio-SP também estima que, com a fase vermelha implantada pelo governo de São Paulo a partir de sábado, haja prejuízo de R$ 11 bi em março para o setor. A medida foi anunciada na última quarta e deverá valer até o dia 19 de março. O objetivo, segundo o governador João Doria (PSDB), é tentar conter o avanço do número de casos e mortes provocadas pelo novo coronavírus. Na última terça, o estado registrou o maior número de mortes por Covid-19 em 24 horas desde o início da pandemia, com 468 óbitos. No total, o estado já passou de 60 mil mortes provocadas pela Covid-19.

De acordo com a Fecomércio-SP, o valor é semelhante aos impactos mensurados de recuo médio mensal entre abril e maio de 2020, meses críticos da pandemia no ano passado. Só na capital a estimativa é de uma perda média de R$ 6 bilhões no mês em medição. Ainda segundo a instituição, se não houver fiscalização intensa em relação às irregularidades e atividades clandestinas, a medida adotada pelo governo não terá eficácia.

Levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelou nesta semana que o varejo já perdeu 75,2 mil lojas devido à pandemia. O saldo negativo anual de lojas é o maior desde a recessão em 2016. Segundo o CNC, sem o auxílio emergencial, o estrago seria ainda maior.

Perspectivas de Riscos Para 2021

Acesse o estudo da The Global Risks Report 2021: https://www.weforum.org/reports/the-global-risks-report-2021/

Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:

Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2021/02/edicao-262/

Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/2021/02/26/edicao-228/

Revista Segurador Brasil: https://revistaseguradorbrasil.com.br/edicao-163/

Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2021/02/18/edicao-215-os-desafios-da-lei-geral-de-protecao-de-dados-para-os-consumidores/

Revista Insurance Corp: http://insurancecorp.com.br/pt/content/pdf/ic_ed33_2020.pdf  

Revista adernos de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-915.html 

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