Sinais de Recuperação do Mercado
Sinais de Recuperação do Mercado
Seguro de vida registra crescimento real de 4,4% em
janeiro, com receitas de R$ 1,6 bi
Há uma estimativa extra oficial que as seguradoras
pagaram entre abril de 2020 e janeiro de 2021 algo em torno de 26,6 mil
indenizações por mortes com casos confirmados de covid-19, com valores
estimados em R$ 1,12 bilhão
Fonte: Sonho Seguro
O seguro de vida, que segue como destaque dentre os
seguros de pessoas, com R$ 1,63 bilhão em receitas, registrou crescimento de
9,2% em relação a janeiro de 2020. Trata-se de crescimento real de 4,4%,
considerando-se o IPCA do período. O seguro prestamista também se destacou, com
alta de 7,8% em relação a janeiro de 2020, um aumento real de 3,1%, segundo
dados antecipados ao blog Sonho Seguro pela Superintendência de Seguros
Privados (Susep). Os dados da resenha mensal de janeiro estão previstos para
serem divulgado nesta sexta-feira.
Executivos do setor têm afirmado que a procura por seguro
de vida aumentou neste cenário de pandemia, que já ceifou mais de 270 mil vidas
no país. Ontem, o Brasil superou pela primeira vez o número de 2 mil mortes em
um único dia de vítimas da Covid-19. O número de casos notificados chegou a
11,2 milhões. O Brasil é o segundo país mais afetado pela pandemia, atrás
apenas dos Estados Unidos.
A maioria das seguradoras concordou em pagar as
indenizações do seguro de vida por morte de Covid-19, mesmo em contratos onde
há clausula de exclusão de pandemia. No entanto, ainda não há uma decisão comum
sobre como será o procedimento daqui para frente. Se optou por pagar no início,
mesmo com exclusões, pois todos imaginavam que a pandemia terminaria em 2020.
Agora, com a falta de previsibilidade sobre onde isso vai parar, o tema tem
sido discutido no setor, contou um executivo que pediu anonimato. Há uma
estimativa extra oficial que as seguradoras pagaram entre abril de 2020 e
janeiro de 2021 algo em torno de 26,6 mil indenizações por mortes com casos
confirmados de covid-19, com valores estimados em R$ 1,12 bilhão.
A Sompo Seguros informou que desde 1 de março de 2021
suspendeu a carência para coberturas de sinistros relacionados ao novo coronavírus
(SARS-CoV-2), causador da COVID-19. Essa medida vem complementar a decisão da
companhia que, em abril de 2020 determinou a plena cobertura no caso de Morte,
Assistência Funeral e Diárias de Internação Hospitalar relacionados a casos de
COVID-19 para apólices vigentes de vida.
A pandemia COVID-19 pressiona as seguradoras a novas
tendências, além das que estavam na agenda como mudanças regulatórias, avanços
tecnológico, novos hábitos de consumo, alterações do clima, riscos emergentes,
como o cibernético, programas de diversidade e sustentabilidade, só para citar
os principais engajamentos que ocupam o Board das companhias. Certamente, 2021
será mais um ano de muito aprendizado e trabalho para o mercado segurador
mundial. No Brasil, o setor investe para entender com mais precisão os riscos,
revisa produtos, muda a forma como é feita subscrição de riscos, amplia os
meios de distribuição de distribuição dos produtos e também os busca inovar no
portfólios de investimentos diante da taxa de juros negativa praticada
atualmente no Brasil.
Transparência nos Negócios
Projeto que acaba com obrigatoriedade de informar a
comissão entra em análise na Câmara
Fonte: CQCS
O projeto de Decreto Legislativo que altera os termos da
Resolução 382/20 do CNSP está tramitando, agora, nas Comissões de Finanças e
Tributação, para análise da adequação financeira ou orçamentária da proposição;
e de Constituição e Justiça e de Cidadania, (na qual é avaliada a
constitucionalidade da proposta, assim como se há conformidade com os princípios
do sistema jurídico).
A proposta, de autoria do deputado Lucas Vergilio
(SD/GO), susta os efeitos de dois dispositivos daquela resolução: o art. 4º, §
1º, inciso IV, que obriga o corretor de seguros a informar ao segurado, antes
da assinatura da proposta, o montante de sua remuneração pela intermediação do
contrato, acompanhado dos respectivos valores de prêmio comercial ou
contribuição do contrato a ser celebrado; e o art. 9º, o qual cria a figura do
cliente oculto, que poderá pesquisar, simular e testar, de forma presencial ou
remota, o processo de contratação, a distribuição, a intermediação de seguros,
títulos de capitalização ou planos de previdência complementar aberta, com
vistas a verificar a adequação das práticas de conduta de intermediários e
entes supervisionados à regulação vigente.
Ao apresentar o projeto, o deputado argumentou que a
Resolução 382/20 regulamenta matérias que estão fora do espectro de competência
normativa-executiva do CNSP e extrapola a competência regulamentar do Poder
Executivo, podendo ser sustada via Decreto Legislativo.
O parlamentar acrescentou ainda que é da competência
exclusiva do Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo
que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.
Segundo Lucas Vergilio, quanto ao dispositivo que trata
da remuneração dos corretores de seguros, nem a Lei 4.594/64, que regulamenta a
profissão de corretor de seguros, ou tampouco o Decreto-Lei 73/66 (que
regulamenta o mercado de seguros) estabelece qualquer disposição que obrigue a
categoria a divulgar o montante recebido a título de remuneração.
Ele acentuou que a comissão de corretagem corresponde não
a uma contraprestação da operação de seguro, mas ao consequente da relação
jurídica de natureza privada mantida entre o corretor e o segurador a título de
intermediação. Tanto que, se segregada, esta intermediação não implica na
assunção dos ônus e obrigações decorrentes do contrato de seguro, justamente
porque sua natureza jurídica não se confunde com a operação de seguro, observou
o autor do projeto na ocasião.
Pandemia adia para 2023 evento internacional de seguros
no Rio
Fonte: O Estado de S. Paulo
Com o agravamento da pandemia no Brasil, um evento
internacional de seguros que aconteceria no País foi adiado de 2022 para o
segundo semestre de 2023. A mudança na data da 38ª Conferência Hemisférica da
Federação Interamericana de Empresas de Seguros (Fides) foi proposta pela
Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg) e acolhido pelo colegiado da
entidade internacional. O evento será realizado no Rio de Janeiro.
Argumentos. As justificativas apresentadas pela CNSeg
foram a persistência do contágio da Covid-19 em nível mundial, as consequentes
restrições sanitárias impostas pelas autoridades de saúde e a ausência de
previsão concreta do término do contágio. O Brasil sediou o evento em outras
duas oportunidades, em 1954 e 1979, ambas no Rio. A última edição ocorreu na
Bolívia, em 2019.
Compliance como ferramenta de sustentabilidade dos
negócios
Fonte: Migalhas / Autora: Karine Aparecida de Oliveira
Dias Eslar
Um programa de compliance efetivo, que vise a perenidade
e sustentabilidade dos negócios vai além da implantação; esta é apenas uma
etapa dentro de uma série de outras atividades que envolvem governança,
cultura, valores e princípios.
1. Introdução
A tratativa da corrupção é um tema recorrente na
sociedade brasileira e na América Latina em geral, além de representar um modus
operandi para que muitas empresas façam negócios em todo o globo terrestre.
Anualmente, a Transparência Internacional divulga o Índice de Percepção da
Corrupção (IPC) no mundo, o qual vem sendo medido desde 1995.
O IPC avalia 180 países e territórios e lhes atribui
notas em uma escala entre 0 (quando o país é percebido como altamente corrupto)
e 100 (quando o país é percebido como muito íntegro). Para o ano 2020, o índice
destacou alguns pontos de alarme, uma vez que demonstrou que o Brasil, com
média 38, ainda se encontra em uma condição crítica na evolução pela
integridade.
A Lei Anticorrupção Brasileira (lei 12.846/13) e o seu
Decreto Regulamentador (Dec. 8.420/15), tratam da necessidade de composição de
um programa de compliance efetivo, especialmente no que tange a adoção de
padrões mínimos de estruturação do programa, a fim de coordenar ações de
combate a corrupção, à fraude e aos ilícitos em geral, contudo, o ordenamento
jurídico pretérito à Lei Anticorrupção não é omisso quanto a matéria.
Leis como a Lei da Improbidade Administrativa 8.429/92,
Lei de Licitações Públicas 8.666/93, Lei de Lavagem de Dinheiro 9.613/98, Lei
do CADE, também conhecida como Lei Antitruste 12.529/11, já indicam, assim como
o Código Penal, o que vem a ser corrupção e como a mesma será enfrentada.
A Lei Anticorrupção foi regulamentada pelo decreto
8.420/15 e sua principal contribuição para com as demais normas foi definir a
responsabilidade objetiva da pessoa jurídica envolvida em atos de corrupção e
fraude, além de definir sanções que podem chegar a 20% do faturamento bruto do
último exercício anterior ao da instauração do processo administrativo de
responsabilização.
O decreto estabeleceu as diretrizes para o cálculo da
multa, levando-se em consideração os motivos agravantes e atenuantes para composição
da mesma, bem como forneceu parâmetros para o estabelecimento do acordo de
leniência, para o Processo Administrativo de Responsabilização (PAR), além de
definir aspectos para implantação de um programa de integridade eficiente,
exposto exaustivamente no artigo 42 da respectiva norma.
A lei 12.846/13 criou, ainda, o Cadastro Nacional de
Empresas Punidas (CNEP), regulamentada pelo decreto 8.420/15, o qual impulsiona
o Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS) para contratar com
a Administração Pública.
As legislações representam, portanto, importante avanço
na prevenção e combate aos ilícitos, contudo, apenas a existência das Leis não
é suficiente para garantir que a corrupção não seja praticada; é necessária a
implantação de medidas mais efetivas para prevenir, detectar e responder às
ações atentatórias de práticas de ilícitos como suborno, aferimento de
vantagens indevidas, práticas conflitivas e anticoncorrenciais, fraudes a
licitações, dentre tantas outras ações que minam o negócio a longo prazo.
A implantação de um programa de compliance implica,
portanto, a tomada de ações que visem criar uma cultura empresarial positiva,
proativa e virtuosa, que impactará a forma de se fazer negócios além de
promover maior transparência às relações empresariais e, consequentemente,
colocará a empresa em um patamar diferenciado no mercado porque vai atrair
negócios, abrir portas e promover saudavelmente a competitividade e
sustentabilidade aos negócios. É o que temos visto no mercado de infraestrutura,
agronegócios e medicina, especialmente.
2. O que é compliance?
De uma forma bem didática, compliance é o conjunto de
disciplinas destinadas a fazer cumprir as normas legais e regulamentares, as
políticas e as diretrizes estabelecidas para os negócios e para as atividades
da instituição ou empresa. Ter um programa de compliance significa possuir
meios para garantir o cumprimento das normas e evitar penalidades e danos
reputacionais, uma vez que tal sistemática evita, detecta e trata desvios ou
inconformidades.
A metodologia que envolve um programa de compliance tem
muito a ver com a ética, por isso, percebe-se no cotidiano de implantação de um
programa de compliance, que as empresas têm exercido um enorme esforço para
promover treinamentos e conscientização aos colaboradores, a fim de promover a
cultura ética e transparente em suas relações.
Por ser uma ferramenta de autogestão, o compliance
possibilita às organizações identificarem os riscos de conformidade envolvidos
na sua atuação, bem como para garantir a conformidade dos processos e aprimorar
os mecanismos de prevenção, detecção e correção que impeçam a ocorrência de
desvios, promovendo o crescimento e a sustentabilidade do negócio, e elevando o
grau de governança corporativa. (ESLAR, 2018).
Como forma de materializar todos os conceitos que
permeiam o estabelecimento dessa metodologia, as leis outrora citadas preveem e
criam condições para a adequação das organizações, prevendo, em caso de
ocorrência de ilícitos, sanções que podem implicar a restrição ao direito de
participar em licitações ou de celebrar contratos com a Administração Pública.
Como se não bastassem todas as normativas Federais, Leis
Estaduais vêm regulamentando as disposições federais e estabelecendo conjuntos
de instruções para as empresas que pretendam contratar com a Administração
Pública. Tais legislações deixam claro ao mercado empresarial que os programas
de compliance passarão a ser condição para contratar ou manter contrato com o
Poder Público.
Nessa seara, a maioria das legislações estaduais apontam
para o prazo de 180 dias como termo final para a implantação de um programa de
compliance pelas empresas que possuam ou que firmem contrato com a
Administração Pública.
Vale dizer que as normas legais de implantação de um
programa de compliance empresarial, a fim de atender as exigências impositivas
de contratação com o Poder Público, não poderão ser entregues de forma a apenas
cumprir um ato impositivo, mas devem gerar a cultura de maneira tal que não
haja um programa de compliance ou de integridade, que seja vislumbrado como um
sistema de vigilância e punição, mas como uma sistemática de gestão
extremamente necessária à sobrevida do negócio por torná-lo mais sustentável e
coerente com os novos anseios de mercado e das partes interessadas.
Com o papel de conscientização, teremos da iniciativa
privada maior engajamento ao cumprimento da normativa imposta, de forma que os
programas de compliance sejam eficientes e produzam resultados eficazes, além
de não se limitarem a serem meros programas, mas que efetivamente pertençam a
gestão e façam parte da estratégia de negócios da empresa. (ESLAR, 2017).
Criar uma estrutura de compliance, portanto, vai além das
regras estabelecidas ou de treinamentos ministrados, implica, necessariamente
em uma mudança substancial no pensamento e na forma de agir de todos os atores
envolvidos.
3. Estabelecendo uma cultura de integridade
O primeiro passo para evitar prejuízos aos negócios
corporativos e promover o levantamento das circunstâncias que possam introduzir
uma cultura de integridade corporativa é construir uma identidade baseada no
tone at the top, no exemplo que vem de cima.
Uma vez que o objetivo de um programa de compliance é
comprometer a todos com o exercício daquilo que é correto:
O comprometimento organizacional é, sem dúvida, o segredo
do sucesso de qualquer empresa. Isso porque o maior ativo de uma organização
são as pessoas. São os colaboradores que estão por trás das conquistas, lucros
e resultados. Profissionais comprometidos e engajados com as metas e objetivos
corporativos, empenham-se e se dedicam mais e, consequentemente, produzem com
ainda mais qualidade. (QUAIS..., 2019,
[s. p.])
Em assim sendo, o fomento à cultura de integridade deve
ser uma constante na organização e deve contar com o apoio, exemplo e
comprometimento da alta administração, a qual deve, com qualidade e eficiência,
demonstrar aos colaboradores, parceiros e terceiros que estabelecer condutas
comerciais prósperas e vantajosas para todas as partes promoverá a
sustentabilidade e perenidade dos negócios e das relações. Em linhas gerais,
consiste no dever das empresas de promover uma cultura que estimule, em todos
os membros da organização, a ética e o exercício do objeto social em
conformidade com a lei. (ASSI, 2018).
Cada vez que um negócio for orientado pela ética, pelo
respeito aos direitos humanos universais e princípios baseados na
transparência, inclusive com a disponibilização de informações com a devida
clareza, precisão, cordialidade e qualidade, o negócio restará protegido de
prejuízos por gerar credibilidade e confiabilidade.
Obter lucro faz parte de todo e qualquer negócio
empresarial e investir em um bom departamento comercial e de prospecção
atuantes com as normativas definidas pelo departamento de compliance e
integridade auxiliará com que o lucro seja sustentável e perene.
De nada resulta eficiente promover uma grande ação
comercial ou de prospecção de clientes que não leve em conta a conformidade com
a aplicação de regras claras e previamente estabelecidas, demonstrando o
comprometimento da empresa para com a transparência e a integridade em suas
ações, valores que geram um enforcement em prol da ética e da integridade.
Além de gerar um movimento em prol da integridade, as
ações realizadas com base em elementos concretos de segurança e credibilidade,
proporcionarão ao empresário uma base de dados e informações que pode impactar
a sua tomada de decisão.
Um programa de compliance bem estruturado tem o papel
fundamental de gerar a expectativa de cumprimento não somente por obrigação,
mas por um sentimento de pertencimento e de proteção coletiva à própria
existência da empresa, uma vez que fatos e atos ilícitos e em desacordo com as
leis podem prejudicar de forma incomensurável a reputação, a viabilidade e a
sustentabilidade da organização, comprometendo, com isso, a vida útil e a saúde
empresariais.
4. Como as empresas podem preparar-se?
Os efeitos da corrupção sistêmica são altamente danosos
tanto às instituições/organizações quanto ao Poder Público, que também sofre
com o aumento do custo dos negócios contratuais, além de diminuir a qualidade
dos produtos e serviços entregues.
Independentemente das leis que exigem maior
transparência, a conscientização sobre a importância de se estabelecer uma
cultura ética na forma de fazer negócios que considere medidas específicas e
concretas para a prevenção e mitigação de riscos de corrupção é o ponto
nevrálgico do estabelecimento de um programa de compliance.
Como falamos no item anterior, é a alta administração que
dará o tom da cultura e os caminhos que a mesma deverá considerar, a fim de
promover o combate aos atos ilícitos, especialmente o suborno e a lavagem de
dinheiro.
Inicialmente, conquistada e convencida da necessidade de
promover negócios sustentáveis, a organização deverá avaliar os riscos aos
quais sua atividade está sujeita; para tanto, faz-se necessário elaborar um
mapeamento dos riscos para identificar os gaps.
Identificados os gaps, cabe desenvolver e implementar um
programa de integridade com o apoio da alta direção da organização, de
preferência com a nomeação de um responsável interno pelo programa de
integridade.
É necessário ainda fornecer treinamento em relação ao
programa de integridade, tanto para os colaboradores quanto para os terceiros
que façam negócios, além de implementar políticas e procedimentos para
verificar a integridade e a reputação de terceiros. (ESLAR, 2017).
De acordo com a Lei Anticorrupção, também é necessário
implementar canais de denúncia, proteção aos denunciantes e um sistema interno
de investigação, além da realização de auditoria durante os processos de
transformação e aquisições corporativas.
A avaliação do cliente também representa uma boa prática
defendida pela lei e por nossa melhor doutrina. O processo de due diligence
representa uma avaliação dos riscos que envolvem o negócio e auxiliam a tomada
de decisão. (ASSI, 2017).
Trabalhar a gestão de crises, rever as políticas de aquisição
e contratação, particularmente com o setor público também são medidas que se
fazem altamente necessárias.
Contudo, essas ações só serão bem-sucedidas se forem
baseadas em uma cultura de negócios suportadas em valores éticos relacionados à
transparência e à prevenção da corrupção. Pesquisa recente demonstra que as
novas gerações estão buscando ser mais saudáveis, consumindo produtos fitness e
orgânicos, além de defenderem a responsabilidade socioambiental e, com isso,
tais consumidores estão exigindo cada vez mais comportamentos empresariais
alinhados com os valores éticos voltados para a sustentabilidade.
Tal comportamento demonstra que essa geração compreendeu
que não é possível ter um discurso diferente da prática, por isso, valores como
transparência, respeito e responsabilidade são os ideais por eles defendidos;
em razão desse novo comportamento, querem comprar de organizações com as quais
se identificam.
5. Considerações finais
A operação Lava Jato descortinou uma série de
envolvimentos de agentes públicos e privados com a prática de crimes, as quais
debilitaram a livre concorrência, provocaram aumento do custo de obras
públicas, enriquecimento ilícito, dentre inúmeras outras consequências que,
ainda que se trate de ilações, podem ser consideradas como altamente
prejudiciais à sociedade, à economia e ao combate à pobreza. (ESLAR, 2016).
O conteúdo das conversas, das planilhas, das ações
tomadas pelas empresas e agentes públicos envolvidos deixaram o Brasil
estarrecido; a essência das negociações era um emaranhado de pagamentos de
subornos, fraudes a licitações, superfaturamento de obras e enriquecimento sem
causa.
A responsabilidade da investigação levada a cabo por
agentes da Polícia Federal, do Ministério Público e da Justiça Federal, se
transmutou na esperança de erradicação da mala praxis e na perspectiva de dias
melhores.
Com o advento da Lei Anticorrupção, em 2013, parecia que
o país estava mesmo entrando em um circuito de bons presságios e de afortunada
mudança de atitude daqueles que constroem a economia.
O tempo passou e as ações mudaram sensivelmente, não
somente quanto ao discurso empresarial e público em prol da ética e da
integridade, mas também quanto a responsabilidade social e ambiental que
envolve os negócios, e parece ser que há mesmo uma conscientização coletiva
vindo à tona.
Inúmeros são ainda os desafios a seguir para que haja o
fortalecimento das relações comerciais, especialmente quando as mesmas envolvem
agentes público e privados, contudo, tais desafios devem ser encarados como oportunidades
de crescimento e desenvolvimento tanto das instituições quanto da própria
sociedade.
A criação de uma cultura de ética, transparência e
comprometimento consciente na busca de zerar um passado de jeitinhos e
conluios, a fim de escrever uma nova história e passar uma borracha sobre um
momento pretérito em que a regra do jogo era o de desvio de conduta e o
malfeito, são um verdadeiro alento aos nossos tempos modernos.
Se por um lado temos o Poder Público, os tratados
internacionais e as leis como os grandes patrocinadores dessa mudança, por
outro, temos que o comprometimento das organizações privadas em fazer valer as
melhores práticas de governança que estabeleçam altos padrões de observação dos
princípios morais e éticos, dá o verdadeiro tom de forma a tornar as boas
práticas de governança corporativa e compliance em pilares de sustentabilidade
para os negócios.
É por isso que o compromisso e a cooperação
público-privada são essenciais para a concretização e aplicação das leis e das
políticas estabelecidas pela organização, de forma representar em conquistas
concretas tudo o que se encontra escrito.
Não basta ter um projeto, estabelecer políticas, códigos
de conduta e procedimentos; também não basta treinar, diligenciar, investigar,
evitar conluios e desvios, é necessário ser justo, estabelecer práticas e
regras de competição isonômicas, que sejam efetivamente praticadas.
As ações que implicam maior transparência na forma de
fazer negócios e o consequente desenvolvimento econômico e social, portanto,
são a nova forma de se fazer negócios, pois promove o entendimento inequívoco
de que os valores defendidos são inegociáveis.
Preço do diesel sobe pela quinta vez em 2021
Um novo aumento do preço do diesel entrou em vigor nesta
última terça-feira (9). A alta foi anunciada pela Petrobrás e será aplicada ao
combustível nas refinarias. Assim, trata-se do quinto aumento do preço do
diesel neste ano. A gasolina também ficou mais cara, foi a sexta alta.
Agora, o preço do diesel subiu 5,5%. Do mesmo modo, o
litro da gasolina está fica 9,2% mais caro. Em outras palavras, o preço diesel
nas refinarias passou a ser de R$ 2,86 o litro. Já o da gasolina agora custa R$
2,84.
Ou seja, as altas acumuladas em 2021 são de 42% no preço
do diesel e de 54% no da gasolina. Os dados são do Ineep (Instituto de Estudos
Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Segundo a Petrobras, o aumento é resultado do alinhamento
dos preços ao mercado internacional. Na prática, a alta tem a ver com a
desvalorização do real diante do dólar.
Reajustes semanais e risco de greve de caminhoneiros
Na terça-feira passada (2), o preço do diesel já havia
aumentado. Assim como o dos outros combustíveis. Contudo, no mesmo dia
Bolsonaro assinou um decreto que zera a cobrança do PIS e do Confins sobre
esses produtos.
O objetivo é esfriar um possível movimento que pode
culminar com uma nova greve de caminhoneiros. Essa ameaça paira no ar desde o
fim do ano passado.
Aliás, em fevereiro algumas lideranças chegaram a
anunciar uma paralisação. A parada ocorreria no dia 1º de fevereiro. Porém, não
vingou. Segundo os caminhoneiros, o movimento teria tomado um viés político.
Porém, a insatisfação dos caminhoneiros vem crescendo.
Com isso, haverá um encontro virtual da categoria para tratar da possibilidade
de paralisação. Segundo o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas
(CNTRC), a reunião vai ser nos dias 26 e 27 de março. Presidente do CNTRC,
Plinio Dias diz que a pauta de reivindicações não mudou.
Ou seja, um dos pontos principais da conversa é
justamente os sucessivos aumentos do preço do diesel. Além disso, a categoria
exige o cumprimento do pagamento da tabela mínima do frete. No total, são dez
reivindicações principais.
Fonte: Estradrão
ISA Cteep entrega 120 quilômetros de linhas de
transmissão no interior de São Paulo
Fonte: Megawhat Energy
A ISA Cteep
entregou com a Interligação Elétrica (IE) Aguapeí, seu primeiro projeto
greenfield do ano, que foi concluído com seis meses de antecedência em relação
ao prazo estipulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O
projeto conta com mais de 120 quilômetros de linhas de transmissão e duas
subestações com 1.400 MVA de potência, que dão mais segurança para o sistema de
transmissão de energia nas regiões paulistas de Araçatuba e Presidente
Prudente.
Com investimento de R$ 360 milhões e Receita Anual
Permitida (RAP) de R$ 60 milhões para o ciclo 2020-2021, o projeto foi
arrematado no lote 29 do leilão de 2016 e, de acordo com Rui Chammas,
diretor-presidente da companhia, a previsão, ao longo de todo o ano, é entregar
entre quatro e cinco projetos.
As obras foram iniciadas no terceiro trimestre de 2019 e
contaram com a geração de cerca de 500 empregos, por meio da contratação de mão
de obra local. No projeto, ações inovadoras possibilitaram minimizar o impacto
ao meio ambiente, como o aumento da distância das torres de transmissão em
relação ao solo e o lançamento de cabos com drones, o que evitou intervenções
em cerca de 25 hectares de Mata Atlântica, preservando a vegetação nativa.
Além de realizar a compensação ambiental com o plantio de
4,95 hectares de vegetação nativa, em acordo com a Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo (Cetesb), a companhia e as empresas contratadas para a
construção do empreendimento doaram cinco mil mudas para o município de Flórida
Paulista, no interior do estado de São Paulo. Ainda, 100% dos resíduos
recicláveis gerados para a construção do empreendimento foram enviados para a
reciclagem.
Doria anuncia Fase Emergencial com toque de recolher e
novas restrições
Situação no estado é grave: 53 municípios estão com 100%
nas taxas de ocupação de leitos de UTI
O governo do estado do São Paulo anunciou nesta
quinta-feira (11) medidas mais restritivas, diante do avanço da pandemia de
Covid-19. A chamada Fase Emergencial vai começar na próxima segunda-feira (15)
e irá até o dia 30 de março.
A nova etapa de restrição foi anunciada em coletiva
realizada no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, na tarde desta
quinta-feira.
Fase Emergencial: principais medidas
A Fase Emergencial vai incluir medidas como a redução dos
horários de funcionamento dos serviços essenciais, como padarias, supermercados
e postos de gasolina. Também haverá suspensão de eventos esportivos, como o
campeonato paulista de futebol, e religiosos, como cultos em igrejas.
O teletrabalho (home office) será obrigatório para
atividades administrativas não essenciais em escritórios e em órgão públicos.
Também não está autorizada a retirada de alimentos e produtos ao cliente no
estabelecimento comercial.
Haverá também toque de recolher entre 20h e 5h, não sendo
permitida a circulação nesse intervalo. A ida às praias e aos parques também
está proibida em qualquer horário. E continua a recomendação de uso de máscaras
em ambientes internos e externos.
Para evitar aglomeração nos períodos de maior
movimentação, como na entrada do trabalho, o estado também organizou um sistema
de rodízio de horários. Não vamos reduzir o transporte público. Vamos ofertar
100% das frotas de ônibus, metrô e trem, mas precisamos da cooperação de todos
os trabalhos dos serviços essenciais para que sigam o escalonamento de entrada,
afirmou Jean Gorinchteyn, secretário da Saúde.
Trabalhadores da indústria devem entrar entre 5h e 7h, os
do setor de serviços entre 7h e 9h e os do comércio entre 9h e 11h.
João Doria (PSDB), governador de São Paulo, afirmou que o
estado não está fazendo um lockdown. Essa seria a última das medidas, quando
poderia haver circulação em nenhuma circunstância. Não estamos nessa fase. É a
Fase Emergencial, mais dura do que a que tínhamos, mas é diferente de um
lockdown.
Escolas
As escolas estaduais ficarão abertas apenas para as
crianças que precisem de alimentação e distribuição de materiais, com
agendamento prévio. As escolas privadas poderão abrir para receber crianças de
pais que precisem trabalhar fora. O limite será de 35% dos alunos
presencialmente.
Precisamos das escolas funcionando. Se a escola
[estadual, municipal ou particular] precisar fazer atendimento presencial
pontual por algum motivo, poderá. Mas é preciso evitar ao máximo esse tipo de
atividade. A recomendação é ficar em casa, disse Rossieli Soares, secretária da
Educação.
Ela também explicou que as escolas farão um recesso
antecipado. Os recessos de abril e outubro nas escolas estaduais serão
antecipados para o período entre 15 e 28 de março, para diminuir as atividades
presenciais sem prejudicar o calendário escolar. O objetivo é reduzir a
circulação. A recomendação para as escolas particulares é fazer algo similar.
Já na rede municipal, vamos conversar também para que adotem medidas como essa,
explicou.
Isolamento
Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência do
Covid-19 em SP, afirmou que a decisão pelo aumento das medidas restritivas foi
feita com o objetivo de elevar o isolamento social para um percentual superior
50%. O que buscamos não é cercear o trabalho e a vida. Queremos proteger a vida
das pessoas. Isso se faz pelo isolamento social e pelas vacinas, além de
tratamentos clínicos baseado em evidências. Como a Fase Vermelha já suspende os
serviços essenciais, foram definidas medidas que incluem mais 4 milhões de
pessoas em isolamento. Aumentamos as medidas restritivas para 14 atividades,
disse Menezes.
João Gabbardo, coordenador executivo do centro de
contingência, fez um apelo diante da gravidade da situação. Ninguém diria que,
um ano após a pandemia ser declarada pela OMS, a gente estaria aqui falando de
mais medidas. Se essas novas medidas não forem cumpridas nos próximos 15 dias,
não será possível acompanhar a velocidade da pandemia. Se não seguirmos as
recomendações, não teremos leitos nos hospitais, empreendedores de sucesso
morrerão, assim como trabalhadores informais e pessoas de classe média. Fiquem
em casa. Não teremos soluções e milagres que vão ajudar. As medidas são
antipáticas, mas o futuro vai julgar isso. Veremos quem usou medidas, quem se
sacrificou para trazer resultados melhores, disse.
Mais cedo, também nesta quinta-feira, Doria divulgou um
vídeo em que anunciou que tomaria medidas mais duras e restritivas. Na
gravação, Doria faz um apelo para que a população faça o isolamento social,
afirmando ser, no momento, a principal ferramenta para frear a Covid-19.
Estamos tentando equilibrar essa equação da economia com
a saúde. Mas temos que entrar numa nova etapa do Plano São Paulo. Ela é mais
restritiva, eu reconheço, disse o governador. Não é fácil tomar essa decisão,
uma decisão impopular, difícil, dura. Nenhum governante gosta de parar as atividades
econômicas de seu Estado. Eu, principalmente, entendo o sofrimento de todos.
Impacto nos negócios
Sobre o impacto das medidas restritivas nos negócios de
diversos setores, Doria explicou que a saúde precisou ser priorizada, mas que o
governo dará apoio, dentro do possível, por meio dos bancos estaduais, Banco do
Povo e Desenvolve São Paulo, e espera que o governo federal, por meio do BNDES,
possa ajudar aqueles que são empreendedores.
Em reportagem anteriormente publicada pelo InfoMoney,
entidades que representam donos de pequenas empresas manifestaram preocupação
com a sobrevivência de seus negócios. Alguns empreendedores acreditam que não
será possível voltar a operar depois desse período de fechamento.
Percival Maricato, presidente do conselho estadual da
Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo (Abrasel-SP),
afirmou que o setor de bares e restaurantes vai ser especialmente prejudicado
pelo recrudescimento da pandemia. Os empreendedores estão totalmente
fragilizados. Eles já aplicaram as alternativas que tinham em mãos: negociaram
com os fornecedores, pegaram empréstimos de bancos, tentaram reduzir preços,
utilizaram a suspensão de salário no início da pandemia quando tinham a opção.
Agora, o que sobra é a preocupação: muitos estão endividados e sem um novo
auxílio podem ter que fechar, afirma.
Doria ressaltou que as restrições começam apenas na
segunda-feira (25) justamente porque o estado entende que restaurantes e bares,
por exemplo, têm uma organização com a compra de alimentos e planejamento de
estoque. A ideia é que os estabelecimentos tenham 48 horas para conseguir
executar o planejamento sabendo das novas medidas. Também pensamos nas práticas
esportivas, em equipes de diferentes modalidades, não só do futebol, que já se
deslocaram, já compraram diárias em hotéis. Uma aplicação das novas medidas em
24 horas geraria uma conturbação gigantesca, disse o governador.
Nova fase no Plano São Paulo
A Fase Emergencial é uma nova etapa (e a mais restritiva)
do Plano São Paulo, programa de controle da pandemia imposto pelo governo
estadual e que condiciona a reabertura econômica aos índices de novos casos,
internações e óbitos por Covid-19 nas regiões do estado.
Todo o estado estava na Fase Vermelha desde o último
sábado (6). A Fase Vermelha era a fase mais restritiva imposta pelo programa
até agora.
Regiões na Fase Vermelha devem fechar todo o comércio e
manter em funcionamento apenas serviços considerados essenciais, como
abastecimento e logística, comunicação social, construção civil, educação,
farmácias e hospitais, mercados e padarias, postos de combustíveis, transporte
coletivo e segurança pública. Restaurantes podem operar no formato de delivery.
Havia especulações sobre a criação da Fase Roxa, mas
apesar de o governo não ter usado exatamente esse nome, a nova Fase Emergencial
inclui várias das medidas que eram esperadas na suposta Fase Roxa.
Situação é grave; veja índices de internação
Na quarta-feira (10), Doria anunciou que o estado
expandirá o sistema de saúde pública, com a criação de 338 novos leitos em todo
o estado, sendo 167 unidades de terapia intensiva (UTIs). O dado considera
hospitais estaduais, municipais e filantrópicos.
No total, o estado passou a ter 9.200 leitos de UTI,
quase o triplo do que havia antes da pandemia. Um estudo feito pela GloboNews
mostra, no entanto, que essa quantidade extra anunciada é capaz de atender a
população do estado por apenas três dias, considerando o ritmo de interações.
Hoje, 53 municípios estão com 100% nas taxas de ocupação.
Na segunda [8], eram 32 municípios. A velocidade da instalação da pandemia no
estado compromete a assistência à vida, afirmou Jean Gorinchteyn, secretário da
Saúde. Segundo os dados divulgados nesta quinta-feira, a taxa de ocupação de
UTIs é 87,6% no estado. A Grande São Paulo chegou a 86,7% de ocupação. Em
média, são 150 novas admissões por dia, disse o secretário.
Na coletiva de quarta-feira (10), Gorinchteyn já havia
mencionado que o estado não consegue criar leitos no mesmo ritmo das
interações. Estamos aumentando os leitos da forma que conseguimos, não é
simplesmente colocar uma cama e um respirador. Precisamos de uma equipe que vai
dar assistência: médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, entre outros,
afirmou.
Já o número de óbitos cresceu 12,3% da semana passada
para esta. Em março, idosos e portadores de outras doenças agravavam a
situação. Hoje, pessoas menores de 50 anos respondem por 50% da ocupação das
UTIs. Estou falando de jovens de 26, 29, 30 anos de idade em estado grave,
afirmou Gorinchteyn.
São Paulo tem 2.149.561 casos confirmados de Covid-19,
com 62.570 mortes, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado. Na
terça-feira (9), o estado atingiu 517 mortes em 24 horas, recorde registrado
com base em toda a pandemia de Covid-19, iniciada há um ano.
Nesta quinta-feira (11), o G1 fez um levantamento com a
ajuda de Simone Batista, doutora em engenharia de sistemas pela Universidade de
São Paulo, que mostra que o estado pode chegar ao colapso de seu sistema de
saúde em 25 dias, caso o atual ritmo de avanço da pandemia permaneça.
A pandemia de Covid-19 no Brasil
Pela primeira vez desde o registro da primeira morte por
Covid-19 no país, o Brasil superou a marca dos 2.000 mortos pela doença em um
só dia. E superou com larga margem: nas 24h de quarta-feira (10), 2.349
brasileiros perderam a vida para a doença. Ou seja: a cada cinco minutos, oito
brasileiros foram mortos pelo novo coronavírus.
O total de vidas perdidas para a pandemia ultrapassou os
270 mil. São 11,2 milhões de casos confirmados. O número de pessoas recuperadas
subiu para 9.921.994.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou nesta
terça-feira (9) que 25 das 27 capitais brasileiras apresentam situação crítica
na ocupação de leitos de UTI destinados à Covid-19. Eduardo Pazuello, ministro
da Saúde, no entanto, gravou um vídeo nesta quarta-feira (10) em que diz que o
sistema de saúde não vai colapsar.
Vivemos um momento grave no país, com muitas perdas de
vidas que foram causadas principalmente pelas novas variantes do coronavírus.
Nosso sistema está muito impactado, mas não colapsou nem vai colapsar, afirmou
o ministro.
A afirmação do chefe da Saúde vem acompanhada de apelos
por mais imunizantes. Pazuello se reuniu na terça-feira (9) com representantes
da aliança mundial de vacinas Gavi e pediu atenção para o Brasil na
distribuição de imunizantes no âmbito do grupo internacional Covax Facility,
coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A aliança Gavi integra o
grupo internacional.
O Brasil tem direito a 42,5 milhões de vacinas neste ano
pela Covax Facility. Nós temos quase 40 mil postos de vacinação e temos o maior
programa de vacinação o mundo. Precisamos barrar o vírus com vacinas.
Precisamos vacinar a população, disse Pazuello também na terça-feira. A
previsão é que o Brasil receba 2,9 milhões de doses da vacina
Oxford/AstraZeneca neste mês e mais 6,1 milhões em abril. O governo brasileiro
tenta ainda negociar com a China a compra de 30 milhões de doses de mais uma
vacina desenvolvida pelo país asiático, desta vez do laboratório Sinopharm.
Essas negociações tentam evitar uma suspensão do programa
de vacinação no Brasil por falta de doses. Élcio Franco, secretário-executivo
do Ministério da Saúde, afirmou que a vacinação no país pode ser interrompida
por falta de doses disponíveis de vacinas. Até o momento, o Brasil vacinou
apenas cerca de 4% da população, diante da escassez de doses.
Fonte: Reuters.
Para Guedes economia voltou em ‘V’
Fonte: Monitor Mercantil
Parte do programa para evitar demissões em empresas
afetadas pela pandemia pode ser financiada por um seguro-emprego, afirmou o
ministro da Economia, Paulo Guedes. Em encontro da Frente Parlamentar da Micro
e Pequena Empresa, ele sugeriu que o governo pague R$ 500 por trabalhador, a
cada mês, para preservar o emprego, numa nova rodada de ajuda aos pequenos
negócios.
Guedes voltou a afirmar que acredita que a economia
brasileira está se recuperando em V (forte queda, seguida de forte alta) e que
ganhará impulso com a vacinação em massa. Segundo ele, nos próximos dias, a
Receita Federal anunciará arrecadação recorde em fevereiro.
A arrecadação é algo que devemos anunciar no máximo na
semana que vem. A arrecadação, em fevereiro deste ano, recorde histórico para
fevereiros. A economia voltou em ‘V’, está começando a decolar de novo. Vacina
em massa de um lado, para o retorno seguro ao trabalho, e, de outro lado, girar
a economia. É isso que estamos olhando para a frente, declarou o ministro.
O ministro ressaltou a importância dos negócios de menor
porte para a criação de empregos. Mais de 90% das empresas e quase 60% do
emprego, quase 30% do PIB [Produto Interno Bruto], vêm dos pequenos negócios;
sempre tivemos essa consciência, disse. As micro e pequenas empresas são a
coluna vertebral da economia.
Por que não dar R$ 500 para ter um seguro-emprego? Em vez
de esperar alguém ser demitido e dar R$ 1 mil, vamos evitar a demissão pagando
R$ 500 antes. Um seguro-emprego. Em vez de uma cobertura de quatro, cinco
meses, como é hoje no seguro-desemprego, vamos fazer uma cobertura de 11 meses,
12 meses pela metade do custo, declarou o ministro, sem dar mais detalhes.
O ministro prometeu novas medidas de ajuda além do Benefício Emergencial (BEm), que complementa a renda do empregado com jornada reduzida ou contrato suspenso, e do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Ele, no entanto, não explicou que novas medidas seriam essas. Apenas disse que as medidas vêm aí e serão anunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro mais adiante.
Mattos Filho Convida / Não Percam.
Inovação em Seguros e Resseguros - 1º Websérie Mattos Filho
O mercado de seguros, resseguros e previdência privada, no Brasil e no mundo, passa por um momento disruptivo sem precedentes. Novos entrantes, novas tecnologias, produtos inovadores e mais flexíveis, integração com o mercado financeiro de capitais, open insurance, blockchain, smart contracts, experiência do cliente, entre outros.
Nesta 1ª websérie de Inovação em Seguros e Resseguros do Mattos Filho Collab, nossos sócios e convidados discutirão alguns destes temas, levando-se em conta os incentivos e obstáculos legais e regulatórios.
SEXTA-FEIRA / 12 Março - 9h30 (horário de Brasília). Tema: Nova Lei de Licitações – O Novo Seguro Garantia
A Nova Lei de Licitações está prestes a ser sancionada e com ela um novo capítulo se abre na história do seguro garantia no Brasil. Aumento do limite, step in, riscos e oportunidades.
Debatedores: Cássio Gama Amaral - Sócio do Mattos Filho / Marcelo Mansur - Sócio do Mattos Filho / Thiago Fernandes Moreira - Sócio do Mattos Filho / Guilherme Luis Silva Campos - Diretor Associado na HECT Consultoria
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Acesse o estudo da The Global Risks Report 2021: https://www.weforum.org/reports/the-global-risks-report-2021/
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Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2021/02/edicao-262/
Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/2021/02/26/edicao-228/
Revista Segurador Brasil: https://revistaseguradorbrasil.com.br/edicao-163/
Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2021/02/18/edicao-215-os-desafios-da-lei-geral-de-protecao-de-dados-para-os-consumidores/
Revista Insurance Corp: https://drive.google.com/file/d/12w69vF247xS6P6Jc4caYZnldQp3kiMQ1/view?usp=sharing
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Dia 17 de Março às 19h / Transmissão pelo canal da AIDA no Youtube:
https://www.youtube.com/channel/UCVhsQxDhEXoKDT7CRi7fmuQ?app=desktop
e https://www.facebook.com/aidabrasiloficial/photos/a.1020258918053560/3807940505952040/
Abertura: Juliano Ferrer / Vice-Presidente da AIDA Brasil.
Mediador: Thiago Junqueira / Doutor em Direito Civil pela UERJ.
Expositores: Bárbara Bassani / Doutora e Mestra em Direito Civil pela USP, Carlos Konder / Doutor e Mestre em direito civil pela UERJ, Sergio Ruy Barroso de Mello / Vice-Presidente da AIDA Internacional e Pós-Graduado em Direito de Seguro e Resseguro pela USC (Espanha)