Gestão de Riscos Logístico
05, Mai. 2021
Cerca de 14 mil roubos de cargas foram registrados no
Brasil em 2020
Fonte: Monitor Mercantil
A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística
(NTC&Logística), divulgou levantamento que mostra que, em 2020, o Brasil
registrou 14.159 ocorrências de roubos de cargas. O relatório, divulgado desde
1998, tem como base informações colhidas em fontes formais e informais.
Entre os produtos mais visados, estão os gêneros
alimentícios, cigarros, eletroeletrônicos, combustíveis, bebidas, artigos
farmacêuticos, autopeças, defensivos agrícolas e têxteis e confecções.
O número de 2020 mostra uma queda de 23% em relação ao
ano anterior, quando foram registrados 18.382 casos. No entanto, o cenário
ainda é preocupante. Os prejuízos computados ao setor somam R$1,2 bilhão. Desde
2017 onde tivemos o maior número de ocorrências desde que nossa área de
segurança vem monitorando, estamos acompanhando uma redução, e isso é positivo,
mas mesmo assim estamos falando de milhares de roubos em todo o Brasil, e a
NTC, juntamente com os órgãos públicos e privados vão continuar trabalhando
para que esses crimes não aconteçam mais, afirma o presidente da entidade,
Francisco Pelucio.
De acordo com o assessor de segurança da entidade e
responsável pelo levantamento, Coronel Paulo Roberto de Souza, a redução tem
muito a ver com o investimento alto das empresas em tecnologias e medidas de
segurança em suas operações, o que possibilita uma resposta muito mais rápida e
ativa em relação às tentativas de delito, e, também, com o trabalho dos órgãos
de segurança pública, que têm atuado com mais rigor no combate aos delitos de
roubos de cargas.
Os números do roubo de cargas no Brasil em 2020,
reafirmam uma tendência de queda nesse delito ao longo dos três últimos anos.
Isso se deve ao trabalho dos organismos policiais e aos grandes investimentos
das transportadoras em tecnologias e processos de gerenciamento de riscos. Os
números ainda são elevados, mas estamos no caminho certo no enfrentamento desse
problema, comenta Souza.
A região Sudeste continua sendo a mais afetada, arcando
com 81,33% das ocorrências. Em seguida, aparecem as regiões Sul, com 8,89%;
Nordeste, com 6,66%; Centro-Oeste, 1,91%; e, por último, a região Norte, com
1,21%.
INFLAÇÃO E SEGURO
Os mais velhos vão se lembrar como era o setor de seguros
antes do Plano Real. É verdade, faz tempo e o tempo é a melhor forma de
abrandarmos a realidade passada, dando contornos mais amenos para problemas
que, à época, eram extremamente sérios e capazes de causar estragos de vulto no
que quer que fosse.
No caso, estamos falando do setor de seguros. Até 1994,
ele representava menos de 1% do PIB e, se o Plano Real não tivesse trazido
estabilidade para a moeda, até hoje estaríamos patinando em patamares mais ou
menos semelhantes. Na base de tudo estava a inflação descontrolada, que chegou
em patamares de hiperinflação, o que impedia de se falar em valor de moeda. O
país e o seguro trabalhavam com índices que eram diariamente reajustados, numa
tentativa desesperada de manter a paridade do valor do que deveria ser uma
moeda, mas que naquele momento se chamava “TR” ou outro índice que reajustava
um determinado preço.
Num processo inflacionário é muito difícil se falar em
constituição de renda ou poupança. A razão é simples: a inflação corrói o poder
de compra da moeda, desvalorizando o fundo, com consequente prejuízo para quem
participa dele.
A prova insofismável de que a inflação é a maior inimiga
do seguro é a velocidade com que o setor se desenvolveu a partir da
estabilidade do real. De menos de 1% do PIB, o faturamento do setor saltou para
algo próximo de 6% em menos de 20 anos. Poucas atividades econômicas tiveram um
desempenho comparável e que é o responsável pelas altas reservas do setor, das
mais altas da economia nacional.
Nos últimos dois meses, a economia brasileira vem
apresentando problemas com abastecimento, desabastecimento, exportações, preços
dolarizados e a forte desvalorização do real diante do dólar. O resultado é que
a inflação, até então bem comportada, na casa dos 2% ao ano, saltou, em
novembro, para mais de 4%, a mais alta em muitos anos.
Este salto não é uma mudança de um ou dois pontos
percentuais, este salto é de cem por cento. Em poucos meses, a inflação dobrou
e não há nada que indique que vá cair nos próximos meses. O resultado mais
visível para a população é a distorção de índices como o IGPM, que regula os
aluguéis e que aponta para aumentos indevidos, muito acima da inflação real,
por ter entre seus componentes variáveis que não têm nada com o dia a dia do
cidadão.
O Brasil está caminhando na beira do abismo e ameaça
colocar uma venda nos olhos. Não há nenhuma ação concreta para modificar o cenário
que, aliás, no curto prazo, não tem muito como ser modificado. As pressões
continuarão, os preços dos alimentos continuarão atrelados ao mercado
internacional, a falta de insumos continuará afetando a produção industrial e o
desemprego em níveis altíssimos continuará afetando a vida da sociedade.
Além de muita falação e boas intenções, o governo não tem
nada concreto para oferecer. As reformas estão paradas, até agora não aconteceu
nenhuma das privatizações prometidas pelo Ministro da Economia e o chamado
Centrão vai ocupando cada vez mais espaço, em absoluta contradição com o
discurso do Presidente da República.
Como se não bastasse, a série de equívocos do Governo
Federal no trato da pandemia do coronavírus tem como resultado desastroso o
país estar atrasado no que concerne às medidas necessárias para vacinar a
população. E o Presidente está mais preocupado com sua popularidade do que em
adotar as medidas realmente importantes para não comprometer o futuro do país.
Neste cenário, é hora dos gestores das seguradoras
ficarem de olhos abertos para tomarem as medidas indispensáveis para manter a
estabilidade e a solidez das companhias e do setor. A taxa de juros, hoje, já é
das mais baixas do mundo, com o Banco Central mantendo o juro básico em 2% ao ano,
mesmo sabendo que a inflação está acima de 4%.
Parte importante da remuneração das seguradoras vem de
seus investimentos, que são direcionados e controlados pelo governo. Com
remuneração negativa, a única forma de equilibrar o negócio é aumentando o preço
dos seguros. Será que isso é possível neste momento?
Fonte: Estadão / Antonio Penteado Mendonça
Chubb lucra US$ 2,3 bilhões no 1o. trimestre de 2021
Globalmente, as linhas de consumo permanecem impactadas
pelos efeitos da pandemia em viagens e outros negócios e atividades
relacionadas ao consumidor, com prêmios retidos caindo 2,5%
Fonte: Sonho Seguro
A Chubb Limited (NYSE: CB) divulgou hoje um lucro líquido
para o trimestre encerrado em 31 de março de 2021 de US$ 2,30 bilhões, ou US$
5,07 por ação, em comparação com US$ 252 milhões, ou US$ 0,55 por ação,
registrados no mesmo trimestre do ano passado. O lucro operacional foi de US$
1,14 bilhão, ou US$ 2,52 por ação, em comparação com US$ 1,22 bilhão, ou US $
2,68 por ação, alcançados no mesmo trimestre do ano passado.
Para os três meses findos em 31 de março de 2021 e 2020,
as despesas tributárias (benefícios) relacionadas à tabela acima foram de US$
(5) milhões para amortização do ajuste ao valor justo dos ativos investidos
adquiridos e dívida de longo prazo para ambos os períodos; US$ 133 milhões e
US$ (17) milhões, respectivamente, para o ajuste de ganhos e perdas líquidos; e
US$ 210 milhões e US$ 237 milhões, respectivamente, para o lucro operacional.
Evan G. Greenberg, presidente e CEO da Chubb Limited,
comentou: A Chubb teve outro trimestre muito bom com excelente crescimento de
receita de prêmios globalmente, taxa de renovação de dois dígitos nas linhas
comerciais de P&C e maior expansão de nossas margens de subscrição. O lucro
operacional foi de US$ 2,52 por ação e o lucro líquido por ação foi de US$
5,07. Embora tenha sido um trimestre ativo para catástrofes naturais,
publicamos um excelente índice combinado de 91,8%; porém excluindo as
catástrofes, o lucro do trimestre considerando o ano de subscrição cresceu mais
de 26%, levando a um excelente índice combinado de 85,2%. A melhoria da margem
de ambos os índices de perdas e despesas foi fruto de uma ampla atuação da
companhia em todas operações.
Nossos negócios nas linhas comerciais de P&C em todo
o mundo continuaram a se capitalizar de condições de subscrição favoráveis. Os
prêmios retidos de P&C aumentaram 9,7% globalmente, com as linhas
comerciais crescendo mais de 15,5%. O câmbio contribuiu com 1,6 ponto para este
excelente resultado. As taxas de seguros continuaram a aumentar e variaram por
linha, com uma média global de cerca de 14,5%. Pelo que podemos ver, estou
confiante de que essas condições de mercado perdurarão. Francamente, eles são
uma resposta contínua e racional ao ambiente de perdas e anos de preços baixos
do setor.
Globalmente, nossas linhas de consumo permanecem
impactadas pelos efeitos da pandemia em viagens e outros negócios e atividades
relacionadas ao consumidor, com prêmios retidos caindo 2,5%. Vemos os primeiros
sinais de recuperação e, de fato, nossa divisão de linhas pessoais reportou um
crescimento global modesto no trimestre. Esperamos que o crescimento melhore ao
longo do ano.
Nossa organização é focada, engajada e comprometida.
Estamos focando nas atuais condições de subscrição favoráveis, aumentando a
exposição e expandindo as margens. Temos todos os recursos para fazer nossa
empresa crescer de maneira lucrativa e, ao mesmo tempo, aumentar o valor para
os acionistas .
Não é difícil vender seguro rural no Brasil
No programa Panorama do Seguro, a coordenadora de
comissão de Riscos Rurais do Sincor SP apontou a oportunidade para o corretor
disposto a se especializar no produto
Fonte: Ideia e Conteúdo / Sindseg SP
No programa Panorama do Seguro, do Sindseg SP, a
coordenadora da Comissão de Riscos Rurais do Sincor-SP, Karen Matieli, deu a
dica: Não é difícil vender seguro rural no Brasil se o corretor tiver
conhecimento e disposição para oferecer a melhor solução ao produtor. Joaquim
Neto, da Comissão Técnica do Seguro Rural da FenSeg, completou que as
seguradoras oferecem ferramentas de capacitação aos profissionais que já atuam
e aos que têm interesse de ingressar no ramo.
O economista Francisco Galiza, que também participou do
programa, destacou o potencial do produto. Hoje há 14 milhões de hectares
segurados, com perspectivas de atingir 25 milhões em quatro ou cinco anos.
Joaquim acredita que o seguro vai continuar crescendo junto com a incorporação
de tecnologia e boas práticas no campo. Com mais investimento e produção, o agricultor
vai querer transferir os riscos.
Karen lembrou a importância de intensificar a divulgação
do seguro rural. É uma questão de cultura, diz. Joaquim ressaltou o papel
fundamental do programa de subvenção e opinou que é indispensável manter e
aprofundar a política. O governo federal promoveu o crescimento, reconheceu
Galiza.
Consumidores poderão contratar seguro auto sem ter carro
próprio
Fonte: CQCS
O jornal O Globo, em matéria publicada dia 04/5, informou
que, a partir do meio do ano, consumidores poderão contratar seguro de veículos
mesmo sem ter um carro próprio e acionar o serviço de acordo com a sua
conveniência, em locadoras, por exemplo.
As novas regras serão colocadas hoje em consulta pública
pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) e deverão entrar em vigor
entre junho e julho. Caberá às seguradores desenvolver e oferecer os novos
produtos no mercado.
A expectativa da autarquia é que a medida beneficie
motoristas e entregadores de aplicativos que recorrem a veículos alugados ou a
assinatura de longo prazo para trabalhar.
Hoje, quem aluga veículos precisa contratar o seguro
oferecido pela locadora, embutido no valor das diárias ou nas parcelas mensais,
nos casos de contratos de carro por assinatura. Com as novas regras, o seguro
poderá ser contratado para o ano inteiro, o que baratearia o valor do aluguel.
Segundo Rafael Scherre, diretor técnico da Susep, as
mudanças estão em linha com o padrão internacional e têm por objetivo retirar
as amarras para ampliar o acesso da população ao seguro de veículos. Estamos
criando as condições para que as seguradoras possam desenvolver produtos
específicos de acordo com as necessidades dos clientes, disse.
Para o presidente da Associação Brasileira das Locadoras
de Automóveis (Ablas), Paulo Miguel Júnior, disse que será preciso um período
de adaptação. Olhando pelo lado da oferta de produto vai ser muito bom. Porém,
eu não sei se o custo dele vai ser viável, entre você acionar um seguro seu ou
utilizar o seguro que a locadora já contrata, se o seguro da locadora não seria
mais em conta. No primeiro momento, acho que vai ser um pouco complicado,
opinou.
De acordo com o presidente da Federação Nacional de
Seguros Gerais (Fenseg), Antonio Trindade, disse ao O Globo, a medida tem
potencial para baratear o custo do seguro, mas o produto continuará sendo
precificado de acordo com o perfil do motorista, idade, sexo , dentre outras
condicionantes de risco.
O stress no meio ambiente de trabalho
A 4ª edição do livro, publicada pela Revista dos
Tribunais, aborda ambiência laboral, saúde mental e doenças profissionais
relacionadas, bem como as consequências na vida do trabalhador e da sua
família.
Foi nos anos 90 que conheci o que era doença
profissional, na prática, especialmente em âmbito psicológico, e passei a
identificar os fatores que agravavam a situação de estresse entre os
trabalhadores acometidos de doenças profissionais. Foi a partir dessas
investigações que surgiu a 1ª edição do livro O Stress no Meio Ambiente de
Trabalho, estudo esse que ganhou notoriedade e se intensificou nos últimos
anos, devido ao aumento de número de doenças mentais e cronificação do estresse
no ambiente de trabalho.
À época da primeira edição, o assunto era tão novo que
sequer era utilizado o vocábulo estresse em sua versão em português, é por isso
que o título do livro usa a grafia em inglês da palavra, até hoje.
Nesta 4ª edição da obra, após a popularização do tema,
são objetos de estudo questões atuais, tais como a síndrome de burn-out e sua
nova categorização na Classificação Internacional de Doenças (CID), a partir de
janeiro de 2022 pela Organização Mundial de Saúde - OMS, bem como o home office
e os desafios da saúde mental no trabalho na pandemia de covid-19, como será
exposto a partir daqui.
Saúde mental como direito fundamental
A análise da ambiência laboral parte da Constituição
Federal, com a ideia de que o trabalho deve ser valorizado enquanto direito
social fundamental da ordem econômica e financeira, como está indicado no art.
1º da Constituição Federal. Portanto, o cidadão é detentor do direito à
qualidade de vida sadia; e, enquanto trabalhador deve ser protegido de todas as
formas de degradação no meio ambiente de trabalho, onde exerce atividades
profissionais que são essenciais à sua qualidade de vida enquanto direito
fundamental da pessoa humana.
Lembrando que a partir da emenda constitucional 45/04,
ampliou a competência da Justiça do Trabalho para apreciar as ações de
indenização por danos morais e materiais decorrentes da relação de trabalho.
Isso fomentou a discussão acerca das reparações de danos em razão de doenças
adquiridas no meio ambiente de trabalho; sendo o estresse tratado como doença
originada nessa condição.
O significado do termo estresse pode ser entendido como o
processo de tensão diante de uma situação de desafio por ameaça ou conquista. O
estresse é a exaustão pelo exercício do trabalho ou atividades, provocando
lesão corporal ou perturbação funcional que causem a morte, a perda ou redução
da capacidade para o trabalho permanente ou temporário.
A psicóloga Marilda Emmanuel Novaes Lipp1, em décadas
passadas, afirmava as pessoas achavam que o estresse era frescura de grã-fino,
lembra ela, pioneira e uma das principais autoridades do nosso país no assunto.
Nos últimos anos esse cenário mudou muito. Felizmente, essa ideia
preconceituosa de sofrimento mental ou físico provocado pelo estresse perdeu
força e a saúde do trabalhador tem sido, cada vez mais, reconhecida como
direito fundamental.
Inicialmente se entendia que os direitos fundamentais
existiam para proteger os cidadãos dos abusos do Estado. Hoje, estendeu-se às
relações privadas, em especial, entre empregado e empregador. O trabalhador é
titular de direitos fundamentais, entre eles o direito à segurança, à saúde, à
informação, à intimidade e à privacidade. A dignidade da pessoa humana deve ser
afirmada como valor supremo e a saúde do trabalhador como um direito humano.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), define a saúde como
o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas ausência de
doença ou enfermidade. Portanto, o local de trabalho deve transcorrer em um
ambiente no qual a saúde deve ser garantida, devendo atender as condições mínimas
de meio ambiente, como direito fundamental de preservação de vida e da saúde
dos empregados.
Tipos de estresses
É importante observar que existem dois tipos de estresse:
o eustress, quando, após a tensão ou esforço de adaptação a pessoa apresenta a
sensação de realização pessoal, bem estar, e satisfação, trata-se, pois de um
esforço sadio na garantia de sobrevivência. No caso de ocorrência do distress,
a sobrecarga e o desgaste são grandes que passam a ocorrer manifestações e
sintomas da doença.
A doutrina francesa, representada por Dejours, acrescenta
um tipo de sofrimento do trabalhador, presente nas relações atuais, que já é
acometido pelo excesso de cobranças e atividades laborais, esse novo sofrimento
é ético. Por exemplo, colocar em prática normas da empresa que, muitas vezes,
estão em descompasso com aquilo que ele internamente acredita moralmente
aceitável.
A síndrome de burn-out
No Brasil, com o Decreto no 3.048 de 6 de maio de 1999, a
Previdência Social reconhece a síndrome de burn-out equivalente à síndrome de
esgotamento profissional (Grupo V da Classificação Internacional das Doenças,
CID-10) e cita a Sensação de Estar Acabado, com o código Z73.0. A partir de
2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passa a reconhecer a síndrome de burn-out,
enquanto doença relacionada diretamente com o trabalho e terá classificação
específica (CID 11). Esse fato merece destaque pois reconhece-se o nexo causal
do acometimento da doença mental com o trabalho.
A síndrome de burn-out não aparece repentinamente como
resposta a um fator estressor determinado. O quadro vai se instalando
insidiosamente e depende da série de fatores relacionados ao trabalho, tais
como: sobrecarga de trabalho, estresse e pressões crônicas no âmbito
profissional.
A moléstia se caracteriza por sintomas como
irritabilidade, dores musculares, esgotamento físico e mental, e isso tem
graves consequências na saúde, tais como, exaustão emocional, despersonalização
e baixo nível de realização profissional. Estudos mostram que categorias profissionais
que lidam com público; como médicos, enfermeiros professores, bancários,
agentes penitenciários, policiais; apresentam alta incidência da moléstia.
O trabalho em home office na pandemia
A prestação do trabalho em home office permite a
realização de infindáveis tarefas via notebook, smartphones, tabletes e
celulares. Fruto do avanço tecnológico e do desenvolvimento da economia
globalizada, e é crescente o número de empresas que adotam o teletrabalho
visando reduzir custos com mobiliário, aluguel, dentre outras despesas,
adotando o popular home office, que foi traduzido para teletrabalho e
inserido no texto da reforma trabalhista de 2017.
No Brasil, de acordo com estudo realizado pela SOBRATT em
20163, 37% das empresas já possuíam a prática de home office junto a seus
empregados. Certamente, com a pandemia provocada pelo novo coronavírus, esse
número aumentou expressivamente, ante a necessidade de distanciamento social.
Com isso, a solidão e a perda da autoconfiança se
traduzem na degradação da qualidade do serviço prestado e, invariavelmente,
reflete na saúde mental das pessoas. Além disso, muitas vezes o ambiente
residencial tem sido inadequado, para os profissionais, em especiais as mulheres,
quando o trabalho profissional e o trabalho doméstico se confundem.
Ademais, a realização de tarefas, como por exemplo a
digitação, que é executada em jornadas extensas e em local e com cadeiras e
mesas inadequadas. Assim, as condições adversas para a execução do trabalho,
cumulada como esgotamento mental em decorrência do isolamento social,
desemprego e da crise econômica que o país se encontra, são fatores que
ensejaram o crescimento de doenças físicas e mentais.
Nesse contexto importa explorar a utilização do termo
ambiência laboral, muito utilizada pelos arquitetos para definir a interação do
ambiente não apenas com o local ou espaço, mas também ao conjunto de elementos
físicos, interpessoais, técnicos e psicológicos. Esses fatores são importantes
na organização do trabalho e nas relações hierárquicas, visando à preservação
do trabalho saudável.
Ainda, vale ressaltar os prejuízos causados pelas doenças
mentais, um enorme problema para a saúde pública, visto que o Estado passa a
gastar valores enormes em indenizações, além do alto custo do tratamento
médico. É um problema para o empregador, que na maioria das vezes é condenado a
pagar indenizações e tratamentos médicos ao trabalhador ou trabalhadora. E é um
problema muito maior para as pessoas que adoecem, que além de adquirir a
incapacidade para o trabalho e para suas atividades pessoais, ainda sofrem com
a redução da remuneração. Certamente estas pessoas estão ou ainda serão
acometidas por adoecimento físico e mental.
A fadiga do zoom
O novo coronavírus não gerou efeitos apenas na saúde
mental dos profissionais da área de saúde, mas também mudou a rotina das
pessoas. A prestação do trabalho em home office permite a comunicação entre
pessoas através das plataformas digitais.
Essa nova forma de comunicação, especialmente para o
exercício das atividades profissionais, com exagero de responsabilidades e
tensões acumuladas incorreu na fadiga, em razão das pessoas ficarem em jornadas
descomunais na frente do computador, ou mesmo do celular, aumentando a ansiedade
de maneira generalizada.
Médicos psiquiatras observaram o aumento nas queixas de
pacientes sobre o excesso de reuniões on-line por videoconferência nos últimos
meses. O fenômeno foi batizado de fadiga do Zoom, referindo-se a um dos
aplicativos mais usados para essa nova forma de comunicação.
Assim, por um longo período, muitas das interações
sociais ficaram concentradas nas plataformas digitais tais como Zoom; Microsoft
Teams; Webex Meet; Google Meet e outras, ocasionando demasiado cansaço,
letargia física e mental.
Vale observar que especialistas explicam que
videochamadas exigem mais atenção dos participantes do que em um encontro
presencial, assim, há um gasto maior de energia nessa modalidade de reunião.
A pandemia de covid-19 afetou todas as pessoas de maneira
importante e, sobretudo, influenciou nas relações de trabalho e na saúde mental
de todos os trabalhadores. As consequências desses impactos serão objetos de
estudo dos mais diversos campos, nos próximos anos.
Fonte: Migalhas / Autora: Maria José Giannella Cataldi :
Advogada. Professora universitária. Mestre e doutora pela PUC/SP. Pós-doutorada
em Direitos Humanos pela Faculdade de Coimbra. Autora do livro O stress no meio
ambiente de trabalho. Ed. Revista dos Tribunais.
6 a cada 10 CEOs pretendem contratar mais funcionários
nos próximos 12 meses, diz estudo
Mais da metade (62%) dos CEOs acredita que vão fazer
contratações e ampliar o quadro de funcionários de suas empresas nos próximos
12 meses, com a diminuição dos impactos da pandemia de Covid-19.
A 24ª CEO Survey, feita pela consultoria PwC, entrevistou
mais de 5 mil CEOs e líderes de mais de 100 países. 48% dos CEOs
brasileiros pretendem ampliar o quadro de funcionários de forma moderada, com
entre 3% a 9% de aumento. Já 14% pretende ampliar bastante, com mais de 10% de
aumento.
Para efeito de comparação, apenas 31% dos entrevistados
brasileiros afirmaram que tiveram aumentos a partir de 3% nas contratações nos
últimos 12 meses, marcados pela pandemia.
Em contrapartida, apenas 11% acredita que irá diminuir o
quadro de funcionários, sendo 1% de forma brusca. 28% dos CEOs acredita que não
haverá mudança significativa na quantidade de empregados em suas empresas.
O estudo também mostrou que 53% dos CEOs brasileiros
apresentam otimismo com a situação da economia no próximo ano. Considerando os
entrevistados do mundo inteiro, esse número cai para 36%.
Onde estarão os investimentos dos CEOs
A maior prioridade dos empresários é ampliar
investimentos em transformação digital. 61% pretendem aumentar de forma
significativa os gastos no setor (aumento de mais de 10%), com outros 24%
aumentando de forma moderada (entre 3% e 9%).
As empresas também vão buscar qualidade no quadro de
funcionários. Quase metade (47%) dos entrevistados pretendem aumentar os investimentos
de forma significativa. Isso coloca o quesito como a segunda maior prioridade
dos CEOs, atrás apenas de transformação digital. Outros 33% investirão nessa
frente de forma moderada.
Segurança e privacidade de dados são a terceira
prioridade: 47% dos CEOs têm pretensões para ampliar investimentos no setor de
forma significativa. Outros 27% pretendem ampliar as apostas moderadamente.
Fonte: InfoMoney
Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:
Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2021/03/edicao-263/
Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/revistas/revista-cobertura/revista-cobertura-230/#1
Revista Segurador Brasil: https://revistaseguradorbrasil.com.br/edicao-164/
Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2021/03/25/edicao-216-saude-privada-registra-aumento-em-numero-de-beneficiarios/
Revista Insurance Corp: http://insurancecorp.com.br/pt/content/pdf/ic_ed34_2021.pdf
Caderno de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-915.html
CURSO DE MBA DE GESTÃO DE RISCOS E SEGUROS NA ENS
INSCRIÇÕES GRATUITAS E ABERTAS, para o ano letivo de 2021.
Turma presencial em SÃO PAULO e online para demais estados do Brasil.
Especialização profissional em instituição de ensino renomada no mercado segurador.
Corpo docente de alto nível acadêmico e profissional.
MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O CURSO E INSCRIÇÕES, ACESSE O LINK: https://mba.ens.edu.br/curso/gestao-de-riscos-e-seguros
Webinário Gratuido: Dia 06/05, às 10hs.