A nova Lei de Licitações e o seguro garantia para grandes riscos
21, Mai. 2021
A nova Lei de Licitações e o seguro garantia para grandes riscos
A remodelagem da lei traz a oportunidade de fomento do
seguro garantia, na medida em que passará a ser visto como uma proteção mais
vantajosa do que as demais nas obras
Fonte: Revista Apólice
A Lei nº 14.133/2021, conhecida como o Novo Marco Legal
de Licitações e Contratos Administrativos, traz nova roupagem ao seguro
garantia, que, por definição legal, é a modalidade securitária com o objetivo
de garantir o fiel cumprimento das obrigações assumidas pelo contratado perante
à Administração, inclusive o pagamento das multas, o ressarcimento pelos
prejuízos e as indenizações decorrentes de inadimplemento, observado o
regramento previsto.
No regime existente até então, consubstanciado pelas Leis
nº 8.666/1993, nº 10.520/2002 e nº 12.462/2011, o valor da garantia nas obras e
serviços de engenharia de grande vulto, ou seja, contratos acima de R$37.500
milhões, chegava apenas até 10% do valor de contrato, sendo o percentual considerado
baixo para assegurar o fiel cumprimento das obrigações assumidas. Com o novo
regime, contratos de grande vulto são considerados aqueles cujo valor estimado
ultrapassar a R$200 milhões e a garantia será de até 30% do valor inicial do
contrato.
A nova lei estabelece ainda que, na hipótese de
inadimplemento do contratado, a seguradora pode executar e concluir o objeto do
contrato, ou seja, exercer a retomada, conhecida como step-in. Caso não assuma
essa execução do contrato, a seguradora pagará a integralidade da importância
segurada indicada na apólice.
Trata-se, portanto, de uma mudança de paradigma, que
altera o risco subscrito pela seguradora, a precificação do seguro e o modelo
de contrato de contragarantia até então utilizado.
Para que a nova sistemática funcione de fato, é
fundamental que a seguradora participe do edital e do contrato, bem como que
estabeleça parcerias de longa duração com os tomadores e com as próprias
empresas subcontratadas aptas a concluir projetos.
A remodelagem da lei traz a oportunidade de fomento do
seguro garantia, na medida em que passará a ser visto como uma garantia mais
vantajosa do que as demais nas obras de grande vulto. Apesar disso, os desafios
que permeiam essa nova dinâmica ainda são muitos.
O primeiro deles é a própria questão do valor da
garantia, pois, provavelmente, não fará sentido a retomada se o percentual
contratado for menor do que 30% e, nesse ponto, o legislador poderia ter sido
mais preciso. Por isso, para que a previsão de retomada não se torne ineficaz
do ponto de vista prático, é importante que o percentual da garantia seja
contratado em seu valor máximo previsto em lei, caso ele se demonstre
indispensável para assegurar o fiel cumprimento do contrato.
Ademais, o segurado deve estar atento para evitar o
comprometimento do limite máximo da apólice com valores de multa e verbas
rescisórias. A seguradora, por sua vez, deve ser assertiva no momento da
necessária intervenção, evitando um descompasso entre o valor da garantia, o
sobrecusto e a própria retomada, bem como discussões com o tomador a esse
respeito.
Outro ponto de destaque é a necessidade evidente de
aperfeiçoamento das condições contratuais das apólices para dirimir os limites
da retomada, reforçando a previsão legal de que somente o contratado (tomador)
será o responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários e fiscais
resultantes da execução do contrato, não podendo a seguradora suceder o
contratado com relação a tais obrigações.
As mudanças também devem passar por uma revisão das cláusulas
comuns de exclusão e das hipóteses de perda do direito ao recebimento de
indenização securitária. Isso porque, a nova lei presume que o edital poderá
prever que, em caso de retomada, a seguradora poderá a) ter livre acesso às
instalações em que for executado o contrato principal; b) acompanhar a execução
do contrato principal; c) ter acesso à auditoria técnica e contábil; d)
requerer esclarecimentos ao responsável técnico pela obra ou pelo fornecimento,
sendo indubitável o exercício do poder-dever da seguradora na fiscalização e
necessário monitoramento periódico do objeto garantido, com a diminuição de
margem para discussões referentes a descumprimentos que atualmente resultam na
ausência do recebimento de indenização.
Tudo isso em um contexto de maior flexibilização por
parte do regulador de seguros, a Susep (Superintendência de Seguros
Privados), que concede liberdade contratual para seguros considerados de
grandes riscos, como é o caso do seguro garantia para projetos de grande vulto.
Por fim, embora tenha entrado em vigor no dia 1º de abril
de 2021, a Nova Lei de Licitações prevê um período de transição, segundo o qual
por dois anos após a sua vigência, os órgãos públicos terão a oportunidade de
escolher o momento em que ocorrerá a transição entre o antigo ordenamento ou o
novo, razão pela qual, guardadas as polêmicas decorrentes da existência de dois
ordenamentos válidos para licitações, é absolutamente recomendável que o setor
de (res)seguros esteja apto a atender, imediatamente, o novo regramento.
Autoras: Bárbara Bassani e Claudia Bonelli, sócias do
TozziniFreire
Riscos Cibernéticos e LGPD foi tema de Webinar
Fonte: CQCS
Perfis em redes sociais, placa de automóvel e biometria
são algumas das inúmeras formas que reúnem informações pessoais no mundo
moderno. Mas você já imaginou os perigos que corremos caso estes dados vazem e
sejam usados de maneira inadequada?
Pensando em resguardar a todos foi criada a Lei Geral de
Proteção de Dados, LGPD. Sancionada em setembro do ano passado, ela permitirá
multas e penalidades para aqueles que a descumprirem a partir de agosto.
Dada a relevância do tema, o SindSeg MG/GO/MT/DF promoveu
ontem (18/05) mais um bate-papo virtual para esclarecer os impactos da lei no
setor de seguros e abordar os riscos dos ataques cibernéticos. A discussão
sobre a LGPD ficou ainda mais em voga em função do modelo de home office
adotado pelas organizações durante a pandemia, comentou o presidente do
Sindicato, Marco Neves, durante abertura do evento.
O debate foi promovido pelas Comissões Técnica de Seguros
de Ramos Elementares, Especial de Assuntos Jurídicos e Fiscais e SindLab
(Inovação e Tecnologia). A mediadora foi a presidente da Comissão Técnica de
Seguros de Ramos Elementares, Roberta Machado, que avaliou o encontro: por meio
de um debate dinâmico, conseguimos reunir conceitos e premissas básicas da Lei
em uma linguagem clara e acessível a todos que certamente auxiliarão os
profissionais do setor de seguros.
Dentre os palestrantes estavam o Mestre em Direito
Processual Civil e sócio do escritório Opice Blum, Bruno e Vainzof Advogados
Associados, Caio Lima, e pela CEO da NV Seguros Digitais, Dionice de Almeida.
Segundo Caio, um erro bastante comum é vincular a LGPD apenas ao meio digital e
aos consumidores. Informações podem ser armazenadas em meios físicos, como
anotações e formulários, e também abrangem potenciais clientes e fornecedores
de uma organização, disse.
Ainda de acordo com ele, a aplicação da Lei também é
positiva para as empresas, principalmente para aquelas que encaram estas
adequações como diferenciais competitivos. Isso porque ela impulsiona a
inovação e estabelece 13 grandes princípios que, em suma, exigem que as
empresas coletem apenas os dados compatíveis à necessidade delas, os quais
devem ser retidos por determinado período. Fora isso, os donos dos dados
precisam estar cientes disso.
Aumento dos ataques cibernéticos
Com a pandemia, o número de ataques cibernéticos cresceu
expressivamente no Brasil. É o que revelou Dionice. Eles quadruplicaram quando
comparamos os incidentes de segurança deste ano em relação ao anterior, o que é
reflexo de uma cultura que não valoriza os seguros cyber, que vêm muito antes
da chegada da LGPD.
Dentre as modalidades mais comuns de golpe estão o
phishing (roubo de informações pessoais) e ransomware (desbloqueio do acesso
aos dados mediante pagamento de resgate). Pequenas e grandes empresas podem ser
vítimas dos hackers. Por isso, é dever de todos se adequar para mitigar riscos
em nossa rotina. É uma responsabilidade de todos nós.
Aplicação prática da LGPD
Mas, afinal, independentemente do porte das organizações,
como se proteger e resguardar as informações que são fundamentais para os
nossos negócios? Ambos os especialistas defendem que a formulação de uma política
de privacidade é fundamental, já que, quanto mais dados, maiores os riscos.
Defina restrições ao acesso, revisite formulários para identificar se os dados
solicitados são excessivos e tenha regras claras para o descarte deles, pontuou
Caio.
O mercado de seguros em um cenário de desafios
Fonte: Sonho Seguro / Autora: Eduarda Tenes, diretora
Executiva de Placement da Marsh Brasil
Para aqueles que iniciaram suas carreiras no mercado de
seguros há 10 anos, talvez estejamos vivendo um momento bem particular. Naquele
período, o mercado refletia uma tendência “soft” e com muitos players
disponíveis, além de capacidade para colocação do risco com opções.
Nos dois últimos anos, no entanto, houve uma mudança
radical no cenário. Sentimos, primeiramente, o mercado internacional mudar seu
posicionamento, com reduções de capacidades, players deixando de operar em
linhas não rentáveis, e o mercado mostrando cada vez mais sua tendência de
endurecimento de termos e condições.
Ainda nesse cenário de transformação, mesmo que
temporária e associada a prejuízos, tivemos o início da pandemia do
coronavírus, que desde o primeiro trimestre de 2020 tem sido de extremo desafio
para a saúde, economia e sociedade como um todo.
A situação de crise trouxe impactos consideráveis à
estrutura da sociedade e transformou a maneira de fazer negócios. As empresas
precisaram mudar suas rotinas de trabalho, adaptando-se da noite para o dia
para a modalidade home office. Muitas não tiveram escolha senão realizar
demissões pontuais e reduzir significativamente seu quadro de colaboradores. O
mercado foi obrigado a lidar com a falta de matérias-primas decorridas dos
extensos períodos de lockdown, paralelamente a questões regulatórias em
revisão.
Vimos os mercados internacionais recebendo reclamações de
prejuízos relevantes relacionados a perdas financeiras por suas paralisações e
as apólices emitidas naqueles territórios sem restrições claras para esse tipo
de perda, até porque esse não era um cenário previsto nas análises e subscrição
dos riscos, o que resultou numa disputa importante.
Por outro lado, aqui no Brasil acompanhamos uma tendência
em outra rota. Riscos para os quais não temos capacidade de colocação não se
mostraram tão frequentes, e em algumas atividades temos cenários de renovações
com agravações mínimas entre 10% e 20%. Já para riscos complexos, com alta
sinistralidade e dependência de capacidade internacional, o cenário se
complica. Os riscos financeiros, por exemplo, foram severamente impactados no
aumento de preços e ainda continuam na mesma tendência.
Neste momento, passamos pela implementação da Resolução
407 da Susep (Superintendência de Seguros Privados), que que tira amarras dos
contratos de seguros com garantias acima de R$ 15 milhões. De modo geral, a
nova regulamentação proporciona aos seguradores maior liberdade em termos de
clausulado, e, portanto, um novo desafio se impõe: o mercado precisa estar
preparado para entregar diferenciais relevantes aos clientes, sem deixar de
considerar que as seguradoras estabelecidas no Brasil têm contratos de
resseguros para seus próprios contratos e, consequentemente, a liberdade total
é praticamente impossível.
Pandemia & Sinistralidade
A pandemia do coronavírus teve o condão de interferir na
vida do planeta, afetando e modificando relações e normas de todas as
naturezas.14 de Maio de 2021
A pandemia do coronavírus teve o condão de interferir na
vida do planeta, afetando e modificando relações e normas de todas as
naturezas. O comércio internacional, ao longo de 2020, foi seriamente abalado.
A produção industrial teve um primeiro momento de forte retração. Os serviços
foram desorganizados, escritórios foram substituídos pelo home office. As
relações internacionais sentiram o peso da volta de um nacionalismo
protecionista adotado pelas mais diversas nações. Enfim, o mundo pós
coronavírus sentiu o impacto da pandemia e reagiu de acordo com as diferentes
realidades de cada país.
Se 2020 foi um ano difícil e recessivo para quase todos
os países, 2021 tem um desenho diferente. A China, por exemplo, já demonstrou
enorme capacidade de recuperação, crescendo mais de 18% no primeiro trimestre.
À medida que o ano vai correndo, outras nações vão se recuperando e, ainda que
a volta à normalidade esteja distante e sujeita à ameaça de uma terceira onda
do vírus, o cenário começa a se desanuviar em nações como o Reino Unido,
Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos.
Infelizmente, o Brasil está no lado feio da história.
Estamos longe de conter o avanço da pandemia, o número de novos casos e de
óbitos diários continua em patamares muito elevados, não temos vacinas para
aumentar o ritmo da imunização da população, o Governo Federal insiste em não
assumir a coordenação do combate à pandemia, parte da sociedade não obedece as
regras de distanciamento social e acabamos de instaurar uma CPI para apurar
responsabilidades na pandemia que ninguém tem ideia de como se desenvolverá.
Como não poderia deixar de ser, este cenário, somado à
recessão de pouco mais de 4% do ano passado e às mudanças de patamar do auxílio
aos cidadãos e às empresas abalados pela crise, está cobrando seu preço e ele é
caro.
O setor de seguros, em 2020, experimentou uma realidade
interessante, que acabou por melhorar o desempenho de várias seguradoras. Com o
isolamento social e grande número de pessoas, num primeiro momento, ficando em
casa, houve a redução da sinistralidade em algumas carteiras de seguros. O
quadro foi completado pela redução da atividade econômica, que teve o condão de
reduzir o ritmo de funcionamento da indústria, do comércio e dos serviços,
encolhendo o número de eventos cobertos e, consequentemente, o valor das
indenizações.
2021 apresenta um cenário um pouco diferente. Conversando
com executivos de importantes seguradoras e corretores de seguros dos mais
diferentes vieses, fica claro que, de forma geral, a diminuição da atividade
econômica continua impactando positivamente a sinistralidade das seguradoras.
Mas já é possível se verificar um aumento significativo da sinistralidade geral
em relação a 2020. Além disto, essa verdade não se aplica a algumas carteiras
que estão sofrendo bastante em função da crise.
É o caso do seguro de fiança locatícia. E a pancada foi
nas duas pontas. Em função da pandemia, houve um aumento importante na taxa de
inadimplência do pagamento de aluguéis e, consequentemente, houve um aumento
importante do valor das indenizações pagas. Ao mesmo tempo, a crise fechou
milhares de empresas, que devolveram os imóveis onde funcionavam, além de
inibir novos contratos de locação, o que, como não poderia deixar de ser,
impactou a venda de novas apólices de fiança locatícia.
O seguro de vida também sente, de um lado, o aumento da
sinistralidade decorrente do elevado número de óbitos causados pela covid19 e,
de outro, os reflexos do desemprego no faturamento do seguro.
Neste cenário, pode-se dizer que 2021 será um ano mais
difícil e mais complexo do que foi 2020. Se o ano passado não foi um bom ano
para o setor de seguros como um todo, 2021 tem tudo para não ser melhor. Ainda
que a queda da sinistralidade geral ajude na redução das despesas das
seguradoras, esta conta não será homogênea. Dependendo do mix de produção,
algumas companhias serão mais impactadas e isso pode levar à necessidade de
novos aportes de capital.
Fonte: Sindseg / Autor: Antonio Penteado Mendonça
Gestão de Riscos Logísticos / Modal Rodoviário
Governo Federal lança pacote para destravar transporte
rodoviário
O Governo Federal publicou nessa quarta-feira, 19 de
maio, um pacote de medidas voltado ao setor se transporte rodoviário de cargas
e reinstitui comissões relacionadas aos modais de transportes.
A Medida Provisória (MP) n. 1050, de 18 de maio de 2021,
alterou a Lei n. 7.408/1985, que trata do percentual de tolerância na pesagem
de carga em veículos de transporte para ampliar a tolerância de 10% a 12,5%
sobre os limites de peso bruto transmitindo por eixo de veículos à superfície
das vias públicas e estabeleceu a vigência temporária da lei até 30 de abril de
2022.
Ademais, a MP n. 1050/2021 também alterou o Código de
Trânsito Brasileiro para permitir a liberação do veículo que ofereça condições
de segurança para circulação, quando não for possível sanar a irregularidade no
local da infração, mediante recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual.
Por sua vez, a Medida Provisória n. 1051, de 18 de maio
de 2021, instituiu o Documento Eletrônico de Transporte (DT-e), exclusivamente
digital e de geração e emissão prévias obrigatórias.
O DT-e tem, além dos objetivos de unificação e
simplificação de dados e cadastros, o propósito de subsidiar o planejamento das
políticas de logística e transporte, a fim de viabilizar a integração
multimodal de transporte.
Ainda, a MP n. 1051/2021 especificou a forma de geração e
emissão do DT-e, bem como as obrigações do embarcador, do proprietário de
carga, dos prepostos ou dos representantes legais e as infrações e penalidades
cabíveis.
O Decreto n. 10.702, de 18 de maio de 2021, instituiu o
Programa de Incentivo ao Transporte Rodoviário de Cargas, denominado Programa
Gigantes do Asfalto.
O Programa Gigantes do Asfalto é destinado à promoção da
saúde e do bem-estar, ao desenvolvimento, à profissionalização, ao fomento e ao
enfrentamento aos problemas que afetam o setor de transporte rodoviário de
cargas e contempla especialmente o transportador autônomo de cargas.
Por fim, o Decreto n. 10.703, de 18 de maio de 2021,
instituiu a Comissão Nacional das Autoridades Aeroportuárias (Conaero), a
Comissão Nacional das Autoridades nos Portos (Conaportos) e a Comissão Nacional
das Autoridades de Transportes Terrestres (Conatt).
O Decreto n. 10.703/2021 estabeleceu, além das
competências de cada uma das Comissões, a possibilidade de instituição conjunta
de comitê técnico para avaliação de matérias transversais.
Fonte: Agência Brasil
Cinco razões para considerar o profissional de TI um
verdadeiro ‘herói’ das empresas
O home office acelerou inovações tecnológicas nas
companhias, e os profissionais de TI têm ganhando um novo protagonismo nesse
processo
Fonte: InfoMoney
A área de TI é essencial para apontar melhorias e
otimizar a comunicação entre funcionários e parceiros (Getty Images)
É consenso que a pandemia acelerou a transformação
digital nas empresas. Essas adaptações para reduzir custos e possibilitar o
trabalho remoto vieram para ficar. Além dos aprendizados pontuais que o
isolamento social trouxe, os investimentos em tecnologia nos planos
estratégicos das companhias se mostram cada vez mais relevantes.
Não é à toa que os executivos das maiores empresas do
mundo estão tomando essa posição. Empresas com melhores infraestruturas de TI
conseguiram se adaptar com muito mais agilidade aos novos desafios, tiveram
menos impacto em suas operações e até mesmo conseguiram explorar novas
oportunidades de negócios. Nesse cenário se destaca a importância dos
profissionais da Tecnologia da Informação (TI), que se reinventaram para
desenvolver soluções e auxiliar as companhias e os colaboradores nesse
processo.
E a demanda pelo trabalho deles só aumenta. Por isso,
listamos cinco funções que demonstram a importância do profissional de TI, os
heróis do século 21, para esse novo momento do desenvolvimento das companhias.
1- Gurus das tendências
Estar atualizado quanto às principais tendências
tecnológicas e corretamente equipado é fundamental em um cenário competitivo
empresarial. Isso porque as empresas que entendem a importância de processos
digitais atualizados, segurança de dados, gerenciamento remoto e escalabilidade
estão à frente daquelas que ainda enfrentam problemas internos e externos
tecnológicos e, por conseguinte, não conseguem ter o mesmo desempenho em
resultados e entregas.
O planejamento estratégico para identificar as tendências
tecnológicas é essencial para equipar as companhias e colocá-las em uma posição
de competitividade frente aos seus pares. Essa demanda é confirmada pelos
maiores prestadores de serviços de tecnologia do mercado.
A Intel, por exemplo, iniciou em 2016 um processo de
transição para ser, além de uma das maiores fabricantes mundiais de
processadores, a principal fornecedora de produtos ligados ao armazenamento e
funcionalidades para lidar com dados. Mais da metade da sua receita já é
proveniente dos data centers, serviços de nuvem e Internet das Coisas.
2- Sábios dos processos
O investimento em TI é crítico para que as empresas
estejam preparadas tanto internamente quanto externamente para possíveis
adversidades e também para acompanhar as mudanças de cenários econômicos e
sociais. Para as empresas, a TI é importante para agilizar processos e apontar
melhorias, bem como para otimizar a comunicação entre funcionários e parceiros.
Ainda mais em um cenário de trabalho remoto, o preparo do parque de máquinas
para esse formato auxilia os colaboradores a não enfrentarem dificuldades fora
do escritório e consequentemente terem muito mais produtividade.
Além do trabalho interno, mudanças no mercado podem ser
observadas e apoiadas pela área de TI. Neste sentido, destaca-se a computação
na nuvem como um dos grandes protagonistas dentre Além do trabalho remoto por
conta da necessidade do isolamento social, outras frentes tiveram que absorver
esse impacto, como o setor de educação, com as aulas online e o entretenimento,
com transmissões de lives e streaming.
Essas mudanças, administradas pelos departamentos de TI,
exigiram mais dedicação dos especialistas para enfrentar o maior consumo desses
serviços. Isso pode ser traduzido em números. No ano passado, 9,1% dos gastos
corporativos foram direcionados para a TI; esse percentual tende a subir para
14,2% em 2024, de acordo com Fabiano Sabatini, Gerente Técnico e IoT Lead da
Intel.
3- Mestres da reorganização
A área de TI é essencial para apontar melhorias e
otimizar a comunicação entre funcionários e parceiros. No atual cenário de
trabalho remoto, processos fluidos, independentes e práticos são essenciais
para criar um ambiente confortável para os colaboradores em suas novas rotinas,
o que contribui para o aumento de produtividade. Não é segredo que trabalhar
sem gargalos incentiva a inovação e o desenvolvimento de novos produtos e
serviços.
Essa fluidez e eliminação de gargalos garante
competitividade, agilidade na inovação e desenvolvimento de novos produtos e
serviços, melhoria na experiência dos consumidores, redução de custos,
otimização de processos, ganho de desempenho e preparo para cenários futuros.
4- Líderes da segurança
Quando muitos profissionais tiveram de se adaptar à
rotina laboral em suas casas, um dos principais desafios foi a resolução de
problemas técnicos por conta do uso de computadores obsoletos, que não estavam
equipados corretamente para o trabalho remoto. Nesse cenário, garantir a
segurança dos dados foi uma dos maiores desafios dos departamentos de TI.
De forma repentina, funcionários estavam com notebooks,
que muitas vezes não estavam protegidos adequadamente, fora do escritório
lidando com dados sensíveis, por exemplo. Um computador para uso pessoal é
diferente de um computador para uso profissional, não possui os mesmos recursos
de segurança e gerenciamento que se tornaram ainda mais críticos com o trabalho
remoto. A máquina precisa ter recursos para a proteção dos dados sensíveis da
empresa e a proteger de ataques como malwares, phishing e outros que se
tornaram ainda mais frequentes no último ano.
O sucesso dessa empreitada se traduz na confiança das
empresas para repensar o modelo de trabalho pós-pandemia.
5- Mentores do futuro
O segmento de Inteligência Artificial (IA) também deu um
salto em meio à pandemia. Com uma ampla rede de profissionais de TI dedicados a
inovar o segmento, as aplicações de IA beneficiaram as empresas em muitos
processos, especialmente naqueles relacionados ao meio digital.
No atendimento online, por exemplo, os serviços de
chatbot tiveram notável crescimento por tornar a experiência de atendimento por
robôs mais fidedigna e eficiente. E esse é só o começo. Muitas inovações foram
feitas mirando o uso de IA para o estudo do Covid-19, com estudos sobre a sua
disseminação geográfica, e também em diagnósticos por imagem.
Com o sucesso desses novos usos, a tendência é que a área
expanda 17,1% até 2025, de acordo com o Rastreador Semestral de Inteligência
Artificial da IDC Worldwide.
Arrecadação indica lucro extra de grandes companhias
Impulsionada por recolhimentos atípicos de algumas
grandes empresas, a arrecadação federal no mês passado bateu recorde para meses
de abril. Segundo a Receita Federal, o governo arrecadou R$ 156,822 bilhões.
Nos quatro primeiros meses do ano, a arrecadação federal soma R$ 602,722
bilhões, com alta de 13,62% acima da inflação pelo IPCA, também recorde para o
período.
Grandes empresas de diversos setores apresentaram
recolhimento extraordinário de cerca de R$ 1,5 bilhão em Imposto de Renda
Pessoa Jurídica (IRPJ) e em Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Nos últimos meses, esses recolhimentos fora de época têm impulsionado a
arrecadação por causa de empresas que registraram lucros maiores que o previsto
e tiveram de pagar a diferença. Por causa do sigilo fiscal, a Receita não pode
informar o nome e a atividade dessas grandes companhias, informa a Agência
Brasil.
O resultado é visto por analistas como reflexo de uma
melhora na economia além do esperado. Por enquanto, porém, essa recuperação
parece restrita às maiores companhias.
Em relação a abril de 2020, a arrecadação de impostos este ano teve aumento de 45,22% acima da inflação em valores corrigidos pelo IPCA. A alta é explicada pelo adiamento de impostos no ano passado e pelo efeito das medidas de combate à pandemia.
Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:
Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2021/03/edicao-263/
Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/revistas/revista-cobertura/revista-cobertura-230/#1
Revista Segurador Brasil: https://revistaseguradorbrasil.com.br/edicao-164/
Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2021/03/25/edicao-216-saude-privada-registra-aumento-em-numero-de-beneficiarios/
Revista Insurance Corp: https://drive.google.com/file/d/1tog-AftJwcK6ZnulXe_xfNdTJeCjdfxI/view?usp=sharing
Caderno de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-915.html
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Dia 26 de maio às
17h00, a Marsh Brasil e
a Kroll Brasil convidam
a AIG para o segundo webinar da
série de encontros Mitigando Riscos Cibernéticos. Neste encontro serão
abordados os tópicos abaixo seguidos por uma sessão de perguntas e respostas.
Principais
Tópicos:
Aspectos fundamentais de um plano de
resposta a incidentes e armadilhas comuns para evitar
O
papel do seguro cibernético e advogados externos
Contratação de especialistas em resposta a incidentes e o que esperar durante a
fase de investigação e pós-incidente
Apresentação de um cenário de simulação
Palestrantes:
Eduardo Sakata, líder de Serviços Responsivos da Kroll Brasil / Marta Schuh, líder de Risco Cibernético da Marsh Brasil / Tiago Lino, E&O e Cyber Coordinator, AIG
Evento gratuito. Não
deixe de se inscrever. Acesse: https://register.gotowebinar.com/register/3547988097265259023?source=kroll