Especialistas veem conta de luz mais cara, mas descartam racionamento
29, Mai. 2021
Especialistas veem conta de luz mais cara, mas descartam
racionamento
Fonte: Estadão
Os consumidores devem enfrentar aumento expressivo nas
tarifas de energia nos próximos meses, com o aumento da geração mais cara das
termelétricas a diesel e óleo combustível. Pesa ainda na conta o acionamento da
bandeira vermelha nas contas de luz, que pode subir para o seu nível mais
crítico. Especialistas, porém, ainda não veem risco de um racionamento como o
vivido em 2001.
O gerente de Preços e Estudos de Mercado da Thymos
Energia, Gustavo Carvalho, reconhece, porém, que pode haver dificuldades em
algum momento em que a demanda for mais alta. Se não houvesse a pandemia de
covid-19, poderíamos até entrar no racionamento, mas acho que, em parte, essa
situação pressionou o consumo para baixo, afirmou.
A situação deve pesar ainda mais no bolso dos
consumidores, com a perspectiva de acionamento do patamar mais alto da bandeira
tarifária nos próximos meses, que adiciona uma cobrança extra de R$ 6,243 a
cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Para tentar amenizar os efeitos do baixo volume de água
nas usinas hidrelétricas, o governo baixou ontem um decreto para regulamentar a
realização de um novo tipo de leilão. Essa licitação visa a contratar usinas
para aumentar a segurança do sistema elétrico brasileiro e evitar o
desabastecimento de energia.
Essas usinas ficarão disponíveis para atender a demanda
de energia sempre que houver necessidade e devem repor a intermitência das
fontes renováveis como o vento e o sol, que dependem de fatores naturais para
atender as diferentes necessidades.
Os custos para contratação dessas usinas serão rateados
entre todos os consumidores, por meio de um novo encargo na conta de luz,
chamado Encargo de Potência para Reserva de Capacidade, e será proporcional ao
consumo.
Para o presidente da consultoria PSR, Luiz Barroso, o
governo tem um arsenal de medidas para lidar com o momento. Segundo ele, a
declaração de emergência hídrica serve justamente para dar transparência à
necessidade dessas ações. Naturalmente, isso liga um alerta, e o governo
precisa começar a se preparar para garantir o atendimento. Vejo a declaração de
emergência hídrica como algo positivo, pois, ainda que a mensagem não seja boa,
é transparente, afirmou Barroso.
Já o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ) Adílson de Oliveira é crítico em relação à postura que o governo federal
tem adotado frente à crise nos reservatórios. São medidas de quem ainda não
tomou a devida preocupação com a dimensão do problema. Estão tentando ainda ver
se conseguem empurrar um pouco o problema com a barriga, afirmou. Na avaliação
do professor, a restrição do uso de água para outros fins, como para
agricultura, é preocupante.
Para ele, o governo deveria considerar medidas semelhantes
às tomadas no racionamento de energia em 2001. Ele defende que haja uma
negociação com grandes consumidores de energia, como as indústrias, para a
redução do consumo do insumo. Em contrapartida, o governo compensaria as
eventuais perdas. O custo para a sociedade dessas compensações é muito menor do
que o custo de não ter energia nas residências e nos pequenos comércios.
Susep lança edital para segunda edição do Sandbox
Regulatório
Novo edital permitirá que até 15 empresas possam atuar,
por até 36 meses, com regras diferenciadas e mais flexíveis
Fonte: Susep / Sonho Seguro
A Superintendência de Seguros Privados (Susep) publicou
hoje (28) a Consulta Pública para o novo edital do seu Sandbox, projeto de
inovação para o setor de seguros do País. A primeira edição, no ano passado,
selecionou 11 projetos voltados para a inovação de produtos e serviços no
mercado de seguros. Parte dos projetos selecionados já virou realidade com a
criação de seguradoras digitais em operação. Desta vez, poderão ser selecionados
até 15 projetos.
Além de capital mínimo requerido ajustado e proporcional
ao Sandbox regulatório e à temporariedade da autorização, o projeto estabelece,
ainda, outras facilidades, como a atuação em uma nova plataforma de comunicação
tecnológica com a Susep e a redução do número de auditorias exigidas e do custo
regulatório de forma geral.
Após a aprovação, a Susep concederá uma autorização para
que essas empresas possam operar no setor de seguros com regras diferenciadas
por 36 meses. O foco do Sandbox Regulatório está em produtos massificados de
curto prazo e, com isso, estão excluídos os segmentos de previdência,
resseguros, grandes riscos e responsabilidade civil, por exemplo.
A superintendente da Susep, Solange Vieira vê os avanços
que o projeto propicia como como uma oportunidade estratégica para a inovação
no setor: O Sandbox é um importante passo para o setor e já podemos ver
resultados com as empresas que estão operando. Nossa intenção com essa nova
etapa é avançar no apoio ao desenvolvimento e inovações no mercado, permitindo
novos entrantes e trazendo mais tecnologias, mais investimentos e mais acesso
do seguro para a população, afirma.
Entre as atividades que o Sandbox trouxe para o mercado
de seguros brasileiros, está a oferta de coberturas contra furto simples de
celular. Ainda no segmento mobile, outra novidade é a utilização de
inteligência artificial na análise de processos de ativação do seguro pelo
cliente, com pagamentos de indenizações em segundos.
De acordo com o diretor da Susep Eduardo Fraga, que está
liderando as equipes do Sandbox, a primeira edição do programa viabilizou
também inovações para o consumidor nos segmentos de vida, acidentes pessoais e
automóvel on demand, além de soluções digitais para empresas em ecossistemas de
mobilidade, delivery, fintech e e-commerce. Acreditamos que teremos mais
soluções inovadoras e focadas em novas demandas dos mercados de seguros com
esse novo edital, diz.
Austral anuncia compra da operação de resseguros da
Markel no Brasil
Fonte: CQCS
A brasileira Austral, da gestora Vinci Partners, anunciou
a compra da operação de resseguros da americana Markel no Brasil. O valor do
negócio, mantido a sete chaves até agora, não foi revelado.
A compra da Markel no Brasil é a segunda anunciada pela
Austral no mercado de resseguros em dois anos, fortalecendo a companhia, que
tem estudado abrir capital nos últimos anos. Em 2019, a resseguradora da Vinci,
de Gilberto Sayão, concluiu uma fusão com a também brasileira Terra Brasis, do
Brasil Plural. Antes, os controladores da Austral chegaram bem próximos de
vender o grupo para o chinês Fosun.
As negociações entre Austral e Markel tiveram início em
2019 e foram retomadas em 2020 diante da decisão do grupo de rever sua atuação
na América Latina. O contrato foi assinado em fevereiro de 2021 e a aquisição
foi aprovada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), na semana
passada.
Com o aval do órgão regulador, a Austral Re vai integrar
a operação da Markel no Brasil, incorporando processos e a equipe de
funcionários da resseguradora ao seu time.
A Markel detinha patrimônio líquido de cerca de R$ 76
milhões ao fim de 2020. Em ativos totais, eram quase R$ 180 milhões.
Dentre os atrativos do seu portfólio, destaca a Austral,
estão negócios com seguradoras brasileiras e ainda uma rede de distribuição
especializada em resseguro, os chamados brokers, como são conhecidos os
corretores do segmento.
A Austral Re emitiu cerca de R$ 900 milhões de prêmios de
resseguros no ano passado, o que lhe garante a posição de quinta maior do
setor. A resseguradora pertence à Austral Holding, que detêm ainda uma
seguradora no País, com foco em riscos corporativos. O grupo administra mais de
R$ 10 bilhões em ativos.
Atuar bem no novo ambiente regulatório é desafio para o
mercado, diz presidente da FenSeg
Em entrevista ao Panorama do Seguro, Antonio Trindade
acrescenta a necessidade de digitalizar as operações e capacitar os
profissionais, inclusive os corretores, para a nova realidade
Fonte: Panorama do Seguro
Antonio Trindade, presidente da FenSeg, é o entrevistado
do ainda inédito programa Panorama do Seguro nº 100. Durante a conversa, que
contou também com a presença do economista Francisco Galiza, o executivo
destacou o bom desempenho do setor no 1º trimestre e citou o movimento de
concessões e privatizações. Vejo grandes oportunidades em garantia e
engenharia, por exemplo.
Trindade comemorou avanços na regulamentação, destacando
a liberdade para a customização de produtos e a simplificação dos processos,
entre outros benefícios. Essas mudanças conferem à indústria a condição de
fazer coisas diferentes. Saímos de um mundo onde todas as ofertas são iguais,
com exceção do preço, e agora temos a possibilidade de criar produtos mais
focados em nichos, com muito mais qualidade e agilidade, e atrair novos
clientes, explicou.
O executivo pontou o que considera como principais
desafios no momento:
Digitalizar as operações
Aproveitar o potencial de um ambiente com mais
possibilidades para criar
Desenvolver o os recursos humanos, inclusive os
corretores, para atuar nesse cenário mais flexível e digital
O presidente da FenSeg afirmou otimismo com o futuro,
sobretudo por perceber uma nova consciência na população. As pessoas entenderam
que é necessário se proteger e que o seguro mantém as coisas em atividade.
E, por fim, lembrou que proteção veicular não garante
proteção. Seguro auto sim.
Sem a Ásia, comércio de países em desenvolvimento segue
em baixa
Serviços também ainda se encontram inferiores à
pré-pandemia.
Fonte: Monitor Mercantil
A recuperação do comércio mundial continua desigual,
especialmente entre os países em desenvolvimento, com as exportações do Leste
Asiático se recuperando substancialmente mais rápido. O comércio entre os
países em desenvolvimento (comércio Sul-Sul) permanece abaixo da média quando
os números do comércio das economias em desenvolvimento do Leste Asiático são
excluídos.
O relatório Global Trade Update, da Unctad (agência da
ONU para comércio e desenvolvimento), lançado semana passada, traz outras
revelações. Apesar de o valor do comércio de bens no primeiro trimestre de 2021
ter ficado acima do nível pré-pandemia, o comércio de serviços permanece
substancialmente abaixo da média.
O comércio global registrou uma recuperação mais rápida
da recessão causada pela pandemia do que nas duas últimas recessões comerciais,
disse o economista da Unctad Alessandro Nicita, que trabalhou no relatório.
Levou quatro trimestres após o início da recessão
induzida pela pandemia para que o comércio mundial retornasse aos níveis
anteriores. No quinto trimestre, primeiro trimestre de 2021, o comércio global
foi superior aos níveis anteriores à crise, com um aumento de cerca de 3% em
relação ao quarto trimestre de 2019.
Em comparação, demorou 13 trimestres para o comércio
global se recuperar da recessão de 2015, que resultou de mudanças estruturais
nas economias do Leste Asiático e quedas nos preços das commodities; e demorou
nove trimestres para se recuperar da recessão de 2009, causada pela crise
financeira global.
A recuperação do comércio mundial da crise da Covid-19
atingiu um recorde no primeiro trimestre de 2021, aumentando 10% ano a ano e 4%
trimestre a trimestre.
As tendências de importação e exportação de algumas das
principais economias comerciais do mundo mostram que, com algumas exceções, o
comércio se recuperou do outono de 2020. No entanto, os grandes aumentos
devem-se à base baixa de comparação. O comércio em muitas das principais
economias ainda estava abaixo das médias de 2019. A tendência de uma
recuperação mais forte de bens em relação a serviços é comum a todas as
principais economias, conclui o relatório.
O relatório prevê que o comércio continuará crescendo em
2021, com a expectativa de que o crescimento permaneça forte na segunda metade
do ano. A previsão geral para este ano indica um aumento de cerca de 16% em
relação ao ponto mais baixo de 2020 (19% para bens e 8% para serviços).
O valor do comércio global de bens e serviços deve chegar
a US$ 6,6 trilhões no 2º trimestre de 2021, equivalente a um aumento ano a ano
de cerca de 31% em relação ao ponto mais baixo de 2020 e de cerca de 3% em
relação à pré-pandemia níveis de 2019.
Os pacotes de estímulo fiscal, principalmente nos países desenvolvidos, devem apoiar fortemente a recuperação do comércio global ao longo de 2021, diz o relatório. O valor do comércio global também deve aumentar devido às tendências positivas nos preços das commodities.
Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:
Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2021/03/edicao-263/
Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/revistas/revista-cobertura/revista-cobertura-230/#1
Revista Segurador Brasil: https://revistaseguradorbrasil.com.br/edicao-164/
Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2021/03/25/edicao-216-saude-privada-registra-aumento-em-numero-de-beneficiarios/
Revista Insurance Corp: https://drive.google.com/file/d/1tog-AftJwcK6ZnulXe_xfNdTJeCjdfxI/view?usp=sharing
Caderno de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-915.html
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