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SP tem 13 mil furtos e 5 mil roubos de carros no 1º trimestre

02, Jun. 2021

SP tem 13 mil furtos e 5 mil roubos de carros no 1º trimestre

Apesar da pandemia o número está alto.

Fonte: Monitor Mercantil

Segundo dados do Boletim Econômico Tracker-Fecap, a pandemia de Covid-19 é a grande responsável pela redução de ocorrências de roubos e furtos de automóveis, caminhonetes, camionetas e utilitários (inclusive os SUVs) no Estado de São Paulo. Os dados foram analisados a partir dos boletins de ocorrência registrados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.

Uma análise minuciosa da evolução das ocorrências, de janeiro de 2019 a março de 2021, revelou que a pandemia provocou a queda da criminalidade: os roubos caíram 39,4% e os furtos 29,8% em 2020, na comparação com o ano anterior. No entanto, nos últimos 15 meses, os furtos cresceram de proporção, em relação aos roubos.

Ao todo, foram registradas 58 mil ocorrências de roubo no Estado, de janeiro de 2019 a março de 2021, sendo 33 mil em 2019, 20 mil no ano passado e 5 mil no primeiro trimestre de 2021. No mesmo período, ocorreram aproximadamente 129 mil furtos: 67,8 mil em 2019, 47,6 mil no ano passado e 13 mil somente nos três primeiros meses de 2021.

O coordenador do estudo e professor do Departamento de Pesquisas em Economia do Crime da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), Erivaldo Costa Vieira, considera três os motivos principais para a queda na criminalidade:  A diminuição de carros nas ruas reduziu a oferta/oportunidade para a indústria do crime. A menor circulação reduziu também o número de acidentes, fazendo cair a demanda por peças e acessórios, principal motivador econômico para o roubo de automóveis no Estado e que abastece os desmanches. Soma-se a isso a queda da renda da população e a consequente queda no número de novos veículos nas vias, analisa.

Ainda segundo o economista, os furtos registraram uma frequência cerca de 2,2 vezes maior que os casos de roubos. Os delitos cresceram quando as pessoas passaram a se expor mais. O aumento do movimento de ir e vir do trabalho, das compras, do lazer, é acompanhado pelo aumento dos furtos de carros.

O coordenador de Operações do Grupo Tracker alerta para o risco de os números crescerem nos próximos meses. Apesar dos índices, de forma geral, serem menores do que no período anterior à crise sanitária, o Comando de Operações Tracker alerta que eles continuam altos. Os furtos em São Paulo mostram uma guinada de crescimento, mesmo em meio à pandemia e, apesar de todos os esforços das autoridades, não será surpresa se, passado o período pandêmico, os roubos e furtos de veículos apresentarem um grande aumento no número de ocorrências, afirma Vitor Correa.

Roubos

Os modelos e marcas mais visados pelos bandidos são o Onix e o HB20 na categoria automóveis; a Fiorino e o HR na categoria caminhonetes; o Renagade, Compass e Duster na categoria camionetas; e os utilitários Tiguan, Q3 e Hilux.

Furtos

Entre os modelos de automóveis mais furtados estão o Corsa, o Mobi e o HB20. Já entre as caminhonetes, aparecem a Saveiro, Fiorino e Montana. Na categoria camionetas, as mais visadas são a Kombi, Tucson e Ecosport. Hilux e Tiguan lideram a lista dos utilitários mais visados pelos criminosos.

As cinco cidades com mais ocorrências de roubos em 2020 e no primeiro trimestre de 2021 foram São Paulo, Campinas, São Bernardo, Santo André e Guarulhos. O número de registros está diretamente relacionado ao tamanho populacional e da frota de veículos nestes municípios. Seguindo essa lógica, é possível dizer que a cidade de São José dos Campos se destaca positivamente, pois representa a 5ª maior população de São Paulo e aparece apenas em 13ª no ranking de ocorrências de roubo de carros. Já Diadema apresenta um dos resultados mais alarmantes. O município da Grande São Paulo é apenas o 14º mais populoso do estado e o 6º que mais registrou ocorrências nos períodos analisados, destaca o boletim.

Segundo o Boletim Tracker-Fecap, além da capital, que lidera o ranking, as cidades com maior índice de furto são Santo André, Campinas, Guarulhos, Osasco e São Bernardo do Campo. São José dos Campos também apresenta um balanço positivo em uma análise apenas sob as óticas populacional e tamanho de frota: 5º maior frota e 9ª posição em furtos.

Bairros

Na cidade de São Paulo, os bairros com maior número de boletins foram Sacomã, Ipiranga, Jabaquara, São Mateus e Iguatemi.

Quando se trata de roubos, os endereços mais perigosos destes bairros são Avenida Almirante Delamare (Sacomã), Rua das Juntas Provisórias e regiões próximas (Ipiranga), Avenida Engenheiro Arruda Pereira (Jabaquara), Avenida Aricanduva (São Mateus) e Avenida Ragueb Chohfi (Iguatemi).

Na capital, os cinco bairros com mais furtos foram São Mateus, São Lucas, Ipiranga, Itaquera e Vila Prudente. Os endereços mais perigosos são Rua Ângelo de Cândia (São Mateus), Rua Costa Barros (São Lucas), Rua Agostinho Gomes (Ipiranga), Rua Antônio Gandini (Itaquera) e Rua Engenheiro Thomaz Magalhães (Vila Prudente).

 América Latina 2021: um longo caminho para a recuperação

O aumento da conscientização de riscos deve apoiar a demanda, especialmente para produtos de seguro de vida

Fonte: Swiss RE / Sonho Seguro

A COVID-19 atingiu a América Latina com mais força do que qualquer outra região no ano passado, com uma queda do produto interno bruto (PIB) de 7%, maior do que durante a crise financeira global de 2008-09. A fraca resiliência econômica após anos de baixo crescimento e problemas estruturais anteriores à pandemia pesará na recuperação de toda a região e minará a capacidade dos países de absorver choques econômicos no futuro. Espera-se que o PIB regional volte ao nível pré-pandemia ao final de 2022, o que se traduziria em três anos de perda de crescimento.

O relatório América Latina 2021 um longo caminho para a recuperação, publicado pelo Swiss Re Institute, prevê que o PIB na América Latina irá crescer 5% em 2021.

O setor de seguros na América Latina, e a nível global, tem sido mais resiliente às consequências da pandemia do que inicialmente esperado. O relatório prevê uma recuperação de 4.4% (em termos reais) do prêmio regional em 2021, após contração de 3.4% em 2020. Uma recuperação de 3.6% de crescimento em prêmios de Vida & Saúde (L&H) na região em 2021 é esperada após uma queda de 4.1% em 2020. O aumento da conscientização de riscos deve apoiar a demanda, especialmente para produtos de seguro de vida. O Swiss Re Institute também espera uma forte recuperação em seguros Patrimoniais e de Danos (P&C), incluindo prêmios de linhas especiais, de 6.8% em 2021 (vs / 4.1% em 2020). Isso será impulsionado pelo aumento dos preços de seguros comerciais.

Em relação ao Brasil, o relatório prevê que o crescimento do PIB (em termos reais) se recupere em 3% neste ano e em 2.5% em 2022, após contração de 4.1% em 2020. No entanto, o crescimento acima do esperado no primeiro trimestre de 2021 (1.2% comparado ao último trimestre de 2020, anunciado pelo IBGE hoje) implica um viés de alta para a projeção de PIB. Fortes estímulos fiscais e monetários no ano passado ajudaram o país a enfrentar melhor a crise do que seus pares. Entretanto, a crise de saúde da COVID-19 pode continuar a pesar sobre o consumo e prejudicar a recuperação.

A inflação deverá acelerar para 5.1% em 2021, acima da meta do Banco Central de 3.75%, apesar de uma lenta recuperação da economia. Em um ambiente de alta inflação persistente, fraqueza da moeda e deterioração das finanças públicas, o Banco Central já se tornou mais agressivo este ano. Espera-se que o Banco Central aumente a taxa Selic de 2% para 5% até o final do ano.

Projeta-se crescimento total de prêmios (P&C e L&H) de quase 3.5% em termos reais em 2021 e 3.8% em 2022. As linhas pessoais serão moldadas pela recuperação da atividade econômica e do emprego, e o aumento dos preços de seguros apoiará as linhas comerciais.

PIB do Brasil cresce 1,2% no primeiro trimestre, diz IBGE

Em relação ao mesmo período do ano passado, o PIB cresceu 1,0%. Nos últimos 12 meses, a retração foi de 3,8%

Fonte: Folha de S.Paulo

A economia brasileira cresceu 1,2% no primeiro trimestre de 2021 em relação ao trimestre anterior, o que representa uma desaceleração no ritmo de recuperação verificado no final de 2020, segundo dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados nesta terça-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em relação ao mesmo período do ano passado, o PIB cresceu 1,0%. Nos últimos 12 meses, a retração foi de 3,8%.

Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam crescimento de 0,8% na comparação com o trimestre anterior e de 0,5% em relação ao mesmo período de 2020.

O trimestre foi marcado pelo fim dos programas de auxílio do governo, pelo agravamento da pandemia e pela volta de algumas medidas de restrição, mas com taxas de isolamento bem menores que as verificadas no início da crise sanitária.

O Brasil também foi beneficiado pelo ritmo de crescimento das duas maiores economias mundiais, Estados Unidos e China, e de um cenário externo que conta ainda com valorização de moedas emergentes e alta no preço de commodities agrícolas e minerais, o que também se refletiu no desempenho de outras economias emergentes.

Saiba quais os principais componentes do PIB e como ele é calculado

O governo não divulga projeções trimestrais. A previsão para o ano do Ministério da Economia é de +3,5%, abaixo da projeção de mercado da pesquisa Focus (+3,96%), que vem sendo revista para cima há seis semanas.

A mesma pesquisa mostra que os economistas consultados esperavam queda do PIB no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2020 até meados de maio. A previsão de retração chegou a 1% no início de março, quando foram adotadas novas medidas de restrição a atividades em vários estados.

Somente na segunda quinzena de maio as estimativas saíram do vermelho, até alcançar alta de 0,4%, acompanhando dados que mostraram queda menor que a esperada em índices de mobilidades e na atividade econômica e a reabertura de alguns setores.

As projeções para o ano são de um crescimento de quase 4%, valor que praticamente zera a queda registrada desde 2020 (-4,1%), embora a economia continue distante do pico alcançado no começo de 2014 e a recuperação não alcance todos os setores, o que ainda depende de avanços maiores no programa de vacinação.

RECESSÃO

Em junho do ano passado, o Codace (Comitê de Datação de Ciclos Econômicos), órgão ligado ao Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) e formado por oito economistas de diversas instituições, definiu que o Brasil entrou em recessão no primeiro trimestre de 2020, encerrando um ciclo de fraco crescimento de três anos (2017-2019).

Não há uma definição oficial sobre o que caracteriza uma recessão. Embora alguns economistas utilizem a métrica de que esse é o período marcado por dois trimestres seguidos de queda na atividade, o Codace considera uma análise mais ampla de dados. Para o comitê, o declínio na atividade econômica de forma disseminada entre diferentes setores econômicos é denominado recessão.

Revolução digital redesenha o setor de seguros

Com novas regras, mais tecnologia e menos burocracia, a indústria de seguros se moderniza para ganhar competitividade

Fonte: Valor Econômico

O mercado segurador brasileiro passa por um momento de mudanças profundas, um processo de redesenho sustentado em três pilares que se retroalimentam. De um lado, a revisão do marco regulatório, o início do Sandbox e do Open Insurance apontam para a flexibilização de regras para a oferta de produtos, a redução de barreiras de entrada e o fomento à concorrência, a diminuição de burocracias e a criação de um ambiente pró-inovação.

De outro, há a intensificação da jornada de transformação digital, que ganhou tração nos últimos anos e foi acelerada na pandemia. O embarque de tecnologias como inteligência artificial, blockchain, big data e analytics transformam o dia a dia das seguradoras, da subscrição à detecção de fraudes, da precificação à distribuição de produtos. Por último, o mercado convive com a transformação dos modelos de negócios, que envolvem reposicionamentos estratégicos dos grandes grupos, vendas de carteiras e proliferação de parcerias entre seguradoras ou de seguradoras com bancos digitais, insurtechs e varejistas.

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) se dedica desde 2020 à construção de um novo marco regulatório, com o intuito de enxugar normas, reduzir a interferência do regulador e permitir que seguradoras tenham menos amarras no desenvolvimento de produtos e serviços. A busca é por um ambiente mais flexível, aberto à inovação e aderente às demandas de um ambiente de negócios que se digitaliza aceleradamente. A regulação precisa ser mais flexível e o papel do regulador é permitir ao mercado crescer, inovar e melhorar a jornada do cliente. Não temos que interferir na vida das seguradoras e em sua capacidade de inovação , diz a superintendente da Susep, Solange Vieira.

Em vigor desde janeiro, a Resolução nº 389/2020, do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), estabeleceu a segmentação de seguradoras, resseguradoras, sociedades de capitalização e entidades abertas de previdência complementar para fins de aplicação proporcional da regulação prudencial, atendendo a um pleito antigo do mercado. Os participantes do mercado foram classificados pela Susep em quatro níveis (S1, S2, S3 e S4) e flexibilizaram-se as exigências regulatórias e de capital, de acordo com o perfil de risco, abrindo caminho para mais inovação e concorrência.

Em março, foram simplificadas as regras dos contratos de seguros para coberturas de grandes riscos, o que possibilita ao mercado ampla liberdade negocial entre as partes, acabando com a necessidade de registro de informações na autarquia.

No mesmo mês, a Circular Susep nº 621/2021 modernizou e simplificou o regime dos produtos de danos (massificados). Em vigor desde 1º de março e com um regime de transição para adequação de produtos atualmente em comercialização que irá se encerrar no fim de agosto, a norma permitirá a combinação de diferentes coberturas em uma única apólice, permitindo, por exemplo, a venda de um combo de seguro de automóvel com uma cobertura residencial.

As mudanças não param por aí. A autarquia já colocou em audiência pública a minuta com novas regras para seguros de responsabilidade, microsseguros e auto. Entre as propostas para automóveis está a possibilidade de o cliente segurar metade do valor do veículo, barateando o custo da apólice. Ao longo do ano, colocaremos em consulta pública a revisão das normas do seguro garantia, pessoas (risco), rural, transportes e acumulação (VGBL e PGBL), completa Solange Vieira. A expectativa é revisar todo o marco regulatório até meados de 2022.

A agenda de desregulamentação é considerada positiva pelo mercado, um pleito do setor de seguros há muitos anos. O movimento permite desonerar as seguradoras, aumentar a competição e o desenvolvimento de produtos de forma mais rápida, sem necessidade de carimbo do regulador em todos os tipos de produto, opina o presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), Marcio Coriolano.

A flexibilização de regras para a oferta e a comercialização de produtos e o fomento à inovação são as consequências mais palpáveis da revisão normativa, que chega em um momento em que o mercado convive com outra transformação: a digital. As mudanças regulatórias são puxadas por duas tendências bastante claras: a transformação digital e a necessidade de atender a novas demandas dos consumidores. A tecnologia permite que a relação entre segurador e segurado tenha menos fricção e que as seguradoras inovem em produtos, serviços e na capacidade de atendimento ao cliente. Há um espaço gigantesco para evolução na experiência do consumidor, diz Lucio Anacleto, sócio da área de Financial Risk Management da KPMG.

A transformação digital da indústria de seguros é um fenômeno mundial e mandatório. O estudo Insurance Revenue Landscape 2025: Innovate for Resilience, publicado em abril pela Accenture, mostra que as receitas globais do setor crescerão US$ 1,4 trilhão do início de 2020 ao fim de 2025, para US$ 7,5 trilhões. Para capturar uma fatia desse crescimento, as seguradoras terão que inovar, diz o documento, que calcula que cerca de US$ 200 bilhões virão de novos produtos, serviços e riscos. Com a mudança para canais digitais e marketplaces, as seguradoras que não embarcarem na onda poderão ter quedas de receita da ordem de 5%, mostra o estudo.

No Brasil, a jornada de transformação ganhou embalo nos últimos cinco anos, com investimentos crescentes em inteligência artificial (IA), internet das coisas (IoT), telemetria, big data, analytics e algoritmos de machine learning (aprendizado das máquinas). As seguradoras confiam cada vez mais no big data para fornecer taxas altamente individualizadas, permitindo uma avaliação muito mais detalhada do risco de subscrição. Uma vez que os produtos baseados em big data ganhem uma fatia significativa do mercado, a maioria das seguradoras será forçada a oferecer tais produtos. Da mesma forma, a inteligência artificial será aproveitada para aumentar a adaptabilidade das ofertas de produtos e ajudar a evitar sinistros, diz trecho do relatório Próxima Fase: Seguradoras da América Latina se Adaptam à Era Digital, da Fitch Ratings.

A robotização e automação de processos é um dos focos dos investimentos, na pandemia, os avisos de sinistros e pagamentos de indenizações de forma 100% digital, a autovistoria e a autoinspeção veiculares via apps ganharam tração.

Para um setor essencialmente relacional, as novas tecnologias permitem inovar nos canais de distribuição e otimizar a jornada de um consumidor com hábitos cada vez mais digitais e que deseja se relacionar com a seguradora ou o corretor, da cotação de um seguro ao aviso de um sinistro, com a mesma comodidade com que consome Netflix ou Spotify.

A grande transformação na indústria é o aprimoramento na jornada do consumidor, com a tecnologia como aliada em melhorar a experiência do cliente , resume Roberto Santos, presidente da Porto Seguro. Colocamos o cliente no centro das decisões. Ao conhecer melhor o cliente a partir do uso de dados, entendo as demandas e desenvolvo produtos que atendem suas necessidades, completa.

A transformação começa na jornada de atendimento. Há dois anos, 100% das interações da Porto Seguro com os segurados eram telefônicas. Hoje, 40% são feitas por robôs no WhatsApp. Com o uso de inteligência artificial, o socorro a um carro em pane é notificado ao chatbot e ferramentas de geolocalização permitem encontrar o segurado com precisão milimétrica.

A Porto Seguro, que abriga uma equipe de mais de 30 cientistas de dados, quer deixar de ser conhecida como uma seguradora de automóvel e ganhar a fama de um ecossistema completo de soluções. Assim, a inovação inclui o lançamento de produtos e serviços aderentes às demandas dos novos tempos, que incluem de seguros para pets a serviços de assinatura de smartphones e veículos que podem ser contratados com poucos cliques.

Um exemplo é o Carro Fácil, serviço de assinaturas de veículos zero quilômetro, que alcançou 7.400 contratos ativos ao fim do primeiro trimestre de 2021 e conta até com um seguro mensal por assinatura, o Bllu. Soluções como serviços por assinatura podem ser a porta de entrada para a contratação de um seguro. Esse é o pulo do gato, diz Santos.

A transformação digital não começou com a pandemia, mas a crise sanitária e as medidas de isolamento social turbinaram a agenda, diz o presidente da Bradesco Seguros, Ivan Gontijo. O consumidor mudou e os clientes passaram a exigir produtos mais aderentes às suas necessidades, afirma.

A empresa aperfeiçoou os canais digitais de comercialização, cujas vendas cresceram 52% em 2020, na comparação com o ano anterior, superando a marca de R$ 1 bilhão. Cerca de 11 produtos foram comercializados 100% on-line. Em previdência, investimos na ampliação dos canais digitais e aplicativo disponíveis aos gerentes para vendas on-line e incluímos uma ferramenta específica para mobile e assinatura eletrônica por biometria. Em Vida, disponibilizamos o aviso de sinistro 100% digital para todas as coberturas e contratos, tornando mais ágil a jornada dos segurados, diz. A telemedicina decolou e a Bradesco Seguros realizou mais de cem mil atendimentos pela plataforma Saúde Digital.

Os exemplos servem para refutar, na opinião dos participantes do setor, uma visão considerada dogmática de que o setor segurador é conservador e tecnologicamente defasado. A transformação digital no setor está acontecendo há algum tempo, ainda que com níveis de maturidade distintos entre as seguradoras, diz Anacleto, da KPMG. É preciso considerar que o setor, assim como o bancário, tem um histórico de sistema legado, de processos e governança, e não se transforma em 100% digital do dia para a noite. Essa evolução é um organismo vivo, completa.

A oferta de produtos inovadores e de novos modelos de comercialização tende a crescer nos próximos anos com a popularização das insurtechs, startups que trazem inovação ao mercado. A Susep selecionou, em outubro de 2020, 11 projetos para participar do Sandbox regulatório. Termo que em português é traduzido como caixa de areia e remete ao espaço no parquinho onde as crianças podem brincar em segurança, vigiadas pelos pais, o Sandbox é um ambiente experimental e supervisionado que permitirá às startups atuar, por até três anos, com menor custo regulatório e maior flexibilidade para inovar. A previsão da Susep é publicar até julho o edital para a segunda chamada do programa.

Os projetos autorizados incluem seguros para smartphones, automóveis, pets e acidentes pessoais e a oferta de produtos intermitentes (permitem a contratação por períodos reduzidos) e sob demanda.

A MAG Seguros foi a única seguradora selecionada para a primeira etapa do Sandbox e a empresa, com 185 anos de mercado, anunciou o lançamento de uma insurtech 100% digital, a Simple2u, que deverá entrar em operação até junho, explica o Chief Marketing Officer (CMO) Nuno David. A insurtech oferecerá seguro de acidentes pessoais e residenciais sob demanda e um dos principais diferenciais é a possibilidade de o cliente ativar e desativar as coberturas sempre que achar necessário. O modelo on demand é disruptivo e permite que o cliente escolha uma cobertura de acordo com sua necessidade, com autonomia para ativar ou desativar a proteção. Nosso público-alvo são os jovens consumidores, diz David.

Enquanto se adapta a um mundo cada vez mais tecnológico, as seguradoras se reinventam com movimentos estratégicos (compra e venda de carteiras) e parcerias com players diversos, com outras seguradoras, insurtechs, varejistas ou bancos digitais.

Nos últimos dez anos, foram 195 operações de M&A (fusões e aquisições) no setor no Brasil, conforme levantamento da KPMG. Os números não significam um movimento de consolidação, mas de reposicionamento. Ao vender carteiras não prioritárias, muitas seguradoras apostam suas fichas em estratégias de especialização.

Em julho de 2020, por exemplo, a SulAmérica concluiu a venda da carteira de automóveis e ramos elementares para a Allianz por R$ 3,18 bilhões, e se reposicionou como uma gestora de saúde integral (incluindo a vida financeira dos segurados). Em paralelo, uma série de parcerias se proliferou nos últimos cinco anos em um momento em que uma economia debilitada deixou os anos de crescimento a taxas chinesas para trás e uma taxa de juros de 3,5% ao ano, que reduziu os ganhos financeiros das seguradoras, impôs desafios adicionais às operações.

Em 2020, a arrecadação em prêmios do setor avançou 1,3%, em relação ao ano anterior, excluindo saúde suplementar e DPVAT. Embora indique resiliência em um ano em que o PIB encolheu 4,1%, o setor teve perda real de receita. As parcerias, desta forma, permitem às seguradoras diversificar áreas de atuação, acessar novas fontes de receita e compartilhar riscos.

Em um momento desafiador da economia, as saídas para melhora de performance são ganho de escala e busca por sinergia, opina o presidente da HDI Seguros, Murilo Riedel. O M&A nunca foi economicamente tão necessário, mas nunca foi tão difícil como agora. Assim, as parcerias estratégicas são uma forma de encurtar tempo de aprendizado, ganhar escala, incorporar tecnologias do parceiro, reduzir custos e aumentar eficiência, diz.

Nesta linha, a HDI e a Icatu Seguros lançaram um seguro de vida PME, aproveitando a expertise da segunda nesta área e a capilaridade (26 mil corretores e 2,5 milhões de clientes) da primeira para ampliar a distribuição. Em outra frente, o Santander Auto, plataforma controlada por Santander e HDI, faturou R$ 100 milhões em prêmios em 2020, no seu primeiro ano de funcionamento e em um ano em que os prêmios da carteira auto recuaram 2,1%.

Outra novidade que desembarca no Brasil nos próximos meses é o Open Insurance, o ambiente integrado de compartilhamento de dados da indústria de seguros. A estrutura permitirá que os consumidores compartilhem informações pessoais (dados cadastrais, vigência das apólices, prêmios e sinistros pagos, por exemplo) com outras seguradoras na plataforma. A partir do consentimento do cliente, os dados poderão ser acessados e utilizados pelos participantes para a oferta de produtos e serviços customizados e melhores condições comerciais.

O Open Finance permitirá que a pequena empresa possa ser tão competitiva quanto a grande seguradora com braços de distribuição e democratizará o acesso ao seguro no país, diz Solange Vieira, da Susep. A autarquia colocou em consulta pública a minuta com as normatizações do sistema, que será integrado ao Open Banking do Banco Central, que prevê o compartilhamento de dados de transações de produtos de seguro, previdência privada e capitalização geridos por instituições bancárias em dezembro de 2021.

O cronograma do Open Insurance, assim, foi ajustado ao calendário do Banco Central, uma vez que nem todas as sociedades reguladas pela Susep estão ligadas a bancos ou fazem uso de canais bancários para distribuir produtos, o que poderia levar a um desequilíbrio concorrencial no mercado. O cronograma prevê o início do funcionamento da primeira fase do Open Insurance em dezembro.

A inclusão de informações pessoais dos consumidores tem previsão de início em 2022 e o prazo final para a implantação do ambiente vai até o início de 2023. O mercado entende que o Open Insurance é um importante mecanismo para a melhora da concorrência e da satisfação do consumidor, mas há pontos de preocupação, conforme Marcio Coriolano, da CNseg.

As principais dúvidas recaem sobre custos de implementação, o papel das Sociedades Iniciadoras de Serviços de Seguros (SSI) e dos corretores nesse ambiente e a segurança dos dados. Outra preocupação é com o cronograma de implantação, em meio à pandemia e à crise econômica. O cobertor é curto neste momento, diz Coriolano.

Tendências e desafios do mercado de seguros são discutidos em evento online gratuito

Fonte: CQCS

2ª Fetransporte Brasil Conference reúne em junho os players do setor para promover debates e conteúdo para corretores de seguros

Mais de 40 profissionais de destaque do setor de seguros estão confirmados como palestrantes e apresentadores da Fetransporte Brasil Conference 2021. O maior evento online e gratuito de Seguros de Transporte de Cargas do Brasil é realizado pela Fetransporte Brasil e a Educa Seguros Treinamentos, e em sua segunda edição, que acontece entre os dias 7 e 10 de junho, espera reunir milhares corretores de seguros de todo o país.

Serão mais de 60 horas de conteúdo, com diversas autoridades do setor e conteúdo ao vivo em debates, entrevistas, workshops, treinamentos, salas de negócios e estudos de casos. Neste ano, além dos seguros de transporte, haverá momentos com dicas para atuação dos corretores de seguros em dois outros ramos que estão aquecendo o mercado: os seguros patrimoniais e os seguros de vida, para atendimento completo aos clientes transportadores.

Rogerio Bruch, diretor Comercial da Fetransporte Brasil, aponta a variedade de temas que serão abordados: Apresentaremos informações do mercado, como números do setor, perspectivas, cenários econômicos, gerenciamento de riscos e desafios. Também teremos temas técnicos, que possibilitam ao corretor conduzir determinados ramos de seguros: transportes, vida, responsabilidade civil, bike e equipamentos. Temas comerciais, como marketing digital, vendas, gestão de processos e performance. Além de cases de corretoras de seguros compartilhando suas experiências e melhores práticas, revela.

Este será um dos principais encontros que vai reunir executivos de toda cadeia logística, conciliando a agenda de executivos e CEOs das companhias, garante Anderson Ojope, fundador da Educa Seguros.

Entre os principais painéis, destacam-se o Encontro de CEOs, para debater mercado, iniciativas e perspectivas. A conversa mediada por Rogério Bruch, diretor Comercial da Fetransporte Brasil, terá participação de Erika Médici, CEO da AXA Seguros, e Murilo Riedel, CEO da HDI Seguros.

Outro momento forte do evento será a apresentação das Perspectivas do setor logístico no brasil em tempos de pandemia e pós-covid-19. O painel conta com a participação de Pedro Moreira, presidente da Abralog; André Vaz Ferreira, Head of Development & Innovation da Souza Cruz; Márcio Toscano, diretor Comercial e Marketing da Autotrac; e Marcel Modesto, gerente de Logística Sênior da C&A.

Corretores de seguros especialistas em transportes irão expor Resultados, diferenciais, cases de sucesso. Participam: Alex Guedes, diretor da AG Plan Corretora de Seguros; Giancarlo Paris, sócio da Pariscorr Corretora de Seguros; e Adriano Jacometo, sócio da Jacometo Corretora de Seguros.

As Transformações na logística de carga e os impactos no seguro de transporte, serão um painel realizado em parceria com o CIST / Clube Internacional de Seguros de Transportes. O tema será debatido por Alfredo Chaia, presidente do CIST, Paulo Robson Alves, vice-presidente do CIST, Aruã Piton, diretor Executivo do CIST; e Fernanda Ruths, diretora Comercial Marine e Demais Ramos da Ação Corretora de Seguros, associada ao CIST.

As startups que estão revolucionando o mercado de logística e transporte de carga também estão na pauta do evento. As oportunidades serão apresentadas por André Oliveira, CEO da Motorista PX, Nicolas Galvão Carvalho, CEO do Grupo Delta, e Leandro Coelho, diretor Comercial da Guep.

Abordando Uma visão comercial do mercado de seguro de transporte de carga, Amilcar Spencer, diretor de Competitividade da Seguros SURA, e Carla Almeida, diretora de P&C da AXA Seguros, conversarão com Rogério Bruch, diretor Comercial da Fetransporte Brasil.

Outro painel inovador será para ouvir Como a mídia especializada avalia o momento do mercado. Gustavo Doria Filho, fundador do Portal CQCS, Júlia Senna, editora-chefe da JRS Comunicação, e Sergio Vitor Guerra, editor da revista Seguro Nova Digital irão apresentar perspectivas e oportunidades, além de uma avaliação final sobre a Fetransporte Brasil Conference 2021.

A programação contempla ainda diversos outros temas importantes para os profissionais de transportes e seguros em geral. Confira a grade completa em www.fetransportebrasil.com.br  e garanta sua inscrição.

Mundo deverá sofrer efeitos da crise até 2023, diz presidente do BID

Para o chefe do banco multilateral, este é um dos momentos mais horríveis da história do globo

Fonte: Estadão

O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Maurício Claver-Carone, projetou nesta segunda-feira, 31, que até pelo menos 2023 o mundo sentirá os impactos econômicos trazidos pela pandemia de coronavírus.

Ele fez a afirmação durante a abertura do Fórum de Investimentos Brasil 2021 (BIF), um evento internacional sobre atração de investimentos estrangeiros para o Brasil, organizado pela Apex-Brasil, o BID e governo federal.

Para o chefe do banco multilateral, este é um dos momentos mais horríveis da história do globo, mas o BID tem procurado ser um organismo sido globalizado e tem destinado US$ 1 bilhão para recuperação da economia brasileira.

É com o setor público e privado que trabalharemos, afirmou Claver-Carone. Vamos fazer com que as oportunidades não sejam desperdiçadas, acrescentou.

Para ele, o Brasil é um dos países mais promissores da economia global e, certamente, o mais da América Latina. Temos que identificar os problemas que o Brasil enfrenta no momento e, com isso, identificamos também as oportunidades, disse, anunciando que criará uma linha de crédito disponível de US$ 1 bilhão para fomentar a transformação digital de negócios de pequeno e médio portes no País.

Essa, segundo ele, é uma maneira de diminuir a distorção econômica e vista como algo crucial para o desenvolvimento econômico do País.

Brasil registra 2.346 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas

Fonte: Estadão

O Brasil registrou 2.346 novas mortes pela covid-19 nesta terça-feira, 1º. A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, subiu em relação à véspera e ficou em 1.870, levemente acima dos 1.849 registrados na segunda-feira. Apesar da estabilidade nas últimas semanas, este patamar é considerado alto por especialistas e superior aos índices da pandemia em 2020.

Nesta terça, o número de novas infecções notificadas foi de 77.898. No total, o Brasil tem 465.312 mortos e 16.625.572 casos da doença, a segunda nação com mais registros, atrás apenas dos Estados Unidos. Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, 15.068.146 pessoas estão recuperadas.

O Estado de São Paulo registrou nesta terça-feira um número alto de mortes por coronavírus, totalizando 836. Outros quatro Estados também superaram a barreira de 100 óbitos no dia: Rio de Janeiro (256), Paraná (208), Rio Grande do Sul (162) e Ceará (113).

O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde 8 de junho do ano passado, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia, mas foi mantida após os registros governamentais continuarem a ser divulgados.

Nesta terça-feira, o Ministério da Saúde informou que foram registrados 78.926 novos casos e mais 2.408 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 16.624.480 pessoas infectadas e 465.199 óbitos. Os números são diferentes do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.

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