Loss Prevention a Riscos Cibernéticos Ganha Crescente Atenção
14, Jun. 2021
Loss Prevention a Riscos Cibernéticos Ganha Crescente Atenção
Como todo sistema industrial de grande porte, um navio
carrega dezenas de equipamentos eletrônicos, softwares e canais de comunicação
fundamentais para seu funcionamento, e que também servem como portas abertas
para ataques cibernéticos. Desde janeiro deste ano, de olho na segurança das
embarcações, a Organização Marítima Internacional (IMO), por meio da resolução MSC.428(98),
determinou que os riscos cibernéticos devem ser considerados e gerenciados no
escopo do Safety Management System (SMS).
Considerar o risco de ataques cibernéticos significa
garantir a integridade da embarcação, salvaguardar a vida dos tripulantes e
evitar danos à sustentabilidade, explica o professor Raphel Machado, que dá
aulas de segurança da informação na Universidade Federal Fluminense (UFF) e é
líder de pesquisa na consultoria Armor Shield. Por isso, há uma grande
movimentação na marinha mercante no sentido de buscar maneiras de proteger os
navios.
Machado lembra que a preocupação com riscos no segmento
chegou muito depois se comparada, por exemplo, com as ações nos setores
bancário e elétrico, onde, há pelo menos 20 anos, já se discute a necessidade
de proteção contra ataques cibernéticos. Mas o ataque a Maersk, que teve seus
sistemas invadidos e levou um prejuízo de quase US$ 300 milhões, e outros
eventos direcionados à cadeia logística acenderam o sinal de alerta.
As grandes associações do mercado começaram a criar
normas para a cibersegurança e a estimular seus associados a adotaram sistemas
de prevenção. A manifestação da Organização Marítima Internacional serviu para
reforçar essa necessidade, conta o professor.
Na avaliação de Machado, o gerenciamento de riscos em
geral e, em particular, dos cibernéticos, é um processo longo e complexo, que
depende de muitas etapas. A própria IMO indicou uma alternativa para o setor:
aderir às práticas do NIST Cybersecurity Framework, executando atividades e
implantando controles previstos em perfis construídos para o setor marítimo. O
National Institute of Standards and Techonlogy (NIST) é um órgão do governo dos
Estados Unidos que cria padrões de segurança para diversos setores da economia.
Com a ajuda desse framework, é possível construir um
programa de segurança cibernética eficaz e diminuir os riscos decorrentes das
ameaças cibernéticas mais frequentes para o setor. Mas fica a pergunta: com os
ciberterroristas cada vez mais ousados e dispostos a atacar por dinheiro, por
uma causa ou até a mando de algum governo, como se prevenir?
Para o professor Machado, há três passos iniciais. O
primeiro é treinar e conscientizar a tripulação sobre os riscos cibernéticos:
Os tripulantes precisam saber o que podem e o que não
podem. Muitos ataques em grandes sistemas industriais acontecem a partir de um
fato banal, como um funcionário receber um e-mail para atualizar um determinado
programa e clicar em um link, que tanto baixa um malware quanto passa
informações sensíveis. Esse tipo de risco pode ser mitigado com a mudança de
postura da equipe.
Outro fator importante: conhecer bem os ativos de
tecnologia que a embarcação usa e planejá-los em diversos níveis. No caso das
redes, por exemplo, esse mapeamento pode impedir que o sistema usado pelo
comandante para falar com a tripulação seja o mesmo que controle a energia ou o
lastro do navio.
Com isso, se há uma invasão, é possível evitar que ela
atinja muitos sistemas, observa o professor.
Por fim, na avaliação do especialista, toda embarcação
precisa ter um plano de respostas para incidentes cibernéticos e essa ação deve
ser conhecida por todos a bordo.
Do mesmo modo que os tripulantes sabem o que fazer em um
caso de abalroamento, têm que estar preparados para um incidente cibernético
que não necessariamente e sempre será um ataque. Eles precisam saber o que
fazer, a quem reportar e que sistemas isolar. Essa prática precisa ser
construída e praticada no dia a dia, afirma Machado.
Fonte: Revista Portos e Navios
Gerenciamento de riscos é tema de treinamento em entidade
do transporte
Fonte: CIST / CQCS
Acontece neste sábado (19) o curso Gerenciamento de Risco
como fator estratégico no seguro do TRC, realizado pelo Sindicato das Empresas
de Transportes de Carga de São Paulo e Região (SETCESP) em parceria com o Clube
Internacional de Seguros de Transporte (CIST). Fernando Pacheco, formado em
direito e logística com especialização em seguros de transportes e CEO da
Consultoria Pacheco, conduzirá a aula.
O curso tem como objetivo capacitar os profissionais do
mercado em relação aos conceitos operacionais, ferramentas e processos de
gerenciamento de risco, além da aplicação de uma visão estratégica no dia a dia
do seguro de transportes. Estes conhecimentos técnicos facilitam o controle ao
máximo de possíveis riscos de perdas durante as operações logísticas, fazendo
com que os produtos cheguem aos seus destinos conforme a expectativa e
necessidade dos clientes, afirma Fernando.
Pacheco ressalta os benefícios desta prática para o setor
de transporte de cargas, afirmando que as transportadoras apresentam 'ganhos
operacionais e financeiros na operação como um todo, reduzindo os custos
ocasionados pelas perdas diretas e indiretas. As inscrições podem ser feitas
através do site do SETCESP e os associados ativos possuem desconto no valor de
investimento.
Serviço: Curso / Gerenciamento de Risco como fator
estratégico no seguro do TRC
Data: 19 de junho, sábado /
Horário: 8h30 - 17h30
Local: Rua Orlando Monteiro, 21- Vila Maria, São
Paulo/SP.
Inscrições:
https://setcesp.org.br/curso-setcesp/gerenciamento-de-risco-como-fator-estrat--gico-no-seguro-trc/
Câmbio e inflação são variáveis importantes para medir
potencial de crescimento do PIB em 2021
Fonte: CNseg / Sonho Seguro
A última reunião mensal do Comitê de Estudos de Mercado
(CEM), da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), realizada na última
semana de maio, avaliou o desempenho do setor segurador perante os diferentes
ciclos econômicos, apresentou projeções da Superintendência de Estudos e
Projetos (Suesp) de alguns indicadores macroeconômicos para o ano em cenários
otimista ou pessimista e, também, tratou dos movimentos recentes das economias
brasileira e mundial.
Na etapa do encontro, a Suesp apresentou um levantamento
que confronta o desempenho do setor versus o PIB brasileiro a partir de 2011. A
arrecadação do setor de seguros, entre 2011 e 2013, foi de 9,5% reais, ao passo
que o PIB acumulado no mesmo período avançou 3%. De 2014 a 2016, o setor
cresceu 3,5% por ano, ao passo que o PIB teve contração de 2,1%, na média.
Entre 2017 e 2019, a taxa de crescimento do setor foi de 3,4% (e a do PIB no
mesmo período de 1,5%). Por fim, em 2020, ano da pandemia, o setor de seguros
experimentou queda real 1,5% na arrecadação, enquanto o PIB teve retração de
4,1%, ambos impactados pela pandemia.
No segmento de Saúde, foram apresentados dados sobre o
comportamento de receitas e das indenizações desde 2011. O gráfico mostra uma
tendência de gradual arrefecimento das contribuições aos planos a partir de
2014 (ano contra ano) até a recente recuperação ocorrida a partir do segundo
semestre de 2020. Apresenta-se ainda o desempenho diferenciado entre as
modalidade médico-hospitalar e planos odontológicos, com taxas de crescimento
anual de, respectivamente, 1,2% e 4,7% no número de beneficiários na comparação
entre dezembro de 2020 e mesmo mês de 2019.
Sobre o seguro Rural, foi constatado que a movimentação
deste ramo cresceu 572% entre 2010 e 2020. A taxa é muito superior à expansão
apresentada pelo PIB agropecuário, de 175% nominais no mesmo período. Dessa
forma, a penetração do seguro Rural no PIB Agropecuário (Arrecadação/PIB), mais
que dobrou, passando de 0,6% para 1,6% no período.
Os economistas Luiz Roberto Cunha e Pedro Simões, ambos integrantes
do CEM, se revezaram na parte destinada à apresentação das projeções dos
indicadores, dependendo do cenário macroeconômico que prevalecerá. No quadro
otimista, os economistas esperam um crescimento maior da economia, com a
superação (mesmo que parcial) de problemas que fazem o câmbio estar tão
depreciado no Brasil. Projetam o IPCA mais alto por estar muito mais ligado à
demanda e juros mais elevados como nos dois cenários (pessimista ou otimista)
como normalização da política monetária. No cenário pessimista, o câmbio
permanece mais alto, pressionando IGP-M (por meio do IPA).
Dessa forma, o PIB real, por exemplo, em um quadro
pessimista, pode crescer 2,95% ou avançar para 4,08% neste ano, em um cenário
otimista. O PIB indústria real, uma variação de 2% (pessimista) a
5,10%(otimista); a Selic oscilar de 4,75% a 6,25%. Já o IGP-M pode subir 21,02%
em um cenário pessimista, ou 12,50%, em um quadro macro mais positivo.
O balanço mais recente da economia foi também avaliado.
Os dois economistas concluíram que a segunda onda da Covid-19, apesar de mais
intensa que a primeira, afetou de maneira menos severa a atividade
econômica. Há menor elasticidade entre mobilidade e PIB. Segundo eles, os
Serviços se beneficiam com a reabertura e demanda reprimida, além do gasto da
poupança precaucional acumulada pelas classes médias e altas ao longo do ano
passado. Também a Indústria se beneficia do aumento da demanda por bens
industriais, mas, na margem, tem sofrido por conta de aumento de preços ou
mesmo escassez de insumos, citando como exemplo os semicondutores para produção
de automóveis. Já o Comércio, beneficiado durante a fase mais aguda da
pandemia, enfrenta um período de ressaca, com o deslocamento dos gastos para
serviços.
No plano global, as preocupações com a inflação continuam
presentes. Constata-se que revisões no ritmo da atividade são acompanhadas de
elevações nas projeções de inflação, como maior pressão sobre os preços
administrados e de bens industriais, além das já conhecidas pressões no preço
das commodities, exacerbadas no Brasil pelo câmbio. Logo, a recuperação rápida
da economia mundial aumentou a demanda mundial por bens, mas já há restrições
de oferta para alguns produtos, pressionando também preços de bens industriais.
CNseg promove webinar sobre mercado irregular de seguros
na América Latina
Fonte: CQCS
Com participação de lideranças do Chile, Argentina,
Uruguai e Paraguai, evento está com inscrições abertas
Promovido pela Confederação Nacional das Seguradoras
(CNseg) e com a participação da Federación Interamericana das Empresas de
Seguros (Fides), organização sem fins lucrativos que representa 20 países da
América Latina, Estados Unidos e Espanha, o Webinar dedicado ao tema O mercado
irregular de seguros na América Latina e os prejuízos aos consumidores será
realizado no próximo dia 21 de junho, das 11h às 12h30. As inscrições para
participar do evento já estão abertas e podem ser feitas pelo link
zoom.us/webinar/register/WN_0KfC6mdPRtuC2D4JPVFqkA
O evento terá como moderador o Presidente da CNseg e
Diretor-Presidente da Fenaseg, Marcio Coriolano, e contará com abertura do
Professor de Direito do Consumidor, Ricardo Morishita. Entre os debatedores
estão confirmados Jorge Claude, Vice-Presidente Executivo AACH/Chile; Gonzalo
Santos, Presidente AACS/Argentina; Alejandro Veiroj, Diretor Executivo
AUDEA/Uruguay; Antonio Vaccaro, Presidente APCS/Paraguay, além do Chefe da
Coordenação Geral de Estudos e Relações Institucionais da Superintendência de
Seguros Privados (Susep), Paulo Roberto Miller Fernandes Vianna Junior.
Serviço:
Webinar: O mercado irregular de seguros na América Latina
e os prejuízos aos consumidores
Dia: 21/06/ 2021
/ Horário: 11h às 12h30
Inscrição:
zoom.us/webinar/register/WN_0KfC6mdPRtuC2D4JPVFqkA
No G7, Biden corteja europeus a fazer contraponto à China
Fonte: Reuters
Em conversas privadas durante cúpula na Inglaterra,
presidente americano tratou o avanço econômico chinês e sua crescente
influência no Ocidente como o maior desafio do século.
O G7 e a União Europeia tentaram, durante a reunião de
cúpula do fim de semana na Inglaterra, aparentar harmonia. A impressão geral é
que de que os diplomatas parecem satisfeitos que o novo presidente americano,
Joe Biden, esteja tornando a cooperação transatlântica novamente possível.
Enquanto chefes de Estado e de governo se reuniam em
pequenos grupos ou passeavam pela praia de Carbis Bay, os EUA faziam o seu
melhor para persuadir os países do G7 a adotar uma linha mais dura em relação à
China, como disse um diplomata alemão envolvido nas negociações. Segundo ele,
Biden classificou, em encontros privados, os esforços da China para se tornar a
economia mais forte do mundo como o maior desafio deste século.
Segundo Anthony Gardner, ex-embaixador dos EUA na UE, Biden
precisou se firmar na cúpula do G7 para manter sob controle os críticos e
apoiadores de seu antecessor Donald Trump. Os europeus, afirmou o diplomata,
fariam bem em seguir Biden se quiserem impedir o retorno de Trump à
presidência.
Os representantes alemães na cúpula do G7 deram a
impressão de que, em grande parte, concordaram sobre seguir uma linha mais
firme frente a Pequim. Eles disseram que as violações dos direitos humanos em
relação à minoria uigur, por exemplo, o movimento pró-democracia em Hong Kong e
dissidentes, precisam ser abordados e condenados.
Entretanto, a postura conjunta da UE em Carbis Bay é de
que a China não é apenas um rival sistêmico e econômico, mas um parceiro
necessário em muitas áreas. A chanceler federal alemã, Angela Merkel, disse que
não poderia haver progresso real em relação à crise climática sem Pequim.
Afinal, a China é o maior emissor de gases nocivos. Ela pretende ser neutra em
carbono apenas até 2060, enquanto a UE estabeleceu 2050 como meta.
Violação dos direitos humanos em pauta
Um diplomata americano disse que Biden criticou
especificamente o trabalho forçado na China, particularmente em relação à
minoria ugur, muito fortemente, segundo a fonte. Ele concordou que muitos
europeus também haviam condenado o trabalho forçado, mas que não houve acordo
quanto à forma de responder a isso. Um diplomata da UE disse que as sanções
deveriam ter um efeito e não apenas ser simbólicas.
Os EUA estão mais preocupados que a UE com as provocações
e ameaças militares chinesas no Mar do Sul da China, que estarão na agenda da
cúpula da Otan nesta segunda-feira.
Tanto os EUA quanto a UE impuseram sanções à China por
causa das violações dos direitos humanos. Entretanto, antes disso, a UE assinou
um acordo comercial com Pequim, sob críticas de Washington.
O Acordo Global sobre Investimento (CAI), que ainda não
foi ratificado, está atualmente congelado. O Parlamento Europeu se recusa a
debatê-lo enquanto Pequim mantiver suas sanções contra legisladores europeus.
Parceria de infraestrutura
O que é novo é que as democracias mais ricas do G7
concordaram em estabelecer uma parceria global de infraestrutura. Biden chegou
à Inglaterra com a firme intenção de liderar o Ocidente com seu plano de
investimento Reconstruir melhor. O anfitrião da cúpula, o primeiro-ministro
britânico, Boris Johnson, que prevê um novo vínculo transatlântico entre a
América do Norte e a Europa, elogiou a ideia.
Até agora, não está claro como isso realmente funcionará.
O que está claro é que será uma espécie de alternativa à iniciativa Nova Rota
da Seda, disseram os diplomatas em Carbis Bay. Desde 2013, a China estabeleceu
parcerias econômicas com dezenas de países mais pobres na África, Ásia, América
Latina e Europa. Foram mais de 3,4 trilhões de dólares investidos nessa parceria.
Os parceiros foram atraídos com empréstimos baratos e
enormes investimentos em infraestrutura, como estradas, ferrovias e portos.
Pequim espera construir sua influência política no mundo através da cooperação.
Críticos do projeto dizem que Pequim não leva em
consideração boa governança, corrupção e direitos humanos ao alocar fundos.
A alternativa ocidental ao avanço chinês
O plano de infraestrutura alternativa do G7 deve
mobilizar bilhões. Embora ainda não tenha sido esclarecido de onde virá o
dinheiro, a Casa Branca indicou que capital privado poderia ser investido em um
fundo. Um diplomata europeu de alto nível disse que a ideia também é coordenar
e promover melhor os projetos de investimento já existentes.
Não é como se os Estados do G7 não fossem já um grande
investidor no mundo, disse um diplomata. Mas, segundo ele, esta nova iniciativa
não será apenas para investir em ferrovias, pontes e estradas, mas também para
estabelecer fábricas onde, por exemplo, vacinas podem ser produzidas. Nenhuma
decisão foi tomada com relação a quem irá administrar a iniciativa e de onde.
Muitos detalhes ainda não foram discutidos, disse um diplomata da UE
familiarizado com o assunto.
Ceticismo alemão
Do ponto de vista de Washington, a Alemanha é vista
especialmente como um obstáculo, disse o eurodeputado alemão Reinhard
Bütikofer. O governo de Merkel é um dos obstáculos mais difíceis para o
desenvolvimento das relações transatlânticas. No gabinete da chanceler, há
muito ceticismo, comentou.
Ele explicou que a chanceler alemã é cético em relação à
posição dura de Biden sobre Pequim por causa dos fortes interesses econômicos
da Alemanha no mercado chinês.
Merkel e Biden terão em breve uma chance de discutir
estas questões, quando a chanceler alemã se tornar a primeira líder europeia a
visitar o novo presidente americano em Washington, no próximo mês.
Sobram vacinas, mas faltam braços nos Estados Unidos
Explicações para queda na vacinação vão de teorias
conspiratórias malucas à resistência histórica de certas comunidades em relação
a programas de vacinação
Fonte: InfoMoney
Na última quinta-feira (10), no monólogo de abertura de
seu programa diário de entrevistas, o apresentador Jimmy Kimmel falou sobre a
doação de 500 milhões de doses de vacina anunciada por Joe Biden.
Uma autoridade afirmou que as doações serão destinadas a
lugares que mais precisam de vacinas hoje em dia, como Haiti, Indonésia,
Alabama, etc.
Tenho uma ideia: as pessoas que receberem uma das nossas
doses em outro país deveria saber de quem elas vêm. ‘Essa Johnson & Johnson
deveria ser aplicada numa professora aposentada da Flórida, mas ela leu no
Facebook que [a vacina] é feita de esperma do demônio’.
Quem acompanha os dados da vacinação nos Estados Unidos
está rindo, mas de nervoso. Ao mesmo tempo em que anuncia um gesto ousado de
“diplomacia da vacina, o país que garantiu a maior quantidade de imunizantes
enfrenta muitas dificuldades para avançar na vacinação dos próprios americanos.
Depois de um começo claudicante, com problemas de
distribuição e a necessidade de criar sistemas para organizar a campanha, hoje
sobram vacinas nos Estados Unidos.
Há pelo menos um mês e meio elas estão disponíveis no
país inteiro, sem custo, sem agendamento e sem necessidade de comprovação de
residência no país: basta aparecer num posto de vacinação, clínica ou farmácia.
Mas essa abundância não se reflete nos números. Até o dia
10 de junho, somente 51% da população que pode ser vacinada (12 anos ou mais)
já recebeu as duas doses. Pelo menos uma dose já foi aplicada em 62% dos
americanos.
São números de fazer inveja no mundo inteiro (inclusive
entre outros países ricos), mas é pouco provável que se alcance a meta de
Biden: 70% dos adultos imunizados até 4 de julho.
O desenho que se vê no gráfico da imunização é uma
montanha. O pico aconteceu em meados de abril, quando se aplicavam mais de 3,3
milhões de doses por dia.
Depois, veio uma queda dramática. Na última quinta, foram
pouco mais de 1,1 milhão de vacinas aplicadas. As projeções indicam que,
mantido o ritmo atual, o país atingirá 70% de imunização por vacinas somente em
meados de outubro.
As explicações vão de teorias conspiratórias malucas à
resistência histórica de certas comunidades em relação a programas de
vacinação.
Uma pesquisa do Instituto Gallup, divulgada em 7 de
junho, indica que 76% dos adultos americanos pretendem tomar a vacina. É um
dado animador, já que, em setembro do ano passado, apenas metade respondeu à
pergunta de maneira afirmativa.
Mas a imensa maioria dos que resistem à imunização afirma
que não pretende mudar de ideia.
O vírus à espreita
Mesmo descontando características particulares do país, a
perda do ímpeto das campanhas de imunização no país é observada com atenção,
dentro e fora do país.
Em alguns estados do Sul, as porcentagens de vacinação
estão muito abaixo da média nacional. No Alabama, mencionado pelo apresentador
Jimmy Kimmel, só 29,8% da população completou as duas doses (ou tomou a dose
única da Johnson & Johnson). No vizinho Mississippi, a porcentagem é ainda
mais baixa: 28,1%.
Existe uma sobreposição clara entre o voto na eleição de
novembro passado e o interesse pelas vacinas. Nos 22 estados mais adiantados na
imunização, o democrata Biden foi o vencedor. Entre os 18 mais atrasados, 17
escolheram Donald Trump.
Apesar de reivindicar a autoria da operação que acelerou
o desenvolvimento de vacinas, Trump foi imunizado em segredo na Casa Branca e
não participou da campanha com os ex-presidentes Barack Obama e George Bush
para promover a vacinação.
Assim como aconteceu com o uso de máscaras, a confiança
nas vacinas parece ter tomado contornos políticos no país. Além de desafiar a
racionalidade, esse comportamento traz consigo o perigo de novos repiques da
Covid-19.
Com a chegada do verão, muita gente busca abrigo em
ambientes com fechados, por causa do ar-condicionado, esse foi um dos motivos
apontados para o aumento de infecções em meados de 2020.
A grande quantidade de pessoas não-vacinadas em alguns
estados pode muito bem levar a novos surtos, disse Ashish Jha, reitor da escola
de saúde pública da Universidade Brown. Estamos muito preocupados com isso.
Outro motivo de apreensão diz respeito às máscaras. Há um
mês, o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) anunciou que as pessoas
que totalmente imunizadas (com duas doses, dependendo da vacina) podem deixar
de cobrir o rosto até mesmo em lugares fechados.
Tratou-se de uma mera recomendação. As regras são ditadas
pelos estados ou pelos próprios estabelecimentos, como supermercados.
O Walmart, maior rede de supermercados do país, anunciou
dias depois que os clientes 100% imunizados não precisariam mais usar máscaras.
O problema é que não há maneira simples de estabelecer
quem completou a imunização. Isso representa um risco para os consumidores e
funcionários que estiverem desprotegidos e, potencialmente, uma prolongação da
epidemia.
Data de expiração
As dúvidas em relação à segurança das vacinas também
estão causando desperdício, em um momento em que a pandemia segue fora de
controle em diversas partes do mundo.
A FDA, agência americana que regula alimentos e drogas,
estendeu em um mês e meio o prazo de validade do imunizante da Johnson &
Johnson.
A medida foi tomada às vésperas da expiração de milhões
de doses. O prazo para uso, que era de três meses, agora é de quatro meses e
meio, pelo menos.
Parte da hesitação dos americanos em relação à vacina (a
única que oferece imunidade com uma única dose) tem relação com a suspensão
temporária das aplicações que aconteceu em abril.
E problemas em uma fábrica terceirizada que produziria o
imunizante no país levaram a FDA a descartar cerca de 60 milhões de doses por
causa de riscos de contaminação. (As vacinas aplicadas no país foram importadas
da Holanda.)
Loterias e maconha
Alguns estados estão criando campanhas de incentivo
criativas para tentar convencer a população a se vacinar.
Uma das de maior sucesso foi a loteria lançada pelo
governo de Ohio, Mike DeWine. Ele anunciou cinco sorteios de US$ 1 milhão cada,
a serem distribuídos ao longo de cinco semanas para moradores do estado já
imunizados.
A iniciativa aumentou em 33% a procura por vacinas,
afirmou DeWine. Nova York, Califórnia e Maryland copiaram a ideia.
Em Washington, no noroeste do país, quem se vacinar até
12 de julho leva, além da imunização e da participação na loteria, um cigarro
de maconha.
Só 2% de 1,3 bi de pessoas receberam dose da vacina na África
Continente precisa de 225 milhões de doses para cumprir
meta até setembro.
Fonte: Monitor Mercantil
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que 47 dos
54 países da África não deverão atingir a meta de vacinar 10% de sua população
contra a Covid-19 até setembro. O número corresponde a quase 90% das nações do
continente.
Em comunicado, o Escritório Regional para África realça
que tal situação somente poderia ser evitada se a região recebesse mais 225
milhões de doses.
Na última semana, o continente teve um aumento de novos
casos pelo terceiro período consecutivo. O fluxo de vacinas é cada vez menor na
África que se aproxima de 5 milhões de casos. Na primeira semana deste mês, a
subida foi de 20% das notificações.
A OMS advertiu que a tendência da pandemia é piorar em
dez países africanos. Quatro tiveram aumento de mais de 30% em novos casos nos
últimos sete dias, se comparados à semana anterior.
Nações como Egito, África do Sul, Tunísia, Uganda e
Zâmbia lideram as notificações com 72%. Mais da metade em nove países da África
Austral.
Com 32 milhões de doses, o continente soma menos de 1%
dos mais de 2,1 bilhões das unidades administradas globalmente. Apenas 2% de
quase 1,3 bilhão de pessoas receberam uma dose e 9,4 milhões estão totalmente
vacinadas.
A diretora regional da OMS para a África, Matshidiso
Moeti, disse que à medida que uma terceira onda se aproxima, muitos em situação
mais frágil continuam perigosamente expostos à Covid-19.
Segundo Moeti, os imunizantes provaram eficácia em
prevenir casos e mortes, apelando por isso para um compartilhamento de vacinas
com urgência.
Moeti destacou ainda que para os africanos a situação é
de vida ou morte, reconhecendo, no entanto, que a maré está começando a mudar.
Ela notou algumas nações ricas começando a transformar suas promessas em ações.
A OMS África disse que vários países incluindo o Níger e
a Costa do Marfim se destacam no ajuste de suas estratégias de envio de
vacinas. A recomendação é distribuir em áreas rurais distantes das grandes
cidades. Outra prioridade seria usar produtos que estejam perto do fim do
prazo, abordar obstáculos logísticos e financeiros e atuar para aumentar a
demanda pública por vacinas.
Inscreva-se Para: Desafios da Segurança Cibernética no Setor Elétrico
Pensando nisso, a Marsh Brasil e a Associação Brasileira de Gerência de Riscos
(ABGR) trazem para discussão o tema Desafios da segurança cibernética no setor
elétrico, em webinar onde serão abordados os pontos chave das ameaças
cibernéticas, que podem resultar em prejuízos financeiros e riscos
regulatórios.
Junte-se a nós na quarta-feira, 16 de junho, às 10h (horário de Brasília), para
conferir a perspectiva de nossos painelistas sobre a visão do risco, os
impactos e estratégias perante um incidente cibernético, e saber como mitigar
seu risco frente às ameaças cada vez mais sofisticadas.
Estarão conosco neste bate papo:
·
Peter de Souza, Gerente de Seguros e Garantias Financeiras da
Elera Renováveis S/A e Membro do Conselho da ABGR;
·
Marta Schuh, Diretora de Risco Cibernético da Marsh Brasil;
·
Edson Villar, Líder Regional de
Consultoria em Risco Cibernético na Marsh Advisory;
·
Paulo Mantovani, Diretor de Power
& Utilities, Mining & Metals da Marsh Brasil e de Renewable da
Marsh LAC
Link para inscrição: https://mmc.zoom.us/webinar/register/WN_30kEu-iwTbmS9v5LDX2fDQ
Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:
Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2021/03/edicao-263/
Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/revistas/revista-cobertura/revista-cobertura-230/#1
Revista Segurador Brasil: https://revistaseguradorbrasil.com.br/edicao-164/
Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2021/03/25/edicao-216-saude-privada-registra-aumento-em-numero-de-beneficiarios/
Revista Insurance Corp: https://drive.google.com/file/d/1tog-AftJwcK6ZnulXe_xfNdTJeCjdfxI/view?usp=sharing
Caderno de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-915.html
Participe do Evento Daryus, On Security
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