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Loss Prevention a Riscos Cibernéticos Ganha Crescente Atenção

14, Jun. 2021

Loss Prevention a Riscos Cibernéticos Ganha Crescente Atenção

Como todo sistema industrial de grande porte, um navio carrega dezenas de equipamentos eletrônicos, softwares e canais de comunicação fundamentais para seu funcionamento, e que também servem como portas abertas para ataques cibernéticos. Desde janeiro deste ano, de olho na segurança das embarcações, a Organização Marítima Internacional (IMO), por meio da resolução MSC.428(98), determinou que os riscos cibernéticos devem ser considerados e gerenciados no escopo do Safety Management System (SMS).

Considerar o risco de ataques cibernéticos significa garantir a integridade da embarcação, salvaguardar a vida dos tripulantes e evitar danos à sustentabilidade, explica o professor Raphel Machado, que dá aulas de segurança da informação na Universidade Federal Fluminense (UFF) e é líder de pesquisa na consultoria Armor Shield. Por isso, há uma grande movimentação na marinha mercante no sentido de buscar maneiras de proteger os navios.

Machado lembra que a preocupação com riscos no segmento chegou muito depois se comparada, por exemplo, com as ações nos setores bancário e elétrico, onde, há pelo menos 20 anos, já se discute a necessidade de proteção contra ataques cibernéticos. Mas o ataque a Maersk, que teve seus sistemas invadidos e levou um prejuízo de quase US$ 300 milhões, e outros eventos direcionados à cadeia logística acenderam o sinal de alerta.

As grandes associações do mercado começaram a criar normas para a cibersegurança e a estimular seus associados a adotaram sistemas de prevenção. A manifestação da Organização Marítima Internacional serviu para reforçar essa necessidade, conta o professor.

Na avaliação de Machado, o gerenciamento de riscos em geral e, em particular, dos cibernéticos, é um processo longo e complexo, que depende de muitas etapas. A própria IMO indicou uma alternativa para o setor: aderir às práticas do NIST Cybersecurity Framework, executando atividades e implantando controles previstos em perfis construídos para o setor marítimo. O National Institute of Standards and Techonlogy (NIST) é um órgão do governo dos Estados Unidos que cria padrões de segurança para diversos setores da economia.

Com a ajuda desse framework, é possível construir um programa de segurança cibernética eficaz e diminuir os riscos decorrentes das ameaças cibernéticas mais frequentes para o setor. Mas fica a pergunta: com os ciberterroristas cada vez mais ousados e dispostos a atacar por dinheiro, por uma causa ou até a mando de algum governo, como se prevenir?

Para o professor Machado, há três passos iniciais. O primeiro é treinar e conscientizar a tripulação sobre os riscos cibernéticos:

Os tripulantes precisam saber o que podem e o que não podem. Muitos ataques em grandes sistemas industriais acontecem a partir de um fato banal, como um funcionário receber um e-mail para atualizar um determinado programa e clicar em um link, que tanto baixa um malware quanto passa informações sensíveis. Esse tipo de risco pode ser mitigado com a mudança de postura da equipe.

Outro fator importante: conhecer bem os ativos de tecnologia que a embarcação usa e planejá-los em diversos níveis. No caso das redes, por exemplo, esse mapeamento pode impedir que o sistema usado pelo comandante para falar com a tripulação seja o mesmo que controle a energia ou o lastro do navio.

Com isso, se há uma invasão, é possível evitar que ela atinja muitos sistemas, observa o professor.

Por fim, na avaliação do especialista, toda embarcação precisa ter um plano de respostas para incidentes cibernéticos e essa ação deve ser conhecida por todos a bordo.

Do mesmo modo que os tripulantes sabem o que fazer em um caso de abalroamento, têm que estar preparados para um incidente cibernético que não necessariamente e sempre será um ataque. Eles precisam saber o que fazer, a quem reportar e que sistemas isolar. Essa prática precisa ser construída e praticada no dia a dia, afirma Machado.

Fonte: Revista Portos e Navios

Gerenciamento de riscos é tema de treinamento em entidade do transporte

Fonte: CIST / CQCS

Acontece neste sábado (19) o curso Gerenciamento de Risco como fator estratégico no seguro do TRC, realizado pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (SETCESP) em parceria com o Clube Internacional de Seguros de Transporte (CIST). Fernando Pacheco, formado em direito e logística com especialização em seguros de transportes e CEO da Consultoria Pacheco, conduzirá a aula.

O curso tem como objetivo capacitar os profissionais do mercado em relação aos conceitos operacionais, ferramentas e processos de gerenciamento de risco, além da aplicação de uma visão estratégica no dia a dia do seguro de transportes. Estes conhecimentos técnicos facilitam o controle ao máximo de possíveis riscos de perdas durante as operações logísticas, fazendo com que os produtos cheguem aos seus destinos conforme a expectativa e necessidade dos clientes, afirma Fernando.

Pacheco ressalta os benefícios desta prática para o setor de transporte de cargas, afirmando que as transportadoras apresentam 'ganhos operacionais e financeiros na operação como um todo, reduzindo os custos ocasionados pelas perdas diretas e indiretas. As inscrições podem ser feitas através do site do SETCESP e os associados ativos possuem desconto no valor de investimento.

Serviço: Curso / Gerenciamento de Risco como fator estratégico no seguro do TRC

Data: 19 de junho, sábado   /   Horário: 8h30 - 17h30

Local: Rua Orlando Monteiro, 21- Vila Maria, São Paulo/SP.

Inscrições: https://setcesp.org.br/curso-setcesp/gerenciamento-de-risco-como-fator-estrat--gico-no-seguro-trc/ 

Câmbio e inflação são variáveis importantes para medir potencial de crescimento do PIB em 2021

Fonte: CNseg / Sonho Seguro

A última reunião mensal do Comitê de Estudos de Mercado (CEM), da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), realizada na última semana de maio, avaliou o desempenho do setor segurador perante os diferentes ciclos econômicos, apresentou projeções da Superintendência de Estudos e Projetos (Suesp) de alguns indicadores macroeconômicos para o ano em cenários otimista ou pessimista e, também, tratou dos movimentos recentes das economias brasileira e mundial.

Na etapa do encontro, a Suesp apresentou um levantamento que confronta o desempenho do setor versus o PIB brasileiro a partir de 2011. A arrecadação do setor de seguros, entre 2011 e 2013, foi de 9,5% reais, ao passo que o PIB acumulado no mesmo período avançou 3%. De 2014 a 2016, o setor cresceu 3,5% por ano, ao passo que o PIB teve contração de 2,1%, na média. Entre 2017 e 2019, a taxa de crescimento do setor foi de 3,4% (e a do PIB no mesmo período de 1,5%). Por fim, em 2020, ano da pandemia, o setor de seguros experimentou queda real 1,5% na arrecadação, enquanto o PIB teve retração de 4,1%, ambos impactados pela pandemia.

No segmento de Saúde, foram apresentados dados sobre o comportamento de receitas e das indenizações desde 2011. O gráfico mostra uma tendência de gradual arrefecimento das contribuições aos planos a partir de 2014 (ano contra ano) até a recente recuperação ocorrida a partir do segundo semestre de 2020. Apresenta-se ainda o desempenho diferenciado entre as modalidade médico-hospitalar e planos odontológicos, com taxas de crescimento anual de, respectivamente, 1,2% e 4,7% no número de beneficiários na comparação entre dezembro de 2020 e mesmo mês de 2019.

Sobre o seguro Rural, foi constatado que a movimentação deste ramo cresceu 572% entre 2010 e 2020. A taxa é muito superior à expansão apresentada pelo PIB agropecuário, de 175% nominais no mesmo período. Dessa forma, a penetração do seguro Rural no PIB Agropecuário (Arrecadação/PIB), mais que dobrou, passando de 0,6% para 1,6% no período.

Os economistas Luiz Roberto Cunha e Pedro Simões, ambos integrantes do CEM, se revezaram na parte destinada à apresentação das projeções dos indicadores, dependendo do cenário macroeconômico que prevalecerá. No quadro otimista, os economistas esperam um crescimento maior da economia, com a superação (mesmo que parcial) de problemas que fazem o câmbio estar tão depreciado no Brasil. Projetam o IPCA mais alto por estar muito mais ligado à demanda e juros mais elevados como nos dois cenários (pessimista ou otimista) como normalização da política monetária. No cenário pessimista, o câmbio permanece mais alto, pressionando IGP-M (por meio do IPA).

Dessa forma, o PIB real, por exemplo, em um quadro pessimista, pode crescer 2,95% ou avançar para 4,08% neste ano, em um cenário otimista. O PIB indústria real, uma variação de 2% (pessimista) a 5,10%(otimista); a Selic oscilar de 4,75% a 6,25%. Já o IGP-M pode subir 21,02% em um cenário pessimista, ou 12,50%, em um quadro macro mais positivo.

O balanço mais recente da economia foi também avaliado. Os dois economistas concluíram que a segunda onda da Covid-19, apesar de mais intensa que a primeira, afetou de maneira menos severa a atividade econômica.  Há menor elasticidade entre mobilidade e PIB. Segundo eles, os Serviços se beneficiam com a reabertura e demanda reprimida, além do gasto da poupança precaucional acumulada pelas classes médias e altas ao longo do ano passado. Também a Indústria se beneficia do aumento da demanda por bens industriais, mas, na margem, tem sofrido por conta de aumento de preços ou mesmo escassez de insumos, citando como exemplo os semicondutores para produção de automóveis. Já o Comércio, beneficiado durante a fase mais aguda da pandemia, enfrenta um período de ressaca, com o deslocamento dos gastos para serviços.

No plano global, as preocupações com a inflação continuam presentes. Constata-se que revisões no ritmo da atividade são acompanhadas de elevações nas projeções de inflação, como maior pressão sobre os preços administrados e de bens industriais, além das já conhecidas pressões no preço das commodities, exacerbadas no Brasil pelo câmbio. Logo, a recuperação rápida da economia mundial aumentou a demanda mundial por bens, mas já há restrições de oferta para alguns produtos, pressionando também preços de bens industriais.

CNseg promove webinar sobre mercado irregular de seguros na América Latina

Fonte: CQCS

Com participação de lideranças do Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai, evento está com inscrições abertas

Promovido pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) e com a participação da Federación Interamericana das Empresas de Seguros (Fides), organização sem fins lucrativos que representa 20 países da América Latina, Estados Unidos e Espanha, o Webinar dedicado ao tema O mercado irregular de seguros na América Latina e os prejuízos aos consumidores será realizado no próximo dia 21 de junho, das 11h às 12h30. As inscrições para participar do evento já estão abertas e podem ser feitas pelo link zoom.us/webinar/register/WN_0KfC6mdPRtuC2D4JPVFqkA

O evento terá como moderador o Presidente da CNseg e Diretor-Presidente da Fenaseg, Marcio Coriolano, e contará com abertura do Professor de Direito do Consumidor, Ricardo Morishita. Entre os debatedores estão confirmados Jorge Claude, Vice-Presidente Executivo AACH/Chile; Gonzalo Santos, Presidente AACS/Argentina; Alejandro Veiroj, Diretor Executivo AUDEA/Uruguay; Antonio Vaccaro, Presidente APCS/Paraguay, além do Chefe da Coordenação Geral de Estudos e Relações Institucionais da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Paulo Roberto Miller Fernandes Vianna Junior.

Serviço:

Webinar: O mercado irregular de seguros na América Latina e os prejuízos aos consumidores

Dia: 21/06/ 2021   /   Horário: 11h às 12h30

Inscrição: zoom.us/webinar/register/WN_0KfC6mdPRtuC2D4JPVFqkA

No G7, Biden corteja europeus a fazer contraponto à China

Fonte: Reuters

Em conversas privadas durante cúpula na Inglaterra, presidente americano tratou o avanço econômico chinês e sua crescente influência no Ocidente como o maior desafio do século.

O G7 e a União Europeia tentaram, durante a reunião de cúpula do fim de semana na Inglaterra, aparentar harmonia. A impressão geral é que de que os diplomatas parecem satisfeitos que o novo presidente americano, Joe Biden, esteja tornando a cooperação transatlântica novamente possível.

Enquanto chefes de Estado e de governo se reuniam em pequenos grupos ou passeavam pela praia de Carbis Bay, os EUA faziam o seu melhor para persuadir os países do G7 a adotar uma linha mais dura em relação à China, como disse um diplomata alemão envolvido nas negociações. Segundo ele, Biden classificou, em encontros privados, os esforços da China para se tornar a economia mais forte do mundo como o maior desafio deste século.

Segundo Anthony Gardner, ex-embaixador dos EUA na UE, Biden precisou se firmar na cúpula do G7 para manter sob controle os críticos e apoiadores de seu antecessor Donald Trump. Os europeus, afirmou o diplomata, fariam bem em seguir Biden se quiserem impedir o retorno de Trump à presidência.

Os representantes alemães na cúpula do G7 deram a impressão de que, em grande parte, concordaram sobre seguir uma linha mais firme frente a Pequim. Eles disseram que as violações dos direitos humanos em relação à minoria uigur, por exemplo, o movimento pró-democracia em Hong Kong e dissidentes, precisam ser abordados e condenados.

Entretanto, a postura conjunta da UE em Carbis Bay é de que a China não é apenas um rival sistêmico e econômico, mas um parceiro necessário em muitas áreas. A chanceler federal alemã, Angela Merkel, disse que não poderia haver progresso real em relação à crise climática sem Pequim. Afinal, a China é o maior emissor de gases nocivos. Ela pretende ser neutra em carbono apenas até 2060, enquanto a UE estabeleceu 2050 como meta.

Violação dos direitos humanos em pauta

Um diplomata americano disse que Biden criticou especificamente o trabalho forçado na China, particularmente em relação à minoria ugur, muito fortemente, segundo a fonte. Ele concordou que muitos europeus também haviam condenado o trabalho forçado, mas que não houve acordo quanto à forma de responder a isso. Um diplomata da UE disse que as sanções deveriam ter um efeito e não apenas ser simbólicas.

Os EUA estão mais preocupados que a UE com as provocações e ameaças militares chinesas no Mar do Sul da China, que estarão na agenda da cúpula da Otan nesta segunda-feira.

Tanto os EUA quanto a UE impuseram sanções à China por causa das violações dos direitos humanos. Entretanto, antes disso, a UE assinou um acordo comercial com Pequim, sob críticas de Washington.

O Acordo Global sobre Investimento (CAI), que ainda não foi ratificado, está atualmente congelado. O Parlamento Europeu se recusa a debatê-lo enquanto Pequim mantiver suas sanções contra legisladores europeus.

Parceria de infraestrutura

O que é novo é que as democracias mais ricas do G7 concordaram em estabelecer uma parceria global de infraestrutura. Biden chegou à Inglaterra com a firme intenção de liderar o Ocidente com seu plano de investimento Reconstruir melhor. O anfitrião da cúpula, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que prevê um novo vínculo transatlântico entre a América do Norte e a Europa, elogiou a ideia.

Até agora, não está claro como isso realmente funcionará. O que está claro é que será uma espécie de alternativa à iniciativa Nova Rota da Seda, disseram os diplomatas em Carbis Bay. Desde 2013, a China estabeleceu parcerias econômicas com dezenas de países mais pobres na África, Ásia, América Latina e Europa. Foram mais de 3,4 trilhões de dólares investidos nessa parceria.

Os parceiros foram atraídos com empréstimos baratos e enormes investimentos em infraestrutura, como estradas, ferrovias e portos. Pequim espera construir sua influência política no mundo através da cooperação.

Críticos do projeto dizem que Pequim não leva em consideração boa governança, corrupção e direitos humanos ao alocar fundos.

A alternativa ocidental ao avanço chinês

O plano de infraestrutura alternativa do G7 deve mobilizar bilhões. Embora ainda não tenha sido esclarecido de onde virá o dinheiro, a Casa Branca indicou que capital privado poderia ser investido em um fundo. Um diplomata europeu de alto nível disse que a ideia também é coordenar e promover melhor os projetos de investimento já existentes.

Não é como se os Estados do G7 não fossem já um grande investidor no mundo, disse um diplomata. Mas, segundo ele, esta nova iniciativa não será apenas para investir em ferrovias, pontes e estradas, mas também para estabelecer fábricas onde, por exemplo, vacinas podem ser produzidas. Nenhuma decisão foi tomada com relação a quem irá administrar a iniciativa e de onde. Muitos detalhes ainda não foram discutidos, disse um diplomata da UE familiarizado com o assunto.

Ceticismo alemão

Do ponto de vista de Washington, a Alemanha é vista especialmente como um obstáculo, disse o eurodeputado alemão Reinhard Bütikofer. O governo de Merkel é um dos obstáculos mais difíceis para o desenvolvimento das relações transatlânticas. No gabinete da chanceler, há muito ceticismo, comentou.

Ele explicou que a chanceler alemã é cético em relação à posição dura de Biden sobre Pequim por causa dos fortes interesses econômicos da Alemanha no mercado chinês.

Merkel e Biden terão em breve uma chance de discutir estas questões, quando a chanceler alemã se tornar a primeira líder europeia a visitar o novo presidente americano em Washington, no próximo mês.

Sobram vacinas, mas faltam braços nos Estados Unidos

Explicações para queda na vacinação vão de teorias conspiratórias malucas à resistência histórica de certas comunidades em relação a programas de vacinação

Fonte: InfoMoney

Na última quinta-feira (10), no monólogo de abertura de seu programa diário de entrevistas, o apresentador Jimmy Kimmel falou sobre a doação de 500 milhões de doses de vacina anunciada por Joe Biden.

Uma autoridade afirmou que as doações serão destinadas a lugares que mais precisam de vacinas hoje em dia, como Haiti, Indonésia, Alabama, etc.

Tenho uma ideia: as pessoas que receberem uma das nossas doses em outro país deveria saber de quem elas vêm. ‘Essa Johnson & Johnson deveria ser aplicada numa professora aposentada da Flórida, mas ela leu no Facebook que [a vacina] é feita de esperma do demônio’.

Quem acompanha os dados da vacinação nos Estados Unidos está rindo, mas de nervoso. Ao mesmo tempo em que anuncia um gesto ousado de “diplomacia da vacina, o país que garantiu a maior quantidade de imunizantes enfrenta muitas dificuldades para avançar na vacinação dos próprios americanos.

Depois de um começo claudicante, com problemas de distribuição e a necessidade de criar sistemas para organizar a campanha, hoje sobram vacinas nos Estados Unidos.

Há pelo menos um mês e meio elas estão disponíveis no país inteiro, sem custo, sem agendamento e sem necessidade de comprovação de residência no país: basta aparecer num posto de vacinação, clínica ou farmácia.

Mas essa abundância não se reflete nos números. Até o dia 10 de junho, somente 51% da população que pode ser vacinada (12 anos ou mais) já recebeu as duas doses. Pelo menos uma dose já foi aplicada em 62% dos americanos.

São números de fazer inveja no mundo inteiro (inclusive entre outros países ricos), mas é pouco provável que se alcance a meta de Biden: 70% dos adultos imunizados até 4 de julho.

O desenho que se vê no gráfico da imunização é uma montanha. O pico aconteceu em meados de abril, quando se aplicavam mais de 3,3 milhões de doses por dia.

Depois, veio uma queda dramática. Na última quinta, foram pouco mais de 1,1 milhão de vacinas aplicadas. As projeções indicam que, mantido o ritmo atual, o país atingirá 70% de imunização por vacinas somente em meados de outubro.

As explicações vão de teorias conspiratórias malucas à resistência histórica de certas comunidades em relação a programas de vacinação.

Uma pesquisa do Instituto Gallup, divulgada em 7 de junho, indica que 76% dos adultos americanos pretendem tomar a vacina. É um dado animador, já que, em setembro do ano passado, apenas metade respondeu à pergunta de maneira afirmativa.

Mas a imensa maioria dos que resistem à imunização afirma que não pretende mudar de ideia.

O vírus à espreita

Mesmo descontando características particulares do país, a perda do ímpeto das campanhas de imunização no país é observada com atenção, dentro e fora do país.

Em alguns estados do Sul, as porcentagens de vacinação estão muito abaixo da média nacional. No Alabama, mencionado pelo apresentador Jimmy Kimmel, só 29,8% da população completou as duas doses (ou tomou a dose única da Johnson & Johnson). No vizinho Mississippi, a porcentagem é ainda mais baixa: 28,1%.

Existe uma sobreposição clara entre o voto na eleição de novembro passado e o interesse pelas vacinas. Nos 22 estados mais adiantados na imunização, o democrata Biden foi o vencedor. Entre os 18 mais atrasados, 17 escolheram Donald Trump.

Apesar de reivindicar a autoria da operação que acelerou o desenvolvimento de vacinas, Trump foi imunizado em segredo na Casa Branca e não participou da campanha com os ex-presidentes Barack Obama e George Bush para promover a vacinação.

Assim como aconteceu com o uso de máscaras, a confiança nas vacinas parece ter tomado contornos políticos no país. Além de desafiar a racionalidade, esse comportamento traz consigo o perigo de novos repiques da Covid-19.

Com a chegada do verão, muita gente busca abrigo em ambientes com fechados, por causa do ar-condicionado, esse foi um dos motivos apontados para o aumento de infecções em meados de 2020.

A grande quantidade de pessoas não-vacinadas em alguns estados pode muito bem levar a novos surtos, disse Ashish Jha, reitor da escola de saúde pública da Universidade Brown. Estamos muito preocupados com isso.

Outro motivo de apreensão diz respeito às máscaras. Há um mês, o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) anunciou que as pessoas que totalmente imunizadas (com duas doses, dependendo da vacina) podem deixar de cobrir o rosto até mesmo em lugares fechados.

Tratou-se de uma mera recomendação. As regras são ditadas pelos estados ou pelos próprios estabelecimentos, como supermercados.

O Walmart, maior rede de supermercados do país, anunciou dias depois que os clientes 100% imunizados não precisariam mais usar máscaras.

O problema é que não há maneira simples de estabelecer quem completou a imunização. Isso representa um risco para os consumidores e funcionários que estiverem desprotegidos e, potencialmente, uma prolongação da epidemia.

Data de expiração

As dúvidas em relação à segurança das vacinas também estão causando desperdício, em um momento em que a pandemia segue fora de controle em diversas partes do mundo.

A FDA, agência americana que regula alimentos e drogas, estendeu em um mês e meio o prazo de validade do imunizante da Johnson & Johnson.

A medida foi tomada às vésperas da expiração de milhões de doses. O prazo para uso, que era de três meses, agora é de quatro meses e meio, pelo menos.

Parte da hesitação dos americanos em relação à vacina (a única que oferece imunidade com uma única dose) tem relação com a suspensão temporária das aplicações que aconteceu em abril.

E problemas em uma fábrica terceirizada que produziria o imunizante no país levaram a FDA a descartar cerca de 60 milhões de doses por causa de riscos de contaminação. (As vacinas aplicadas no país foram importadas da Holanda.)

Loterias e maconha

Alguns estados estão criando campanhas de incentivo criativas para tentar convencer a população a se vacinar.

Uma das de maior sucesso foi a loteria lançada pelo governo de Ohio, Mike DeWine. Ele anunciou cinco sorteios de US$ 1 milhão cada, a serem distribuídos ao longo de cinco semanas para moradores do estado já imunizados.

A iniciativa aumentou em 33% a procura por vacinas, afirmou DeWine. Nova York, Califórnia e Maryland copiaram a ideia.

Em Washington, no noroeste do país, quem se vacinar até 12 de julho leva, além da imunização e da participação na loteria, um cigarro de maconha.

Só 2% de 1,3 bi de pessoas receberam dose da vacina na África

Continente precisa de 225 milhões de doses para cumprir meta até setembro.

Fonte: Monitor Mercantil

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que 47 dos 54 países da África não deverão atingir a meta de vacinar 10% de sua população contra a Covid-19 até setembro. O número corresponde a quase 90% das nações do continente.

Em comunicado, o Escritório Regional para África realça que tal situação somente poderia ser evitada se a região recebesse mais 225 milhões de doses.

Na última semana, o continente teve um aumento de novos casos pelo terceiro período consecutivo. O fluxo de vacinas é cada vez menor na África que se aproxima de 5 milhões de casos. Na primeira semana deste mês, a subida foi de 20% das notificações.

A OMS advertiu que a tendência da pandemia é piorar em dez países africanos. Quatro tiveram aumento de mais de 30% em novos casos nos últimos sete dias, se comparados à semana anterior.

Nações como Egito, África do Sul, Tunísia, Uganda e Zâmbia lideram as notificações com 72%. Mais da metade em nove países da África Austral.

Com 32 milhões de doses, o continente soma menos de 1% dos mais de 2,1 bilhões das unidades administradas globalmente. Apenas 2% de quase 1,3 bilhão de pessoas receberam uma dose e 9,4 milhões estão totalmente vacinadas.

A diretora regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti, disse que à medida que uma terceira onda se aproxima, muitos em situação mais frágil continuam perigosamente expostos à Covid-19.

Segundo Moeti, os imunizantes provaram eficácia em prevenir casos e mortes, apelando por isso para um compartilhamento de vacinas com urgência.

Moeti destacou ainda que para os africanos a situação é de vida ou morte, reconhecendo, no entanto, que a maré está começando a mudar. Ela notou algumas nações ricas começando a transformar suas promessas em ações.

A OMS África disse que vários países incluindo o Níger e a Costa do Marfim se destacam no ajuste de suas estratégias de envio de vacinas. A recomendação é distribuir em áreas rurais distantes das grandes cidades. Outra prioridade seria usar produtos que estejam perto do fim do prazo, abordar obstáculos logísticos e financeiros e atuar para aumentar a demanda pública por vacinas.

Inscreva-se Para: Desafios da Segurança Cibernética no Setor Elétrico

 

 O setor elétrico brasileiro tem sido vítima de uma série de ataques cibernéticos nos últimos meses. Cerca de 50% das empresas do setor relacionam o aumento de incidentes com a pandemia, segundo o estudo Percepção do risco cibernético na América Latina em tempos de covid-19, da Marsh & Microsoft.


Pensando nisso, a Marsh Brasil e a Associação Brasileira de Gerência de Riscos (ABGR) trazem para discussão o tema Desafios da segurança cibernética no setor elétrico, em webinar onde serão abordados os pontos chave das ameaças cibernéticas, que podem resultar em prejuízos financeiros e riscos regulatórios.
Junte-se a nós na quarta-feira, 16 de junho, às 10h (horário de Brasília), para conferir a perspectiva de nossos painelistas sobre a visão do risco, os impactos e estratégias perante um incidente cibernético, e saber como mitigar seu risco frente às ameaças cada vez mais sofisticadas.

 

Estarão conosco neste bate papo:

 

·         Peter de Souza, Gerente de Seguros e Garantias Financeiras da Elera Renováveis S/A e Membro do Conselho da ABGR;

·         Marta Schuh, Diretora de Risco Cibernético da Marsh Brasil;

·         Edson Villar, Líder Regional de Consultoria em Risco Cibernético na Marsh Advisory;

·         Paulo Mantovani, Diretor de Power & Utilities, Mining & Metals da Marsh Brasil e de Renewable da Marsh LAC

Link para inscrição: https://mmc.zoom.us/webinar/register/WN_30kEu-iwTbmS9v5LDX2fDQ

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