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Grandes Riscos, Grandes Desafios

22, Jun. 2021

Grandes Riscos, Grandes Desafios

Ao longo das últimas décadas, os riscos mudaram de dimensão, adquiriram tamanho inimaginável menos de 30 anos atrás e migraram das garantias tradicionais para novos desafios, fruto essencialmente das mudanças climáticas e da certeza de novas pandemias. São ordens de grandeza inéditas que demandarão soluções complexas, envolvendo poder público, sociedade e seguradoras, sem as quais não há condições de enfrentar as perdas possíveis e que, com certeza, ocorrerão.

Até meados do século 20, os principais riscos eram os seguros patrimoniais, basicamente incêndio das grandes plantas industriais. Com o surgimento de novos navios, maiores e com capacidade de transporte de carga várias vezes a das embarcações utilizadas até a Segunda Guerra Mundial, os riscos de transporte também adquiriram relevância. Mas, a partir da década de 1970, os riscos de responsabilidade civil começam a se destacar, com a ocorrência de sinistros inéditos na história do seguro.

Tomando como linha de corte o acidente na usina nuclear de Tree Miles Island, nos Estados Unidos, onde, sem ocorrer vazamento de radiação, as indenizações ultrapassaram os três bilhões de dólares, os sinistros de responsabilidade civil começaram a se destacar como os principais eventos capazes de gerarem indenizações bilionárias.

Para comprovar isso, na sequência, o naufrágio do navio Exxon Valdez na costa do Alasca, sem que houvesse a morte de um único ser humano, gerou prejuízos que se aproximaram dos 20 bilhões de dólares. E depois veio Chernobyl, provavelmente o maior sinistro da história da humanidade. Se a usina nuclear estivesse instalada numa das democracias ocidentais, as indenizações atingiriam dezenas de bilhões de dólares. Mas como estava localizada na antiga União Soviética, nunca saberemos os totais envolvidos.

Para não estender demais o assunto, o acidente com a plataforma de petróleo da BP, no Golfo do Mexico, gerou indenizações de mais de 40 bilhões de dólares. E os acidentes de Mariana e Brumadinho mostraram que o Brasil não está infenso a esse tipo de evento e que os danos podem atingir somas expressivas.

Mas, diante da nova realidade, as ordens de grandeza até aqui conhecidas começam a perder a magnitude que as fazia insuperáveis dentro da história do seguro. Os novos riscos são muito maiores e, o que é mais grave, o potencial de danos é praticamente desconhecido. Ainda não há como se medir os danos decorrentes de eventos de origem natural, nem o tamanho dos prejuízos causados por pandemias maiores do que a do coronavírus.

Para dar um exemplo, o tsunami que devastou a costa japonesa e atingiu a usina nuclear de Fukushima gerou prejuízos de bilhões de dólares, mas, perto dos prejuízos potenciais causados por secas e chuvas que assolam o planeta, seu tamanho deixa de ser tão impressionante.

Agora mesmo, a região norte brasileira está passando por uma das maiores inundações das últimas décadas. As águas inundaram vastas áreas urbanas, comunidades ribeirinhas, pastos e plantações, causando perdas importantes para uma das regiões mais pobres do país.

Mas o que aconteceria se chuvas torrenciais rompessem a barragem da represa de Guarapiranga? Uma grande área da cidade de São Paulo seria varrida pelas águas. E se houvesse a ruptura da barragem de Itaipu, qual seria o prejuízo? São acidentes improváveis? Com certeza, mas improvável não significa impossível e são estes os que causam maiores danos. Mas não é preciso estes exemplos para mostrar os prejuízos decorrentes de eventos de origem climática. Quanto custam as chuvas de verão brasileiras? Quanto custam as secas que assolam o país?

De outro lado, o mundo será palco de outras pandemias tão ou mais severas do que a do coronavírus. Não sei se já quantificaram as perdas de todas as naturezas decorrentes dela, mas, somando-se custos diretos e indiretos, inclusive das recessões que atingiram as nações, não seria espantoso o total superar alguns trilhões de dólares.  Este é o novo cenário. Ainda não há resposta para ele.

Fonte: Estadão / Autor: Antonio Penteado Mendonça

Re/seguradoras estão entre as maiores perdas caso Japão precise cancelar Jogos Olímpicos

O custo do cancelamento para as seguradoras é estimado em US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões, atingindo uma indústria já abalada em 2020 perdas

Fonte: Sonho Seguro

Os organizadores das Olimpíadas decidiram nesta segunda-feira, 21, pelo limite de 10 mil espectadores, ou até 50% da capacidade, por local para os fãs domésticos nos Jogos que começam em pouco mais de um mês. O primeiro-ministro Yoshihide Suga disse a repórteres nesta segunda-feira que, se um novo estado de emergência for declarado durante os jogos, é possível que eles sejam mantidos a portas fechadas.

Entre as perdas em caso de cancelamento dos jogos estão as seguradoras que assumiram o risco não só para as emissoras, mas também para as seleções, patrocinadores e centenas de outras empresas e organizações que dependiam do evento. O custo do cancelamento para as seguradoras é estimado em US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões, atingindo uma indústria já abalada em 2020 perdas. Isso inclui os cerca de US $ 800 milhões contratados pelo COI em seguro de cancelamento de eventos, mais a cobertura adicional adquirida pelos comitês organizadores locais e prováveis reclamações de emissoras, patrocinadores, equipes esportivas profissionais e hospitalidade, de acordo com o analista da Bloomberg Intelligence Charles Graham, informam as agências internacionais.

A Swiss Re disse em março do ano passado, pouco antes do adiamento dos jogos, que as Olimpíadas de Tóquio representavam o maior risco individual na época para a segunda maior resseguradora do mundo, com um potencial de sucesso de US$ 250 milhões. Um porta-voz da empresa confirmou recentemente que esse é o caso. A Munich Re, a maior resseguradora do mundo, confirmou que está envolvida no seguro das Olimpíadas de Tóquio e seria afetada se os jogos fossem cancelados, mas se recusou a fornecer detalhes adicionais sobre sua exposição. A Aon Plc, que no ano passado concordou em comprar a Willis Towers Watson para criar a maior corretora de seguros do mundo, não quis comentar sobre o impacto que um cancelamento pode ter sobre ela.

Seguro de Crédito: Inflação em alta é desafio

Fonte: O Estado de S. Paulo

Apesar dos prejuízos financeiros causados pela pandemia, o segmento de seguros para operações de crédito se saiu bem na crise. Em 2020, o valor dos prêmios subiu 47%, para R$ 540 milhões. Segundo Rosana Passos de Pádua, presidente da seguradora francesa Coface no Brasil, líder do segmento, as empresas buscaram uma forma de mitigar os riscos. A expectativa agora é seguir em expansão. Para Rosana, os sinais são positivos, mas ela alerta que a alta da inflação pode prejudicar os negócios de clientes do serviço. A taxa de juros precisa acompanhar minimamente a inflação, diz a executiva, que assumiu a liderança da seguradora em março.

Como o setor de seguro de crédito foi impactado pela pandemia?

Ao contrário do que se imaginava, no ano de 2020 o setor cresceu muito. Para se ter ideia, em 2019, o total de prêmios foi da ordem de R$ 370 milhões. Em 2020, o valor subiu para R$ 540 milhões. Houve um aumento significativo, de 47%.

O que levou a esse crescimento?

Por um lado, aumentou o conhecimento das empresas sobre os benefícios do seguro de crédito. Por outro, no início da pandemia, as empresas buscaram formas de se proteger. Este ano os pedidos continuam crescendo. De janeiro a abril, o aumento é de 40% sobre o ano passado. Felizmente, o mercado se mostrou mais resiliente.

O que levou a essa maior resiliência?

A inadimplência das empresas está mais baixa do que se esperava por causa de uma série de fatores. Um deles é o preço mais alto das commodities, o que contribuiu para a sustentação da economia. Outro é o auxílio emergencial, que estimulou o consumo.

Quais são os desafios agora?

Temos alguns desafios pela frente. Estamos com um nível de inflação muito elevado. Já vivi todos os planos econômicos da economia brasileira desde os anos 80. Fazia muito tempo que não se via um IGP no nível de quase 50% ao ano. Mesmo o IPCA, que bateu 8%. É uma inflação forte. A taxa de juros precisa acompanhar minimamente a inflação, porque já estamos com taxas (reais) negativas há algum tempo.

A inflação alta prejudica o setor de seguro de crédito?

Impacta o negócio dos nossos clientes mais fortemente. À medida que se tem taxas de juros maiores, inflação mais elevada, isso pode significar redução de negócios dos nossos clientes, o que acaba impactando diretamente os negócios. É algo que a gente precisa, de fato, ficar atento.

Empresa de tecnologia brasileira passa a oferecer seguro

Fonte: CQCS

De acordo com uma matéria veiculada no Tecmundo, nesta segunda-feira (21), a Positivo Tecnologia anunciou com exclusividade ao portal, uma parceria com a Assurant que oferecerá aos consumidores seguro contra roubo, furto e danos acidentais. O serviço também tem garantia complementar à oferecida pela empresa brasileira e poderá ser contratado por quem comprar aparelhos como notebooks, desktops, computadores all in one, celulares e tablets.

Além da marca Positivo, quem comprar eletrônicos da VAIO, Compaq e 2 AM também poderá adquirir os benefícios a partir de hoje. Apesar de não divulgar o valor cobrado pelas coberturas, a companhia garante o menor preço do mercado.

A empresa conta que a garantia oferece proteção contra defeitos funcionais, dá cobertura a danos elétricos, tem duração de 12 meses e ainda cobre consertos com peças ou componentes novos e mão de obra especializada. Em alguns casos, ela também garante a troca do aparelho com defeito.

A cobertura por danos acidentais tem reparo ou troca, este segundo em caso de impossibilidade de conserto por causa de quedas ou derramamento de líquidos, por exemplo. No caso do seguro contra roubo e furto, ele oferece a reposição do equipamento.

Marcos David Santos, diretor de Operações da Positivo, explica que a parceria com a seguradora Assurant visa aumentar o portfólio da marca e atende a uma mudança vista no mercado durante a pandemia de coronavírus.

Atualmente, ainda temos muita gente trabalhando exclusivamente em modelo home office, mas em breve voltaremos a um cenário híbrido, onde as pessoas trabalharão em casa em alguns dias, depois na empresa ou em ambientes de coworking. Por causa disso, equipamentos como o notebook ganharam ainda mais mobilidade, o que tornou essencial uma cobertura de seguro e garantia, argumenta.

O executivo diz que a escolha da Assurant se deu justamente pelo reconhecimento da empresa no mercado e pelo preço que ela consegue oferecer aos consumidores. Ele afirma que como a Positivo atende clientes de todas as classes, o valor competitivo do serviço foi um fator definidor.

Além disso, Santos pontua que é a próprio Positivo é quem fará o reparo dos produtos, estando os eletrônicos no período segurado pela fabricante ou pela Assurant. No caso de roubo e furto, o valor oferecido será o da nota fiscal, assim como o mercado já realiza.

Caso um cliente compre, a partir de hoje, computadores, notebooks, celulares ou outros aparelhos e opte por não contratar a garantia estendida ou o seguro, ele poderá pagar separado pelo serviço mais para frente. Ainda neste ano, a empresa lançará a Positivo Tech Service, que integrará todas essas as opções.

BR Distribuidora pretende investir em energia renovável e gás

A decisão da Petrobras de se desfazer da fatia remanescente de 37,5% do capital da BR Distribuidora e sair de vez do segmento de postos deve ter forte impacto no mercado de distribuição de combustível no país.

Além da previsão de aumento da concorrência, a medida deve acelerar os planos de diversificação de investimento da BR em atividades como energia renovável, comercialização e distribuição de gás.

A empresa também avalia entrar no segmento de refino, mas o tema ainda é motivo de discussões internas.

Segundo fontes, uma das metas da gestão de Wilson Ferreira Júnior, que assumiu a empresa em março após deixar o comando da Eletrobras, é justamente ampliar o leque de atuação da companhia.

A estimativa da Petrobras é levantar R$ 11,5 bilhões com a venda de 436,9 milhões de ações. O preço final só será definido de acordo com a demanda no dia 30 de junho. Ontem, as ações da BR fecharam em alta de 0,44%. Os papéis com voto da Petrobras subiram 0,28%.

Capital pulverizado

A venda das ações deve começar no dia 2 de julho e ser concluída até o dia 5 do mesmo mês.

Nos postos, a bandeira BR será mantida. O contrato de licenciamento da marca é independente do negócio.

Hoje, a BR tem pouco mais de 8 mil postos. Um dos caminhos para aumentar a rede é avançar sobre os 19.450 postos de bandeira branca no país. A ideia é atrair 47% deles.

A decisão de sair da BR está em linha com a estratégia de desinvestimento da Petrobras para reduzir o endividamento e se concentrar nos negócios principais, especialmente no pré-sal.

A operação já era esperada para este ano, mas o cronograma sofreu algum atraso com a troca no comando da estatal. Até agora, Joaquim Silva e Luna tem dado sinais de continuidade na política de venda de ativos.

A Petrobras fez a primeira venda de ações da BR em Bolsa em 2018, quando levantou R$ 5 bilhões ao alienar 28,75% do capital. Em 2019, se desfez de uma fatia de 33,75% das ações por pouco mais de R$ 9 bilhões.

Com a nova operação, a BR consolida sua estratégia de atuar como corporação, sem controlador definido. Além da Petrobras, alguns dos principais acionistas hoje são, segundo fontes, Itaú Dunamis, Bogari, Moat, Kapitalo, BlackRock, Vanguard, Norges Bank, Opportunity e Verde Asset, entre outros.

Segundo fontes, um dos interessados no papel seria o banqueiro Ronaldo Cezar Coelho, acionista da Light. Ele foi procurado, mas não ligou de volta.

De acordo com o prospecto da operação, 10% dos 37,5% à venda serão destinados ao varejo. O restante pode ser vendido a grandes investidores, mas a Petrobras se comprometeu a não vender ações em bloco a um único investidor. E parte dos acionistas atuais deve aumentar sua fatia na empresa.

Segundo um executivo a par das discussões, a saída da Petrobras deve atrair recursos de fundos de investimento que não aplicavam na empresa devido ao risco de interferência política.

Oportunidade de investir

A BR é líder em participação, com 24,2% da venda de gasolina e 27,6% da de diesel.

A distribuição de combustíveis movimenta 2,9 milhões de barris por dia e responde por 3,1% do consumo mundial de combustíveis líquidos, mais do que Canadá e México.

Para a BR, a perspectiva de capital 100% privado abre oportunidades de investimento. No ano passado, ela cogitou, segundo fontes, investir na Gaspetro, holding comandada pela Petrobras e pela japonesa Mitsui, que é dona de 19 concessionárias de gás natural no Brasil.

A Gaspetro está à venda. A proposta não foi adiante por aspectos regulatórios, já que a Petrobras é acionista da BR.

Em setembro último, a BR anunciou parceria com a Golar Power para ampliar a oferta por meio de GNL (gás liquefeito). Há expectativa de investimento em ativos com foco em importação, regaseificação e transporte de GNL em locais de baixa concorrência.

Outro foco de atenção é a comercialização, com a compra de empresas que vendem energia no mercado livre.

No início do ano, a BR concluiu a compra da Targus, comercializadora de energia. O objetivo é se voltar para energias do futuro, menos poluentes.

Ainda assim, a empresa ainda estuda o setor de refino, mesmo com a possibilidade de ser visto como um investimento em energia do passado.

A Petrobras colocou à venda oito unidades que somam metade da capacidade de produção no país.

A estatal já vendeu a Rlam, refinaria na Bahia, para o fundo árabe Mubadala por US$ 1,65 bilhão.

Estão à venda unidades no Paraná, Rio Grande do Sul, Amazonas, Pernambuco, Minas Gerais e Ceará. Neste caso, a BR também pondera se pode haver barreira de órgãos de defesa da concorrência, já que ela tem liderança na distribuição de combustíveis.

Segundo Paulo Miranda, presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), a saída da Petrobras do setor de distribuição e varejo vai permitir maior concorrência:

O mercado brasileiro é muito atrativo e com grande potencial de crescimento. A saída da Petrobras na BR pode atrair mais empresas e fundos de investimentos.

Fonte: O Globo

Câmara aprova venda da Eletrobras e espeta conta de R$ 300 bilhões

Fiesp calcula que tarifa praticamente dobrará de valor.

Fonte: Monitor Mercantil

A Câmara dos Deputados aprovou a medida provisória que permite a privatização da Eletrobras, através da emissão e venda de ações na Bolsa de Valores. O texto já havia sido aprovado pelos deputados, mas, após ser modificado no Senado, teve que voltar à Câmara.

Segundo a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), o relatório elaborado pelo deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), com rejeição da emenda aprovada pelo Senado que previa a ampliação do mercado livre para todos os brasileiros até 2026, aumentará as tarifas de energia em R$ 300 bilhões ao longo dos próximos anos.

Ainda de acordo com cálculos da Fiesp, a alteração no valor da energia comercializada pela Eletrobras (processo conhecido como descotização) fará com que a energia, hoje vendida a R$ 110/MWh, pule para até R$ 200/MWh.

O deputado retirou o único dispositivo que teria algum efeito positivo para o país e preservou todos os jabutis do texto aprovado pelas Casas Legislativas, que contribuirão com a disparada das tarifas de energia, ressalta a Federação.

A Câmara aprovou 17 emendas do Senado à Medida Provisória 1031/21. Uma das emendas prevê que as subsidiárias (Chesf, Furnas, Eletronorte e Eletrosul) não serão extintas, incorporadas ou fundidas por um mínimo de 10 anos. Ficou garantida a realocação dos funcionários em outras estatais.

A determinação de contratação de energia de reserva de termelétricas movidas a gás natural, mesmo em regiões ainda não abastecidas por gasoduto, foi mantida.

Argentina revoga privatizações de empresas de energia

Governo Fernández também restabeleceu contrato com Bolívia.

Fonte: Monitor Mercantil

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, revogou as privatizações de empresas de energia e termelétricas realizadas pelo governo de seu antecessor, Mauricio Macri (2015–2019).

Por meio de um decreto assinado no dia 16, Fernández anulou vários decretos assinados por Macri e pelo então ministro da Energia, Juan José Aranguren.

Da mesma forma, foi recuperada a gestão da Integración Energética Argentina (Ileasa e Enarsa) na importação de gás da Bolívia, e essas empresas recebem as licenças exploratórias correspondentes em áreas da Bacia Oeste Malvinas do Mar Argentino.

O decreto de Fernández determinou que as obras públicas do projeto de aproveitamento hidrelétrico do Rio Santa Cruz voltem aos nomes de presidente Néstor Kirchner (empreendimento localizado no Penhasco Cóndor) e governador Jorge Cepernic (localizado em Barrancosa), que foram renomeadas no Governo Macri.

O decreto prevê a concessão de garantias do Tesouro Nacional para a aquisição de gás natural da Bolívia, no valor máximo de US$ 200 milhões. Macri suspendeu o contrato na época do presidente boliviano Evo Morales.

Fernández esclareceu que para garantir o abastecimento normal de gás natural na Argentina durante o inverno, é necessário importar o produto da Bolívia.

Através do mesmo decreto, o governo anulou a mudança de denominação das obras públicas do projeto de aproveitamento hidrelétrico do rio Santa Cruz, que foi ordenada em 2017.

Sem chips, indústria automobilística adia recuperação

O setor deve perder a chance de recuperar mercado no período em que tradicionalmente se vendem mais carros, na segunda metade do ano

Fonte: Estadão

O fechamento das fábricas da Volkswagen e da General Motors a partir desta segunda-feira, 21, e do corte de mais um turno de trabalho na Hyundai, dão o tom de um segundo semestre preocupante para a indústria automobilística brasileira, que segue com dificuldades em conseguir semicondutores para os veículos.

O setor deve perder a chance de recuperar mercado no período em que tradicionalmente se vendem mais carros, na segunda metade do ano, e que vai coincidir com a retomada mais consistente da economia, melhora do Produto Interno Bruto (PIB) e mais pessoas vacinadas contra a Covid.

É difícil afirmar, no momento, se vamos conseguir atender à demanda no segundo semestre, admite o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes.

Ele concorda que, a partir do próximo mês, as previsões são de PIB um pouco melhor, apesar da inflação e dos juros mais altos, e de maior controle da pandemia, mas não podemos carimbar que vai ter oferta (de produtos).

Moraes e outros executivos da cadeia preveem que o equilíbrio entre oferta e demanda se dará ao longo de 2022. Hoje, a espera por modelos como as picapes Strada e Toro, da Fiat, pode passar de três meses.

Se tudo der certo, o segundo semestre de fato será bom para a economia brasileira, o que deve aumentar a confiança do consumidor, reduzir o desemprego e melhorar a renda da população, mas não vai ter carro para entregar por falta de semicondutores, avalia Ricardo Bacellar, da consultoria KPMG do Brasil. Isso vai ser um problemão para a indústria.

Paradas

A Volkswagen suspendeu a produção por dez dias em São Bernardo do Campo e São Carlos (SP). A fábrica de São José dos Pinhais (PR), fechada desde o dia 7, voltaria hoje, mas teve a paralisação estendida até início de julho. A de Taubaté, que parou no mesmo dia, voltou na quinta-feira.

A GM suspendeu operações em São Caetano por seis semanas, mas aproveita e prepara a linha para a produção de uma nova picape. A planta de Gravataí (RS) está parada desde abril e volta só em meados de agosto.

A Hyundai passou a operar com apenas um turno de trabalho. O terceiro tinha sido suspenso no fim de maio, e agora o segundo turno também foi interrompido, até o fim do mês.

Prejuízos

Por causa da escassez de itens eletrônicos, em sistemas de segurança, aceleração, freios e iluminação, entre outros, a indústria global de veículos deve deixar de produzir entre 2,5 milhões e 4 milhões de veículos este ano. Antes, a previsão para o total da produção era de 84 milhões de unidades.

No Brasil, seguindo porcentuais globais, a perda pode passar de 120 mil veículos. Se confirmada, a produção será de 2,4 milhões de veículos, ante 2,52 milhões previstos.

Estudo recém-concluído pela KPMG indica que, globalmente, a indústria automobilística terá prejuízo de US$ 100 bilhões neste ano por causa das paradas de produção. O valor equivale a 80% da perda total de US$ 125 bilhões projetada para os principais setores que usam chips nos produtos.

Segundo Bacellar, embora fique com cerca de 10% da produção mundial de semicondutores, o setor automotivo perdeu a prioridade nas compras ao suspender encomendas no ano passado, quando fechou as fábricas para evitar contágios na pandemia. A demanda por semicondutores já vinha crescendo porque os automóveis estão cada vez mais tecnológicos, mas o setor é muito dependente de poucos fornecedores, diz.

Segundo as empresas, a eletrônica embarcada representa 40% dos custos de produção de um veículo hoje, o dobro de 20 anos atrás. A projeção é de chegar a 50% em uma década. Um carro elétrico, por exemplo, usa o dobro de semicondutores do que um a combustão. O veículo totalmente autônomo usará de oito a dez vezes mais.

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CIST realizará webinar sobre investimentos na malha ferroviária e seus impactos na matriz logística

Depois de anos sem muitas novidades, o setor ferroviário parece estar voltando aos trilhos. Enquanto o país ainda aguarda a aprovação pelo Congresso de um novo regime de operação das ferrovias, algumas iniciativas começam a movimentar o mercado.

O governo de Minas Gerais, por exemplo, assinou recentemente um decreto para transferir à iniciativa privada a administração de 19 ferrovias do estado, o que deve atrair R$ 26,7 bilhões de investimento. Já a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), entre os estados de Mato Grosso e Goiás, está recebendo aporte de R$ 4 bilhões e se integrará à Ferrovia Norte-Sul.

Atento a essas e outras iniciativas, o Clube Internacional de Seguros de Transportes (CIST) irá promover na próxima quinta-feira (24.06), às 17h, um webinar gratuito sobre os investimentos na malha ferroviária e seus impactos na matriz logística brasileira.

O palestrante será Edeon Vaz Ferreira, diretor executivo do Movimento Pró Logística; enquanto os debatedores serão Anderson Abreu Santana dos Santos, gerente geral de Relacionamento Institucional e Governamental da VLI Logística; Sérgio Dias, diretor de Resseguros do CIST; Alfredo Chaia e Paulo Alves, presidente e vice-presidente do CIST, respectivamente.

A organização também aproveitará o evento online para promover mais uma ação social, desta vez para arrecadar doações para a campanha Lanche Solidário. A iniciativa visa alimentar milhares de crianças que, por não estarem na escola por conta da pandemia, não estão recebendo todas as refeições.

Para ajudar a resolver esse problema, entidades como o Cantinho da Tia Lourdes e a ONG Amar Mais recebem doações no valor de R$ 9 (nove reais) e entregam às crianças um kit composto por lanche, suco, fruta e um doce. Quem quiser doar, pode fazer um PIX até o final deste mês para o CNPJ do CIST: 15.504.776/0001-16

O encontro virtual, que tem como objetivo desenvolver a cultura de gestão de riscos e seguros no Brasil, além de capacitar trabalhadores desses segmentos, conta com apoio da 3S Tecnologia, Buonny Gerenciamento de Riscos; Grupo FOX; Guep Technology e Munich Re; além do apoio institucional da MasContainer.

Os interessados em participar pode fazer sua inscrição gratuita pelo link http://www.cist.org.br/workshop-old/