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Gestão da Crise Hídrica

24, Jun. 2021

Gestão da Crise Hídrica

Por que misturar o uso racional da água com a redução do consumo de energia?

Fonte: Estadão

Há 15 anos, o setor elétrico é submetido a aventuras que o transformou em agregador de subsídios perversos. Cada governo marca sua presença com um desastre. A Medida Provisória (MP) 579 era, até esses dias, o erro mais grosseiro. A MP 1.031, de privatização da Eletrobrás, logo tomará seu lugar.

Vi ontem, pela primeira vez, o apelo do governo, em princípio correto, para o uso racional da energia. Porém, o anúncio ressalta também, ou talvez mais, o uso racional da água. Claro que a água deve ser sempre usada com parcimônia, mas a agência de Brasília não mostra restrições em quaisquer dos seus reservatórios. Mesmo em alguns reservatórios de hidrelétricas, como o de Sobradinho, maior do Brasil, a água não é escassa.

Por que, então, misturar dois problemas, quando o alerta deveria ser apenas para a redução do consumo de energia? Tenho uma resposta. Ao contrário da eletricidade, a escassez de água para uso humano é mais frequente e, daí vem a estratégia, é atribuição do governo de Estados e municípios. Assim, esconde-se a severa escassez de recursos hídricos para a geração de energia em um biombo onde cabe quase tudo.

Essa estratégia, de resultado político duvidoso, desviará as atenções dos consumidores das regiões onde não há limitações no uso da água. E, como o sistema elétrico é interligado, os usuários do Nordeste devem utilizar menos energia para que os excedentes sejam exportados para o Sudeste, única região em que os reservatórios das usinas estão em estado crítico.

Coisa semelhante acontece com o extraordinário aumento da bandeira tarifária. O governo deve dizer diretamente aos brasileiros que a elevação da tarifa só terá algum benefício se o consumo de energia diminuir, o que reduz as chances de cortes compulsórios da carga.

No setor elétrico, até é providencial o tratamento precoce para evitar que a crise se alastre, mas a terapia é ortodoxa, comprovada cientificamente e não admite a negação de fatos. Por enquanto, tudo indica que a bússola escolhida foi desnivelada por um choque ou, quem sabe, por um negacionismo elétrico.

Autor: Edvaldo Santana / Doutor em engenharia de produção, foi diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)

Crise hídrica é fator de risco para crescimento do agro

Segundo o Ipea, PIB do setor para 2021 é revisto de 2,2% para 2,6%.

Fonte: Monitor Mercantil

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou para cima a nova projeção do valor adicionado do setor agropecuário para 2021. Os dados, divulgados hoje, mostram que os pesquisadores revisaram de 2,2% para 2,6% a previsão de crescimento do PIB do setor para este ano, na comparação com 2020, com crescimento de 2,7% para a produção vegetal e 2,5% para a produção animal. O que motivou a revisão para cima foi a melhora no resultado esperado de itens importantes tanto na produção vegetal como animal no ano. Os principais riscos dessa projeção de crescimento estão relacionados à crise hídrica, que pode prejudicar mais do que o previsto a produção vegetal, e ao segmento da pecuária de bovinos, que ainda tem incertezas relativas à oferta e à demanda.

Na produção vegetal, para o qual se projeta crescimento de 2,7% no ano, a queda esperada da produção de importantes culturas, como o café (-21,0%), algodão (-19,7%), milho (-3,9%) e cana de açúcar (-3,1%), não é suficiente para comprometer o bom desempenho geral da agricultura sustentada nas altas da produção de soja (9,4%), do arroz (2,8%) e do trigo (27,9%).

Na produção animal, para a qual se espera alta de 2,5% no ano, há projeção de crescimento da produção de todos os segmentos: bovinos (0,9%), suínos (6,8%), aves (6,5%), leite (3,2%) e ovos (2,3%). Apesar de positivo, o desempenho da carne bovina ficou aquém do esperado, porém compensado pela forte alta de suínos e aves.

A produção de suínos e frangos foi impulsionada pelo aumento do consumo em substituição ao da carne bovina, que permanece com preço elevado e oferta limitada de animais para abate, explicou Pedro Garcia, um dos autores do estudo e pesquisador associado do Ipea.

O levantamento trata ainda dos principais riscos relacionados ao setor. No caso da produção vegetal, a ocorrência de choques climáticos adversos no Centro-Sul e a possibilidade de adoção de medidas restritivas ao uso da água para a lavoura, em função da necessidade de poupar o recurso para a geração de energia hidroelétrica, pode afetar negativamente as estimativas para alguns produtos. No que diz respeito à produção animal, o risco continua sendo uma possível frustração na projeção de crescimento da produção de bovinos, que pode ser impactada por uma recuperação na oferta de animais mais lenta do que o projetado.

O levantamento foi realizado com base nas estimativas do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e em projeções próprias para a pecuária a partir de dados das Pesquisas Trimestrais do Abate, Produção de Ovos de Galinha e Leite.

Eneva Investe em Exploração Petrolífera

A Eneva iniciou a perfuração do poço pioneiro do bloco PN-T-134, chamado 1-ENV-19-MA, na última sexta-feira (18/6), segundo informações publicadas pela ANP na terça-feira (22/6). O bloco terrestre localizado na Bacia do Parnaíba, que foi arrematado na 14ª Rodada de Licitações, possui primeiro período exploratório com término previsto para 31 de janeiro de 2024.

O PN-T-134 foi arrematado junto com outros quatro blocos na mesma rodada: PN-T-117, PN-T-118, PN-T-119 e PN-T-133, que não possuem poços perfurados até o momento. À época do leilão, a Eneva afirmou que pretendia replicar o modelo gas-to-wire nos cinco blocos arrematados.

O portfólio da Eneva é composto por 17 blocos exploratórios, cinco campos produtores (Gavião Real, Gavião Vermelho, Gavião Branco, Gavião Caboclo e Gavião Azul) e quatro em desenvolvimento (Gavião Preto, Gavião Branco Norte, Gavião Tesoura e Gavião Carijó) no Maranhão, além do campo de Azulão, na Bacia do Amazonas.

No 2º Ciclo da Oferta Permanente, realizado em dezembro de 2020, a companhia adquiriu sete blocos, nas bacias do Paraná e Amazonas, e a acumulação marginal de Juruá, em Solimões. Recentemente, a companhia apresentou a declaração de comercialidade da acumulação Fortuna, no bloco PN-T-102A.

Fonte: Revista Brasil Energia

É HORA DE CRIATIVIDADE

A SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) está firmemente disposta a desregulamentar o setor de seguros. Segundo ela, a razão para isso é aumentar a concorrência e a oferta de produtos, em benefício do segurado.18 de Junho de 2021

A SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) está firmemente disposta a desregulamentar o setor de seguros. Segundo ela, a razão para isso é aumentar a concorrência e a oferta de produtos, em benefício do segurado. A ideia merece todos os aplausos. O setor de seguros necessita de uma liberdade que ainda não lhe foi dada para entregar para a sociedade as garantias de proteção que ela precisa e que hoje não só não tem, como, às vezes, quando tem, um belo dia tiram.

Por exemplo, durante mais de 20 anos minha casa teve seguro contra enchente, o que faz todo o sentido, na medida em que está localizada em região que, no passado, foi vítima do fenômeno. Um belo dia, numa renovação, a seguradora informou que não faria mais a cobertura contra enchente, independentemente de, em mais e 20 anos, nunca ter acontecido um sinistro.

Se pensarmos que os riscos que ameaçam o patrimônio são os que necessitam ser segurados, não faz sentido uma seguradora, apesar de uma experiência positiva de mais de 20 anos, revogar uma garantia. E é isso que a liberdade que a SUSEP promete oferece como dado novo para o setor. Daqui para a frente, as seguradoras, em tese, podem atuar da forma que julgarem mais eficiente, pelo preço mais competitivo e quem ganha com isso é o segurado, que passa a ter uma gama de garantias até então inéditas para cobrir seus riscos.

A SUSEP tem sido prolixa e inovadora na forma de conduzir a matéria. De sandbox a open Insurance, o céu é o limite, muito embora o que isso queira efetivamente dizer ainda não esteja muito claro. Como diz o ditado, é para frente que se anda e, de uma forma ou de outra, a autarquia está fazendo isso, com todos as consequências advindas de sua nova postura.

Há correções a serem feitas? Com certeza, da mesma forma que há pontos que precisam ser mais conhecidos e outros cujos parâmetros precisam ser um pouco mais esticados. Mas há também excessos que necessitam ser contidos. Seguros que não podem voar baixo, completamente livres, sob risco de deixarem os segurados, na prática, sem cobertura na hora do sinistro, ou justamente na hora em que mais precisam do seguro.

Se viver fosse fácil, Adão e Eva não tinham sido expulsos do Paraíso. Com a atividade seguradora é a mesma coisa. Não há dúvida de que o setor deve poder correr mais solto, da mesma forma que não há dúvida que intervenção do Estado é fundamental para balizar a atividade, dar os limites e impor as condições mínimas de funcionamento de todas as partes envolvidas.

A relação de seguro é uma relação de adesão. O segurado adere, obrigatoriamente, às condições oferecidas pelas seguradoras. Dependendo dessas condições, o negócio pode se tornar desbalanceado e é isto que cabe ao Estado fiscalizar, da mesma forma que compete a ele verificar a solvência e a capacidade operacional das seguradoras.

Estes parâmetros estando claros, poucas vezes o setor teve a facilidade e a liberdade para desenvolver produtos de seguros das mais variadas naturezas e preços para oferecer aos segurados potenciais.

Se algum momento foi a hora de correr solto, ocupando espaço com novas soluções para riscos de todas as naturezas, este momento é agora. A sociedade passa por uma transformação importante, inclusive com a mudança da matriz energética nos próximos anos.

Além disso, a pandemia do coronavírus vai abrir o mundo para realidades desconhecidas, fruto das dificuldades experimentadas pela humanidade para lidar com o problema. As formas de trabalho, as relações de emprego e colaboração profissional serão diretamente afetadas, assim como as formas de produção, a capacidade industrial, o setor de serviços, as formas de comércio e, principalmente, o dia a dia das pessoas.

Mais do que nunca, é hora de exercer a criatividade para desenvolver os produtos que serão as demandas de amanhã. Com certeza, muito do que é oferecido para a sociedade vai perder a razão de ser, pelo menos da forma como é apresentado. Os que se prepararem para o novo cenário entrarão nele com outra velocidade e, consequentemente, com outra capacidade de fechar novos negócios.

Fonte: Sindseg / Autor: Antonio Penteado Mendonça

Exigência de garantias em operações marítimos-portuárias é discussão urgente

Acidente ocorrido no último fim de semana, no Porto de Santos, foi controlado. Mas escancara riscos para centenas de outras empresas do setor portuário e suas instalações

Fonte: Sonho Seguro / Autor: Rafael Ferreira, sócio da Advocacia Ruy de Mello Miller (RMM), especializado em Direito Marítimo, Portuário e Aduaneiro

O navio de contêineres CAP SAN ANTONIO não só atingiu um atracadouro de balsas que fazem a travessia Santos-Guarujá durante a manobra de saída do Porto de Santos, como também evidenciou a importância de se discutir o acesso a garantias por parte das empresas que realizam operações de transporte marítimo de cargas em portos brasileiros.

As causas do acidente ocorrido no último fim de semana serão investigadas pela Capitania dos Portos de São Paulo. Mas casos como este escancaram o alto risco ao qual as empresas que exploram terminais portuários em todo o Brasil se sujeitam diariamente, principalmente quanto às instalações e equipamentos utilizados para operações de embarque e desembarque de cargas.

No referido acidente, o navio envolvido é explorado pela gigante MAERSK LINE, maior armador de contêineres do mundo, com diversas rotas fixas para o Brasil, e que possui frota e recursos suficientes para garantir eventuais despesas e prejuízos que possam ser a ela atribuídos em razão do ocorrido, inclusive lucros cessantes.

Entretanto, os portos brasileiros recebem diariamente centenas de navios explorados por empresas que não se encontram na mesma situação. Muitas delas são armadoras de uma única embarcação, sem rotas fixas, sediadas em paraísos fiscais, sem estrutura financeira razoável e, portanto, sem condições de arcar com todas as consequências de um eventual acidente de maior proporção.

Além de questões ambientais e de proteção à vida e integridade física de pessoas, os potenciais prejuízos econômicos não se resumem aos danos diretos causados às instalações portuárias e outras embarcações, mas principalmente aos prejuízos decorrentes de uma possível paralisação da atividade em determinado terminal portuário e suas consequências.

Um terminal portuário que opera graneis sólidos para a exportação, por exemplo, não poderia ficar um único dia sem realizar suas atividades de embarque de mercadorias em navios, sob pena de verificar o surgimento de filas de trens e caminhões que abasteceriam os armazéns com mercadorias, o aumento dos custos fixos com taxas/tarifas, armazenagens portuárias adicionais e fila de embarcações aguardando para operar, causando altos custos de sobre-estadia (demurrage) de navios.

Não se pode deixar de incluir nesse cenário o fato de que a economia brasileira gira em torno das exportações de commodities e que a conclusão de tais negócios depende diretamente do bom funcionamento dos portos.

Logo, em um momento que se busca maior efetividade nas operações portuárias e maior movimento de navios nos portos brasileiros, é papel das autoridades competentes a discussão sobre medidas aptas a mitigar tais riscos, como a exigência de garantias a serem fornecidas por armadoras estrangeiras, suas seguradoras e/ou Clubes P&I para a realização de operações marítimo-portuárias no Brasil.

No caso do setor de transporte marítimo de cargas, o seguro de responsabilidade civil por perdas e danos é, em regra, oferecido por clubes de proteção e indenização (P&I Clubs / Protection and Indemnity Clubs), que são associações de seguro mútuo mantidas pelos próprios armadores membros. E já são os Clubes P&I que, no dia-a-dia do setor marítimo, oferecem garantias a eventuais acidentes nos portos brasileiros, como fianças nos casos de arresto de embarcações, além de cuidar de todos os aspectos práticos para os armadores, como vistorias, inspeções, assistência jurídica, entre outros.

Sendo assim, uma vez que os referidos Clubes P&I já vivenciam experiências em que precisam garantir danos ocorridos em acidentes que envolvem seus associados por todo o mundo, é razoável que se discuta, com urgência, a possibilidade do oferecimento de garantias prévias às operações dos navios nos portos brasileiros por parte dos Clubes P&I. Principalmente para os armadores que não possuem estrutura financeira compatível com o risco proporcionado por sua atividade e que, se envolvidos em eventual acidente em portos brasileiros, podem nunca mais voltar ao país.

A questão está longe de ser simples e as possibilidades de execução de tais garantias são diversas. Todavia, é preciso levar com urgência casos como o ocorrido no último fim de semana às mesas de discussão que tratem do desenvolvimento e, principalmente, da segurança dos portos brasileiros.

Câmara aprova MP que eleva tributos de seguradoras e bancos para permitir subsídio a diesel

A Câmara seguiu o parecer do relator, deputado Moses Rodrigues, que rejeitou as emendas propostas pelo Senado

Fonte: InfoMoney

A Câmara dos Deputados concluiu a votação da Medida Provisória 1.034, que aumenta temporariamente a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em 5 pontos percentuais para as instituições financeiras.

A Câmara seguiu o parecer do relator, deputado Moses Rodrigues, que rejeitou as emendas propostas pelo Senado, que previam a exclusão do aumento da CSLL para agência de fomento e aos bancos de desenvolvimentos dos estados, a supressão do limite de valor de automóveis adaptados para pessoas com deficiência (PCDs) e o prazo de oito anos para a extinção gradual do Regime Especial da Indústria Química (Reiq).

Com isso, fica mantido o texto aprovado inicialmente pela Câmara. A MP eleva de 20% para 25% a CSLL para bancos entre 1º de julho e 31 de dezembro de 2021.

Empresas de seguros privados, capitalização, cooperativas de crédito, entre outras, também pagarão mais: as alíquotas passam de 15% para 20%.

As compensações via aumento de tributos e cortes de incentivos são necessárias porque o presidente Jair Bolsonaro, em um aceno aos caminhoneiros, zerou as alíquotas de PIS/Cofins sobre o diesel por dois meses e sobre o gás de cozinha de forma permanente, para dar uma resposta aos sucessivos reajustes que o combustível vinha tendo na esteira da valorização do dólar e do preço do petróleo no mercado internacional.

A política de preços da Petrobras (PETR3;PETR4) inclusive levou Bolsonaro a demitir o presidente da companhia, Roberto Castello Branco, indicando o general da reserva Joaquim Silva e Luna para o posto. No total, para zerar o PIS/Cofins sobre diesel e gás de cozinha, o governo abriu mão de R$ 3,7 bilhões em arrecadação, de acordo com a Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado.

Além disso, a proposta eleva de R$ 70 mil para R$ 140 mil o valor máximo do veículo que pode ser adquirido com isenção do IPI por pessoas com deficiência e estabeleceu em três anos o prazo mínimo para reutilização desse benefício fiscal.

O texto aprovado pela Câmara será enviado nos próximos dias à sanção do presidente Jair Bolsonaro no prazo de 15 dias.

Indústria química

O fim dos incentivos tributários para a indústria química e petroquímica será de quatro anos.

As alíquotas atuais, de 1% de PIS e de 4,6% de Cofins continuam até junho de 2021. De julho a dezembro, ficarão em 1,13% e 5,2% respectivamente.

Para 2022 as alíquotas serão de 1,26% para o PIS e de 5,8% para a Cofins, subindo, em 2023, para 1,39% e 6,4% respectivamente. Por fim, em 2024 o PIS será de 1,52% e a Cofins de 7%.

A partir de 2025, elas voltam aos patamares normais de 1,65% para o PIS e de 7,6% para a Cofins. Um regulamento fixará como poderão ser compensados com outros tributos os créditos obtidos por meio do regime especial até 2024.

Pessoas com deficiência

Quanto aos carros novos comprados por pessoas com deficiência com redução do IPI, a MP limitava o valor do automóvel a R$ 70 mil, incluídos os tributos, mas o texto aprovado aumenta para R$ 140 mil. A restrição vale até 31 de dezembro de 2021. Outra mudança incluída pelo relator permite o uso do desconto pelas pessoas com deficiência auditiva.

Além disso, daqui em diante o benefício só poderá ser usado a cada três anos, e não mais a cada dois anos, como era na Lei 8.989/95. Essas regras têm vigência imediata.

Loterias

Um dos temas incluídos pelo relator no texto é a mudança da repartição do que for arrecadado pela loteria conhecida como apostas esportivas. Nesse tipo de loteria, classificada como quota fixa, o apostador tenta prever o resultado de eventos reais esportivos (placar, número de cartões, quem fará o primeiro gol etc) em jogos de futebol, sabendo de antemão quanto poderá ganhar em caso de acerto.

A experiência da Europa mostra que é melhor adotar, como base o lucro bruto do operador, propiciando fluxos estáveis de receitas públicas e de prêmios e fazendo com que os apostadores utilizem os serviços dos operadores locais, afirmou o relator.

Distribuição

Assim, em vez dos percentuais da arrecadação bruta definidos em lei, Moses Rodrigues propõe que do total arrecadado sairão primeiramente os prêmios, sem fixar montante, o valor do imposto de renda incidente (30%) e a parcela da seguridade social (0,10% para apostas em meio físico e 0,05% para aquelas em meio virtual).

Atualmente, a arrecadação bruta é dividida primeiramente entre prêmios, operador da loteria, Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), seguridade social, clubes que tiverem cedido seus símbolos para o certame e escolas que alcançaram metas de desempenho em exames nacionais,

Com a nova regra, do que sobrar da primeira repartição, 0,82% ficarão com as escolas, 2,55% para o FNSP, 1,63% para os clubes e 95% para os operadores da loteria, que deve ser licitada para exploração pelo setor privado.

Lavagem de dinheiro

Paralelamente, o texto especifica que estarão sujeitas a controle de movimentação financeira as sociedades que realizem exploração de loterias de qualquer tipo com pagamento de prêmios em dinheiro ou em bens imóveis.

Esse controle é feito pelos bancos e outras instituições financeiras, que devem enviar relatórios à Unidade de Inteligência Financeira (UIF) do Banco Central.

Zona Franca

Moses Rodrigues também fez mudanças na tributação de combustíveis e derivados na Zona Franca de Manaus (ZFM). Atualmente, a legislação considera exportação, com isenção de tributos, a venda feita por produtores localizados em outros locais do País para a ZFM.

O texto do relator propõe que essa isenção não será aplicada no caso de venda de petróleo, lubrificantes ou combustíveis líquidos ou gasosos derivados de petróleo.

Da mesma forma, os produtores localizados nessa zona não contarão com isenção do imposto de importação para esses produtos, seja para consumo interno ou para o processo produtivo que resulte na sua reexportação.

As novas regras valerão depois de 90 dias da publicação da futura lei.

U$600 de desconto na inscrição do maior evento de inovação em seguros do mundo é até amanhã, 25

Fonte: CQCS

Amanhã, 25, é o último dia para quem deseja aproveitar a promoção de U$600 de desconto na inscrição do Insuretech Connect 2021, que acontecerá nos dias 4 e 6 de outubro, em Las Vegas. O encontro promete ser maior que suas outras edições, pois acontecerá no Mandalay Bay, que possui capacidade para receber 10 mil pessoas.

Para quem comprar o ingresso até amanhã, o valor será de U$ 895; U$ 1095 até 17 de setembro; e U$ 1295 até o dia 03 de outubro. Além disso, aqueles que comprarem o ingresso e, por questões relacionadas à pandemia, não puderem comparecer, podem ter seu dinheiro de volta.

As inscrições podem ser feitas através do site https://partner.insuretechconnect.com/2021-CQCS 

Para mais informações contatar através do e-mail: alexandrina@qerus.com.br 

Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:

Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2021/05/edicao-265/

Revista Cobertura:  https://www.revistacobertura.com.br/revistas/revista-cobertura/revista-cobertura-edicao-231/#2

Revista Segurador Brasil: https://issuu.com/revistaseguradorbrasil/docs/segurador_166_

Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2021/06/14/mercados-de-vida-e-previdencia-apresentam-crescimento/

Revista Insurance Corp: http://insurancecorp.com.br/pt/content/pdf/ic_ed35_2021.pdf

Caderno de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-916.html

Revista Brasil Energia: https://editorabrasilenergia.com.br/wp-content/uploads/sites/1/flips/129726/Bia469v3/2/index.html

Participe do Evento Daryus, On Security

Apoio exclusivo da ABGR. Faça sua inscrição: https://vrlps.co/394kPAV/cp

CIST realizará webinar sobre investimentos na malha ferroviária e seus impactos na matriz logística

Depois de anos sem muitas novidades, o setor ferroviário parece estar voltando aos trilhos. Enquanto o país ainda aguarda a aprovação pelo Congresso de um novo regime de operação das ferrovias, algumas iniciativas começam a movimentar o mercado.

O governo de Minas Gerais, por exemplo, assinou recentemente um decreto para transferir à iniciativa privada a administração de 19 ferrovias do estado, o que deve atrair R$ 26,7 bilhões de investimento. Já a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), entre os estados de Mato Grosso e Goiás, está recebendo aporte de R$ 4 bilhões e se integrará à Ferrovia Norte-Sul.

Atento a essas e outras iniciativas, o Clube Internacional de Seguros de Transportes (CIST) irá promover na próxima quinta-feira (24.06), às 17h, um webinar gratuito sobre os investimentos na malha ferroviária e seus impactos na matriz logística brasileira.

O palestrante será Edeon Vaz Ferreira, diretor executivo do Movimento Pró Logística; enquanto os debatedores serão Anderson Abreu Santana dos Santos, gerente geral de Relacionamento Institucional e Governamental da VLI Logística; Sérgio Dias, diretor de Resseguros do CIST; Alfredo Chaia e Paulo Alves, presidente e vice-presidente do CIST, respectivamente.

A organização também aproveitará o evento online para promover mais uma ação social, desta vez para arrecadar doações para a campanha Lanche Solidário. A iniciativa visa alimentar milhares de crianças que, por não estarem na escola por conta da pandemia, não estão recebendo todas as refeições.

Para ajudar a resolver esse problema, entidades como o Cantinho da Tia Lourdes e a ONG Amar Mais recebem doações no valor de R$ 9 (nove reais) e entregam às crianças um kit composto por lanche, suco, fruta e um doce. Quem quiser doar, pode fazer um PIX até o final deste mês para o CNPJ do CIST: 15.504.776/0001-16

O encontro virtual, que tem como objetivo desenvolver a cultura de gestão de riscos e seguros no Brasil, além de capacitar trabalhadores desses segmentos, conta com apoio da 3S Tecnologia, Buonny Gerenciamento de Riscos; Grupo FOX; Guep Technology e Munich Re; além do apoio institucional da MasContainer.

Os interessados em participar pode fazer sua inscrição gratuita pelo link http://www.cist.org.br/workshop-old/