Gestão da Crise Hídrica
24, Jun. 2021
Gestão da Crise Hídrica
Por que misturar o uso racional da água com a redução do
consumo de energia?
Fonte: Estadão
Há 15 anos, o setor elétrico é submetido a aventuras que
o transformou em agregador de subsídios perversos. Cada governo marca sua
presença com um desastre. A Medida Provisória (MP) 579 era, até esses dias, o
erro mais grosseiro. A MP 1.031, de privatização da Eletrobrás, logo
tomará seu lugar.
Vi ontem, pela primeira vez, o apelo do governo, em
princípio correto, para o uso racional da energia. Porém, o anúncio ressalta
também, ou talvez mais, o uso racional da água. Claro que a água deve ser
sempre usada com parcimônia, mas a agência de Brasília não mostra restrições em
quaisquer dos seus reservatórios. Mesmo em alguns reservatórios de
hidrelétricas, como o de Sobradinho, maior do Brasil, a água não é escassa.
Por que, então, misturar dois problemas, quando o alerta
deveria ser apenas para a redução do consumo de energia? Tenho uma resposta. Ao
contrário da eletricidade, a escassez de água para uso humano é mais frequente
e, daí vem a estratégia, é atribuição do governo de Estados e municípios.
Assim, esconde-se a severa escassez de recursos hídricos para a geração de
energia em um biombo onde cabe quase tudo.
Essa estratégia, de resultado político duvidoso, desviará
as atenções dos consumidores das regiões onde não há limitações no uso da água.
E, como o sistema elétrico é interligado, os usuários do Nordeste devem
utilizar menos energia para que os excedentes sejam exportados para o Sudeste,
única região em que os reservatórios das usinas estão em estado crítico.
Coisa semelhante acontece com o extraordinário aumento da
bandeira tarifária. O governo deve dizer diretamente aos brasileiros que a
elevação da tarifa só terá algum benefício se o consumo de energia diminuir, o
que reduz as chances de cortes compulsórios da carga.
No setor elétrico, até é providencial o tratamento
precoce para evitar que a crise se alastre, mas a terapia é ortodoxa,
comprovada cientificamente e não admite a negação de fatos. Por enquanto, tudo
indica que a bússola escolhida foi desnivelada por um choque ou, quem sabe, por
um negacionismo elétrico.
Autor: Edvaldo Santana / Doutor em engenharia de
produção, foi diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)
Crise hídrica é fator de risco para crescimento do agro
Segundo o Ipea, PIB do setor para 2021 é revisto de 2,2%
para 2,6%.
Fonte: Monitor Mercantil
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou
para cima a nova projeção do valor adicionado do setor agropecuário para 2021.
Os dados, divulgados hoje, mostram que os pesquisadores revisaram de 2,2% para
2,6% a previsão de crescimento do PIB do setor para este ano, na comparação com
2020, com crescimento de 2,7% para a produção vegetal e 2,5% para a produção
animal. O que motivou a revisão para cima foi a melhora no resultado esperado
de itens importantes tanto na produção vegetal como animal no ano. Os
principais riscos dessa projeção de crescimento estão relacionados à crise
hídrica, que pode prejudicar mais do que o previsto a produção vegetal, e ao
segmento da pecuária de bovinos, que ainda tem incertezas relativas à oferta e
à demanda.
Na produção vegetal, para o qual se projeta crescimento
de 2,7% no ano, a queda esperada da produção de importantes culturas, como o
café (-21,0%), algodão (-19,7%), milho (-3,9%) e cana de açúcar (-3,1%), não é
suficiente para comprometer o bom desempenho geral da agricultura sustentada
nas altas da produção de soja (9,4%), do arroz (2,8%) e do trigo (27,9%).
Na produção animal, para a qual se espera alta de 2,5% no
ano, há projeção de crescimento da produção de todos os segmentos: bovinos
(0,9%), suínos (6,8%), aves (6,5%), leite (3,2%) e ovos (2,3%). Apesar de
positivo, o desempenho da carne bovina ficou aquém do esperado, porém
compensado pela forte alta de suínos e aves.
A produção de suínos e frangos foi impulsionada pelo
aumento do consumo em substituição ao da carne bovina, que permanece com preço
elevado e oferta limitada de animais para abate, explicou Pedro Garcia, um dos
autores do estudo e pesquisador associado do Ipea.
O levantamento trata ainda dos principais riscos
relacionados ao setor. No caso da produção vegetal, a ocorrência de choques
climáticos adversos no Centro-Sul e a possibilidade de adoção de medidas
restritivas ao uso da água para a lavoura, em função da necessidade de poupar o
recurso para a geração de energia hidroelétrica, pode afetar negativamente as
estimativas para alguns produtos. No que diz respeito à produção animal, o
risco continua sendo uma possível frustração na projeção de crescimento da
produção de bovinos, que pode ser impactada por uma recuperação na oferta de
animais mais lenta do que o projetado.
O levantamento foi realizado com base nas estimativas do
Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), e em projeções próprias para a pecuária a
partir de dados das Pesquisas Trimestrais do Abate, Produção de Ovos de Galinha
e Leite.
Eneva Investe em Exploração Petrolífera
A Eneva iniciou a perfuração do poço pioneiro do bloco
PN-T-134, chamado 1-ENV-19-MA, na última sexta-feira (18/6), segundo
informações publicadas pela ANP na terça-feira (22/6). O bloco terrestre localizado
na Bacia do Parnaíba, que foi arrematado na 14ª Rodada de Licitações, possui
primeiro período exploratório com término previsto para 31 de janeiro de 2024.
O PN-T-134 foi arrematado junto com outros quatro blocos
na mesma rodada: PN-T-117, PN-T-118, PN-T-119 e PN-T-133, que não possuem poços
perfurados até o momento. À época do leilão, a Eneva afirmou que pretendia
replicar o modelo gas-to-wire nos cinco blocos arrematados.
O portfólio da Eneva é composto por 17 blocos
exploratórios, cinco campos produtores (Gavião Real, Gavião Vermelho, Gavião
Branco, Gavião Caboclo e Gavião Azul) e quatro em desenvolvimento (Gavião
Preto, Gavião Branco Norte, Gavião Tesoura e Gavião Carijó) no Maranhão, além
do campo de Azulão, na Bacia do Amazonas.
No 2º Ciclo da Oferta Permanente, realizado em dezembro
de 2020, a companhia adquiriu sete blocos, nas bacias do Paraná e Amazonas, e a
acumulação marginal de Juruá, em Solimões. Recentemente, a companhia apresentou
a declaração de comercialidade da acumulação Fortuna, no bloco PN-T-102A.
Fonte: Revista Brasil Energia
É HORA DE CRIATIVIDADE
A SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) está
firmemente disposta a desregulamentar o setor de seguros. Segundo ela, a razão
para isso é aumentar a concorrência e a oferta de produtos, em benefício do
segurado.18 de Junho de 2021
A SUSEP (Superintendência de Seguros Privados) está
firmemente disposta a desregulamentar o setor de seguros. Segundo ela, a razão
para isso é aumentar a concorrência e a oferta de produtos, em benefício do
segurado. A ideia merece todos os aplausos. O setor de seguros necessita de uma
liberdade que ainda não lhe foi dada para entregar para a sociedade as garantias
de proteção que ela precisa e que hoje não só não tem, como, às vezes, quando
tem, um belo dia tiram.
Por exemplo, durante mais de 20 anos minha casa teve
seguro contra enchente, o que faz todo o sentido, na medida em que está
localizada em região que, no passado, foi vítima do fenômeno. Um belo dia, numa
renovação, a seguradora informou que não faria mais a cobertura contra
enchente, independentemente de, em mais e 20 anos, nunca ter acontecido um
sinistro.
Se pensarmos que os riscos que ameaçam o patrimônio são
os que necessitam ser segurados, não faz sentido uma seguradora, apesar de uma
experiência positiva de mais de 20 anos, revogar uma garantia. E é isso que a
liberdade que a SUSEP promete oferece como dado novo para o setor. Daqui para a
frente, as seguradoras, em tese, podem atuar da forma que julgarem mais
eficiente, pelo preço mais competitivo e quem ganha com isso é o segurado, que
passa a ter uma gama de garantias até então inéditas para cobrir seus riscos.
A SUSEP tem sido prolixa e inovadora na forma de conduzir
a matéria. De sandbox a open Insurance, o céu é o limite, muito embora o que
isso queira efetivamente dizer ainda não esteja muito claro. Como diz o ditado,
é para frente que se anda e, de uma forma ou de outra, a autarquia está fazendo
isso, com todos as consequências advindas de sua nova postura.
Há correções a serem feitas? Com certeza, da mesma forma
que há pontos que precisam ser mais conhecidos e outros cujos parâmetros
precisam ser um pouco mais esticados. Mas há também excessos que necessitam ser
contidos. Seguros que não podem voar baixo, completamente livres, sob risco de
deixarem os segurados, na prática, sem cobertura na hora do sinistro, ou
justamente na hora em que mais precisam do seguro.
Se viver fosse fácil, Adão e Eva não tinham sido expulsos
do Paraíso. Com a atividade seguradora é a mesma coisa. Não há dúvida de que o
setor deve poder correr mais solto, da mesma forma que não há dúvida que
intervenção do Estado é fundamental para balizar a atividade, dar os limites e impor
as condições mínimas de funcionamento de todas as partes envolvidas.
A relação de seguro é uma relação de adesão. O segurado
adere, obrigatoriamente, às condições oferecidas pelas seguradoras. Dependendo
dessas condições, o negócio pode se tornar desbalanceado e é isto que cabe ao
Estado fiscalizar, da mesma forma que compete a ele verificar a solvência e a
capacidade operacional das seguradoras.
Estes parâmetros estando claros, poucas vezes o setor
teve a facilidade e a liberdade para desenvolver produtos de seguros das mais
variadas naturezas e preços para oferecer aos segurados potenciais.
Se algum momento foi a hora de correr solto, ocupando
espaço com novas soluções para riscos de todas as naturezas, este momento é
agora. A sociedade passa por uma transformação importante, inclusive com a
mudança da matriz energética nos próximos anos.
Além disso, a pandemia do coronavírus vai abrir o mundo
para realidades desconhecidas, fruto das dificuldades experimentadas pela
humanidade para lidar com o problema. As formas de trabalho, as relações de
emprego e colaboração profissional serão diretamente afetadas, assim como as
formas de produção, a capacidade industrial, o setor de serviços, as formas de
comércio e, principalmente, o dia a dia das pessoas.
Mais do que nunca, é hora de exercer a criatividade para
desenvolver os produtos que serão as demandas de amanhã. Com certeza, muito do
que é oferecido para a sociedade vai perder a razão de ser, pelo menos da forma
como é apresentado. Os que se prepararem para o novo cenário entrarão nele com
outra velocidade e, consequentemente, com outra capacidade de fechar novos
negócios.
Fonte: Sindseg / Autor: Antonio Penteado Mendonça
Exigência de garantias em operações marítimos-portuárias
é discussão urgente
Acidente ocorrido no último fim de semana, no Porto de
Santos, foi controlado. Mas escancara riscos para centenas de outras empresas
do setor portuário e suas instalações
Fonte: Sonho Seguro / Autor: Rafael Ferreira, sócio da
Advocacia Ruy de Mello Miller (RMM), especializado em Direito Marítimo,
Portuário e Aduaneiro
O navio de contêineres CAP SAN ANTONIO não só atingiu um
atracadouro de balsas que fazem a travessia Santos-Guarujá durante a manobra de
saída do Porto de Santos, como também evidenciou a importância de se discutir o
acesso a garantias por parte das empresas que realizam operações de transporte
marítimo de cargas em portos brasileiros.
As causas do acidente ocorrido no último fim de semana
serão investigadas pela Capitania dos Portos de São Paulo. Mas casos como este
escancaram o alto risco ao qual as empresas que exploram terminais portuários
em todo o Brasil se sujeitam diariamente, principalmente quanto às instalações
e equipamentos utilizados para operações de embarque e desembarque de cargas.
No referido acidente, o navio envolvido é explorado pela
gigante MAERSK LINE, maior armador de contêineres do mundo, com diversas rotas
fixas para o Brasil, e que possui frota e recursos suficientes para garantir
eventuais despesas e prejuízos que possam ser a ela atribuídos em razão do
ocorrido, inclusive lucros cessantes.
Entretanto, os portos brasileiros recebem diariamente
centenas de navios explorados por empresas que não se encontram na mesma
situação. Muitas delas são armadoras de uma única embarcação, sem rotas fixas,
sediadas em paraísos fiscais, sem estrutura financeira razoável e, portanto,
sem condições de arcar com todas as consequências de um eventual acidente de
maior proporção.
Além de questões ambientais e de proteção à vida e
integridade física de pessoas, os potenciais prejuízos econômicos não se
resumem aos danos diretos causados às instalações portuárias e outras
embarcações, mas principalmente aos prejuízos decorrentes de uma possível
paralisação da atividade em determinado terminal portuário e suas
consequências.
Um terminal portuário que opera graneis sólidos para a
exportação, por exemplo, não poderia ficar um único dia sem realizar suas
atividades de embarque de mercadorias em navios, sob pena de verificar o
surgimento de filas de trens e caminhões que abasteceriam os armazéns com
mercadorias, o aumento dos custos fixos com taxas/tarifas, armazenagens
portuárias adicionais e fila de embarcações aguardando para operar, causando
altos custos de sobre-estadia (demurrage) de navios.
Não se pode deixar de incluir nesse cenário o fato de que
a economia brasileira gira em torno das exportações de commodities e que a
conclusão de tais negócios depende diretamente do bom funcionamento dos portos.
Logo, em um momento que se busca maior efetividade nas
operações portuárias e maior movimento de navios nos portos brasileiros, é
papel das autoridades competentes a discussão sobre medidas aptas a mitigar
tais riscos, como a exigência de garantias a serem fornecidas por armadoras
estrangeiras, suas seguradoras e/ou Clubes P&I para a realização de
operações marítimo-portuárias no Brasil.
No caso do setor de transporte marítimo de cargas, o
seguro de responsabilidade civil por perdas e danos é, em regra, oferecido por
clubes de proteção e indenização (P&I Clubs / Protection and Indemnity
Clubs), que são associações de seguro mútuo mantidas pelos próprios armadores
membros. E já são os Clubes P&I que, no dia-a-dia do setor marítimo,
oferecem garantias a eventuais acidentes nos portos brasileiros, como fianças
nos casos de arresto de embarcações, além de cuidar de todos os aspectos
práticos para os armadores, como vistorias, inspeções, assistência jurídica,
entre outros.
Sendo assim, uma vez que os referidos Clubes P&I já
vivenciam experiências em que precisam garantir danos ocorridos em acidentes
que envolvem seus associados por todo o mundo, é razoável que se discuta, com
urgência, a possibilidade do oferecimento de garantias prévias às operações dos
navios nos portos brasileiros por parte dos Clubes P&I. Principalmente para
os armadores que não possuem estrutura financeira compatível com o risco
proporcionado por sua atividade e que, se envolvidos em eventual acidente em
portos brasileiros, podem nunca mais voltar ao país.
A questão está longe de ser simples e as possibilidades de execução de tais garantias são diversas. Todavia, é preciso levar com urgência casos como o ocorrido no último fim de semana às mesas de discussão que tratem do desenvolvimento e, principalmente, da segurança dos portos brasileiros.
Câmara aprova MP que eleva tributos de seguradoras e
bancos para permitir subsídio a diesel
A Câmara seguiu o parecer do relator, deputado Moses
Rodrigues, que rejeitou as emendas propostas pelo Senado
Fonte: InfoMoney
A Câmara dos Deputados concluiu a votação da Medida
Provisória 1.034, que aumenta temporariamente a alíquota da Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido (CSLL) em 5 pontos percentuais para as instituições
financeiras.
A Câmara seguiu o parecer do relator, deputado Moses
Rodrigues, que rejeitou as emendas propostas pelo Senado, que previam a
exclusão do aumento da CSLL para agência de fomento e aos bancos de
desenvolvimentos dos estados, a supressão do limite de valor de automóveis
adaptados para pessoas com deficiência (PCDs) e o prazo de oito anos para a
extinção gradual do Regime Especial da Indústria Química (Reiq).
Com isso, fica mantido o texto aprovado inicialmente pela
Câmara. A MP eleva de 20% para 25% a CSLL para bancos entre 1º de julho e 31 de
dezembro de 2021.
Empresas de seguros privados, capitalização, cooperativas
de crédito, entre outras, também pagarão mais: as alíquotas passam de 15% para
20%.
As compensações via aumento de tributos e cortes de
incentivos são necessárias porque o presidente Jair Bolsonaro, em um aceno aos
caminhoneiros, zerou as alíquotas de PIS/Cofins sobre o diesel por dois meses e
sobre o gás de cozinha de forma permanente, para dar uma resposta aos
sucessivos reajustes que o combustível vinha tendo na esteira da valorização do
dólar e do preço do petróleo no mercado internacional.
A política de preços da Petrobras (PETR3;PETR4) inclusive
levou Bolsonaro a demitir o presidente da companhia, Roberto Castello Branco,
indicando o general da reserva Joaquim Silva e Luna para o posto. No total,
para zerar o PIS/Cofins sobre diesel e gás de cozinha, o governo abriu mão de
R$ 3,7 bilhões em arrecadação, de acordo com a Instituição Fiscal Independente
(IFI) do Senado.
Além disso, a proposta eleva de R$ 70 mil para R$ 140 mil
o valor máximo do veículo que pode ser adquirido com isenção do IPI por pessoas
com deficiência e estabeleceu em três anos o prazo mínimo para reutilização
desse benefício fiscal.
O texto aprovado pela Câmara será enviado nos próximos
dias à sanção do presidente Jair Bolsonaro no prazo de 15 dias.
Indústria química
O fim dos incentivos tributários para a indústria química
e petroquímica será de quatro anos.
As alíquotas atuais, de 1% de PIS e de 4,6% de Cofins
continuam até junho de 2021. De julho a dezembro, ficarão em 1,13% e 5,2%
respectivamente.
Para 2022 as alíquotas serão de 1,26% para o PIS e de
5,8% para a Cofins, subindo, em 2023, para 1,39% e 6,4% respectivamente. Por
fim, em 2024 o PIS será de 1,52% e a Cofins de 7%.
A partir de 2025, elas voltam aos patamares normais de
1,65% para o PIS e de 7,6% para a Cofins. Um regulamento fixará como poderão
ser compensados com outros tributos os créditos obtidos por meio do regime
especial até 2024.
Pessoas com deficiência
Quanto aos carros novos comprados por pessoas com
deficiência com redução do IPI, a MP limitava o valor do automóvel a R$ 70 mil,
incluídos os tributos, mas o texto aprovado aumenta para R$ 140 mil. A
restrição vale até 31 de dezembro de 2021. Outra mudança incluída pelo relator
permite o uso do desconto pelas pessoas com deficiência auditiva.
Além disso, daqui em diante o benefício só poderá ser
usado a cada três anos, e não mais a cada dois anos, como era na Lei 8.989/95.
Essas regras têm vigência imediata.
Loterias
Um dos temas incluídos pelo relator no texto é a mudança
da repartição do que for arrecadado pela loteria conhecida como apostas
esportivas. Nesse tipo de loteria, classificada como quota fixa, o apostador
tenta prever o resultado de eventos reais esportivos (placar, número de
cartões, quem fará o primeiro gol etc) em jogos de futebol, sabendo de antemão
quanto poderá ganhar em caso de acerto.
A experiência da Europa mostra que é melhor adotar, como
base o lucro bruto do operador, propiciando fluxos estáveis de receitas
públicas e de prêmios e fazendo com que os apostadores utilizem os serviços dos
operadores locais, afirmou o relator.
Distribuição
Assim, em vez dos percentuais da arrecadação bruta
definidos em lei, Moses Rodrigues propõe que do total arrecadado sairão
primeiramente os prêmios, sem fixar montante, o valor do imposto de renda
incidente (30%) e a parcela da seguridade social (0,10% para apostas em meio
físico e 0,05% para aquelas em meio virtual).
Atualmente, a arrecadação bruta é dividida primeiramente
entre prêmios, operador da loteria, Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP),
seguridade social, clubes que tiverem cedido seus símbolos para o certame e
escolas que alcançaram metas de desempenho em exames nacionais,
Com a nova regra, do que sobrar da primeira repartição,
0,82% ficarão com as escolas, 2,55% para o FNSP, 1,63% para os clubes e 95%
para os operadores da loteria, que deve ser licitada para exploração pelo setor
privado.
Lavagem de dinheiro
Paralelamente, o texto especifica que estarão sujeitas a
controle de movimentação financeira as sociedades que realizem exploração de
loterias de qualquer tipo com pagamento de prêmios em dinheiro ou em bens
imóveis.
Esse controle é feito pelos bancos e outras instituições
financeiras, que devem enviar relatórios à Unidade de Inteligência Financeira
(UIF) do Banco Central.
Zona Franca
Moses Rodrigues também fez mudanças na tributação de combustíveis
e derivados na Zona Franca de Manaus (ZFM). Atualmente, a legislação considera
exportação, com isenção de tributos, a venda feita por produtores localizados
em outros locais do País para a ZFM.
O texto do relator propõe que essa isenção não será
aplicada no caso de venda de petróleo, lubrificantes ou combustíveis líquidos
ou gasosos derivados de petróleo.
Da mesma forma, os produtores localizados nessa zona não
contarão com isenção do imposto de importação para esses produtos, seja para
consumo interno ou para o processo produtivo que resulte na sua reexportação.
As novas regras valerão depois de 90 dias da publicação
da futura lei.
U$600 de desconto na inscrição do maior evento de
inovação em seguros do mundo é até amanhã, 25
Fonte: CQCS
Amanhã, 25, é o último dia para quem deseja aproveitar a
promoção de U$600 de desconto na inscrição do Insuretech Connect 2021, que
acontecerá nos dias 4 e 6 de outubro, em Las Vegas. O encontro promete ser
maior que suas outras edições, pois acontecerá no Mandalay Bay, que possui
capacidade para receber 10 mil pessoas.
Para quem comprar o ingresso até amanhã, o valor será de
U$ 895; U$ 1095 até 17 de setembro; e U$ 1295 até o dia 03 de outubro. Além
disso, aqueles que comprarem o ingresso e, por questões relacionadas à
pandemia, não puderem comparecer, podem ter seu dinheiro de volta.
As inscrições podem ser feitas através do site
https://partner.insuretechconnect.com/2021-CQCS
Para mais informações contatar através do e-mail: alexandrina@qerus.com.br
Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:
Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2021/05/edicao-265/
Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/revistas/revista-cobertura/revista-cobertura-edicao-231/#2
Revista Segurador Brasil: https://issuu.com/revistaseguradorbrasil/docs/segurador_166_
Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2021/06/14/mercados-de-vida-e-previdencia-apresentam-crescimento/
Revista Insurance Corp: http://insurancecorp.com.br/pt/content/pdf/ic_ed35_2021.pdf
Caderno de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-916.html
Revista Brasil Energia: https://editorabrasilenergia.com.br/wp-content/uploads/sites/1/flips/129726/Bia469v3/2/index.html
Participe do Evento Daryus, On Security
Apoio exclusivo da ABGR. Faça sua inscrição: https://vrlps.co/394kPAV/cp
CIST realizará webinar sobre investimentos na malha ferroviária e seus impactos na matriz logística
Depois de anos sem muitas novidades, o setor ferroviário parece estar voltando aos trilhos. Enquanto o país ainda aguarda a aprovação pelo Congresso de um novo regime de operação das ferrovias, algumas iniciativas começam a movimentar o mercado.
O governo de Minas Gerais, por exemplo, assinou recentemente um decreto para transferir à iniciativa privada a administração de 19 ferrovias do estado, o que deve atrair R$ 26,7 bilhões de investimento. Já a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), entre os estados de Mato Grosso e Goiás, está recebendo aporte de R$ 4 bilhões e se integrará à Ferrovia Norte-Sul.
Atento a essas e outras iniciativas, o Clube Internacional de Seguros de Transportes (CIST) irá promover na próxima quinta-feira (24.06), às 17h, um webinar gratuito sobre os investimentos na malha ferroviária e seus impactos na matriz logística brasileira.
O palestrante será Edeon Vaz Ferreira, diretor executivo do Movimento Pró Logística; enquanto os debatedores serão Anderson Abreu Santana dos Santos, gerente geral de Relacionamento Institucional e Governamental da VLI Logística; Sérgio Dias, diretor de Resseguros do CIST; Alfredo Chaia e Paulo Alves, presidente e vice-presidente do CIST, respectivamente.
A organização também aproveitará o evento online para promover mais uma ação social, desta vez para arrecadar doações para a campanha Lanche Solidário. A iniciativa visa alimentar milhares de crianças que, por não estarem na escola por conta da pandemia, não estão recebendo todas as refeições.
Para ajudar a resolver esse problema, entidades como o Cantinho da Tia Lourdes e a ONG Amar Mais recebem doações no valor de R$ 9 (nove reais) e entregam às crianças um kit composto por lanche, suco, fruta e um doce. Quem quiser doar, pode fazer um PIX até o final deste mês para o CNPJ do CIST: 15.504.776/0001-16
O encontro virtual, que tem como objetivo desenvolver a cultura de gestão de riscos e seguros no Brasil, além de capacitar trabalhadores desses segmentos, conta com apoio da 3S Tecnologia, Buonny Gerenciamento de Riscos; Grupo FOX; Guep Technology e Munich Re; além do apoio institucional da MasContainer.
Os interessados em participar pode fazer sua inscrição gratuita pelo link http://www.cist.org.br/workshop-old/