Gestão de Riscos Hidrológicos
30, Jun. 2021
Gestão de Riscos Hidrológicos
Resolução Normativa da Agência Nacional de Energia
Elétrica estabelece novos valores de prêmio unitários para repactuação
Fonte: Abiquim
Na última sexta-feira foi publicada no Diário Oficial da
União (DOU) a RESOLUÇÃO NORMATIVA ANEEL Nº 935, DE 8 DE JUNHO DE 2021, que
estabelece os valores de prêmios unitários para repactuação do risco
hidrológico do mecanismo do Ambiente de Contratação Regulada - ACR,
referenciados à data-base de janeiro de 2021, válidos para opções de
repactuação realizadas em 2021, com vigência a partir de 2022.
A resolução entra em vigor em 1º de julho de 2021 e, de
acordo com o ato, os novos valores substituem os prêmios unitários
estabelecidos no Anexo I da Resolução Normativa nº 684, de 11 de dezembro de
2015, que estabelece os critérios para anuência e as demais condições para repactuação
do risco hidrológico de geração hidrelétrica por agentes participantes do
Mecanismo de Realocação de Energia.
Segue link para ler a resolução na íntegra: RESOLUÇÃO NORMATIVA ANEEL Nº 935, DE 8 DE JUNHO DE 2021 - RESOLUÇÃO NORMATIVA ANEEL Nº 935, DE 8 DE JUNHO DE 2021 - DOU - Imprensa Nacional (in.gov.br)
Aneel reajusta em 52% bandeira vermelha
Segundo o governo, Brasil enfrenta a pior falta de chuvas
dos últimos 91 anos.
Fonte: Monitor Mercantil
O valor da tarifa da bandeira vermelha 2 será reajustado
em 52%, passando de R$ 6,243 para R$ 9,49 pelo consumo de 100 kW/hora, segundo
acaba de anunciar a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Para
justificar a alta, que tornou a tarifa mais cara da bandeira vermelha em vigor,
é o aumento do custo de geração de energia no país, provocado pela crise
hídrica.
Segundo o governo, o Brasil enfrenta a pior falta de
chuvas dos últimos 91 anos, responsável pelo maior acionamento de termelétricas
(que geram mais custos do que as hidrelétricas).
Isso dá sinal de preço condizente com a escassez hídrica
em que se vive, disse André Pepitone, presidente da Aneel, durante a reunião do
colegiado. Podemos usar analogia com o que pode acontecer com qualquer produto
que depende do clima. Quando acontece um problema no clima, o valor de um
alimento aumenta no Ceasa (o mesmo acontece com energia), ressaltou
Segundo a CNN, a diretoria da Aneel também aprovou uma
nova consulta pública para definir se haverá um reajuste adicional, dado o
cenário excepcional da crise hídrica. Isso porque poderá haver um déficit ainda
maior na conta bandeira nesse momento mais seco. Até o momento, o déficit está
em R$ 1,5 bilhão.
No pior dos cenários, pode haver uma elevação para R$ 5
bilhões, disse Pepitone.
Para o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore
Sanchez, com o novo reajuste, a bandeira vermelha 2, que é a mais cara do
sistema criado em 2015, poderia superar o aumento de 21% proposto em consulta
pública, em março. Hoje, a bandeira vermelha 2 tem custo adicional de R$ 6,243
e iria a R$ 7,571.
Étore lembra que as bandeiras tarifárias terão seu
reajuste anual decididos hoje. Esperamos que haja um avanço de cerca de 20%, já
incorporado nos nossos 5,7%. Entretanto os jornais falavam em um reajuste de
60% a 70%. Destacamos que a elevação do degrau, uma vez que estamos no mais
alto deles, gera um downside risk gigantesco para inflação com a normalização
da energia. A decisão não tem horário definido para divulgação.
ANEEL publica edital do leilão de transmissão de energia
elétrica
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) publicou,
em 28/05/2021, o edital do primeiro leilão de transmissão de energia elétrica
de 2021, que será realizado em 30/06/2021, na sede da B3.
Serão leiloados, em 5 lotes, concessões para a
construção, operação e manutenção de 515 km de linhas de transmissão e 5
subestações com capacidade total de transformação de 2.600 MVA.
Os empreendimentos estão localizados nos estados do Acre,
Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins.
As instalações de transmissão objeto deste Leilão fazem
parte do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República
(PPI) e têm custo estimado de aproximadamente R$ 1,3 bilhão.
Os contratos de concessão têm prazo de 30 anos, sendo que
o seu início varia entre 36 a 60 meses, a depender do empreendimento leiloado.
Poderão participar do certame, como proponentes isoladas,
ou em consórcio, sociedades empresariais, Fundos de Investimentos em Participações
(FIPs) e entidades de previdência privada nacionais, bem como sociedades
estrangeiras. As sociedades empresárias reunidas em consórcio e as que ainda
não sejam concessionárias de transmissão deverão constituir Sociedade de
Propósito Específico (SPE) para assinar o contrato de concessão.
Os proponentes deverão aportar garantia de proposta no
valor de 1% do investimento estimado pela ANEEL.
Vencerá o leilão de cada lote o licitante que apresentar
o menor valor de Receita Anual Permitida (RAP), em reais por ano (R$/ano). Se a
diferença entre a menor proposta e as demais for inferior a 5% ou, se houver
empate entre as menores ofertas, será aberta etapa a viva-voz com rodadas de
lances obrigatoriamente inferiores aos da menor proposta.
Após o leilão, os licitantes vencedores deverão
apresentar os documentos de habilitação previstos no edital (qualificação
jurídica, qualificação técnica, qualificação econômico-financeira e
regularidade fiscal-trabalhista).
O cronograma do certame estabelece que assinatura dos
contratos de concessão ocorrerá em 30/09/2021.
Fonte: Agência Brasil
Agência Nacional de Energia Elétrica convoca sociedade
para estudo que visa permitir mercado livre para consumidores com carga
inferior a 500 KW
Fonte: Abiquim
No dia 18 de junho foi publicado no Diário Oficial da
União (DOU), o Aviso de Tomada de Subsídios da Agência Nacional de Energia
Elétrica (ANEEL) de número 10/2021 para obter subsídios à elaboração de estudo
sobre as medidas regulatórias necessárias para permitir a abertura do mercado
livre para consumidores com carga inferior a 500 kW, incluindo o
comercializador regulado de energia e proposta de cronograma de abertura
iniciando em 1º de janeiro de 2024.
O prazo para envio de documentos será até 17/8/2021,
através do e-mail ts010_2021@aneel.gov.br
Segue link para ler o aviso na íntegra: Tomadas de Subsídios - ANEEL
Seguradoras ampliam áreas de cobertura
Fonte: Valor Econômico / Sonho Seguro
O Valor Econômico publicou nesta terça-feira um especial
sobre Agronegócios. A matéria sobre seguros conta que o seguro agrícola é um
dos ramos de maior crescimento do mercado segurador. De acordo com dados do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em 2020, o Programa
de Seguro Rural (PSR) resultou na contratação de aproximadamente 193 mil
apólices, atendendo 105 mil agricultores, o que representou uma área segurada
de 13,7 milhões de hectares e um valor segurado da ordem de R$ 45,7 bilhões. O
valor médio do subsídio utilizado pelo produtor foi de 35%, com volume total de
seguro rural de R$ 3 bilhões, alta de 36%. As indenizações também avançaram. As
seguradoras pagaram em 2020 mais de R$ 2,46 bilhões, em comparação a R$ 1,9
bilhão de 2019.
Os executivos estão animados com uso da tecnologia, que
durante a pandemia foi acelerado. É o caso da Newe Seguros. Antes, as
companhias tinham de estar direto no campo para verificar o comportamento da
safra, com estimativas por amostragem. Agora tudo é feito com uso de
inteligência artificial e análise de dados, afirma o vice-presidente da
seguradora, Rodrigo Motroni. Além disso, ter peritos exclusivos e corretores
parceiros no campo, segundo ele, tem sustentado crescimento de 50% em número de
apólices nos últimos três anos. Neste ano, até abril, foram contabilizadas 9,8
mil apólices. Devemos fechar 2021 perto de 20 mil, afirma.
A Essor Seguros inovou ao lançar, em parceria com a
Agrobrasil e os resseguradores Scor e IRB Brasil Re, o seguro de pastagem,
destaca o CEO Fabio Pinho.
O paramétrico, que ainda não decolou no Brasil, ganha uma
novidade: subsídios. O tema está em estudo, mas a expectativa do Mapa e das
seguradoras, principalmente as estrangeiras, é grande. Esse produto é baseado
em algum índice climático, como precipitação, dias secos, temperatura, que se
relacionam ao potencial de perda ou redução de produtividade da cultura. A
Essor Seguros inovou ao lançar, em parceria com a Agrobrasil e os
resseguradores Scor e IRB Brasil Re, o seguro de pastagem, que é um seguro
paramétrico que visa cobrir prejuízos em função de baixa produção forrageira
que serve de alimento para o gado. Este seguro é passível de subsídio, e
consideramos que as alternativas paramétricas subsidiadas são uma ótima
alternativa para o crescimento do seguro rural como um todo, aposta o CEO,
Fabio Pinho.
Mercados emergentes enfrentam déficit de US$ 5,4 trilhões
ao ano em poupanças para aposentadorias sustentáveis, declara o Swiss Re
Institute
A lacuna de poupanças previdenciárias nos mercados
emergentes tem muitas causas
Fonte: Swiss Re / Sonho Seguro
Os trabalhadores em mercados emergentes estão se
aposentando sem ativos suficientes para cobrir suas necessidades
previdenciárias, criando um déficit total de cerca de US$ 106 trilhões, segundo
a estimativa do Swiss Re Institute. Essa lacuna de poupança previdenciária
é cerca de três vezes o PIB dos mercados emergentes, tão alta quanto a
estimativa para os principais mercados desenvolvidos, como os Estados Unidos e
a Austrália.
Os custos do subfinanciamento previdenciário podem
retornar aos governos por meio de maior risco de pobreza, saúde precária e
pressão sobre as gerações mais jovens, enquanto facilitar aposentadorias
sustentáveis pode abrir inúmeras oportunidades para fortalecimento da
resiliência das famílias e sociedades. Há uma necessidade iminente de ação. Os
recursos previdenciários na América Latina têm sido historicamente baixos.
Estimamos que a atual crise da COVID-19, combinada com o envelhecimento da
população e as crescentes demandas fiscais sobre os governos, aumentará a
lacuna de poupança previdenciária. Muitos indivíduos enfrentam a perspectiva de
não conseguirem os recursos necessários para uma aposentadoria confortável,
declara Kaspar Mueller.
A lacuna de poupança previdenciária é a diferença entre
os fundos previdenciários disponíveis e a necessidade de aposentadoria das
populações trabalhadoras dos mercados emergentes. Ela é calculada a partir de
todas as contribuições previdenciárias (obrigatórias e voluntárias) e os
rendimentos esperados dos fundos previdenciários e poupanças acumuladas durante
os anos de trabalho, subtraídos da soma de dinheiro necessária para financiar
65% da renda pré-aposentadoria durante os anos de aposentadoria.
Os indivíduos nos mercados emergentes precisarão cada vez
mais fazer seus próprios arranjos de recursos para a aposentadoria. As reformas
previdenciárias estão transferindo para os indivíduos a responsabilidade de
economizar para a aposentadoria e a gestão dos riscos ao longo da vida, como
mortalidade, morbidade, longevidade e desempenho do investimento. Esses riscos
restringem a capacidade do indivíduo de sustentar sua aposentadoria, uma vez
que um período de ausência do trabalho por motivo de doença, assistência à
família ou mesmo morte influenciaria as economias da família. Esse desafio é
agudo nos mercados emergentes, em que os recursos pessoais tendem a ser menores
e as redes de segurança social mais fracas. Os indivíduos precisarão de
proteção de seguro mais personalizada, na forma de coberturas de vida,
assistência médica, invalidez e doenças graves, para gerenciar esses riscos. O
Swiss Re Institute estima que, para proteger totalmente a população global
contra os riscos de mortalidade e saúde, seria necessário um adicional de US$
1,2 trilhão em termos de prêmios equivalentes, 60% dos quais seriam em mercados
emergentes.
Integrar o seguro de proteção aos sistemas
previdenciários obrigatórios é uma solução comprovada. No Chile, o seguro de
vida compulsório no sistema previdenciário nacional alcançou forte proteção
contra o risco de mortalidade. Outras soluções de seguro podem incluir
coberturas biométricas, como mortalidade, morbidade e cuidados de longo prazo
com um componente de poupança, para fornecer cobertura flexível e responsiva
por toda a vida. As seguradoras podem trabalhar com plataformas confiáveis de
poupança para aposentadoria a fim de facilitar a distribuição.
A lacuna de poupanças previdenciárias nos mercados
emergentes tem muitas causas. O envelhecimento da população está pressionando
cada vez mais os sistemas previdenciários nacionais, uma vez que uma força de
trabalho reduzida sustenta uma população cada vez mais idosa. Os gastos
públicos com previdência estão aumentando acentuadamente como porcentagem do
PIB, desafiando as finanças dos governos, enquanto a queda nas taxas de juros
está aumentando a longo prazo o desafio dos recursos previdenciários. A crise
da COVID-19 exacerbou essas tendências no curto prazo.
América Latina: uma lacuna de poupança previdenciária de
US$ 514 bilhões por ano
A preocupação com o risco de mortalidade está aumentando
significativamente na América Latina, uma vez que a pandemia de COVID- 19
continua a impactar a região. A crise econômica também está aumentando os temores
sobre a segurança financeira. Na América Latina, a lacuna de poupança
previdenciária de US$ 514 bilhões por ano totaliza US$ 10 trilhões cumulativos
sobre todas as aposentadorias dos trabalhadores, destacando a necessidade de os
indivíduos protegerem seus recursos para economizar e acumular ativos para a
aposentadoria. A lacuna de poupança da região por trabalhador é de cerca de US$
50.000, equivalente a cerca de 6,2 vezes a renda salarial média anual.
O Brasil tem a maior lacuna de poupança previdenciária
por ano, de US$ 180 bilhões, um reflexo de sua grande população trabalhadora.
Os trabalhadores chilenos enfrentam o maior déficit de poupança previdenciária
da região, de US$ 133.000 por trabalhador, devido à combinação de uma renda
salarial relativamente alta e uma baixa taxa de contribuição previdenciária
(10%). Isso também gera uma baixa adequação previdenciária, uma vez que os
fundos estimados cobrem apenas 42% da renda previdenciária da qual os
trabalhadores chilenos precisam. O Brasil tem a maior adequação previdenciária,
com fundos estimados capazes de fornecer cerca de 50% da renda necessária.
A cobertura previdenciária, a proporção da população
trabalhadora coberta por provisão previdenciária, é baixa na América Latina,
refletindo parcialmente os grandes setores informais nas economias da região. O
Peru tem a menor taxa de cobertura previdenciária, 24%, refletindo seu alto
grau de força de trabalho informal. Uma maior formalização do trabalho ajudaria
a aumentar a cobertura previdenciária.
É necessária uma parceria mais forte para garantir a
sustentabilidade previdenciária
Os governos de mercados emergentes devem apoiar um
sistema previdenciário sustentável, com bases sólidas em uma estrutura
regulatória igualmente sólida, compromisso com a educação, incentivos para
participação, como isenções fiscais, e parceria sólida entre todas as partes. A
parceria também pode fornecer rotas para as seguradoras investirem em projetos
público-privados de longo prazo que correspondam bem às suas responsabilidades,
como financiamento de infraestrutura.
O déficit na poupança para aposentadorias adequadas e
sustentáveis não pode ser superado apenas por recursos do governo. Uma forte
parceria entre o estado, o setor privado e os indivíduos será fundamental,
declara Jerome Jean Haegeli, Swiss Re Group Chief Economist . Proteger as
pessoas ao longo de seu ciclo de vida de poupança tem o potencial de reduzir a
pobreza, a saúde precária e até mesmo a comoção social, e deve formar um
alicerce fundamental de crescimento econômico de longo prazo nos mercados
emergentes.
Aplicativos reforçam o gerenciamento de risco e
simplificam processos
Menos burocracia no seguro de transportes
Fonte: Valor Econômico
A pandemia trouxe novidades para o seguro de transportes.
Uma tendência que há tempos não se via no segmento foi a queda do volume de
pagamentos de indenizações sobre as vendas, pela primeira vez em anos, para um
indicador abaixo de 50% em 2020. Outra mudança relevante foi a simplificação na
contratação e no pedido de indenizações. As seguradoras reduziram burocracias
tanto para a contratação como para o processo de pagamento de indenizações, que
passou a ser digital.
Os avanços não foram suficientes para conter a queda nas
vendas, de R$ 3,8 bilhões em 2019 para R$ 3,6 bilhões em 2020. As
transportadoras são responsáveis por cerca de 45% da compra de seguro
transporte, os embarcadores nacionais por 35% e os internacionais por 20%.
Adailton Dias, diretor executivo de produtos corporativos
e resseguro da Sompo Seguros, líder nesse segmento, cita, porém, uma melhora
nas vendas este ano, com alta de 19,8% entre janeiro e abril frente ao mesmo
período do ano passado. Há também uma retomada dos valores pagos em
indenizações.
A Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), para
evitar o contágio pelo coronavírus, suspendeu as atividades de fiscalização de
peso nas rodovias em determinados períodos do ano. Com isso, esses trechos
ficaram mais livres e alguns veículos passaram a trafegar em velocidades mais
altas transportando cargas mais pesadas, o que aumentou o risco.
Segundo levantamento da Associação Nacional do Transporte
de Cargas e Logística (NTC&Logística), em 2020, o Brasil registrou 14.159
ocorrências de roubos de cargas, com queda de 23% em relação ao ano anterior,
quando foram registrados 18.382 casos. Porém, as ocorrências de 2020
representaram um prejuízo de R$ 1,2 bilhão ao setor.
A região Sudeste continua sendo a mais afetada, arcando
com 81,33% dos eventos. Em seguida, aparecem as regiões Sul, com 8,89%;
Nordeste, com 6,6%; Centro-Oeste, 1,91%; e, por último, o Norte, com 1,21%.
Entre os produtos mais visados estão alimentos, cigarros, eletroeletrônicos,
combustíveis, bebidas, artigos farmacêuticos, autopeças, defensivos agrícolas e
têxteis e confecções.
A Tokio Marine, segunda maior no segmento, embarcou no
lançamento de aplicativos que reforçam o gerenciamento de risco e a redução de
burocracia. Uma única apólice cobre todas as fases do processo de transporte,
inclusive na transferência entre modais durante a viagem, facilitando a
operação e proporcionando mais segurança ao operador multimodal, detalha Valdo
Alves, diretor de transportes da seguradora.
Outra facilidade foi dispensar a vistoria presencial para
a nacionalização de cargas em portos, aeroportos e armazéns alfandegários. O
processo de vistoria on-line é feito via WhatsApp, pelo atendimento da Marina,
assistente virtual da Tokio Marine. Ao identificar uma avaria, o despachante
aduaneiro ou corretor de seguros entra em contato pelo aplicativo e preenche um
formulário. Em poucos minutos, a carga é liberada para o transporte, conta.
Carla Almeida, diretora de property & casualty
(P&C) da Axa Brasil, destaca o aumento da demanda por operadores logísticos
e centros de distribuição. Em função da pandemia, o mercado de e-commerce
ampliou o número de armazéns para baratear o custo e agilizar as entregas. Esse
movimento fez a contratação de seguros de transportes e de riscos patrimoniais
avançar.
O grupo francês também gerenciou junto aos corretores e
clientes o agravamento do risco, com estoques em níveis expressivos, tanto do
comércio que deixou de vender num primeiro momento da pandemia, como também dos
armazéns de empresas de e-commerce, que passaram a acumular mais mercadorias
para serem mais ágeis nas entregas. Com risco agravado, corretores trabalharam
para adequar apólices e gerenciamento de risco.
Uma grande preocupação inicial foi orientar os clientes
sobre a necessidade de ampliação de seus limites em apólices, sobretudo para
acumulações em armazéns, tanto no Brasil, quanto no exterior. Além dos valores,
também buscamos ampliar os prazos de cobertura, tornando-os mais elásticos,
dada a descontinuidade de muitos serviços, acrescenta Sérgio Caron, diretor de
marine e cargo da corretora Marsh Brasil.
A Chubb Brasil tem priorizado a subscrição de riscos sob
medida para os clientes. O grupo tem um planejamento mundial em inovação com
foco em tecnologia para diferenciar a aceitação de riscos e assim privilegiar
clientes que fazem o gerenciamento de risco. Assim, a seguradora americana leva
em conta o tipo de embalagem das mercadorias no armazém até o conhecimento dos
funcionários.
Queremos atender a demanda dos pequenos e médios
empresários, que pedem mais agilidade, menos burocracia e preços acessíveis
para que possam incluir no orçamento o custo do seguro. E para isso temos de
ter uma boa subscrição de risco e muita tecnologia embarcada, Luciano Santos,
vice-presidente de subscrição de P&C.
Este é um pedido não só das PMEs, mas de todos os
clientes do setor de seguros, mergulhado em uma revolução digital com mudanças
regulatórias promovidas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), que
têm como foco estimular a concorrência.
Indenizações pagas pelas seguradoras até abril somam R$
19,4 bilhões, traz estudo do IRB
É a maior marca do primeiro quadrimestre desde o início
da série histórica
Fonte: IRB / Sonho Seguro
O Dashboard IRB+Mercado Segurador, painel dinâmico do
IRB+Inteligência que concentra os dados do setor de seguros divulgados pela
Susep, vai colocar no ar duas novidades. A partir desta segunda (28), dois
gráficos vão consolidar as informações referentes às variáveis sinistros
ocorridos e prêmio emitido por segmento. Com isso, é possível analisar o
histórico desde 2014.
De acordo com a ferramenta, que pode ser acessada
gratuitamente no site do IRB Brasil RE, de janeiro a abril desse ano os
sinistros ocorridos subiram 18,3% em relação a 2020, alcançando R$ 19,4
bilhões. É a maior marca do primeiro quadrimestre desde o início da série
histórica. Ainda nos quatro primeiros meses de 2021, o segmento Vida mostrou
força e foi responsável por 36,9% dos prêmios emitidos, seguido de Automóvel
(26,3%) e Corporativo de Danos e Responsabilidades (19%). No total, as
seguradoras já emitiram R$ 43 bilhões em 2021. Alta de 13,4%, ante igual
período de 2020.
O poder da empatia
Fonte: CQCS / Autora: Patrícia Campos (diretora de Gente
e Gestão da MAG Seguros)
Empatia é uma palavra muito conhecida e falada, porém,
pouco entendida na sua totalidade e praticada. Mais do que se colocar no lugar
do outro, é, de fato, ter disposição para ‘calçar seus sapatos’, isso significa
deixar seus interesses e temas de lado para entender como o outro está lendo o
mundo a partir das vivências dele.
A prática, nem sempre fácil de ser incorporada no dia a
dia, favorece tanto o âmbito pessoal quanto profissional, pois abre portas para
entendermos a perspectiva alheia, o que pode gerar uma conexão verdadeira,
favorecendo que o outro exponha questões pessoalmente importantes. Trazendo
para o mundo dos negócios, quando recebemos um vendedor em nossa casa,
conseguimos facilmente perceber quando ele só quer fazer a venda e cumprir a
meta e quando ele está buscando entender nossas necessidades. Existe uma
diferença muito grande e perceptível entre oferecer um produto e estar
interessado no que o cliente tem a externar. Com a pandemia, esse contato
migrou para o mundo virtual e o cliente se tornou ainda mais empoderado, já que
com um simples clique ele pode desligar a vídeo chamada. Com isso, o papel do
corretor de seguros precisa ser, ainda mais, o de consultor, trazendo todo seu
conhecimento dos serviços para as reais necessidades das pessoas.
Nós, da MAG Seguros, temos a missão de apoiar o corretor
em seus negócios e assisti-los no processo de venda. Por isso, é tão importante
reforçarmos boas práticas para incrementar as estratégias desse profissional.
Frente a essa nova realidade, eles devem ouvir com ainda mais interesse e
interagir genuinamente com seus clientes. Dessa forma, irá entender o que
impacta a vida daquela pessoa e seus objetivos para, a partir daí, personalizar
seus produtos, apresentando as melhores soluções.
A conexão gerada a partir da prática da empatia faz com
que o consumidor se sinta valorizado e confie em quem está oferecendo os
serviços como um especialista, que calce os sapatos do seu cliente enquanto
interage com ele.
Para isso, uma dica fundamental: deixe de lado as frases
prontas e se adapte ao cenário que está sendo trazido naquele momento. É
importante sempre frisar que o cliente é o centro de todo o processo e deixá-lo
falar primeiro é um passo fundamental para alcançar uma posição empática.
Imagine só oferecer um seguro de vida desenhado para profissionais autônomos
para um aposentado? Provavelmente, a venda não será concluída e um importante
contato será perdido, mesmo que, dentro de casa, tenhamos um outro produto que
se adequaria aos seus ensejos. Portanto, antes de apresentar qualquer serviço,
ouça os objetivos da pessoa com quem está falando para, só depois, partir para
a venda.
A partir do momento em que você entende as questões
apontadas pelo cliente, apresentar soluções efetivas para seus problemas e
argumentos que condizem com o perfil dele se torna mais fácil. O vendedor
mostra que entende os desafios e tem os melhores recursos para apoiá-los,
criando uma relação de confiança. Afinal, o contato não é apenas para vender e
bater metas e, sim, para trazer um benefício mútuo.
Inteligência Artificial também está substituindo o
trabalho cognitivo
Ronaldo Lemos, do Instituto de Tecnologia e Sociedade do
Rio de Janeiro, diz que países em desenvolvimento serão os primeiros a ter
empregos perdidos para a automação
Fonte: InfoMoney
O trabalho cognitivo também está sendo substituído por
máquinas e os primeiros empregos que vão acabar são em países em
desenvolvimento, como o Brasil. Estas afirmações são do cientista-chefe do
Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS Rio), Ronaldo Lemos,
em entrevista ao UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP.
De acordo com ele, o avanço da Inteligência Artificial
(IA), que tende a tornar-se obsoletas diversas atividades manuais, já ameaça,
inclusive, as profissões intelectuais e criativas. Lemos complementa dizendo
que os países que não elaborarem planos sobre como lidar com a automação devem
ser os primeiros a sofrerem as consequências negativas do desenvolvimento
tecnológico.
A inteligência artificial não vai eliminar, primeiro, os
empregos nos Estados Unidos ou na Europa. Vai eliminar, primeiro, os empregos
daqui da América Latina. Nós seremos os primeiros a perdê-los e enxergamos
isso, por exemplo, no processo de desindustrialização pelo qual o País está
passando, afirma.
Lemos, também professor de Direito da Universidade
Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), aponta que este problema não deve ter o
mesmo impacto em todos os lugares do mundo.
Os países ricos, segundo ele, já têm planos de resposta à
automação, os quais envolvem reformas educacionais, programas de ensino de
novas habilidades profissionais e rede de bem-estar social para trabalhadores
em transição de carreira.
No Brasil, onde temos um déficit educacional gigantesco,
não existe um plano nacional de inteligência artificial. Então, acho que o
impacto aqui chega primeiro, muito mais profundo e mais difícil de lidar,
conjectura.
Transformações tecnológicas da pandemia
O cientista-chefe do ITS Rio também indica que o processo
desencadeado pela pandemia, no qual profissionais de ramos de atividade
informatizados passaram a trabalhar de casa e a depender menos do mundo físico,
não tem mais volta. Ele pontua, contudo, que apenas uma pequena parte da
população pode desfrutar plenamente das vantagens do universo virtual.
A pandemia acelerou este processo de transformação, mas
evidenciou e trouxe um desafio que já existia, que é a questão da desigualdade,
mas de forma muito mais radical, porque aqui tem o perigo de cisão mesmo, um
segmento da sociedade decola e vira espaçonave e outro fica para trás,
aterrado, sem as possibilidades que este que se deslocou da presença física vai
ter, observa.
Meu temor é que tenhamos uma divisão mesmo, até cultural,
entre duas novas classes, que passariam a ser mais demarcadas, com modos de
trabalho, vida, valores, interações culturais, desejos e aspirações muito
diferentes, ressalva o professor.
Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:
Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2021/05/edicao-265/
Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/revistas/revista-cobertura/revista-cobertura-edicao-231/#2
Revista Segurador Brasil: https://issuu.com/revistaseguradorbrasil/docs/segurador_166_
Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2021/06/14/mercados-de-vida-e-previdencia-apresentam-crescimento/
Revista Insurance Corp: http://insurancecorp.com.br/pt/content/pdf/ic_ed35_2021.pdf
Caderno de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-916.html
Revista Brasil Energia: https://editorabrasilenergia.com.br/wp-content/uploads/sites/1/flips/129726/Bia469v3/2/index.html
Jornada da Liderança CompliancePME
Evento gratuito, 100% online. Dias 28, 29, 30 de junho e 01 de julho.
28/06: Master Class de Liderança com Alexandre Di Miceli
29/06: Compliance sem Burocracia com Camila Gullo
30/06: Compliance e Propósito com Daniele Pescadinha
01/07: Dúvidas Ao Vivo sobre Liderança e Compliance com Camila Gullo e Daniele Pescadinha
Vagas limitadas! Inscreva-se em: https://materiais.compliancepme.com.br/jornada-da-lideranca?utm_campaign=jornada_da_lideranca_compliancepme_-_e-mail_03&utm_medium=email&utm_source=RD Station&fbclid=IwAR00ShoDcfY_Ym8ECCpOcPUwbQEY6Xbldf6AHIrz-0RiscArMH-y02kgRaw