Nenhuma informação no momento

ONS publica rotina de cyber para todo o setor elétrico

06, Jul. 2021

ONS publica rotina de cyber para todo o setor elétrico

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) publicou na última quinta-feira, dia 1 de juho, a Rotina Operacional RO-CB.BR.01, Controles mínimos de segurança cibernética para o Ambiente Regulado Cibernético. O documento, que estabelece os controles de segurança cibernética a serem implementados nos centros de operação dos agentes e nos equipamentos de infraestrutura, terá vigência a partir de 9 de julho de 2021. Após essa data, os agentes e o Operador devem adotar a rotina e o seu conjunto de requisitos e critérios, de acordo com os prazos estabelecidos na RO. São 24 itens a serem implantados, sendo oito dentro de no máximo 18 meses e o restante em até 24 meses.

Marcelo Branquinho CEO da TI Safe, empresa especializada em segurança cibernética para infra estruturas críticas, elogia a inciativa, mas observa que o setor elétrico terá muito trabalho pela frente: São cerca de 740 empresas, entre geradoras, transmissoras e distribuidoras dos mais diversos tamanhos, que terão de adotar essas medidas para alcançar a conformidade e não existe sequer mão-de-obra no país suficiente para atender todas elas, alerta.

Segundo o comunicado do órgão, o processo de aprimoramento da segurança cibernética é um assunto que vem sendo discutido pelo setor elétrico, em especial pelo ONS, ANEEL e MME, devido à relevância para a operação do setor elétrico. Até o momento existia um item nos Procedimentos de Rede que tratava do assunto, mas de forma abrangente. A publicação dessa rotina vem aprimorar as orientações sobre o tema junto aos agentes.

Governos conhecem mal responsabilidade compartilhada

Distribuidora de eletricidade derruba app após detectar invasões

Existe atualmente grande quantidade de ataques contra as infraestruturas críticas, especialmente do setor elétrico. Algumas empresas do Brasil já foram atingidas, e a preocupação do ONS é aperfeiçoar a segurança de todo o setor.

O documento publicado agora faz parte do Manual de Procedimentos da Operação: ele é o Submódulo 5.13, que pertence ao Módulo 5 do manual (Operação do Sistema). O manual da ONS tem um total de 172 módulos, mas nesse conjunto a segurança cibernética era tratada muito superficialmente, mencionando a necessidade de políticas de segurança cibernética mas não entrando em detalhes.

A Rotina Operacional de Segurança Cibernética é um importante marco para o setor elétrico. Acreditamos que ela irá elevar o nível de segurança cibernética de toda a operação, ajudando os agentes e o ONS a criar políticas de segurança alinhadas às boas práticas mundiais e aos Procedimentos de Rede estabelecidos, comenta Geraldo Fonseca, especialista de Segurança Cibernética do ONS.

Fonte: CisoAdvisor

Vamos usar o seguro e fazer isso funcionar, diz ministro da infraestrutura em evento da ENS

Fonte: Sonho Seguro

O deputado federal Augusto Coutinho Melo, autor da Nova Lei de Licitações, ressaltou que a norma agasalha alguns mecanismos e dá uma segurança que irá facilitar esse ambiente

Vamos usar o seguro e fazer isso funcionar. Fazer o administrador gostar dessa ferramenta e exigi-la cada vez mais. Na avaliação do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, a exigência do Seguro Garantia para obras de grande porte no Brasil pode ser um instrumento legal que potencializará o sucesso dos projetos da pasta e a redução das estatísticas negativas.

De forma remota, o ministro participou do evento A Infraestrutura e o Seguro no Brasil, o primeiro da série Grandes Eventos: Ponto de Vista, criada pela ENS em comemoração ao aniversário de 50 anos da Instituição. No ano do seu cinquentenário, a Escola, em parceria com a ANSP, traz essa série de encontros, que convidará importantes agentes do nosso mercado, como ministros, acadêmicos, empresários, investidores, seguradores e corretores para debater os temas mais relevantes do setor, explicou o diretor geral da instituição, Tarcisio Godoy, na abertura do encontro, realizado na última quinta-feira, 1º de julho, na Sala do Futuro da ENS, em São Paulo (SP).

O presidente da Escola, Lucas Vergilio, destacou que o ministro, mais do que ninguém, está apto a avaliar a importância de uma formação acadêmica de excelência. Sabemos que há muito a se fazer na área de infraestrutura no Brasil e esse seminário busca discutir os avanços nos aspectos regulatórios, de estruturação de projetos e da indispensável segurança jurídica para a viabilização dos mesmos.

Sancionada em abril deste ano, a Nova Lei de Licitações (Lei 14.133), mencionada pelo ministro, é considerada um novo marco legal de licitações e contratos administrativos no País. Temos uma baixíssima utilização de seguros no Brasil, mas a Lei 14.133 dá uma nova margem ao seguro, traz avanços interessantes e concorre ao fiel cumprimento das obrigações firmadas nos contratos de obras públicas, avaliou Freitas.

Para o ministro, há margem para um grande crescimento do mercado de seguros no setor de infraestrutura nacional e os resultados serão positivos para o Poder Público. Se queremos combater o fracasso em várias obras, um dos caminhos é exigir o seguro garantia nas obras emblemáticas. É um dos passos mais importantes para o sucesso do empreendimento, para termos sua conclusão e a redução do percentual de obras paradas, que não dão retorno à sociedade, destacou.

Outro participante do evento, o deputado federal Augusto Coutinho Melo, autor da Nova Lei de Licitações, ressaltou que a norma agasalha alguns mecanismos e dá uma segurança que irá facilitar esse ambiente. É exatamente o ambiente seguro que é fundamental para que as coisas aconteçam com celeridade, responsabilidade e confiança. A falta do ambiente seguro cria muitos problemas.

Lei amplia oportunidades

De acordo com o deputado, um dos grandes problemas que temos hoje são custos públicos investidos em obras que foram paralisadas, o que faz com que os recursos acabem se deteriorando. Nem sempre isso é culpa das empresas, mas muitas vezes também é culpa do Setor Público que não faz com que as coisas aconteçam, como as licenças.

Foi um grande ganho que tivemos. Para contratações acima de R$ 200 milhões, a administração pode exigir uma garantia do percentual de 30% do valor contratado, frisou o deputado. Dessa forma, se a obra for paralisada por razão da empresa, isso será detectado inicialmente, na quebra do cronograma físico e financeiro da obra.

Quando esse seguro começar a acontecer, dará uma garantia enorme para o Poder Público e abrirá um grande mercado para o setor de seguros. Ainda não temos essa cultura e a nova lei vai abrir um grande espaço, explicou o deputado.

Ainda segundo Freitas, a reeducação acerca da importância do seguro virá com resultados positivos. Temos que exercitar, fazer e mostrar que dá certo. Temos que capacitar e usar as ferramentas disponíveis. E isso irá trazer a reeducação que tanto queremos e os resultados que tanto precisamos, concluiu o ministro.

Na opinião do presidente-executivo da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), Venilton Tadini, esse tipo de mudança dá muito mais segurança institucional e jurídica. Nós temos efetivamente feito um grande trabalho em relação à estruturação de projetos. Melhoramos muito nossa capacidade de organização nos projetos de infraestrutura, dando muito mais racionalidade, com regras definidas e apelos importantes. Isso tem sido comprovado no sucesso que temos visto nos últimos leilões.

O presidente da ANSP e mediador do evento, João Marcelo dos Santos, também ressaltou os aspectos positivos da lei. Às vezes, o que saber o que precisa ser feito é fácil, o difícil é saber como. E a nova lei é um excelente começo. Ela estabelece padrões entre os novos e torna o seguro um instrumento muito mais efetivo, no sentido de viabilizar que as contrações cheguem ao resultado. E a própria lei é muito mais focada no resultado, ela tem instrumentos, saídas e soluções alternativas.

Desafios para o setor

Conduzindo o debate e ampliando as discussões entre os demais participantes do evento, o executivo da ANSP questionou quais serão os principais desafios para o mercado de seguros diante da nova legislação.

Para o vice-presidente da Junto Seguros, Roque de Holanda Melo, a lei traz uma série de inovações e impõe uma mudança no modo de operação para todos os players que atuam no mercado de contratações públicas. O primeiro desafio para o mercado segurador será construir uma apólice que evidencie de forma muito transparente e objetiva quais são os direitos e obrigações das partes envolvidas. E do mesmo modo, delimite os riscos que efetivamente estarão cobertos nessa apólice.

Ainda segundo o executivo da Junto Seguros, a legislação vai impor uma verdadeira reestruturação do mercado, a começar pela análise de risco, que precisará de uma mudança substancial e a necessidade de um corpo de engenharia efetivo, capaz de acompanhar essas obras do início ao fim. Também será crucial que haja diálogo entre as partes envolvidas, mercado segurador, ressegurador, os tomadores e os segurados, que no caso é o Poder Público. É importante que haja diálogo para que o seguro garantia preserve os direitos do Estado e possa garantir, inclusive, uma função que é social.

Para o corretor de seguros da GIBS Corretora, Luís Barretto, o grande benefício que a nova lei traz para o mercado é colocar o seguro garantia como protagonista no segmento de infraestrutura. O grande desafio é como trazer o dinheiro privado para financiar estes projetos. Sem dúvida, esse momento é propício para expandir a discussão e ver como o mercado de seguros pode mitigar riscos para o investidor privado, para que ele possa efetivamente investir em infraestrutura, finalizou.

A nova lei movimentará o mercado de seguros e a ENS, por sua vez, segue atenta às demandas por qualificação e preparada para prover os treinamentos efetivos para a capacitação dos profissionais que atuarão nessa frente. Lançaremos em breve um programa de certificação para o Seguro Garantia, que deverá cobrir as necessidades de formação e atualização dos profissionais envolvidos com estes produtos, acrescentou Vergilio.

Corretor que não cumprir LGPD pode ser punido até R$ 50 milhões já em agosto

Fonte: CQCS

Os corretores de seguros que não cumprirem os dispositivos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) poderão sofrer sanções administrativas já a partir do dia 1º de agosto, ou seja, dentro de quatro semanas. Como noticiou o portal do Sincor-SP, a punição pode ser aplicada pela Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) a empresa que desrespeitarem a legislação, que estabelece medidas para proteger os dados e a privacidade dos cidadãos.

A multa pode chegar ao equivalente a 2% do faturamento da empresa, com valor máximo de R$ 50 milhões. Esse é o valor máximo. Mas, além da multa administrativa, nada impede que aqueles que tiverem seus dados vazados ingressem com ações no Judiciário pleiteando perdas e danos, o que pode gerar condenações judiciais em adição às multas aplicadas administrativamente, alertou o professor da ENS, Aluísio Barbosa, especialista em LGPD, em recente entrevista ao CQCS.

Para evitar problemas, Aluísio Barbosa sugere que o Corretor de Seguros procure uma assessoria jurídica especializada para auxiliar na análise de todos os processos internos da corretora e orientá-lo para adequação à LGPD.

Outra medida indicada por ele é que a gestão dos dados das corretoras seja feito, preferencialmente, através de sistemas preparados para a LGPD, em substituição aos controles manuais. Já existem diversas soluções tecnológicas disponíveis no mercado, assinalou.

É importante também ficar alerta para não obter e utilizar dados de terceiros sem a autorização do titular.

PUNIÇÃO

É importante destacar ainda que, antes mesmo das sanções administrativas, a Justiça já vem sendo acionada para punir quem infringe a LGPD .

Há, inclusive, a informação, publicada pelo CQCS, citando nota da coluna de Lauro Jardim em O Globo, de que foi cumprida na primeira quinzena de junho, ordem judicial de busca e apreensão com base na LGPD, diante da suspeita de utilização indevida de dados de clientes por parte de uma corretora de planos de saúde.

Foi divulgado ainda que outras corretoras em São Paulo e no Rio de Janeiro serão alvo em breve das mesmas medidas.

Devagar com o andor porque o santo quebra

Fonte: O Estado de S. Paulo / Autor: Antonio Penteado Mendonça

ASusep (Superintendência de Seguros Privados) segue firme na sua toada para mudar o setor de seguros. A ideia é desregulamentar, flexibilizar, descomplicar e dar velocidade para uma atividade tradicionalmente pesada em função de ser severamente regulada pelo governo. Até aí, tudo bem, o conceito está absolutamente correto. O grande beneficiário deve ser o segurado e, em termos macros, a sociedade, que passará a contar com serviços e produtos mais adequados, mais abrangentes e mais baratos para proteger o patrimônio nacional.

A ideia de tirar o governo de cima, dando mais autonomia para as companhias atuarem de acordo com seus planos estratégicos, faz todo o sentido, ainda mais num mundo em constante transformação e que, neste momento, ainda não sabe como ficará depois da pandemia do coronavírus.

Menos regulamentado, o setor terá uma liberdade hoje inexistente e poderá desenvolver produtos e formas de atuação sintonizadas com as necessidades de proteção de pessoas e empresas, nos mais variados campos de atuação. Com a possibilidade de desenharem seus produtos de acordo com suas capacidades e planejamento comercial, as seguradoras com certeza colocarão no mercado seguros modernos, abrangentes, mais baratos e mais em conformidade com o público do que os atuais.

Sob este aspecto, as iniciativas da Susep devem ser não apenas aplaudidas, como apoiadas e incentivadas. O setor de seguros tem pouca criatividade, pouca concorrência e poucos diferenciais. Na base, está a interferência da própria autarquia que, ao normatizar e regular da forma como o faz, amarra as seguradoras a regras e normas muitas vezes inibidoras de sua criatividade, quase que obrigando-as, em termos de produtos, a serem umas praticamente iguais às outras, como se o setor fosse um jogo de espelhos que refletem, mais ou menos distorcidos, os mesmos desenhos básicos.

Ao pretender mudar e modernizar o setor de seguros, a Susep está seguindo a trilha do que vai acontecendo pelo mundo, copiando o que foi experimentado e deu certo em outros países, bem como adaptando ações desencadeadas pelo Banco Central para modernizar o sistema financeiro. Nada de errado nisto. Afinal, não há razão para se inventar a roda duas vezes. Se alguém fez e deu certo, guardadas as proporções e tipicidades, não há por que não implementar o que foi feito, visando o benefício da sociedade.

Entre as ações com potencial de sucesso, o sandbox de seguros vai se destacando, tanto que a Susep está abrindo a licitação para uma segunda rodada de companhias. Mas a autarquia quer mais e é aí que a cautela precisa ser lembrada e respeitada. Se há um sentimento que é um risco enorme para as ações humanas, com certeza se chama vaidade. Por conta dela, impérios caíram, reis perderam a coroa, campeões beijaram a lona e muita coisa que tinha tudo para dar certo acabou dando errado.

Já falei sobre isso quando tratei do open insurance. O tema é delicado. Envolve uma série de fatores e variáveis que precisam ser muito bem estudados para não colocar em risco ganhos importantes, práticas consolidadas e usos e costumes relevantes. Também é necessário ter calma, afinal, o assunto ainda não maturou em nenhum mercado relevante e um bom número de nações está longe de adotá-lo.

Agora a Susep pretende mexer nas regras dos seguros de veículos, visando diminuir a participação das grandes seguradoras na carteira. Se olharmos o que acontece no mundo, as grandes seguradoras de seguros gerais são também as grandes seguradoras de veículos e isso faz todo o sentido porque, entre os seguros massificados, o seguro de veículos tem lugar de destaque entre os produtos mais comercializados.

Ninguém é contra mexer no seguro de veículos para dar liberdade para as seguradoras desenharem produtos mais aderentes às necessidades da população. Estas mudanças poderiam, inclusive, trazer as associações de proteção veicular para dentro de regras de controle hoje inexistentes. O que não pode é mexer para mudar sem saber o que vai acontecer.

BR Distribuidora será empresa de energia e não só de combustível, afirma presidente

Fonte: Estadão

Agora uma empresa com o capital totalmente pulverizado na Bolsa de Valores, após a Petrobrás acabar de vender toda a sua participação, a BR Distribuidora caminhará a passos largos para se preparar para a transição energética, afirma o presidente da rede de distribuição de combustíveis, Wilson Ferreira Júnior, que assumiu o comando da empresa em março, depois de deixar a estatal Eletrobrás. Vamos ser uma empresa de energia e não só de combustível, afirmou ele ao Estadão.

A BR Distribuidora acaba de concluir a oferta de ações em que a Petrobrás vendeu uma fatia de 37,5% da empresa por R$ 11,4 bilhões, na maior oferta de ações na B3 de 2021.

Segundo Ferreira, ao longo desse processo de saída da Petrobrás, os investidores buscaram informações sobre os planos de curto prazo da empresa, que incluem a expansão da fábrica de lubrificantes e ampliação da logística de combustível.

Além disso, as reuniões que ocorreram durante duas semanas tiveram também abordaram o posicionamento de mais longo prazo da empresa frente à transição energética, quesito no qual o executivo garante que a BR está à frente de seus concorrentes.

O mercado de distribuição é bastante competitivo no Brasil. Conforme o último boletim de abastecimento, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a BR tem cerca de 23% de participação, seguida de perto pela Raízen, licenciada da marca Shell (20,5%), e pela Ipiranga (19,3%).

Para o presidente da BR, apesar de os dados mostrarem as empresas brigando cabeça a cabeça pela primeira posição, a BR tem hoje o menor custo do setor e baixo endividamento, estando pronta para acessar o mercado se houver necessidade de mais recursos para arcar com investimentos.

No cenário de transição energética, com a chegada de carros elétricos, por exemplo, os postos de combustíveis precisarão estar prontos para suprir essa nova demanda, se adaptando para abastecer a frota que se alimentará de energia elétrica. Em primeiro lugar, temos de estar bem posicionados em energia elétrica. Em segundo, em GNL (gás natural liquefeito), explica.

A relação com a Petrobrás, que agora se resume à esfera comercial, segue positiva. Somos o maior comprador da Petrobrás, frisa o executivo.

Diagnóstico

Para ter em mãos um estudo detalhado sobre a companhia que o executivo assumiu há poucos meses, a BR contratou a consultoria BCG (Boston Consulting Group), que a apoiará nessa revisão estratégica. Esse processo deverá ser concluído em cerca de um mês e meio.

Nesse processo, afirma Ferreira, há pontos que de imediato precisam ser trabalhados, de olho no ganho de eficiência. Um que chama atenção são as 1,2 mil lojas de conveniência da empresa, que hoje não agregam ganhos ao resultado da companhia.

A virada de chave, segundo ele, já está em curso, com a recente parceria firmada com as Lojas Americanas, por meio das redes Local e BR Mania. Elas formarão uma joint venture e dividirão a sociedade em 50%. Já está nos planos a abertura de mais mil lojas, hoje, apenas 25% dos postos da BR têm operação de varejo, enquanto no exterior o índice de redes semelhantes chega facilmente a 60%.

Para os analistas do UBS, a BR começa, após o desinvestimento da Petrobrás, um novo capítulo. Com a venda concluída, acreditamos que a BR está pronta para materializar o desempenho positivo esperado de todas as melhorias operacionais que obteve desde a privatização, diz o documento assinado pelo analista Luiz Carvalho.

Já Heloise Fernandes Sanchez, da Terra Investimentos, afirma que a saída da Petrobrás abre caminho para que a empresa entre em outros segmentos do setor de óleo e gás, inclusive podendo virar uma concorrente da Petrobrás.

Justiça dá prazo à Samarco para responder a credores

A 2ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte ordenou à Samarco que a empresa se manifeste até o dia 12 de julho a respeito de questionamentos feitos por parte dos credores no processo de recuperação judicial da mineradora, que listou, em abril, dívidas de mais de R$ 50 bilhões.

Na semana passada, um grupo de credores, liderados pelos gestores de fundos York Global Finance e Ashmore Group, pediram à Justiça que proíba a Samarco de fazer pagamentos à Fundação Renova, entidade criada em 2016 pela Samarco e suas sócias Vale e BHP Billiton para cuidar das indenizações e ações de reparação pelo rompimento da barragem em Mariana (MG), em novembro de 2015.

Fonte dos credores disse que o objetivo não é impedir que a Renova receba os recursos: Só não se quer que o pagamento [à Renova] ocorra fora da recuperação judicial da Samarco, disse o interlocutor. Fontes dos acionistas disseram, por sua vez, que o que os fundos pretendem, com o pedido feito à Justiça, é que Vale e BHP arquem com os custos da Renova.

O objetivo dos fundos é esvaziar a responsabilidade da Samarco, assumida via TTAC [Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta], disse fonte ligada aos sócios. O TTAC é um acordo definitivo acertado pela Samarco e suas acionistas com autoridades e que envolve 42 programas de reparação pela tragédia de Mariana. A empresa e as autoridades começaram um processo de revisão desses programas previsto para se estender por cerca de quatro meses. Ao fim dessa discussão, o TTAC poderá ser aditado. Mas um acordo em torno do tema depende de se encerrar ação civil pública de R$ 155 bilhões contra a Samarco e seus sócios.

As discussões sobre a revisão do TTAC também foram alvo dos fundos, conhecidos no mercado como abutres por comprarem créditos com desconto de empresas em dificuldades buscando um ganho à frente. Esses fundos pediram que a Samarco informe aos credores e ao juiz os detalhes da negociação que mantém com os governos de Minas Gerais e Espírito Santo, Ministério Público de Minas Gerais, Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Advocacia Geral da União (AGU) e Defensoria Pública para um novo acordo de reparação. Os fundos requerem ainda que a mineradora seja impedida de fazer acordos enquanto não houver autorização prévia do juiz da recuperação judicial e dos próprios credores.

O Valor apurou que a maior preocupação dos credores é que a mineradora e os órgãos públicos assinem um acordo de repactuação do TTAC alterando valores e reduzindo prazos de repasse dos recursos relativos à reparação de danos em Mariana. O TTAC assinado em 2016 deu origem à Renova. À época, a expectativa era que os gastos ficariam entre R$ 11 bilhões e R$ 13 bilhões aplicados ao longo de 15 anos. De acordo com dados da Fundação Renova, até junho a entidade havia desembolsado R$ 13,28 bilhões em ações de reparação e compensação a cerca de 324 mil pessoas em Minas Gerais e no Espírito Santo. O orçamento para 2021 é de R$ 5,86 bilhões e eleva para R$ 17 bilhões os dados da fundação na reparação.

Uma aceleração no pagamento ou aumento do valor da reparação pode reduzir o caixa da Samarco, dificultando o pagamento aos demais credores. A Samarco tem pago em média à Renova R$ 500 milhões por mês. O recurso sai da geração de caixa da companhia, que voltou a operar no fim de 2020 com 26% de sua capacidade.

Um dos argumentos dos fundos é que, de acordo com a legislação ambiental, devem responder pela reparação os responsáveis diretos e indiretos pela degradação. Assim sendo, Vale e BHP, como sócias da Samarco, também respondem pela reparação. Desde o rompimento da barragem de Fundão, no fim de 2015, até dezembro de 2020, a Samarco ficou sem operar e sem gerar receita. Nesse período, a Vale a BHP fizeram os repasses à Renova. Quando voltou a operar, a Samarco passou a bancar a entidade.

Os valores repassados pela Vale e pela BHP foram incluídos nos créditos que a Samarco negocia no processo de recuperação judicial, o que é criticado pelos credores, pois consideram que as empresas também devem pagar pela reparação das vítimas. Dos R$ 50,5 bilhões listados no processo, Vale e BHP têm juntos cerca de R$ 24 bilhões. Além disso, os credores alegam que todas as dívidas que existem na data do pedido de recuperação judicial devem estar submetidas ao processo, o que incluiria os pagamentos à Fundação Renova. Os credores defendem que as duas continuem bancando a Renova enquanto a Samarco negocia as dívidas na recuperação judicial.

Para a advogada Ana Carolina Monteiro, responsável pela área de reestruturação do Kincaid, Mendes Vianna Advogados, o pedido dos fundos é desprovido de arcabouço jurídico: Os credores fazem um pedido de desconsideração da personalidade jurídica [da Samarco] por via transversa, via petição judicial, disse a advogada. Ela representa um credor da Samarco, e acredita que os credores como um todo precisam se organizar para propor um plano melhor uma vez que as condições propostas pela empresa, no plano original, não são boas, na visão dela. O plano propõe pagamento da dívida em cota única em 2041 com deságio 85%.

Outra opção é que os credores transformem créditos em ações preferenciais da Samarco. O advogado da Samarco e sócio da VLF Advogados, Daniel Vilas Boas, diz que a empresa é a principal responsável pela tragédia em Mariana e é quem deve pagar pela reparação. Afirma que, como o processo de reparação não podia parar, os pagamentos à Renova seriam mantidos, ficando fora da recuperação judicial – como consta no pedido enviado à Justiça.

Outra polêmica no processo foi a decisão que fixa em 1% (R$ 500 milhões) a remuneração dos administradores judiciais da Samarco. O Valor apurou que há entendimento para se pagar um valor menor, de acordo com as referências de mercado, disseram fontes.

Fonte: Valor Econômico

Alta do diesel surpreende caminhoneiros e greve ganha força, diz líder do CNTRC

Há menos de uma semana, membros do Conselho se reuniram com o presidente da estatal e pediram para que preço do diesel não subisse

Fonte: Estadão

O primeiro reajuste de combustíveis da gestão do general Joaquim Silva e Luna na Petrobras pegou os caminhoneiros de surpresa. Há menos de uma semana, membros do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) se reuniram com o presidente da estatal e pediram para que o preço do diesel não subisse.

Deixamos claro na reunião que se o diesel subisse ia afetar seriamente não só os caminhoneiros, mas a sociedade em geral, que já está muito pressionada, disse Plínio Nestor Dias, presidente do CNTRC.

Apesar de ter baixo impacto na inflação oficial (IPCA), a alta do diesel afeta toda a cadeia produtiva, que depende do frete rodoviário para distribuição no País.

Dias afirmou que a greve dos caminhoneiros, marcada para o próximo dia 25, continua de pé e ganha força com a alta. Segundo ele, o CNTRC enviará uma carta em resposta à Petrobras nesta segunda-feira, 5, afirmando mais uma vez a posição da categoria.

Meu celular não parou o dia todo, são caminhoneiros querendo saber o que aconteceu. Vamos traçar nossa estratégia para ninguém sair prejudicado, mas vai ter greve, informou.

Também os petroleiros criticaram o novo aumento dos combustíveis anunciado pela petroleira, 6% para gasolina e GLP e 3,7% para o diesel. Segundo o coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, o aumento veio da pressão de importadores de combustíveis e de investidores do mercado financeiro.

O novo aumento nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha nas refinarias anunciado hoje pela Petrobras é mais uma clara demonstração da equivocada política de preço de paridade de importação (PPI), adotada pelo governo Bolsonaro contra a população brasileira e que penaliza sobretudo os mais pobres, disse o sindicalista.

Bacelar chama a atenção sobre o impacto que os aumentos terão na inflação em efeito cascata, que junto com a elevação das tarifas de energia elétrica achatam a renda do trabalhador.

É inadmissível que com este novo aumento no gás de cozinha nas refinarias da Petrobras, a partir desta terça-feira, o sexto aumento somente neste ano, o gás de cozinha já acumule uma alta de 37,9%, ressaltou Bacelar.

Ele destacou que nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 8,06%. Ou seja, em sete meses, o aumento do gás de cozinha já é quase cinco vezes a inflação de um período de um ano, disse.

Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:

Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2021/05/edicao-265/

Revista Cobertura:  https://www.revistacobertura.com.br/revistas/revista-cobertura/revista-cobertura-edicao-231/#2

Revista Segurador Brasil: https://issuu.com/revistaseguradorbrasil/docs/segurador_166_

Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2021/06/14/mercados-de-vida-e-previdencia-apresentam-crescimento/

Revista Insurance Corp: http://insurancecorp.com.br/pt/content/pdf/ic_ed35_2021.pdf

Caderno de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-916.html

Revista Brasil Energia: https://editorabrasilenergia.com.br/wp-content/uploads/sites/1/flips/129726/Bia469v3/2/index.html