Fusão & Aquisição
27, Jul. 2021
Aon e Willis Towers Watson desistem da fusão de US$ 30
bilhões
A Aon pagará a taxa de rescisão de US$ 1 bilhão para a
Willis Towers Watson
Fonte: Sonho Seguro
A Aon plc e Willis Towers Watson anunciaram hoje que as
empresas concordaram em rescindir seu contrato de combinação de negócios e
encerrar litígios com o Departamento de Justiça dos EUA ( DOJ). A combinação
proposta foi anunciada pela primeira vez em 9 de março de 2020.
Apesar do impulso regulatório em todo o mundo, incluindo
a recente aprovação de nossa combinação pela Comissão Europeia, chegamos a um
impasse com o Departamento de Justiça dos EUA, disse o CEO da Aon, Greg Case. A
posição do DOJ ignora que nossos negócios complementares operam em áreas amplas
e competitivas da economia. Estamos confiantes de que a combinação teria
acelerado nossa capacidade compartilhada de inovar em nome dos clientes, mas a
incapacidade de garantir uma resolução rápida do litígio nos inviabiliza,
informa nota divulgada.
Case acrescentou: Nos últimos 16 meses, nossos colegas
transformaram os desafios potenciais em oportunidades para avançar nossa
estratégia da Aon United. Construímos nosso histórico de inovação, continuamos
a oferecer desempenho e progresso líderes do setor em relação às nossas
principais métricas financeiras e nos movemos Avance com o maior engajamento de
colegas e pontuações de feedback do cliente em mais de uma década. Nosso
respeito pela Willis Towers Watson e pelos membros da equipe que conhecemos por
meio desse processo só aumentou.
A resiliência e o comprometimento de nossa equipe são uma
fonte de orgulho e confiança. Eles continuaram a dar vida à atraente proposta
de valor da Willis Towers Watson para melhor servir nossos clientes nas áreas
de pessoas, risco e capital, disse John Haley, CEO da Willis Towers Watson .
Daqui para frente, nosso foco permanece constante em nossos colegas, clientes e
acionistas. Acreditamos estar bem posicionados para competir vigorosamente em
nossos negócios em todo o mundo e continuaremos a apresentar importantes
inovações ao mercado. Agradecemos e respeitamos profundamente todos os colegas
da Aon que conhecemos por meio desse processo.
Em conexão com a rescisão do contrato de combinação de
negócios, a Aon pagará a taxa de rescisão de US$ 1 bilhão para a Willis Towers
Watson. O esquema proposto da Willis Towers Watson já expirou e ambas as
organizações seguirão em frente de forma independente. Ambas as empresas
fornecerão mais atualizações financeiras e perspectivas sobre suas respectivas
chamadas de lucros do 2º trimestre de 2021, que ocorrerão em 30 de julho para
Aon e 3 de agosto para Willis Towers Watson.
Susep pode aprovar até 15 novas empresas para atuar no
mercado de seguros
Fonte: CQCS
De acordo com uma matéria veiculada pelo Valor Econômico
nesta segunda-feira (26), a Superintendência de Seguros Privados (Susep)
publica hoje o edital de seleção para a segunda turma do sandbox regulatório, e
as inscrições ficarão abertas de 30 de agosto até 9 de setembro. Serão
selecionadas até 15 empresas, que terão a possibilidade de inovar no mercado
sem amarras da regulação. As novas regras foram flexibilizadas com relação à
primeira turma, com a entrada de mais ramos, como seguro agrícola e fiança
locatícia. A divulgação dos projetos selecionados está prevista para o fim de
outubro.
O sandbox constitui-se de um ambiente regulatório
experimental com condições especiais. A ideia é que as empresas selecionadas
ofereçam novas tecnologias ou processos inovadores. O projeto do Ministério da
Economia abrange as diferentes autarquias do mercado: Banco Central, Comissão
de Valores Mobiliários (CVM) e Susep, a primeira a implementar o projeto. O
mercado [segurador] estava atrasado em termos de facilidade de inovação. É
perceptível que havia uma demanda reprimida por inovação dentro do mercado de
seguros, revelou o diretor da Susep, Rafael Scherre. Antes do sandbox, já havia
muitas insurtechs que trabalhavam na cadeia, mas ainda sem oferecer os produtos
diretamente ao consumidor.
Estamos usando o sandbox como ambiente experimental para
o regulador também, diz Scherre. Em geral, o limite de cessão de riscos em
resseguros é de 50% e, no sandbox, será flexibilizado para até 90%. O foco é
dar mais espaço para usar o resseguro, que é importante do ponto de vista de
transparência do risco. Vamos testar a ideia e eventualmente ampliar para o
mercado todo, acrescenta. No mercado internacional não há nenhum tipo de
limite, e esse é um caminho que futuramente deve ser seguido no Brasil.
As empresas selecionadas terão autorização para atuar no
sandbox por três anos, por isso os produtos oferecidos pelas seguradoras não
poderão ser os de mais longo prazo, conhecidos como cauda longa, e sim os mais
simples e curtos.
Nessa nova fase do sandbox, Scherre afirma que a Susep
deu mais um passo para a experimentação de novos produtos. Queremos ampliar para
outros segmentos o potencial de inovação que observamos na primeira rodada,
como no mercado de smartphones e automóveis, diz.
Entre as novidades, estão os seguros de fiança locatícia,
marcando a autorização da entrada do sandbox no grupo financeiro. Também vai
ampliar para o seguro de responsabilidade civil ligado a produtos de mobilidade
urbana, como automóveis e bicicletas. O seguro agrícola será válido para safras
de ciclos produtivos de até seis meses, e também passam a valer seguros para
viagens domésticas. Tem muito espaço para inovação e muita gente interessada
nestes mercados, como vimos na consulta pública, afirma Scherre.
A Susep, devido a flexibilização do edital, vai permitir
que empresas que foram selecionadas na primeira turma candidatem-se para essa
nova rodada. Na consulta pública sobre o assunto, o regulador havia sugerido
como obrigatória a adesão ao projeto de open insurance, cujas regras foram
divulgadas na semana passada. Mas depois avaliou que deveria ser algo
voluntário. Os projetos que estiverem prontos para o sistema aberto de seguros
terão uma pontuação elevada, figurando a adesão apenas como uma espécie de
recomendação.
Na primeira edição do sandbox, 14 projetos se inscreveram
e 11 foram selecionados. Destes, nove estão operando como seguradoras. Algumas
ainda estão testando as operações, mas há uma parte operando no mercado, com
resultados. O diretor menciona o uso da inteligência artificial na regulação do
sinistro e no pagamento de indenização em segundos. Outros destaques da
primeira rodada são os seguros intermitentes para automóveis, a ampliação da
cobertura de smartphones e a simplificação dos contratos. Sem citar nomes,
Scherre menciona o exemplo de uma participante que vem alcançando pessoas que
nunca haviam contratado o serviço.
CORRIDA ESPACIAL E CORRIDA DE SEGUROS
Os recentes voos espaciais dos bilionários Richard
Bransom e Jeff Besoz, respectivamente controladores do grupo britânico Virgin e
da norte-americana Amazon, além de tudo de lúdico, mágico e tecnológico
envolvido, abrem uma nova área para o setor de seguros.
Imaginar que, em plena pandemia do coronavírus, o ser
humano conseguiria dar uma demonstração indiscutível de sua capacidade de
superação era algo pouco provável até pouco tempo atrás. Não era segredo que
ambos estavam firmemente dispostos a abrir um novo capítulo na história da
humanidade, oferecendo voos espaciais privados para, mediante o pagamento de
uma pequena fortuna, levar os ricos que pudessem comprar a passagem para um voo
de alguns minutos, além dos limites do planeta, entrando no espaço para ver a
Terra de uma perspectiva inédita para a imensa maioria das pessoas.
Até agora, o planeta visto de fora era exclusividade dos
astronautas das missões oficiais, bancadas por governos dispostos a explorar o
cosmos, seguindo a longa tradição das viagens de descobrimento iniciadas pelos
portugueses no século 14.
Desde Yuri Gagarin, todos os astronautas que viajaram
para o espaço o fizeram em naves e capsulas diretamente controladas pelos
governos dos países mais desenvolvidos e com tecnologia e recursos suficientes
para se lançarem à empreitada.
Com os dois voos em que tomaram parte dois dos homens
mais ricos do planeta este capítulo da história chega ao seu fim. A partir de
agora, a iniciativa privada entra na corrida e isto tem que ser visto como um
avanço extremamente importante, porque a inciativa privada é mais ágil, menos
burocratizada e, normalmente, mais eficiente do que a burocracia governamental.
É verdade que a inciativa privada já participava da
corrida espacial. A Space X, empresa do bilionário Elon Musk, fornece
regularmente seus foguetes para a NASA transportar e colocar em órbita
diferentes tipos de equipamentos. O que mudou é que a partir de agora a
inciativa privada também é capaz de levar ao espaço seres humanos, tripulando
seus objetos voadores de última geração.
O que é surpreendente, de acordo com matéria publicada pelo
New York Times, que me foi enviada pelo jornalista Fernão Mesquita, é que nem
Richard Bransom, nem Jeff Besoz se preocuparam em contratar seguros para
proteger suas viagens. Ao contrário, ao que parece, nenhuma delas tinha apólice
garantindo o eventual insucesso da missão.
Não deixa de ser um risco calculado. Os dois têm fortuna
capaz de suportar um acidente e fazer frente aos custos de um desastre que
atinja seus foguetes tripulados em suas primeiras viagens para o espaço. Mas
com o aumento da frequência das viagens, tripuladas ou não, esse risco passa a
ganhar outra dimensão e, evidentemente, em breve será segurado.
Seguros para garantir lançamentos de satélites não são
novidade. Quer dizer, o assunto não é desconhecido das seguradoras, apenas os
novos riscos, decorrentes dos dois voos recém realizados, nunca foram objetos
de análise antes. E isto abre uma avenida de novas possibilidades para o setor
de seguros expandir sua área de atuação.
A gama de variáveis envolvidas na operação, desde a
fabricação dos foguetes e cápsulas espaciais até o retorno da missão em
segurança para a Terra, é significativa e, mais uma vez, ressalta a importância
e o potencial de danos dos riscos de responsabilidade civil.
Imagine um acidente com vítimas fatais em função de um problema
num parafuso defeituoso instalado no foguete. A operadora do foguete responde
em primeiro lugar pelas indenizações em função do acidente, sejam danos
corporais, morais ou patrimoniais, mas ela tem direito de regresso contra o
responsável pelo acidente, que é a fabricante do parafuso defeituoso. Como as seguradoras já estão se debruçando
sobre o assunto, em breve todos terão seguros e essa discussão será transferida
para as seguradoras da operação do foguete e do fabricante do parafuso,
desonerando e permitindo a continuidade das operações das empresas envolvidas.
Fonte: Estadão / Autor: Antonio Penteado Mendonça
Brasileiros criam startup no Vale do Silício para
combater desde assédio até fraudes financeiras em jogos online
GamerSafer teve como primeiro cliente o Minecraft, jogo
comprado pela Microsoft e que reúne 140 milhões de jogadores ativos
Fonte: InfoMoney
O mundo tem quase 3 bilhões de jogadores e eles serão
responsáveis por movimentar US$ 175,8 bilhões apenas neste ano, de acordo com a
consultoria especializada Newzoo. Mas os brasileiros Maria Oliveira e Rodrigo
Tamellini estão de olho nos bastidores desses grandes números.
Os empreendedores se mudaram ao Vale do Silício, região
americana conhecida pela concentração de empresas de tecnologia, e criaram uma
startup que combate um problema comum aos jogadores: interações sociais
negativas e até mesmo criminosas.
A GamerSafer trabalha com publicadoras de jogos para
reconhecer identidades e evitar casos de aliciamento de menores, assédio,
bullying, intolerância religiosa, racismo, sexismo e fraudes financeiras. A
startup teve um primeiro cliente de peso: o Minecraft, jogo comprado pela
Microsoft e que tem 140 milhões de jogadores ativos, segundo o site de
estatísticas Statista.
Nesta semana, a GamerSafer anunciou a captação de seu
primeiro investimento externo. O aporte pré-semente de R$ 3 milhões será usado
para ampliar o quadro de funcionários e investir em infraestrutura tecnológica.
Os investidores foram os fundos Indicator Capital e Kerpen Ventures; o espaço
de inovação Wayra, da Telefônica/Vivo; a aceleradora TheVentureCity; e os
grupos de investidores anjo Harvard Angels e GV Angels.
O Do Zero Ao Topo, marca de empreendedorismo do
InfoMoney, conversou com o cofundador Rodrigo Tamellini sobre o modelo de
negócios da GamerSafer e sobre o novo aporte.
Cibersegurança: os bastidores dos games
Maria Oliveira e Rodrigo Tamellini se mudaram para o Vale
do Silício há cerca de sete anos, quando Tamellini foi transferido para a
matriz da empresa de tecnologia Intel. Engenheiro, Tamellini antes era
responsável pela parte de produtos da empresa para a América Latina. Já Maria
fundou uma consultoria de projetos ambientais e sociais no Brasil, e passou a
trabalhar no fomento ao empreendedorismo quando se mudou aos Estados Unidos.
Os dois tinham interesse pessoal em jogos. Tamellini se
tornou diretor na divisão de games da Intel. A empresa fornece principalmente
hardware, como processadores de alta performance. Mas também mantém um
relacionamento forte com as publicadoras de jogos, para entender como os games
estão rodando com os equipamentos e quais tecnologias podem ser acrescentadas.
Eu acompanho as tendências desse mercado faz anos. A
socialização é um componente muito importante e que cresceu nesses tempos de
pandemia. Mas essa mesma interação traz desafios, diz Tamellini. Um estudo da
Anti Defamation League (ADL) feito em 2019 mostrou que 74% dos jogadores
americanos já enfrentaram alguma forma de assédio. 53% desses usuários
reportaram que os ataques eram baseados em critérios como raça, religião,
gênero, identidade de gênero, orientação sexual ou etnicidade. Outros 29%
informaram que informações pessoais já tinham sido publicamente expostas contra
sua vontade (doxing).
Não estava satisfeito com os investimentos já feitos para
tentar resolver o problema. Então, eu e a Maria decidimos largar nossos
empregos e criar nossa própria solução.
A GamerSafer foi fundada em maio de 2019. A startup atua
com verificação de identidade para prevenir crimes em jogos e promover melhores
interações sociais. Previne desde crimes às pessoas, como aliciamento de
menores, bullying, racismo, sexismo e intolerância religiosa, até fraudes
dentro dos games, como criar diversos bots ou usar o cartão de crédito de outra
pessoa para comprar moedas que valem apenas dentro do jogo.
Cada game tem um problema mais comum. Encontramos dois
motivos para que tais ataques aconteçam: existe um alto nível de anonimidade
nessas plataformas, e a conexão entre os jogadores online segue critérios
meramente técnicos, diz Tamellini.
Para resolver o primeiro motivo, a GamerSafer usa
reconhecimento facial para analisar 25 pontos do rosto de cada usuário,
inclusive com uma tecnologia que garante que a pessoa está viva e não se trata
de uma foto ou de um vídeo deepfake. A distância entre tais pontos vira um
gráfico com coordenadas, traduzido depois para um código criptografado. Não dá para
reconstruir a face a partir desse código, criando uma proteção inquebrável via
engenharia reversa, completa o cofundador.
A GamerSafer afirma que o processo de escaneamento da
face leva menos de um segundo e pode acontecer em diversos momentos, como primeiro
acesso, compras, torneios e conversas online. A GamerSafer guarda todos os
dados de maneira anonimizada e diz estar de acordo com regulações como a Lei
Geral de Proteção de Dados (LGPD).
As informações são usadas para cada conta ser vinculada a
uma identidade real, mas tal identidade não aparece nos jogos. O usuário não
poderá criar outra conta e isso traz responsabilidade. Ele entende que seu
comportamento passa a ser vinculado a continuar jogando um título de que gosta.
Antes, sua conta era suspensa e ele só precisava criar uma nova.
Para prevenir especificamente fraudes financeiras, a
GamerSafer une a verificação de identidade com a análise dos hábitos de
consumo. Se o usuário costuma comprar apenas em dias de semana e aparecem
diversas transações na madrugada de um final de semana, por exemplo, a
GamerSafer pode pedir uma prova adicional de identidade.
Já para melhorar a conexão entre os jogadores online
(matchmaking), a GamerSafer fornece mais informações para as publicadoras dos
jogos. Geralmente, a conexão entre jogadores segue apenas critérios como
servidor ou região. Podemos fornecer dados como se o usuário é menor ou maior
de idade ou se ele costuma jogar de forma competitiva ou casual. Assim,
mapeamos gatilhos de conflitos e diminuímos tais interações de forma
anonimizada, diz Tamellini.
O foco está em resolver problemas antes que eles
aconteçam, e de forma escalável. Existem diversas ferramentas para gerenciar um
crime depois que ele acontece. Mas estamos atacando o topo desse funil: ter certeza
de que um usuário é real e de que ele será responsabilizado pelo que fizer.
Dessa forma também aliviamos o trabalho posterior da equipe de modera as
interações nesses jogos, afirma o cofundador. O reconhecimento de identidade
funciona entre diversos jogos e entre diversas plataformas (como computador,
consoles e celulares).
A GamerSafer atua no modelo B2B, vendendo sua tecnologia
para as publicadoras de jogos. A startup atende cinco plataformas de esportes
eletrônicos (esports), que realizam campeonatos online e precisam evitar que
usuários criem diversas contas para aumentar suas chances de levarem prêmios em
dinheiro. Mais recentemente, também conquistou um cliente de peso: o jogo
Minecraft.
Os ataques machucam o faturamento dessas empresas,
inclusive crimes não financeiros. O assédio leva o usuário a desistir do jogo,
influenciando em métricas como CAC [custo de aquisição do cliente] e LTV
[lifetime value, dinheiro gasto pelo usuário durante todo seu tempo de
interação]. Em um mercado extremamente competitivo, são indicadores que
precisam ser melhorados sempre, defende Tamellini.
Novo investimento e otimismo com expansão
A GamerSafer usará 70% da sua rodada pré-semente para
ampliar a equipe. A startup tem 11 funcionários e vai contratar mais quatro pessoas
nos próximos meses. O percentual restante vai para melhorar sua infraestrutura
tecnológica. É um investimento constante para uma empresa que depende de
captação e processamento de dados, diz Tamellini.
Em termos de expansão de clientes, a startup espera
aprofundar a relação com empresas atuais, como o Minecraft, para apenas depois
trabalhar com mais publicadoras de jogos. Temos um longo ciclo de vendas, já
que é um assunto sério para essas companhias. Vale a pena conversar muito bem
com cada cliente.
O ponto de equilíbrio operacional entre receitas e
despesas deve ser alcançado no primeiro trimestre de 2022. Estamos ainda
acelerando, buscando consolidar nossa atuação no mercado. Estamos mais voltados
para crescimento do que para rentabilidade.
Para Tamellini, cada investidor da rodada pré-semente
traz acesso a capital humano e a oportunidades de negócio. O cliente precisa
ter confiança na nossa capacidade de crescimento escalável, mas sustentável. Os
investidores trazem credibilidade.
A Indicator Capital é uma gestora que investe em startups
no estágio inicial. Seu foco está em inovações que transformem e acelerem
negócios. A Indicator investiu em 17 startups ao todo, incluindo a GamerSafer.
O fundo já tinha investido no estúdio de games com realidade aumenta e virtual
ARVORE Immersive Experience.
Analisamos a evolução da GamerSafer por quase um ano
antes de chegar a uma decisão de investimento, e durante esse tempo diversas
metas foram atingidas e reforçaram nossa confiança na capacidade de execução
dos fundadores, afirma Fabio Iunis de Paula, sócio da Indicator Capital, em
comunicado enviado ao Do Zero Ao Topo. Concluímos que é uma oportunidade
extraordinária para nos posicionarmos na urgência por mais segurança na
indústria de jogos colaborativos online. A startup está alinhada com nossa tese
de transformação digital e de tecnologias para o bem.
Já a Wayra é um espaço de inovação e um fundo de
corporate venture capital criado pela Telefônica/Vivo. A Wayra está em dez
países e já investiu mais de R$ 300 milhões em 800 startups ao longo de dez
anos. Apenas no Brasil, investiu em 82 startups em nove anos. A Wayra aporta
nos estágios semente e série A, acompanhando outros investidores e escrevendo
cheques de até US$ 250 mil.
Só investimos em empresas que possamos aportar como
investidor estratégico, indo além do dinheiro. Fornecemos conexão com a
Telefônica/Vivo e lições de escala e de internacionalização, aproveitando nossa
presença em diversos países, diz Livia Brando, diretora da Wayra no Brasil, em
conversa com o Do Zero Ao Topo.
A GamerSafer chamou nossa atenção porque atua em
verticais importantes para nós: cibersegurança e entretenimento por meio da
tecnologia. Vários dos clientes da Telefônica/Vivo são gamers. Sabemos como o
potencial de mercado é grande, e que a startup combate um problema relevante
com uma solução escalável. A tese foi ainda mais validada com a experiência dos
dois fundadores e a associação ao Minecraft, diz Livia.
Tanto Tamellini quanto Livia estão otimistas com o
crescimento da solução, especialmente pela adoção da rede de internet 5G.
Apenas no Brasil, são 88,4 milhões de jogadores em smartphones, com faturamento
setorial acumulado de US$ 1 bilhão para 2021, segundo a Newzoo.
O Brasil é um case de penetração do mobile, ainda que a
latência seja um grande problema. Então a experiência será muito melhor com o
5G, atraindo mais jogadores, diz o cofundador da GamerSafer. A experiência vai
mudar completamente. Estamos extremamente conectados com a chegada do 5G no
país, então somos um investidor óbvio em uma startup como essa, completa Livia.
O 5G deve chegar ao Brasil em 2022.
Petroleiro tem maior produtividade da indústria no Brasil
Mesmo com setor extrativista, participação industrial no
PIB caiu de 25% para 20%.
Fonte: Monitor Mercantil
Há anos a indústria brasileira definha, em um processo de
desindustrialização. Dados do Ibre/FGV mostram que a indústria de transformação
foi responsável por 11,3% do PIB no 1º trimestre deste ano, meio ponto
percentual a menos do que o mesmo período de 2019. Em meados da década de 1980,
este número era próximo a 25%.
A indústria é responsável por pagar salários mais
elevados, afirma Eric Gil Dantas, economista do Ibeps e doutor em Ciência
Política, em artigo para a Federação Nacional dos Petroleiros.
Segundo a Pnad Contínua do IBGE, o rendimento médio real
habitualmente recebido em todos os trabalhos entre fevereiro e abril deste ano
foi de R$ 2.532. Já o salário médio da indústria, segundo o PIA 2019 do IBGE,
foi de 3,2 salários mínimos (R$ 3.520 em valores de 2021), 39% a mais do que a
média geral brasileira. Além disto, a indústria é o polo mais dinâmico em
investimentos e inovação. Isto é, quanto menos indústria em um país, pior para
a economia.
Como consequência de uma política ultraliberal, continuamos
com a destruição da indústria nacional. O número de empresas industriais
reduziu em 8,5% de 2013 a 2019. No mesmo período, a quantidade de pessoas
ocupadas na indústria diminuiu 15,6%, isto é, 7,6 milhões a menos de empregos.
Dantas ressalta que mesmo incluindo a indústria
extrativista, a participação do PIB industrial caiu para 20,4%,
consideravelmente menor do que os 25,6% de 1996, mesmo com a força das
commodities, inclusa nesta conta como indústria extrativista.
A extração de petróleo e gás, que faz parte da indústria
extrativa, atingiu 15,2% de participação no valor de transformação da
indústria, a maior fatia em dez anos. E o petroleiro é responsável pela maior
produtividade de toda a indústria brasileira. Produtividade aqui é a razão
entre o valor da transformação industrial e a quantidade de pessoal ocupado na
empresa, isto é, quanto cada trabalhador é responsável por geração de novo
valor na economia, explica o economista.
Cada petroleiro adicionou, em média, R$ 8,58 milhões em
2019, 4.561% a mais do que a média da indústria em geral, e 4.945% a mais do
que a média da indústria de transformação.
Neve no RJ, frio recorde em SP e -25ºC no Sul?
Como Ciência explica frio extremo que deve chegar ao
Brasil
Fonte: BBCNews
Meteorologistas de diversos órgãos anunciam a chegada,
nos próximos dias, de uma forte massa de ar polar, que deve causar uma queda
histórica nas temperaturas de todo o Brasil.
A previsão é que o frio intenso comece na terça-feira
(27/7) e se estenda até domingo (1/8).
Na região Sul, os termômetros podem registrar
temperaturas negativas durante mais de uma semana. Nas serras catarinense e
gaúcha, a previsão do Climatempo é de mínimas entre -8ºC e -10ºC. Mas fortes
ventos podem causar uma sensação térmica de até -25ºC.
Por que calor recorde no hemisfério norte indica que algo
pior está por vir
No Rio de Janeiro, há a possibilidade de nevar no Pico do
Itatiaia, localizado a 2.450 metros de altitude.
Em São Paulo, a previsão do Instituto Nacional de
Meteorologia (Inmet) é de que a mínima prevista para a madrugada de sexta-feira
(30/7) seja de 3ºC, com máxima de 13ºC.
A última vez que a cidade registrou uma temperatura tão
baixa em 13 de junho de 2016 (3,5ºC). Há também previsão de geada para toda a
região da Grande São Paulo.
Segundo o Climatempo, diversas capitais devem registrar
as menores temperaturas do ano, como Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre,
Campo Grande, São Paulo, Belo Horizonte e Vitória.
A menor temperatura já registrada na capital paulista,
desde 1943, foi de -2,1ºC no dia 2 de agosto de 1955, na estação meteorológica
do Inmet no Mirante de Santana, que é a estação oficial para registro de
recordes.
Caso a previsão desta semana se concretize, será o dia
mais frio dos últimos 27 anos na capital paulista. No dia 9 de julho de 1994, o
Inmet registrou 2ºC e, no dia 10 de julho de 1994, 0,8ºC. Na época, as baixas
temperaturas devastaram cafezais em cidades no interior paulista.
Por que faz tanto frio?
Meteorologistas ouvidos pela BBC News Brasil disseram que
a passagem de massas de ar frio é comum nesta época do ano. No entanto, a
magnitude e frequência desses fenômenos podem ter sido alterados pelas mudanças
climáticas.
Segundo Francisco de Assis, do Instituto Nacional de
Meteorologia (Inmet), a massa de ar frio desta semana será a terceira de grande
porte registrada em 2021. O mais comum, diz ele, é apenas uma ou duas massas de
ar polar significativas por ano.
O que cidades que já vivem racionamento revelam sobre
futuro da crise da água
Isso está associado à alta variabilidade climática e
aquecimento global, que causam esses extremos. Da mesma forma que o frio
extremo aqui, vemos o forte calor no Hemisfério Norte, afirma.
Questionado, porém, Assis diz que essa deve ser a última
grande onda de frio deste ano.
Normalmente, as temperaturas mais baixas são registradas
entre a segunda quinzena de junho e durante o mês de julho. É muito improvável
que uma nova onda como essa aconteça de novo porque, a partir de agosto, começa
a esquentar, afirma.
Francisco de Assis explica que as massas de ar que
atingiram o Brasil neste ano causaram mais frio porque foram mais consistentes,
extensas e conseguiram subir com intensidade até o Sudeste do país.
As massas de ar polar do ano passado não atingiram a
região do café em Minas, no sudeste do Estado. Já as deste ano, inclusive a
desta semana, têm mais força para atingir a região Sudeste.
Ele diz que essas massas nascem na Antártida e sobem.
Elas passam pela Argentina, Uruguai e perdem força ao chegar no Sudeste, onde
correntes na alta atmosfera as arrastam de oeste para leste. Desta maneira,
elas são levadas para o oceano e chegam ao sul da África.
Francisco de Assis, no Inmet, afirma que uma das regiões
que sentirá uma das maiores variações climáticas do país é Cuiabá, no Mato
Grosso.
Isso porque a Baixada Cuiabana registrou 37ºC no fim de
semana e mínima de 21ºC. A máxima vai cair para 20ºC na quinta (29/7) e a
mínima vai a 7ºC, afirmou.
Ele diz que esse contraste ocorre porque na região há o
predomínio de uma forte massa de ar quente e seca. A chegada de um sistema de
ar frio causa esse contraste.
A massa de ar frio ainda pode derrubar as temperaturas no
sul do Amazonas, do Acre e Rondônia, fenômeno conhecido como friagem. Ela
também deve causar chuvas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São
Paulo e parte do Mato Grosso do Sul.
Também há previsão de ressaca e mar agitado desde o extremo
sul do litoral do Rio Grande do Sul até as praias de Vitória, no Espírito
Santo.
Muita geada, mas pouca neve
A meteorologista do Climatempo Josélia Pegorim disse à
BBC News Brasil que, apesar de registrar temperaturas negativas, as três
capitais do Sul não devem ter neve.
Não basta o frio intenso para nevar. A neve é uma
precipitação e precisa cair de uma nuvem. As condições para neve serão
restritas aos dias 28 e 29 de julho, mas não há chance de ocorrer em Curitiba,
por exemplo. Apenas no planalto e serra do Rio Grande do Sul e Santa Catarina,
afirma.
Ela afirmou que a massa de ar desta semana será tão
significativa que até mesmo algumas áreas no sul do Tocantins, da Bahia e do
Pará sentirão uma queda na temperatura.
Mas nessas regiões (essa massa) vai apenas aliviar o
calor porque está muito quente. Teremos uma atuação bastante forte mesmo no
continente, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
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Maiores informações acesse: Conhecer Seguros
Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:
Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2021/05/edicao-265/
Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/revistas/revista-cobertura/revista-cobertura-edicao-231/#2
Revista Segurador Brasil: https://issuu.com/revistaseguradorbrasil/docs/segurador_166_
Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2021/06/14/mercados-de-vida-e-previdencia-apresentam-crescimento/
Revista Insurance Corp:
Caderno de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-916.html
Revista Brasil Energia: https://editorabrasilenergia.com.br/wp-content/uploads/sites/1/flips/129726/Bia469v3/2/index.html
Relatório 2020 da CNseg (destaca os seus projetos e ações em ano desafiador): https://cnseg.org.br/noticias/relatorio-2020-da-cnseg-destaca-os-seus-projetos-e-acoes-em-ano-desafiador.html
2021 / CNseg: O Setor de Seguros Brasileiro: https://cnseg.org.br/publicacoes/o-setor-de-seguros-brasileiro-folder-2021.html
Curso Extensão de Responsabilidade Civil da ENS
O Curso de Extensão ENS em parceria com a AIDA, tem como objetivo proporcionar o conhecimento das modalidades de seguros do ramo de Responsabilidade Civil, as normas legais que o regulam, a formação do contrato e todas as obrigações e os direitos dele decorrentes, como coberturas, exclusões e diversos temas conexos e diretamente relacionados. Para maiores informações e inscrições acesse: https://www.ens.edu.br/.../cursos-de-extensao-aulas-ao...
Curso de Pós-Graduação em Saúde Suplementar ENS
Capacite-se para atuar com segurança na área de saúde suplementar, aprofundando seus conhecimentos, especialmente, em aspectos regulatórios e de gestão.
O curso é ministrado on-line, ao vivo, em ambiente virtual que possibilita a interação entre alunos e professores em tempo real.
Acesse e saiba mais em: https://www.ens.edu.br/cursos/posgraduacao-aulas-ao-vivo-saude-suplementar-aulas-ao-vivo?inscricao=2837&ead=True&fbclid=IwAR0rapTheczh4kEkwvNu8UDX1YbFLAZG82jpptMQkWAO0UZKYnJmBcye7zw
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Inscrições: ANPD - Principais Considerações Sobre o Guia Agentes de Tratamento - Sympla