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Gestão de Riscos e Pandemia

29, Jul. 2021

Gestão de Riscos e Pandemia

Atual realidade leva população a pensar em se proteger e se prevenir, inclusive, contra outros riscos

Presidente do CVG-SP e convidados destacam bom desempenho dos seguros de vida e saúde na live do Sindseg-SP

Fonte: CVGSP / Sonho Seguro

O presidente do CVGSP, Marcos Kobayashi, diretor Comercial Nacional Vida da Tokio Marine Seguradora, participou, nesta quarta-feira (28/07), do Workshop Vida e Saúde, Oportunidades e desafios no pós-pandemia, promovido pelo Sindseg-SP. Transmitido ao vivo pela internet, o evento foi mediado pelo presidente do SindsegSP, Rivaldo Leite, e contou com as participações de Luciano Lima, da SulAmérica Seguros, e de Marco Antonio Gonçalves, do Grupo MAG.

Questionado por Rivaldo Leite sobre o bom desempenho do seguro vida durante a pandemia, Kobayashi explicou que o ramo vem apresentando crescimento contínuo e consistente. Tanto que, em 2017, ultrapassou a arrecadação do seguro automóvel e, em 2019, do seguro saúde. Segundo ele, esse desempenho é fruto de um trabalho de conscientização e esclarecimento da população. A pandemia materializou de uma forma dura para as pessoas a necessidade de enxergar a proteção pessoal, financeira e familiar como parte do processo de planejamento, disse. Na Tokio Marine, por exemplo, Kobayashi informou que o seguro de vida individual cresceu 71% no último semestre.

Para Marco Antonio Gonçalves, a pandemia fez a população pensar em se proteger e se prevenir, inclusive, contra outros riscos, como o de doença grave. Na sua visão, o mercado de seguros tomou a decisão acertada ao cobrir os sinistros provocados pela covid-19, honrando as indenizações. Mas, o vírus acabou antecipando muitas mortes e sequelas nas pessoas, tornando o preço do seguro inadequado. Apesar disso, o seguro de vida tem crescido. Hoje, o seguro é contratado para outras finalidades, além do risco de morte, como é o caso do planejamento sucessório. Temos muitos a avançar, e estamos no caminho certo, disse.

Rivaldo Leite citou dados da FenaPrevi sobre a sinistralidade do ramo de pessoas, desde que boa parte das seguradoras decidiu cobrir o risco de pandemia, excluído da maioria dos contratos, e indenizar os sinistros provocados pela covid-19. Segundo os dados apurados, o mercado indenizou até o momento 72.043 vidas. Em 2021, foram pagos 48.121 sinistros, que já ultrapassaram o montante de R$ 2,1 bilhões. Somando 2020 com 2021, o mercado já indenizou R$ 3,1 bilhões. É um alto valor e não estava precificado, disse.

Kobayashi confirmou a informação e acrescentou que as 20 maiores seguradoras apresentaram resultado inferior ao mesmo período de 2020 na carteira de vida. Ele reconheceu que haverá a necessidade de revisão na precificação do seguro, mas observou que é possível reduzir outros gastos, como, por exemplo, os de despesas administrativas, para fazer o contraponto com o aumento de custos. Trata-se de um grande desafio e um dos caminhos é aumentar o nosso público, trazendo os mais jovens para a proteção do seguro, disse.

O presidente do Sindseg-SP comentou o impacto da pandemia na saúde suplementar, observando que, a princípio, não acreditava que o setor fosse ser muito afetado. Mas, então, veio a segunda onda e a situação se complicou, disse Rivaldo Leite. De acordo com Luciano Lima, na primeira onda, de fato, os hospitais estavam mais vazios e houve redução na sinistralidade. Já na segunda, o setor enfrentou o pico de casos, com o aumento do período de internações. Uma internação que custava R$ 20 mil, aumentou para R$ 100 mil, disse. Logo em seguida, também houve aumento de procedimentos eletivos e dos custos médicos.

Para Kobayashi, o aumento da média de diárias de internação, que passou de 3 dias para 10 dez dias e, em muitos casos, superou até os 30 dias, agravou os custos. Mesmo assim, ele acredita que o setor continuará crescendo. Não tenho bola de cristal, mas afirmo que nos próximos anos os setores de vida e saúde continuarão crescendo porque o mercado, assessorias, corretores e seguradoras, tem feito um forte trabalho de conscientização.

Susep avança na simplificação dos seguros de responsabilidades com nova norma

O objetivo é alinhar o segmento aos avanços promovidos pela nova norma geral de seguros de danos, proporcionando mais liberdade para inovação

Fonte: Susep / Sonho Seguro

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) publicou hoje a Circular Susep nº 637/2021, que revisa e consolida as regras aplicáveis aos seguros de responsabilidades, dando continuidade ao processo de simplificação regulatória, flexibilização na elaboração de produtos e estímulo à inovação. A norma foi submetida à consulta pública entre os meses de março e abril deste ano.

A superintendente da Susep, Solange Vieira, explica que o novo normativo adequa os seguros de responsabilidades aos avanços da norma geral de seguros de danos (Circular Susep nº 621/2021). Com a medida, estamos simplificando as regras específicas do segmento, dando continuidade ao processo de redução das amarras regulatórias, possibilitando a diversificação dos produtos, com o objetivo de expandir a utilização destes seguros para proteção do patrimônio dos cidadãos e das empresas, afirma.

Outro avanço importante é a possibilidade de produtos sem limites predefinidos por cobertura, permitindo-se a utilização de todo o valor da apólice para diferentes coberturas ou garantias conforme a necessidade do segurado, conferindo maior flexibilidade aos contratos. Houve também aprimoramentos diversos do normativo, após recepção das sugestões advindas da consulta pública, destacando a inclusão de dois novos tipos de seguro de responsabilidades à base de reclamações: com notificações; e com primeira manifestação ou descoberta.

A norma autoriza também que as seguradoras paguem indenizações impostas por decisões administrativas do Poder Público, como o TCU por exemplo, o que não é permitido atualmente. O diretor da Autarquia, Igor Lourenço, acrescenta que a Circular também proporciona maior autonomia aos consumidores do mercado de seguros, uma vez que torna possível a livre escolha ou utilização de profissionais referenciados, pelos segurados, no caso de ser comercializada cobertura para os custos de defesa.

As linhas de negócio de responsabilidade civil vêm registrando crescimento contínuo nos últimos anos. Entre 2015 e 2020, houve crescimento nominal da ordem de 175%, com o segmento contabilizando total de R$ 2,6 bilhões de prêmios de seguros em 2020. O destaque vem sendo o ramo de responsabilidade civil geral, com cerca de R$ 1,2 bilhões em prêmios subscritos no ano de 2020, seguido dos de responsabilidade civil para diretores e administradores, com R$ 920 milhões.

Mais acesso ao seguro

A expectativa também é que as mudanças propostas colaborem com o desenvolvimento e crescimento do setor do Brasil, aumentando o acesso ao seguro. Dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) mostram que há significativo espaço para crescimento do setor. No final de 2020, os seguros de responsabilidade civil representaram 0,06% do PIB e apenas 3,3% dos prêmios de seguros de danos no Brasil, enquanto outros países sul-americanos apresentam números superiores. Somente em 2019, Colômbia e Uruguai já registravam prêmios de seguros de danos equivalendo a 0,11% do PIB, e o Equador, 0,07%. Em países mais desenvolvidos, como Austrália, Alemanha e EUA, os números em relação ao PIB foram ainda mais expressivos, respectivamente 0,31%, 0,34% e 0,63%, ou seja, entre 5 a 10 vezes maior do que o verificado no Brasil.

Seguro indeniza 72.043 vidas e paga R$ 3.1 bilhões em sinistros na pandemia

Fonte: CQCS

Quais foram os impactos da pandemia no seguro de pessoas e na saúde suplementar? Esse foi o tema do bate-papo no Workshop Vida e Saúde, Oportunidades e desafios no pós-pandemia, que contou com a participação dos diretores do Sindseg SP, Luciano Lima (SulAmérica) e Marco Antônio Messere Gonçalves (Grupo MAG), além do presidente do CVG-SP, Marcos Kobayashi (Tokio Marine Seguradora), e com mediação do presidente da entidade, Rivaldo Leite.

De acordo com os executivos, os corretores despertaram para a venda de seguros de vida e saúde. O mercado surpreendeu. O corretor não deixou de atender o segurado, as seguradoras se organizaram, e os corretores se adaptaram, revelou Luciano. O papel que fizemos foi admirável e vamos lembrar disso com orgulho, finalizou.

Rivaldo ressaltou também que o mercado atualmente está bem preparado. Além disso, revelou um dado muito solicitado pelos Corretores, o percentual do sinistro deste ano. Segundo com o presidente, até agora, o mercado como um todo, indenizou 72.043 vidas.

Ainda segundo os dados divulgados por Rivaldo, em 2020 e 2021, foram R$ 3.1 bilhões pagos em sinistro. Eu acabei de receber esses dados e fiquei surpreso com o número. É muito dinheiro, disse o presidente.

Para Marco Antônio, esses números foram os que deram protagonismo ao seguro de vida e ao corretor de seguros. A pandemia fez com que o segurado pensasse no seguro de vida. O mercado tomou a decisão mais acertada, em cobrir por morte, pagando os sinistros da Covid, opinou. O corretor passou a ser vital na pandemia. Na MAG Seguros, as pessoas de até 30 anos tiveram aumento de 36% na contratação de seguro. Antes, quem fazia seguro eram pessoas perto de morrer. Hoje temos um planejamento sucessório, que é importantíssimo. Temos muito a avançar, mas estamos no caminho certo, pontuou o presidente.

No segmento de saúde, Marcos revelou que setor precisa ter criatividade no lançamento de novos produtos que não sejam tradicionais de seguro saúde. O setor de saúde assumiu seu protagonismo. Os dois produtos, ainda com previdência, são a maior arrecadação do setor de seguros, disse.

Além disso, os executivos conversaram sobre os impactos da pandemia no setor de saúde, principalmente com a chegada da vacina. Assista ao vídeo na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=ocDltz-jk9w

Nova parceria quer ampliar conhecimento sobre setor de seguros

Fonte: Valor Econômico

O impacto da digitalização no setor de seguros, as mudanças de comportamentos ocasionadas pela pandemia e a expectativa do início do open insurance [sistema de compartilhamento de dados da indústria de seguros] no Brasil, motivaram uma parceria da PUC-Rio com a Escola de Negócios e Seguros (ENS). As instituições de ensino irão produzir cursos, workshops e formar grupos de pesquisa acadêmica sobre o setor. O objetivo é atingir 10 mil alunos no país, sendo um público mais geral, de consumidores a consultores, ao mesmo tempo que querem debater novas competências que profissionais do setor precisam desenvolver.

Queremos trazer as discussões do momento do setor, que vão desde a LGPD e compartilhamento de dados, mudança na distribuição e vendas até como o open insurance vai transformar o setor, mudando interfaces, criando novas soluções e o próprio olhar das pessoas para uma proteção financeira mais ampla, diz Rafael Nasser, coordenador executivo e professor do IAPUC (Instituto de Gestão de Riscos Financeiros e Atuariais, da PUC-Rio).

Há pelo menos cinco anos, quando criou um programa de inovação em seguros com o IRB Brasil, o IAPUC vê a demanda por esses novos conhecimentos crescer, afirma Luiz Roberto Cunha, presidente do IAPUC.

Do lado da ENS, a parceria é importante porque a escola acredita que os profissionais de seguros precisam ter acesso a conhecimentos mais amplos, inclusive de outros setores, para melhor definir riscos e encontrar oportunidades de novas soluções. Uma área específica da ENS será criada dentro da plataforma de educação da PUC-Rio, a ECOA, e que já reúne conhecimentos produzidos por vários departamentos da instituição. Ali, serão compartilhados 450 programas hoje oferecidos pela ENS, totalizando até 5 mil horas de vídeos.

A PUC-Rio também poderá utilizar a Sala do Futuro, espaço físico, aberto pela ENS em 2020 em São Paulo, e que abriga telas em alta resolução para receber 40 alunos remotos e até 30 presenciais.

No aspecto acadêmico, a parceria quer unir professores e alunos de ambas as instituições para mapear mudanças de comportamentos e de tecnologia que estão influenciando a forma como as pessoas veem e consomem seguros, diz Tarcísio Godoy, diretor geral da ENS. Por conta da pandemia, os comportamentos se alteraram. Saindo menos e com as vias mais congestionadas, muita gente, por exemplo, passou a repensar o seguro de automóvel ao mesmo tempo que muitas olharam pela primeira vez para um seguro de vida.

País está na mira dos hackers, mas só 1/3 das empresas se protege contra ataques

Fonte: CNN Brasil

No mês passado, subsidiária da JBS pagou cerca de US$ 11 milhões para recuperar banco de dados

Recentemente, um relatório da consultoria de cibersegurança Fortinet mostrou que o Brasil é um dos países que mais sofreram ataques de hackers neste ano. Ao todo, foram registradas quase 3,2 bilhões de tentativas de invasões só no primeiro trimestre.

Mesmo assim, a maioria das empresas parece não estar preocupada com a cibersegurança: apenas 30% das companhias brasileiras possuem equipe dedicada a lidar exclusivamente com problemas de segurança digital. É o que aponta a pesquisa Barômetro da Segurança Digital, feita pelo Datafolha a pedido da Mastercard.

Um ataque pode provocar diversos problemas, desde roubo de informações estratégicas até a captação de dados pessoais de clientes. No mês passado, a subsidiária da JBS na América do Norte teve de fechar temporariamente seus frigoríficos, depois de ter sido alvo de um ataque ransomware.

O ransomware é uma espécie de sequestro digital, em que os cibercriminosos infectam um banco de dados, restringindo o acesso por parte da empresa e, posteriormente, cobram um resgate para o restabelecimento do sistema. No caso da JBS, a empresa afirmou ter desembolsado US$ 11 milhões para recuperar as informações.

Não se sabe exatamente como os hackers acessaram o sistema da empresa, mas, conforme destaca Paulo Reus, gerente de operações da Scunna Cyber Defense Center, o trabalho remoto recomendado durante a pandemia é um dos fatores de vulnerabilidade para os ataques, já que nem todas as empresas estavam preparadas para essa migração repentina.

Conseguindo comprometer o colaborador remoto, o hacker invade o ambiente da empresa, estuda, analisa, instala o ransomware e criptografa todos os dados daquela organização, tornando-a inoperante. Depois disso, é cobrado o resgate, explica Reus.

O que as empresas devem fazer?

Para evitar problemas de cibersegurança, o melhor é se antever ao problema, mitigando os riscos. Hoje, já existem no mercado diversas instituições especializadas em proteção digital que fornecem serviços personalizados para as companhias.

Uma das soluções é a implantação dos chamados SOCS (Centro de Operações de Segurança, em português), um conjunto de mecanismos que funciona como uma barreira de defesa dos bancos de dados.

Existe, ainda, o seguro cibernético, que oferece assistência e indenização aos contratantes no caso de ataques. A apólice prevê a cobertura contra paralisações provocadas por invasões criminosas, diminuindo os prejuízos quando não for possível evitar o ocorrido.

Em um ambiente cada vez mais digitalizado, parece inevitável que, em algum momento, organizações sofram algum incidente de segurança da informação com potencial para prejudicar a reputação, confiança, além de gerar prejuízos financeiros, legais e de produtividade. A questão é se tais organizações estarão preparadas ou não para responder a esses incidentes de forma rápida e efetiva, indaga Reus.

Made in Brazil

A recuperação industrial brasileira seguiu de perto a global. Numa perspectiva de mais longo prazo, porém, perdemos espaço desde 2013, fenômeno que sugere a presença de entraves locais à expansão da produção

Fonte: InfoMoney / Autor: Alexandre Schwartsman

A recuperação industrial foi rápida, o que é por vezes vendido como sinal de sucesso da política econômica, apesar da quase estagnação na primeira metade de 2021. Pouca atenção, contudo, é dada ao comportamento da economia global, em particular seu componente industrial, no período, o que poderia jogar novas luzes sobre nosso processo.

Neste sentido é interessante aproveitar o esforço do CPB, um instituto de pesquisa econômica holandês, que provê tempestivamente estimativas globais tanto para o volume de comércio internacional (em quantidades físicas, não em dólares, euros, ou outras moedas), quanto para a produção industrial global.

Os dados mais recentes se referem a maio, permitindo uma comparação direta com os números brasileiros, também disponíveis até este mês, como se vê no gráfico.

A queda, para falar a verdade, foi mais pronunciada do que a registrada pelo conjunto mundial: cerca de 30% na comparação com fevereiro, enquanto o mundo caiu algo em torno de 10% (um pouco mais, se tomarmos o fim de 2019 como base); a volta, portanto, também foi mais forte.

No conjunto da obra, todavia, em maio a produção da indústria de transformação brasileira se encontrava praticamente no mesmo nível observado em fevereiro de 2020; já a produção global se achava 5,4% acima do patamar de fevereiro e 2% acima do registrado em dezembro de 2019.

A diferença, ainda que a favor do mundo, não é enorme, mas revela que o desempenho brasileiro foi, em grandes linhas, bastante similar ao observado na indústria global.

Numa perspectiva de mais longo prazo, porém, tal semelhança se perde.

A partir de 2013 a indústria nacional, que até então seguia razoavelmente de perto sua contraparte global, se descolou dela completamente. Do final de 2013 a maio de 2021, mesmo com a crise, a indústria global se expandiu ao ritmo de 1,8% ao ano; no mesmo intervalo, o Brasil registrou contração de 1,9% ao ano, conforme ilustrado abaixo.

A propósito, o dólar aqui se valorizou (já descontada a diferença entre a inflação brasileira e a norte-americano) quase 70% neste intervalo, o que já deveria levar os defensores do câmbio desvalorizado como solução para todos os problemas da indústria a uma reflexão mais aprofundada, algo que, vamos falar sério, não corremos o menor risco de observar.

Tal desempenho sugere que o ciclo econômico brasileiro não é muito distinto do observado no mundo. Mesmo sendo, como notado, uma economia bastante fechada ao comércio, nossas flutuações de curto prazo aparentam seguir determinantes globais, como o ritmo de crescimento das trocas mundiais e preços de commodities.

Por outro lado, a dinâmica de crescimento de longo prazo, em particular se crescemos mais ou menos do que o mundo parece depender muito mais dos fatores locais, que, ao contrário da crença habitual, têm muito menos a ver com a demanda interna do que supõe a vã filosofia.

Não foi certamente por falta de demanda, impulsionada tanto pela expansão desmesurada do gasto público como pelo aumento inédito do crédito oficial, que a indústria encolheu, como revelavam à época a forte aceleração da inflação, com ênfase no componente de serviços, e o déficit externo superior a US$ 100 bilhões.

Nosso desempenho ruim naquele momento foi determinado por dificuldades do lado da capacidade produtiva: falta de mão de obra capacitada, baixa expansão da produtividade, infraestrutura deficiente, assim como um regime tributário bizantino, mais pesado sobre a indústria do que o restante da economia, para citar apenas os mais visíveis.

Em face do elevado desemprego hoje, a restrição de oferta de mão de obra aparenta ser menos relevante do que no passado, embora ainda restem questões sobre sua capacitação. As demais, contudo, permanecem inalteradas.

Há condições, portanto, para algum crescimento mais forte na esteira da recuperação global enquanto houver folga de desemprego (apesar da utilização de capacidade se encontrar próxima a seu nível natural), mas, numa perspectiva de mais longo prazo, quando a economia retornar a seu potencial, a expansão voltará a ser limitada pela baixa capacidade de aumento da oferta.

Endividamento das famílias bate recorde

Taxa média de juros permanece estável em junho, diz BC.

A taxa média de juros das operações contratadas em junho deste ano permaneceu estável no mês em 19,9% ao ano, com aumento de 0,4 ponto percentual em 12 meses. Os dados são das Estatísticas Monetárias e de Crédito, divulgadas hoje, pelo Banco Central. Para as famílias, a taxa média de juros no crédito livre está em 39,9% ao ano, mesmo índice registrado em maio. Na comparação em 12 meses, houve redução de 1,5 pontos percentuais nessa taxa. Nas contratações com empresas, a taxa livre alcançou 14,5% ao ano em junho, variação negativa de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior. Em 12 meses, houve aumento de 1,5 pontos percentuais nos juros às empresas.

A queda dos juros bancários médios ocorre mesmo em momento de aumento da taxa básica de juros da economia. Depois de chegar ao menor nível da história no mês de agosto do ano passado, em 2% ao ano, a taxa Selic começou a subir somente em março deste ano, quando avançou para 2,75% ao ano e, no início de maio, foi elevada para 3,5% ao ano. Em junho, subiu para 4,25% ao ano.

No mês, a taxa do cheque especial para as pessoas físicas subiu 2,7 pontos percentuais, chegando a 125,6% ao ano em junho. Em contrapartida, os juros do rotativo do cartão de crédito cobrados pelos bancos tiveram redução de 2,2 pontos percentuais no mês, alcançando 327,5% ao ano. O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão e dura 30 dias. Após o prazo, as instituições financeiras parcelam a dívida. Nesse caso, no cartão parcelado, houve queda de 0,3 ponto percentual, com a taxa de juros ficando em 164,1% ao ano.

Os juros do crédito pessoal consignado também caíram 0,2 ponto percentual no mês para 18,7% ao ano. Nos empréstimos não consignados a taxa ficou em 82,4% ao ano em junho, redução de 0,7 ponto percentual em relação a maio.

No caso do crédito direcionado, a taxa média para pessoas físicas ficou em 6,8% ao ano em junho, alta de 0,1 ponto percentual no mês. Para as empresas, a taxa caiu 0,3 ponto percentual para 7,2% ao ano no mês passado.

A inadimplência (considerados atrasos acima de 90 dias) das famílias, no crédito livre, reduziu 0,1 ponto percentual, para 4%, em junho. Assim como das empresas, na mesma modalidade, que ficou em 1,6%. De acordo com Fernando Rocha, as taxas de inadimplência permanecem nos menores níveis da história. O endividamento das famílias, relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses, chegou ao recorde de 58,5% em abril, na série histórica iniciada em janeiro de 2005, refletindo o aumento das concessões de empréstimos. Com a exclusão do financiamento imobiliário, que pega um montante considerável da renda, ficou em 36% no mês.

Já o comprometimento da renda, relação entre o valor médio para pagamento das dívidas e a renda média apurada no período, ficou em 30,5% naquele mês. Para os últimos dados, há uma defasagem maior do mês de divulgação, pois o Banco Central depende de dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a renda das famílias.

No mês passado, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos ficou em R$ 4,213 trilhões, um aumento de 0,9% em relação a maio. O crescimento em 12 meses da carteira total foi de 16,1%, em maio, para 16,3%, em junho.

O saldo do crédito correspondeu a 52,6% do Produto Interno Bruto. Segundo Rocha, o cenário de juros estáveis contribui para o desempenho das operações. Já o crédito ampliado ao setor não financeiro, que é o crédito disponível para empresas, famílias e governos independente da fonte (bancário, mercado de título ou dívida externa) alcançou R$ 12,548 trilhões, crescendo 1,1% no mês e 13,9% em 12 meses.

A variação mensal refletiu crescimentos no mercado doméstico de 0,9% nos empréstimos e financiamentos e de 3,5% nos títulos de dívida. Já a dívida externa caiu 3,2% refletindo a alta cambial de 4,4% no mês. Na comparação interanual, o resultado se deve, principalmente, à elevação da carteira de empréstimos do Sistema Financeiro Nacional em 16,1% e de títulos públicos em 22%.

Fonte: Agência Brasil

Vale tem lucro líquido de US$ 7,6 bilhões no 2º trimestre de 2021

Fonte: Poder360

A mineradora Vale registrou lucro líquido de US$ 7,586 bilhões no 2º trimestre de 2021, beneficiada pela alta demanda de minério de ferro da China e pelo aumento de 100% dos preços internacionais da commodity. O valor representou expansão de 662% em comparação com o resultado de igual período de 2020.

No primeiro trimestre, a Vale já havia registrado desempenho positivo, com lucro líquido de US$ 5,546 bilhões. Os dados constam do resultado financeiro divulgado pela empresa nesta 4ª feira (28.jul).

O texto informa que o Ebitda, lucro calculado antes de excluir os pagamentos de juros, impostos, depreciação e amortização de passivos, foi de US$ 11,038 bilhões. No mesmo período de 2020, alcançou US$ 3,371 bilhões.

A empresa investiu no 2º trimestre US$ 1,139 bilhão, em especial na mina de Voisey’s Bay e nas plantas de energia solar do Sol do Cerrado e da Serra do Sul.

A receita líquida do período chegou a US$ 16,675 bilhões, volume 121,8% maior do que o do 2º trimestre de 2020. A geração de fluxo de caixa livre operacional foi de US$ 6,527 bilhões. A dívida líquida totalizou US$ 738 milhões.

O caixa gerado das operações nos permitiu distribuir US$ 2,208 bilhões em dividendos aos acionistas em junho e continuar com nosso programa de recompra de US$ 2,004 bilhões de nossas próprias ações, informou o relatório financeiro.

Brumadinho

No 2º trimestre, a Vale registrou US$ 185 milhões em despesas relacionadas a Brumadinho. O rompimento de barragem da Vale na região de Mariana (MG), em 2019, causou a morte de 270 pessoas. Ainda há 10 desaparecidos. Tratou-se da maior catástrofe da história do país.

A empresa informou que os trabalhos de reparação e indenização às vítimas foram acelerados no período, apesar do processo de recuperação judicial da Samarco. O texto traz os compromissos da Vale de entregar obras para reassentamento de famílias em Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo e Gesteira até dezembro deste ano.

Conforme mencionado, 5.300 pessoas firmaram acordos de indenização por danos individuais por meio de um sistema simplificado criado em agosto de 2020. Mais de 17 mil pessoas foram compensadas por meio desse programa. A Vale diz que pagou R$ 1,6 bilhão em indenizações individuais até o final de junho.

Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:

Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2021/05/edicao-265/

Revista Cobertura:  https://www.revistacobertura.com.br/revistas/revista-cobertura/revista-cobertura-edicao-231/#2

Revista Segurador Brasil: https://issuu.com/revistaseguradorbrasil/docs/segurador_166_

Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2021/06/14/mercados-de-vida-e-previdencia-apresentam-crescimento/

Revista Insurance Corp: http://insurancecorp.com.br/pt/content/pdf/ic_ed36_2021.pdf

Caderno de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-916.html

Revista Brasil Energia: https://editorabrasilenergia.com.br/wp-content/uploads/sites/1/flips/129726/Bia469v3/2/index.html

Relatório 2020 da CNseg (destaca os seus projetos e ações em ano desafiador): https://cnseg.org.br/noticias/relatorio-2020-da-cnseg-destaca-os-seus-projetos-e-acoes-em-ano-desafiador.html

2021 / CNseg: O Setor de Seguros Brasileiro: https://cnseg.org.br/publicacoes/o-setor-de-seguros-brasileiro-folder-2021.html

Curso Extensão de Responsabilidade Civil da ENS

O Curso de Extensão ENS em parceria com a AIDA, tem como objetivo proporcionar o conhecimento das modalidades de seguros do ramo de Responsabilidade Civil, as normas legais que o regulam, a formação do contrato e todas as obrigações e os direitos dele decorrentes, como coberturas, exclusões e diversos temas conexos e diretamente relacionados. Para maiores informações e inscrições acesse: https://www.ens.edu.br/.../cursos-de-extensao-aulas-ao...


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