Gestão de Riscos Cibernéticos
Cyber Risks
Vazamento de dados: como proteger a sua empresa
Fonte: Você S/A.
223 milhões. Esse foi o número de CPFs afetados pelo
vazamento do fim do mundo, aquele noticiado no começo do ano. Era uma base de
dados com praticamente todos os brasileiros vivos, e alguns mortos também, já
que nossa população é de 212 milhões. Junto do CPF, foi para a deep web uma
coleção de informações pessoais tão diversa quanto data de nascimento, e-mail,
endereços, fotos do rosto, escolaridade e se a pessoa recebe algum benefício do
governo, tipo Bolsa Família. Em suma, até a sua alma caiu na boca do povo.
Ninguém sabe ao certo como o vazamento aconteceu.
Especialistas acreditam que houve uma grande soma de bases de dados de diversos
tamanhos e que foram unidas em um único arquivo de proporções mastodônticas. A
origem, nesse caso, pode ter sido menos pirotécnica, mas igualmente grave:
pequenos vazamentos feitos ao longo de meses, anos até.
Começa mais ou menos assim. Numa loja de roupas, a
vendedora pede seu CPF, data de nascimento e o WhatsApp para avisar das
novidades. Você dá meio que no automático. Na farmácia, o CPF é para monitorar
as compras que você faz, e oferecer microdescontos personalizados em produtos
parecidos, de modo que você compre mais. Tem também o programa de fidelidade do
supermercado e, na loja de lingerie, o cadastro pode servir para você lembrar a
medida do seu sutiã. Pois é. Assim você distribui suas informações pessoais por
aí sem nem se dar conta. Se você está do outro lado do balcão, e é o
empreendedor, tem ouro nas mãos, já que elas podem aumentar suas vendas.
Os hackers, por outro lado, consideram essas informações
diamantes preciosos, já que elas também podem servir de matéria-prima para
fraudes e golpes, como tentar acesso à sua conta de banco. E, sim, se você
tiver um negócio, mais hora menos hora eles vão caçar esses e outros dados nos
seus sistemas. Caso dê certo, você pode ter prejuízos (veja como mais adiante)
e ainda pode ser multado. É que agora a legislação brasileira pune empresas que
não são capazes de proteger adequadamente as informações dos seus clientes.
Mais do que nunca, é hora de entender que segurança de dados não é só coisa de
governo ou de Facebook: é também do seu negócio.
O tamanho do buraco
Na dúvida, assume que você já foi ou logo será alvo de um
hacker. Estimativas falam que 50% a 60% dos pequenos e médios negócios sofrem
algum tipo de ataque cibernético ou vazamento de dados todos os anos. Outros
cálculos vão além: a PSafe, uma das maiores companhias de cibersegurança da
América Latina e a primeira a identificar o tal vazamento do início de 2021,
estima que três em cada quatro empresas tenham tido informações sigilosas
roubadas. O número foi calculado por meio de uma amostragem de 150 empresas em
uma ferramenta desenvolvida pela marca para vasculhar a web em busca de dados
vazados.
Uma das dificuldades para mensurar o fenômeno é que,
muitas vezes, esses ataques ocorrem de forma silenciosa. A IBM calcula que, em
média, são necessários 287 dias para uma empresa descobrir que foi vítima de
uma invasão e corrigir o problema, isso quando descobre. Mas, calma: há como se
proteger.
Alvo fácil
Dado é uma palavra bastante abstrata. Mas é só o sinônimo
para coisas como seu nome, idade, senha do seu cartão de crédito ou número que
você calça. Em suma, qualquer coisa é um dado. Algumas dessas informações são
consideradas pessoais. Isso significa que dá para ligar o dado a uma pessoa.
Essa é a função primordial do CPF, por sinal, mas vale para telefone, endereço,
nome da mãe (usado para diferenciar homônimos em cadastros oficiais). Outras
informações são mais gerais, como saber quantos clientes do sexo feminino uma
empresa tem. E é por isso que os números de vazamentos de dados são tão
grandes: eles incluem tudo isso. Quase metade (44%) dos dados vazados são do
tipo pessoal, segundo o relatório IBM Data Breach Report 2021. Pode não parecer
o fim do mundo que seu e-mail ou seu número de RG sejam de conhecimento de
outras pessoas. Sozinhos, de fato, eles não servem para muita coisa.
A questão é o efeito dominó. Com dados básicos, dá para
descobrir outras informações. A data de nascimento pode ser usada para
adivinhar a senha do e-mail dos preguiçosos e desmemoriados, por exemplo. E,
com acesso ao e-mail, um hacker pode habilitar um novo celular para usar o seu
WhatsApp. Aí ele passa a pedir dinheiro a seus amigos se passando por você.
Você pode ser mais precavido e ter uma senha forte, claro. Mas tem jeito de dar
golpe com dados vazados mesmo assim.
Informações mais específicas, como a cidade em que você
nasceu estampada no RG, podem ser usadas para recuperação de senhas esquecidas,
aquela pergunta de segurança que cadastramos quando criamos um e-mail novo. Ela
servia para provar que você esqueceu a senha, agora pode ajudar um ladrão a
invadir a sua conta, assim caminha a criminalidade.
No fim, criminosos sabem tanto sobre cada pessoa que
podem investir em golpes mais sofisticados e personalizados, do tipo engenharia
social. Se um golpista liga para você fingindo ser do seu banco e diz seu nome
completo, data de nascimento, nome da mãe, número do cartão e uma compra
recente, a probabilidade de você cair num golpe cresce exponencialmente. Será
um prejuízo na casa dos milhares de reais que começou com um e-mail vazado.
E as pequenas e médias empresas são o alvo perfeito para
coleta de matéria-prima. Primeiro porque elas reúnem dados de várias pessoas em
seus sistemas, e basta um único ataque para conseguir tudo, economizando tempo
e esforço. Segundo, porque elas não têm estrutura tecnológica nem dinheiro para
se proteger dos invasores, como fazem as grandes empresas e suas enormes
equipes de TI.
E, terceiro, porque muitas acreditam que isso
simplesmente não é um problema para elas. Uma pesquisa de 2019 descobriu que 66%
dos pequenos empreendedores americanos não se preocupavam com ataques
cibernéticos porque achavam que seus negócios eram pequenos demais para atrair
hackers, segundo o estudo Keeper Security’s 2019 SMB Cyberthreat.
Ledo engano: 43% dos ataques cibernéticos miram os
pequenos negócios, de acordo com a empresa de cibersegurança Symantec.
OS DADOS VAZARAM. E AGORA? CALCULE O TAMANHO DO ESTRAGO
O primeiro passo é entender as reais dimensões do
problema. Quais dados foram vazados? Quem foi afetado? As respostas vão guiar
sua reação.
PEÇA AJUDA
Um advogado vai ajudar você a entender as obrigações
legais num caso assim. Para identificar a fonte do vazamento e corrigir o
problema, vale a pena procurar empresas de TI e segurança da informação.
AVISE
A LGPD obriga que qualquer incidente de vazamento seja
comunicado à ANDP e aos clientes que tiveram seus dados vazados, isso evita que
eles caiam em golpes posteriores.
NÃO DEIXE SE REPETIR
Aproveite o momento para corrigir os erros da empresa
como um todo, não só aquele que causou o vazamento. Faça uma varredura em todos
os setores para evitar novos problemas.
Não é pessoal
Sim, seu negócio talvez seja pequeno demais para a mira
de um hacker. O lance é que muitos desses ataques não são direcionados para sua
empresa especificamente, são armadilhas que eles atiram para todos os lados,
esperando alguém cair.
Quando pensamos em ataques cibernéticos, a imagem que vem
à cabeça é de algum nerd encapuzado infectando o seu computador com um vírus,
roubando suas senhas e esvaziando o dinheiro da sua conta. Pode até acontecer,
mas não é a norma, ainda mais para pequenas e médias empresas.
O modo mais frequente de vazamento de dados, segundo a
IBM, são as credenciais comprometidas. Traduzindo: logins e senhas que são
descobertos e vão parar nessas bases de dados vazados. Aí o hacker se loga na
sua conta como se fosse você, sem galho. Ou seja, ele não cava um túnel
secreto. O que ele faz é entrar pela porta da frente usando a chave que você
escondeu debaixo do tapete. (Pode ir lá trocar as suas senhas de e-mail, a
gente te espera para continuar a leitura).
Dito assim, parece burrice generalizada, mas não se sinta
mal. Este repórter já teve uma conta invadida a partir da Ucrânia por usar a
mesma senha em todos os sites. A editora do texto sofreu uma invasão
diretamente da China pelo mesmo motivo: login e senha comprometidos. No nosso
caso, sem grandes prejuízos detectados, ainda bem.
A IBM estima que 95% de todos os vazamentos de dados
envolvem, em alguma etapa, um erro humano como o nosso. Usar a mesma senha em
todos os cadastros é um deles. Clicar em links duvidosos (o golpe conhecido
como phishing) é outro. Só 5% dos incidentes são daqueles puramente técnicos,
em que hackers invadem os sistemas de empresas no estilo Hollywood.
A vantagem é que, sabendo disso, fica mais fácil evitar a
próxima casca de banana. Se você não aproveitou a pausa para trocar as senhas,
a gente te dá uma segunda chance agora. Aproveita para configurar a
autenticação em dois fatores do e-mail, WhatsApp e redes sociais, e veja outras
sugestões de proteção no box ao lado.
Vale a pena apostar também em um programa gerenciador de
senhas para sua empresa (como o Dashlane e o Sticky Password). Eles reúnem
todas as suas diferentes senhas em uma única conta, cuja chave de entrada é
sempre ligada a uma autenticação de duas etapas. Daí, você e os demais
funcionários não precisam lembrar de todas as combinações complicadas que
criaram, basta ter acesso ao cofre via senha mestra. Versões mais caras desse
tipo de software também monitoram a deep web para saber se alguma senha sua foi
violada, e podem mudá-la automaticamente para evitar hackers.
Não rouba, mas...
Nem sempre o hacker quer roubar seus dados. Às vezes, ele
promove um sequestro em um tipo de ataque chamado de ransomware. Aí sim eles
infiltram um vírus nos sistemas da empresa e bloqueiam todos os acessos, essa
invasão inicial pode ser por phishing. É como se a fábrica fosse tomada e
trancada por dentro. Para abrir o cadeado, os criminosos pedem que a empresa
pague um resgate polpudo, em geral, em bitcoin, por ser bem mais difícil de
rastrear que dinheiro de verdade ou um Pix.
Esse tipo de ataque, mais sofisticado, existe há décadas,
e ganhou força com a popularização das criptomoedas. Em 2020, o sequestro de
dados quadruplicou nos EUA. O Brasil, vale destacar, é o nono país com mais
registros de ransomware no mundo, segundo dados da Kaspersky.
Os sequestros são mais lembrados que os vazamentos porque
eles paralisam grandes empresas. O caso mais recente foi o do grupo Fleury,
alvo de um ransomware em junho. Por quatro dias, a rede de laboratórios de
análises clínicas ficou sem acesso a seus sistemas. E se você tivesse feito um
exame de sangue, não conseguiria consultar o resultado. As despesas para
recuperar o sistema e ainda pagar por consultorias num esforço de evitar uma
repetição do episódio reduziram em R$ 14 milhões o lucro da companhia no
segundo trimestre.
A JBS foi outro caso notável. A maior empresa de carnes
do planeta teve suas operações nos EUA, Austrália e Canadá paralisadas por um
ataque ransonware e acabou pagando US$ 11 milhões em bitcoin aos hackers para
recuperar o acesso a seus sistemas e voltar a operar. O governo americano
conseguiu rastrear e reaver uma parte do dinheiro.
E hackers também sequestram PMEs. Esses episódios não
movimentam milhões nem ganham manchetes, mas são devastadores: nos EUA, 60% das
pequenas e médias empresas que sofrem algum tipo de ataque que impede o uso de
seus sistemas acabam tendo que fechar as portas depois de seis meses, dado o
tamanho do prejuízo, calcula a US’ National Cyber Security Alliance.
A dica número um de proteção antissequestro é a seguinte:
Fugir dos softwares piratas [que têm brechas de segurança feitas por hackers] e
procurar os oficiais, diz Eder Max, consultor do Sebrae. Manter antivírus
eficazes e atualizados em todas as máquinas também é essencial. Outra boa pedida
é apostar nos backups em nuvem, para o caso de perda de acesso de um sistema de
dados específico. E, se quiser ser ultracauteloso, dá para fazer um backup
offline, em um HD externo que deve ser guardado com segurança.
Eternamente responsável
É como no Pequeno Príncipe: Tu te tornas eternamente
responsável pelos dados que coleta. Tanto que, desde 1º de agosto de 2021,
empresas podem ser punidas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Ela está
em vigor há quase um ano, mas houve um prazo de adaptação para os negócios.
A essência da lei é regular que tipo de dados as empresas
podem coletar e como podem usá-los. Não dá, por exemplo, para compartilhar nem
vender a base de clientes para outras empresas sem autorização expressa dessas
pessoas. Mas uma outra parte importante do texto é a segurança das informações.
A ideia é que a empresa só colete e guarde esses dados se
tiver condições de garantir que eles não irão a lugar algum. Não adianta a
empresa tentar se esquivar e dizer nossos dados foram roubados, não foi culpa
nossa, explica Lorena Lage, advogada da Lage & Oliveira, especializada em
pequenos negócios. Nesse caso, a culpa é da vítima também.
E mais: o texto não faz distinção entre pequenas e
grandes empresas. O que pode mudar é a punição. Quem decide isso é a Autoridade
Nacional de Proteção de Dados (ANDP), órgão federal criado para regular a
aplicação da LGPD. Eles vão poder dosar a multa dependendo do tamanho da
empresa, da gravidade do incidente, do tipo de dado que vazou etc. Pode rolar
só uma advertência ou medidas mais graves: bloqueio e exclusão daqueles dados,
obrigatoriedade de informar não só o cliente, mas fazer um anúncio público de
que houve o vazamento. A punição mais dura é mesmo a multa, cujo valor pode
chegar a 2% do faturamento, o teto é de R$ 50 milhões.
E a LGPD tem mais regras. A lei criou a figura do Data
Protection Officer (DPO), ou encarregado de dados. Você vai precisar desse
funcionário caso processe mais de 5 mil registros de clientes por ano. Ele é
tipo um contador, só que, em vez de cuidar dos balanços e normas contábeis,
fica responsável por fiscalizar o uso de dados de acordo com a LGDP. Para
pequenas e médias empresas, há a possibilidade de terceirizar a tarefa a
escritórios de advocacia ou empresas de TI. Mas, para negócios com presença
digital maior e uma gestão de dados complexa, como e-commerces, fica mais
difícil.
Eder Max, do Sebrae, recomenda levar o cargo a sério, e
não só conseguir um nome para preencher no documento que o governo vai exigir.
Afinal, quando se trata de segurança de dados, remediar sai muito mais caro do
que prevenir.
Contribuiu: Denis Riviello, Head de Cibersegurança da
Compugraf, empresa de segurança da informação e privacidade de dados
COMO EVITAR VAZAMENTOS DE DADOS EM SUA EMPRESA
BOAS PRÁTICAS
A maioria dos vazamentos ocorre por erro humano. Adote
medidas simples: senhas fortes e diferentes salvas em um bom gerenciador, não
clicar em links duvidosos, usar o e-mail e os aparelhos do trabalho apenas para
fins profissionais. E conscientize todos na empresa a fazer o mesmo.
MENOS É MAIS
Repense: você realmente precisa de todos os dados que
coleta? Guarde somente as informações que de fato são usadas em ações da
empresa. E só conceda acesso a eles aos funcionários que de fato precisam.
ANONIMIZAÇÃO
Outra dica é evitar a coleta de informações pessoais:
você pode criar um perfil genérico do seu público, mas sem armazenar dados
específicos de cada cliente. Vale evitar a coleta de CPFs, por exemplo.
BONS PRODUTOS
Invista em softwares originais, os piratas podem vir com
brechas para hackers. Nada de fechar o aviso de antivírus expirado eternamente.
Faça a atualização.
LGPD: como os bancos digitais estão se preparando para a
proteção dos dados pessoais?
Fonte: Revista IstoÉ
Se você ainda não tinha ouvido falar na LGPD, o
significado de sua sigla quer dizer Lei Geral de Proteção de Dados. Seu
objetivo principal é garantir a proteção dos dados pessoais do cliente, que
necessita ter transparência sobre o tratamento de dados pessoais, para a
realização de qualquer cadastro na aquisição de um serviço ou para fechar uma
compra.
A LGPD no Brasil foi desenvolvida para criar regras
específicas em que empresas e órgãos públicos precisarão garantir a segurança
dos dados pessoais do cliente, através da aplicação de medidas de proteção
contra o vazamento dos dados e justificar a necessidade de cada dado que for
solicitado ao cliente.
Para isso, a LGPD vai contar com a Autoridade Nacional de
Proteção de Dados (ANPD), criada em 2020, para garantir que as regras da lei
sejam seguidas pelas empresas.
LGPD quando entra em vigor?
A lei foi criada em 2018, entrou em vigor em 2020 e, as
multas administrativas aplicadas pela ANPD passaram a valer no início deste
mês, no dia 1 de agosto de 2021.
Por esse motivo, as empresas que ainda não se atualizaram
precisarão correr contra o tempo para estarem em conformidade com a lei.
Mas como ficam os bancos digitais e fintechs nessa
conversa?
Com a vigência das multas administrativas, o cenário se
transforma para os bancos digitais, que devem atualizar as suas políticas de
privacidade, caso já não tenham providenciado, para atender às regras de
tratamento e segurança de dados pessoais.
Afinal, um dos pontos da LGPD é justamente estabelecer um
padrão para a coleta, armazenamento e compartilhamento de dados pessoais.
Na prática, a Lei Geral de Proteção de Dados afeta
diretamente os bancos digitais e fintechs, isso porque ela garante alguns
direitos ao cliente que antes não eram obrigatórios, tais como:
Opção de exclusão dos dados do cliente na base cadastral
do banco, se o cliente solicitar após a finalização da sua conta; Manifestar
oposição à utilização de seus dados cadastrados no banco para ofertar produtos
e serviços que não interessam ao cliente; Aplicação de cláusulas específicas
sobre os processos de privacidade dos dados e o consentimento do que for
proposto, quando necessário, segundo a LGPD.
Uma pesquisa realizada pela PG Advogados constatou que o
índice de conformidade com a LGPD é de apenas 30% em médias e grandes empresas
de 36 segmentos diferentes. No entanto, os bancos são o setor mais adiantado em
relação ao cumprimento da lei e um dos principais motivos é que o setor já é
bastante regulamentado por diversos órgãos como o Banco Central.
Além disso, a preocupação com a segurança é um dos
pilares principais para a solidificação de um banco, ainda mais um banco
digital.
Esses bancos, como o novo Banco Master, vêm investindo
nesse novo cenário e em tecnologias que protejam as informações do cliente, dando
foco à qualidade dos serviços, transparência no tratamento de dados pessoais,
nomeação de um encarregado de dados e criação de uma área específica na
instituição para lidar com o tema com a responsabilidade que este requer, bem
como promover as melhores práticas na área. Essa evolução é uma prova do novo
momento do Brasil, que promete uma pulverização ainda maior dos serviços
financeiros e crédito para os próximos anos.
O cenário com a vigência da LGPD é positivo. Afinal, além
de garantir a segurança e autonomia dos dados pessoais por parte do cliente, os
bancos ainda devem melhorar seus serviços de segurança para continuarem
competitivos no mercado.
Ficar dependente da nuvem não é seguro; saiba como
armazenar seus dados
Fonte: Estadão
Estamos armazenando cada vez mais fotos, documentos e
vídeos online. Mas quanto desses arquivos ainda nos pertencem de verdade? Esta
é a questão que veio à tona nas últimas semanas, por causa de uma mudança que
está chegando aos iPhones: a Apple anunciou uma ferramenta para vasculhar
arquivos salvos em nuvem e sinalizar casos de abuso sexual infantil.
O debate tem implicações para a privacidade online e a
vigilância governamental e também destaca como o armazenamento de nossos dados
digitais mudou ao longo do tempo, levantando preocupações sobre as maneiras
como devemos nos conduzir em termos tecnológicos.
Em um primeiro momento, a nova ferramenta da Apple, que
será incluída na próxima atualização de software para os iPhones, até parece
uma boa ideia. O sistema funciona escaneando determinado iPhone em busca de um
código vinculado a um banco de dados conhecido pela pornografia infantil quando
as fotos do dispositivo são carregadas para o iCloud, o serviço de
armazenamento em nuvem da Apple. Quando houver um determinado número de
correspondências, um funcionário da Apple analisará as fotos antes de fazer a
denúncia para autoridades.
Porém, alguns especialistas em segurança cibernética
argumentaram que o sistema de sinalização de conteúdo era invasivo e infringia
a privacidade das pessoas. Eles alertaram que a Apple estava criando um
precedente que facilitaria para países com forte vigilância, como a China,
aprovar leis que poderiam exigir que a empresa usasse a tecnologia para outros
fins, como identificação de imagens políticas desfavoráveis a um governo
autoritário.
Eles disseram que não têm planos de fazer coisas piores
com essa tecnologia, mas, neste momento, essa posição parece ingenuamente
otimista, disse Erica Portnoy, da Electronic Frontier Foundation, organização
sem fins lucrativos de direitos digitais.
Em resposta à reação, a Apple publicou na semana passada
um documento explicando que o novo sistema não fará a varredura nas galerias de
fotos do iPhone das pessoas. Além disso, a tecnologia de identificação deixará
de funcionar se as pessoas desativarem a biblioteca de fotos de seu iPhone para
fazer backup de imagens no iCloud, disse um porta-voz da empresa.
Mas, independentemente de como se desenrole, este
episódio da Apple é um lembrete de quanto nosso armazenamento de dados digitais
mudou. No passado, a maioria de nós armazenava nossas fotos digitais em drives
de computadores pessoais e em pen drives de USB, ou seja, elas ficavam sob
nossa posse. Agora, cada vez mais armazenamos nossos documentos e outras
informações na nuvem, onde grandes empresas como Apple, Google e Microsoft
hospedam os dados em seus servidores. No processo, essas empresas ganharam
muito mais poder sobre nossas informações.
Por isso, é aconselhável ter uma estratégia de saída para
puxar seus dados da nuvem caso você queira sair desse sistema. Basta ter um
pouco de planejamento.
Nos últimos anos, adotei uma abordagem híbrida de
armazenamento de cópias de meus dados online e offline, para que possa colher
os benefícios da nuvem, mas também manter a propriedade independente de meus
dados. Meus esforços culminaram na criação de um servidor online em casa, que é
essencialmente uma nuvem privada.
Confira abaixo um passo a passo de como fiz tudo isso,
junto com outras medidas para uma abordagem híbrida de armazenamento de dados.
Backup híbrido
Muita gente se acostumou a fazer backup automático de
dados nos servidores online da Apple, do Google e da Microsoft. Esses serviços
em nuvem são convenientes e seu uso garante que seus dados sejam armazenados em
um backup na internet periodicamente.
Mas a melhor prática é a híbrida. A empresa de proteção
de dados Acronis recomenda que você armazene cópias locais em unidades físicas
também. É bom ter um backup local para quando você não tiver conexão com a
internet e precisar de acesso imediato a determinado arquivo.
Felizmente, não é difícil criar um backup local. A
primeira etapa é fazer o backup seguro de todas as suas informações digitais em
outro dispositivo.
Para fotos do iPhone, a opção mais simples é fazer backup
das imagens em um computador. Em um Mac, você precisa conectar seu iPhone,
abrir o aplicativo Fotos da Apple e importar todas as suas fotos. No Windows,
você pode usar o aplicativo Windows Photos para fazer o mesmo. E, se quiser ser
mais minucioso, você pode fazer um backup de todos os dados do seu iPhone com a
ferramenta Finder no Mac ou o aplicativo iTunes no Windows.
A partir daí, você pode criar um backup dos dados do seu
computador em uma unidade externa que se conecte ao seu computador. Aplicativos
como Time Machine da Apple para Macs ou File History para Windows cuidarão
disso para você.
Agora que retirou as fotos do celular, você pode decidir
o que fazer a partir daí, como excluí-las da nuvem e transferi-las para outro
serviço de nuvem, como o Google Fotos. Apenas lembre-se de não ficar totalmente
dependente da nuvem.
Configuração extrema: uma nuvem pessoal
Também existe uma versão extrema do backup híbrido, que é
o que eu faço, mas não recomendo para todo mundo. A ideia é configurar um
dispositivo de armazenamento conectado à rede, que é um servidor em miniatura
que se conecta ao seu roteador de internet e fornece acesso remoto aos seus
dados. É como ter uma nuvem privada em sua casa.
Construir um servidor não é simples. Primeiro, porque não
é fácil usar o software. Segundo, porque não é barato. Um dispositivo de
armazenamento conectado à internet, como o Synology DS220+, custa cerca de US$
300 e os discos rígidos devem ser comprados separadamente.
Mas descobri que valeu a pena o tempo e o investimento.
Conecto meu telefone ao meu Mac semanalmente, para fazer o backup de dados do
celular para o computador. E, quando estou dormindo, o Mac faz o backup de seus
dados no meu miniservidor.
Não é tão perfeito quanto o armazenamento na nuvem de uma
empresa, mas é bem conveniente, além disso, eu estava cansado de pagar por
várias assinaturas de serviços em nuvem.
Seguradoras avançam silenciosamente no mercado de
cannabis nos EUA
As vendas de cannabis legal nos EUA aumentaram 45% no ano
passado e devem atingir US$ 41 bilhões em 2026
Fonte: Reuters
As seguradoras se preparam silenciosamente para um
potencial aumento nas vendas de seguros para a crescente indústria de cannabis,
estimada em US$ 17,6 bilhões, enquanto o Congresso se aproxima da legalização
da maconha em nível federal nos Estados Unidos.
Enquanto 36 estados dos EUA e o Distrito de Columbia
legalizaram a maconha para uso médico ou recreativo, o seguro para produtores,
laboratórios de teste e varejistas é controlado em grande parte por leis
federais rígidas que criminalizam a maconha junto com heroína, metanfetamina e
LSD.
Mas a indústria escreveu apenas cerca de US $ 250 milhões
em apólices no ano passado, estimam agentes de seguros para a Reuters, com um
punhado de seguradoras oferecendo cobertura limitada de propriedade e
responsabilidade.
As empresas também precisam de cobertura para safras e
roubo, junto com limites de pagamento maiores, de acordo com mais de uma dúzia
de seguradoras, corretores, agentes, advogados e proprietários de negócios de
maconha entrevistados pela Reuters.
Enquanto o Congresso considera projetos de lei que
afrouxariam as leis federais, algumas seguradoras tentam preencher a lacuna com
novos tipos de cobertura. Como as seguradoras são regulamentadas em nível
estadual, elas agora podem oferecer cobertura em estados onde a droga é legal,
e a descriminalização federal expandiria o mercado.
Há uma necessidade esmagadora de vários tipos de seguro,
disse Rocco Petrilli, presidente da National Cannabis Risk Management
Association, um grupo comercial de 3 mil empresas de cannabis.
Em abril, a NCRMA criou uma seguradora cativa para
oferecer cobertura de propriedade, responsabilidade civil geral e
responsabilidade pelo produto aos membros. Ela planeja adicionar compensação de
trabalhadores e cobertura de automóveis no quarto trimestre, disse Petrilli. A
abordagem cativa fornece cobertura apenas para membros da NCRMA que é adaptada
às suas necessidades.
CannGen Insurance Services, uma seguradora nacional de
riscos de cannabis, CBD e cânhamo que trabalha com seguradoras comerciais,
planeja introduzir seguro de responsabilidade civil de diretores e executivos
(D&O) em breve, por meio de uma nova divisão chamada CannGenPRO, disse
Charles Pyfrom, diretor de marketing.
Algumas grandes seguradoras, como Progressive Corp.,
Farmers Insurance, Liberty Mutual e Axa SA, estão oferecendo cobertura conforme
mais estados legalizam a maconha. A Progressive disse que suas apólices de
veículos cobrem responsabilidade e danos físicos em estados que legalizaram o
transporte de cannabis, mas não oferece seguro para cargas. As outras empresas
não quiseram comentar.
Os proprietários de negócios de maconha dizem que a
cobertura costuma ser difícil de encontrar e cara. Os proprietários de
dispensários de cannabis disseram à Reuters, por exemplo, que seus prêmios são
de 20% a 30% mais altos do que um varejista comum pagaria. Alguns tipos de
cobertura de veículos podem custar quatro ou cinco vezes mais, eles disseram.
O seguro D&O, que é crucial para atrair líderes
empresariais experientes e levantar capital, também é caro, disse Gavin Kogan,
CEO do Grupo Flor, que é um cultivador, distribuidor e fabricante licenciado
com cinco dispensários na Califórnia. Ele disse que paga US$ 85 mil a US$ 100
mil anualmente por US$ 1 milhão de proteção D&O, e a cobertura é
superlimitada.
A falta de seguro também pode criar desafios operacionais
e aumentar os custos. Limites de cobertura baixos no seguro de carga, por
exemplo, podem forçar as empresas a dividir as remessas, disse Gene Brown, um
agente de seguros em Carmel, Califórnia, especializado em cobertura de
cannabis. Você tem grandes frotas entregando grandes quantidades de cannabis ou
transportando grandes quantias de dinheiro, disse ele. Eles precisam de
cobertura de US$ 1 milhão, mas você só pode conseguir $ 500 mil agora.
Impulso de legalização
À medida que mais estados legalizam a cannabis, os
legisladores dos EUA estão sob crescente pressão para segui-la. No mês passado,
o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, apoiou o movimento, revelando um
ambicioso projeto de lei para legalizar a cannabis.
Petrilli, da NCRMA, disse que isso poderia elevar as
vendas de seguros para empresas de maconha a mais de US$ 3 bilhões nos próximos
cinco anos se a indústria fosse segurada como negócios normais. Quem quer que
seja líder no fornecimento de seguro com preços razoáveis para esta indústria
com a cobertura necessária terá muito, muito sucesso, disse Kogan.
O que configura concorrência desleal entre Corretores De
Seguros
Fonte: CQCS
Conforme preceitua o artigo 195, da Lei nº 9.279, de 14
de maio de 1996, que regula direitos e obrigações relativos à propriedade
industrial, comete crime de concorrência desleal o funcionário da empresa
corretora de seguros ou o próprio corretor de seguros que divulga, explora ou
utiliza-se, sem autorização, de conhecimentos, informações confidenciais,
utilizáveis na prestação de serviços, obtidos por meios ilícitos ou a que teve
acesso mediante fraude.
Assim, podemos enumerar alguns itens que caracterizam
crime de concorrência desleal:
a) publicar, por qualquer meio, falsa afirmação, em
detrimento de concorrente, com o fim de obter vantagem;
b) prestar ou divulgar, acerca de concorrente, falsa
informação, com o fim de obter vantagem;
c) empregar meio fraudulento, para desviar, em proveito
próprio ou alheio, clientela de outrem;
d) usar expressão ou sinal de propaganda alheios, ou os
imitar, de modo a criar confusão entre os produtos ou estabelecimentos;
e) usar, indevidamente, nome comercial, título de
estabelecimento ou insígnia alheios ou vender, expor ou oferecer à venda ou ter
em estoque produto com essas referências;
f) substituir, pelo seu próprio nome ou razão social, em
produto de outrem, o nome ou razão social deste, sem o seu consentimento;
g) dar ou prometer dinheiro ou outra utilidade a empregado
de concorrente, para que o empregado, faltando ao dever do emprego, lhe
proporcione vantagem;
h) receber dinheiro ou outra utilidade, ou aceitar
promessa de paga ou recompensa, para, faltando ao dever de empregado,
proporcionar vantagem a concorrente do empregador;
i) divulgar, explorar ou utilizar-se, sem autorização, de
conhecimentos, informações ou dados confidenciais, utilizáveis na prestação de
serviços, excluídos aqueles que sejam de conhecimento público ou que sejam
evidentes para um técnico no assunto, a que teve acesso mediante relação
contratual ou empregatícia, mesmo após o término do contrato;
j) divulgar, explorar ou utilizar-se, sem autorização, de
conhecimentos ou informações obtidos por meios ilícitos ou a que teve acesso
mediante fraude.
Com referência ao assunto concorrência desleal reitero a
sugestão comentada em matéria anterior intitulada Decisão judicial traz alerta
aos Corretores de Seguros, no sentido de que as empresas corretoras de seguros assinem
um documento de confidencialidade com todos os seus funcionários, com duas
testemunhas e firmas reconhecidas, visando inibir, evitar ou amenizar possíveis
condenações definidas na lei.
Autor: Dorival Alves de Sousa / Advogado e Corretor de
Seguros
Gestão de Riscos Ambientais
Petrobras incorpora questão climática em todos os
planejamentos e ações
O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, reforçou
em coletiva de imprensa realizada na Offshore Technology Conference (OTC), em
Houston (EUA), o papel da Petrobras no contexto da transição energética. Ele
lembrou que a eficiência operacional em gases de efeito estufa é uma das quatro
métricas de topo da companhia, que influenciam a remuneração de todos os
executivos e empregados.
Como resultado do esforço que vem sendo feito pela
companhia, as emissões para cada barril produzido pela Petrobras caíram
praticamente à metade nos últimos 11 anos.
Todas as nossas ações estão voltadas para produção com
baixo carbono tanto na fase de exploração e produção quanto na fase de refino.
O nosso planejamento estratégico para 2022-2026 vai novamente contemplar todas
as ações com preocupação não só com descarbonização, mas também com o meio
ambiente, destacou Silva e Luna durante a coletiva, promovida pela Agência Brasileira
de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Silva e Luna lembrou, ainda, que a produção no pré-sal
totalizou cerca de 2 milhões de barris de óleo equivalente por dia no segundo
trimestre de 2021, atingindo a marca de 70% da produção total da Petrobras.
Desta produção, mais de 80% é de petróleo de baixo custo de produção e baixo
teor de emissões, o que confirma o potencial das gigantescas reservas no
litoral do Brasil no novo contexto da indústria do petróleo. Segundo o
presidente da Petrobras, os bons resultados no pré-sal comprovam o acerto da
estratégia de investirmos firmemente no seu desenvolvimento.a segunda-feira
(16/8), foi realizada a sessão especial Buzios Project: A Brazilian Pre-salt
Super Giant, na qual foram detalhadas as tecnologias desenvolvidas para
viabilizar o campo de Búzios e que levaram a companhia a receber o
Distinguished Achievement Award for Companies, principal prêmio da indústria
mundial de petróleo e gás, pela quarta vez. Este campo possui o maior volume de
petróleo no portfólio da Petrobras e também é o maior campo de petróleo em
águas profundas do mundo. Ele ocupa uma área que é maior do que a cidade de
Nova York, comparou Marcio Kahn, gerente Executivo de Búzios, em uma das sete
apresentações de executivos da Petrobras na sessão.
Marcio destacou alguns dos resultados já alcançados desde
abril de 2018, quando foi iniciada a produção no campo. Em 2020, após menos de
dois anos de operação, o campo de Búzios ultrapassou a marca de produção de 600
mil barris de petróleo por dia, devido aos expressivos resultados operacionais
e a um estudo técnico que permitiu que nossas unidades operassem acima da
capacidade original, disse. Outros recordes citados pelo executivo foram a
produção média atual por poço de 36 mil barris por dia (com picos de até 70
mil) e uma produção acumulada de 100 milhões de barris de óleo equivalente
alcançada em apenas 18 meses.
Segundo Marcio, essas marcas são mais relevantes diante
dos complexos desafios do campo, com temperaturas e pressões elevadas nos
reservatórios, rochas heterogêneas que favoreciam a perda de fluidos durante a
perfuração e fundo do mar muito acidentado, que dificultava a ancoragem das
unidades de produção. Para superar esses desafios, enquanto enfrentávamos forte
restrição de investimentos, tivemos de desenvolver tecnologias inovadoras que
nos permitissem, simultaneamente, melhorar a produtividade, segurança e reduzir
custos, explicou Kahn, que elogiou o corpo técnico da Petrobras e demais
parceiros. A experiência técnica do nosso time, desenvolvida ao logo de décadas
de experiência, foi indispensável para alcançarmos feitos tão incríveis. A
cooperação e colaboração com fornecedores, universidades e pesquisadores também
foram extremamente valiosas e abriram caminho para inovação e conquistas.
O plano de desenvolvimento do campo de Búzios prevê a
operação de até 12 FPSOs (unidades flutuantes que produzem, armazenam e
transferem petróleo), atingindo até o final da década uma capacidade instalada
superior a 2 milhões de barris de óleo equivalente por dia. Atualmente, quatro
FPSOs produzem em Búzios, sendo que a quinta unidade (FPSO Almirante Barroso)
encontra-se em estágio avançado de construção, enquanto a sexta (FPSO Almirante
Tamandaré) está prevista para 2024.
Fonte: Revista Portos e Navios
Gestão de Riscos Logísticos
Carga de 50 toneladas de milho roubados são recuperados
Fonte: Estado de Minas
Um homem foi preso e o bitrem carregado com milho que ele
dirigia foi apreendido na noite desta quarta-feira (18/8), na BR-365, no
município de Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Veículo e carga eram roubados.
No momento da abordagem, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) constatou que o
verdadeiro condutor ainda estava desaparecido.
Foi durante uma abordagem de rotina que os policiais
deram ordem de parada ao condutor, que não obedeceu e seguiu com o veículo em
direção a Uberlândia. Foi feita uma barreira na entrada da cidade e o bitrem
foi impedido de seguir pela zona urbana.
Durante a fiscalização, foi constatado o registro de
roubo para o veículo, ocorrido na tarde de ontem. O motorista que tentou fugir
da PRF tem 43 anos e informou que tinha sido contratado para levar a carreta de
Itumbiara (GO) para Uberlândia. O bitrem estava carregado com mais de 50
toneladas de milho.
A vítima do roubo foi encontrada horas depois, já perto
das 2h desta quinta-feira (19/8). Ele contou aos policiais que o assalto
aconteceu na rodovia BR-452, na altura do Município de Maurilândia (GO). A
vítima ficou como refém em um canavial próximo a Itumbiara (GO).
Diante dos fatos, o conjunto veicular, a carga de milho e
o condutor foram encaminhados para à Polícia Civil, informou a PRF.
Agentes de cargas contam com seguro para atrasos nos
embarques
Os recentes atrasos nos embarques marítimos de cargas
verificados nos portos da China e de outros países asiáticos, consequentes dos
congestionamentos portuários com navios e cargas paradas aguardando para
embarcar causam prejuízos ao comércio internacional em escala global.
No Brasil, os importadores estão apreensivos em não
receber suas mercadorias no tempo previsto e elevam a pressão sobre os agentes
de cargas contratados para trazer as cargas ao país, inclusive com ameaças de
acioná-los judicialmente por eventuais perdas financeiras decorrentes da
demora.
Os embarcadores (importadores e exportadores) ao
contratar os serviços de um agente de cargas, raramente têm conhecimento para
qual empresa de transporte suas cargas serão entregues. Ocorrendo extravio,
perdas, faltas, danos e avarias às mercadorias e outras ocorrências sem danos
físicos, mas com prejuízos, como por exemplo os decorrentes de atraso, avaria
grossa, redirecionamento de carga, armazenagem extra e despesas de quarentena,
os embarcadores buscam o ressarcimento de seus prejuízos inicialmente junto ao
agente de cargas a quem confiou o transporte de suas mercadorias.
Embora o agente de cargas não possua responsabilidade de
resultado, quando é acionado por prejuízos causados por culpa de seus
subcontratados, precisa se defender. Não pode simplesmente esperar e depender,
exclusivamente dos Tribunais, incluindo o Superior Tribunal de Justiça (STJ)
para a aceitação da tese de irresponsabilidade no caso de prejuízos reclamados.
Esta situação reforça a importância da contratação de um seguro específico para
cobrir uma eventual decisão de responsabilização. Para suprir essa necessidade,
o mercado segurador oferece o seguro de responsabilidade civil e erros e
omissões para a atividade de agenciamento de cargas.
O seguro de responsabilidade civil e erros e omissões tem
por objetivo garantir o pagamento ou reembolso das quantias que forem impostas
ao agente de cargas, judicialmente ou por acordo extrajudicial autorizado pela
seguradora, pela prestação de seus serviços, em ações indenizatórias promovidas
pelos seus próprios clientes, terceiros, e em especial, ações regressivas de
ressarcimento de companhias de seguros.
O seguro traz ainda, as coberturas complementares de
responsabilidade por perdas ou danos causados às cargas; despesas de
salvamento; adiantamento para contribuições de avaria grossa; despesas
adicionais de redirecionamento da carga; despesas adicionais de remoção e
descarte de cargas danificadas; despesas de quarentena; despesas relacionadas à
insolvência do transportador marítimo; responsabilidade civil por danos
causados a terceiros; poluição, contaminação e vazamento súbitos; e custos de
defesa em juízo cível; e responsabilidade civil pelas perdas financeiras
causadas aos embarcadores.
Importadores e exportadores estão cada vez mais exigentes
e preferem trabalhar com agentes de cargas protegidos por apólice de seguro com
garantias para suportar eventuais atribuições de responsabilidades e
indenizações. Entretanto, o seguro de responsabilidade civil e erros e omissões
é um seguro de difícil aceitação por parte das seguradoras e apenas corretores
de seguros com profundos conhecimentos em comércio exterior, Incoterms®,
tratados internacionais, legislação aduaneira, direito e seguros conseguem
viabilizar a colocação do seguro e resseguro pertinentes.
Fonte: Blog do Rocha / Autor: Aparecido Rocha / insurance
reviewer
O impacto do vírus sobre o capital humano
Fonte: Estadão
A perda de mais de 570 mil brasileiros por covid-19 é
inestimável. Para suas famílias, além da dor do luto, há o impacto sobre a
renda. Muitas perderam o seu principal provedor e entraram na faixa de pobreza.
Pelas estimativas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio
Vargas (Ibre/FGV), a perda de renda das famílias com parentes vitimados pelo
vírus passa de R$ 14,3 bilhões por ano.
O cálculo considera a renda do trabalho das vítimas em
idade produtiva somada à de aposentados. Diferentemente das receitas perdidas
por desemprego temporário, estas foram irremediavelmente perdidas.
Ainda que o levantamento não faça estimativas
diferenciadas por faixa de renda, é certo que o impacto é muito maior para os
mais pobres.
Morando em piores condições sanitárias, com mais
dificuldade de trabalhar em casa e menos acesso a bons tratamentos
hospitalares, os pobres apresentaram taxas de contágio e mortalidade
proporcionalmente maiores, como maiores foram entre eles o desemprego e as
reduções de salário ou de rendas do mercado informal. A recuperação dos postos
de trabalho menos qualificados tomará mais tempo, e as famílias pobres, que
consomem proporcionalmente mais com necessidades básicas, como moradia e
alimentação, foram mais impactadas pela inflação.
Além disso, a perda prematura de aposentados afeta
especialmente as famílias pobres, que muitas vezes têm na aposentadoria dos
idosos uma importante fonte de renda.
Tudo isso evidencia a importância do auxílio emergencial
e do fortalecimento de programas sociais, como o Bolsa Família. Mas mecanismos
de transferência de renda não bastarão para repor a perda de capital humano.
Todas essas pessoas vitimadas tinham um certo conhecimento, certas habilidades
adquiridas ao longo da vida, que utilizando e transmitindo para colegas poderiam,
por muito tempo ainda, contribuir para gerar uma renda para si, para eventuais
dependentes e, portanto, para o País, dizem os pesquisadores.
Como aponta Claudio Considera, do Ibre, tem tanta gente desempregada, mas essas pessoas não necessariamente serão capazes de substituir no mercado de trabalho aqueles que morreram. A reposição da massa de habilidades e conhecimentos perdidos dependerá de bons programas de educação e capacitação.
CIST | Curso | Introdução ao Transporte Nacional
Clube Internacional de Seguro de Transportes - CIST , entre os dias 23 e 26 de agosto, promoverá mais um curso de curta duração de 8 horas, 100% online. Desta vez, o tema será curso Introdução ao Transporte Nacional, ministrado por Domingos Pozzetti.
Formado em Engenharia Química pela Escola de Engenharia Mauá, Pós Graduação na Universidade Presbiteriana Mackenzie e MBA Executivo no Insper, experiência de 20 anos no Mercado de Seguros, especialista em Seguros de Transportes com atuação como Corretor, Broker de Resseguros e Segurador, atualmente dirigindo a Berkley Brasil Seguro, professor do curso de Transporte Nacional.
Conteúdo:
Introdução ao Seguro de Transporte / Números do Mercado / Matriz de Transporte Brasileira - Importância do modal Rodoviário / Código Civil / Lei do Motorista / Hierarquia da Apólice / Garantias Básica, Adicionais e Especiais / Identificação de Necessidades / Preenchimento do Questionário / Papel do Corretor na instrução do processo / Cartas de DDR / Apólice Estipuladas / Análise de Risco / Gerenciamento de Riscos / Aviso e Regulação de Sinistros.
Serviço: Data: 23 a 26 de agosto de 2021 / Horário: 19h00 às 21h00
Investimento: R$ 180,000 para sócio e de R$ 300 para não sócio.
Mais informações: secretaria@cist.org.br / #Conhecimento e #networking qualificado.
Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:
Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2021/05/edicao-265/
Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/revistas/revista-cobertura/revista-cobertura-edicao-231/#2
Revista Segurador Brasil: https://issuu.com/revistaseguradorbrasil/docs/segurador_166_
Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2021/06/14/mercados-de-vida-e-previdencia-apresentam-crescimento/
Revista Insurance Corp:
Caderno de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-916.html
Revista Brasil Energia: https://editorabrasilenergia.com.br/wp-content/uploads/sites/1/flips/129726/Bia469v3/2/index.html
Relatório 2020 da CNseg (destaca os seus projetos e ações em ano desafiador): https://cnseg.org.br/noticias/relatorio-2020-da-cnseg-destaca-os-seus-projetos-e-acoes-em-ano-desafiador.html
2021 / CNseg: O Setor de Seguros Brasileiro: https://cnseg.org.br/publicacoes/o-setor-de-seguros-brasileiro-folder-2021.html
Curso Extensão de Responsabilidade Civil da ENS
O Curso de Extensão ENS em parceria com a AIDA, tem como objetivo proporcionar o conhecimento das modalidades de seguros do ramo de Responsabilidade Civil, as normas legais que o regulam, a formação do contrato e todas as obrigações e os direitos dele decorrentes, como coberturas, exclusões e diversos temas conexos e diretamente relacionados. Para maiores informações e inscrições acesse: https://www.ens.edu.br/.../cursos-de-extensao-aulas-ao...
Curso de Pós-Graduação em Saúde Suplementar ENS
Capacite-se para atuar com segurança na área de saúde suplementar, aprofundando seus conhecimentos, especialmente, em aspectos regulatórios e de gestão.
O curso é ministrado online, ao vivo, em ambiente virtual que possibilita a interação entre alunos e professores em tempo real.
Acesse e saiba mais em: https://www.ens.edu.br/cursos/posgraduacao-aulas-ao-vivo-saude-suplementar-aulas-ao-vivo?inscricao=2837&ead=True&fbclid=IwAR0rapTheczh4kEkwvNu8UDX1YbFLAZG82jpptMQkWAO0UZKYnJmBcye7zw