Cibercrimes: Perda Global
27, Ago. 2021
Perda global com cibercrimes deve ser de US$ 6 tri em
2021
O Brasil foi alvo de mais de 3,2 bilhões de tentativas de
ataque no 1º trimestre, o dobro do verificado no mesmo período de 2020
Fonte: Valor Econômico
Os ataques cibernéticos a empresas como Lojas Renner,
Cosan, Braskem, Fleury e JBS, nos últimos meses, mostram que esse tipo de crime
encontrou uma brecha importante para agir durante a pandemia. O Brasil foi alvo
de mais de 3,2 bilhões de tentativas de ataque no primeiro trimestre, um volume
que dobrou em relação aos três primeiros meses de 2020, segundo a empresa de
segurança Fortinet. E a demanda por serviços de segurança também cresce.
As tentativas de ataque bem-sucedidas no mundo já
representaram perdas globais estimadas entre US$ 1 trilhão, em 2020, e U$ 6
trilhões este ano, informa a União Internacional das Telecomunicações. A
necessidade de um ciberespaço seguro tornou-se muito importante, diz a UIT,
diante da crescente dependência que pessoas e companhias têm da internet.
Instituições que já foram vítimas dos criminosos e as que temem ingressar nessa
estatística, buscam se armar, adquirindo mais serviços de segurança e
compartilhando informações.
O aumento na demanda por cibersegurança se traduz nos
resultados do setor. Em 2020, o mercado de segurança da informação faturou US$
156,2 bilhões no mundo, e deve alcançar US$ 352,2 bilhões em 2026, mostra um
levantamento da consultoria Mordor Intelligence. Na América Latina, o setor foi
avaliado em US$ 4,84 bilhões, no ano passado, e deve chegar a US$ 9,57 bilhões
em 2026.
O aumento da demanda por segurança cria oportunidades de
novos negócios. Cristiano Lincoln Mattos, diretor-presidente da Tempest
Security Intelligence, uma das principais empresas de cibersegurança
brasileiras, diz que o mercado local é muito fragmentado e o crescimento pode
ser feito tanto de forma orgânica, quanto com fusões e aquisições.
De um lado temos a atuação das grandes empresas
multinacionais de tecnologia, que também trabalham com cibersegurança aqui e no
resto do mundo, como IBM, Accenture, Cisco, Dell, entre outras, que se
beneficiam do seu tamanho e marca para conseguir grandes contratos, explica. Do
outro, uma enorme quantidade de empresas pequenas, com faturamento entre R$ 5
milhões a R$ 20 milhões, e nesse meio algumas grandes nacionais.
Lincoln fala que a Tempest viu um crescimento entre 36% e
37% de 2019 para 2020 e de aproximadamente 40% de 2020 para 2021, com a forte
procura por serviços de cibersegurança. A pandemia com certeza acelerou um
movimento de transformação no setor que já vinha acontecendo.
Para Rafael Coutinho, gestor na multinacional de
cibersegurança Trend Micro, a procura por serviços aumentou no último ano,
diante da digitalização do ambiente de trabalho. A empresa japonesa viu o
faturamento na América Latina crescer 21,5% em um ano, a US$ 25,6 milhões, de
acordo com dados do segundo trimestre. O setor público é alvo de
cibercriminosos, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi atacado em novembro,
e tem contratado mais serviços de segurança, informa Coutinho. Um dos
movimentos que Roberto Rebouças, gerente-executivo da russa Kaspersky no
Brasil, vê é a mudança de paradigma: as empresas deixaram de ver cibersegurança
como gasto e passaram a encarar como investimento. Mais do que isso, elas
começaram a investir em soluções corretas para dificultar a vida do criminoso.
Mesmo empresas que não oferecem serviços contra ransomware (vírus que sequestra
dados da vítima), viram uma demanda tão forte que passaram a monitorar o tema.
Roberto Achar, diretor de cibersegurança da ClearSale,
conta que hoje os clientes dos serviços anti-fraude recebem um acompanhamento
das principais tendências e perigos do segmento. Os fornecedores são unânimes
em apontar que o segmento de cibersegurança deve continuar crescendo. A
digitalização não vai parar, a regulamentação sobre o tema aqui no Brasil - principalmente
setorialmente, vai continuar a crescer para acompanhar o que acontece lá fora,
e a demanda econômica por ataques cibernéticos não vai diminuir, diz Lincoln,
da Tempest.
O avanço de estratégias de ciberataques e códigos
maliciosos cada vez mais inteligentes exigem novas tecnologias de prevenção e
detecção de intrusos. Uma delas é a Detecção e Resposta Estendida (XDR, na
sigla em inglês), capaz de avaliar todo o fluxo de dados da rede de uma empresa
atrás de anomalias. A ferramenta coleta um volume grande de dados e os
relaciona usando técnicas de aprendizado de máquina, diz Ghassan Dreibi,
diretor de cibersegurança da Cisco Systems no Brasil.
Golpe do Pix: veja dicas para se proteger de crimes
Fonte: Estadão
Desde que o Pix, solução de pagamento instantâneo do
Banco Central, foi implementado em novembro de 2020, ele passou a facilitar uma
série de transferências bancárias no País. O que não era previsto de acontecer
em tão pouco tempo, no entanto, era o aumento de ações criminosas feitas após o
roubo de celulares ou até mesmo coação em sequestros-relâmpago.
Além de ocorrências desse tipo, há casos de pessoas que
se passam por outros indivíduos, normalmente em conversas de WhatsApp, para
receber transferências pelo Pix. Como o pagamento cai de forma instantânea,
isso dificulta com que a vítima, mesmo sabendo do golpe minutos depois, desfaça
a transação.
Os golpistas acabam utilizando o Pix dada a notoriedade
do meio de pagamento, mas a sistemática de golpe já é antiga, ocorrendo nos
instrumentos de transferência mais tradicionais, como TED, e em outros meios de
pagamentos, como cartões de crédito e débito, informou o Banco Central.
Com o aumento das ocorrências de crimes utilizando Pix, o
Estadão preparou uma série de dicas para se proteger em relação aos golpes
envolvendo Pix. Confira abaixo:
Revise e configure o limite de seu Pix
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) alerta, que
desde abril, o usuário pode controlar seu limite no sistema de pagamento
instantâneo, reduzindo ou aumentando o valor disponível para realizar
transações. A medida é importante para auxiliar o cliente na gestão e controle
de transações no Pix, mitigando danos.
Delegado da divisão antissequestro do Departamento de
Operações Especiais de Polícia (Dope), Tarcio Severo reforça que a orientação é
que os usuários de aplicativos de celular estabeleçam um limite não só para o
Pix, mas para toda a conta bancária, principalmente em transações no período
noturno. O Pix está embutido dentro da conta. Mesmo que o ladrão veja que tem um
limite nele, pode tentar por outras vias se o limite da conta for maior,
explica.
Não utilize a senha do banco em outros aplicativos
Outro ponto é que a senha do aplicativo de banco deve ser
exclusivamente usada para acessar a instituição financeira, recomendam
especialistas. Até para facilitar a memorização, alguns usuários costumam
repetir a senha em outros aplicativos, mas isso pode facilitar a ação de
criminosos, principalmente em casos em que o recurso de lembrar/salvar senha é
utilizado em navegadores e sites.
Não anote senhas dentro do celular
Para além dos recursos de lembrar/salvar senha, outra
prática frequente é a de adotar senhas em aplicativos do celular, para
acessá-los sempre que houver esquecimento. Mas isso não é recomendado. Jamais
anote senhas de acesso ao banco em blocos de notas, e-mails, mensagens de
WhatsApp ou outros locais em seu celular, reforça a Febraban.
Utilize o bloqueio da tela de início do celular
Recorrer ao recurso de bloqueio da tela de início do
celular pode ser útil senão para evitar que as transações via Pix aconteçam,
para retardar a ação de criminosos. Desse modo, ganha-se mais tempo para
acionar o banco e bloquear aplicativos de forma remota. A maioria dos golpes
envolvem engenharia social, ou seja, se aproveitam da vulnerabilidade do
usuário para obter informações pessoais e financeiras, explicou o Banco
Central.
Desconfie de números desconhecidos
Ao receber mensagens ou ligações, é fundamental
desconfiar de contatos desconhecidos, principalmente em casos em que uma
transferência de dinheiro é solicitada de forma emergencial. Em caso de dúvida,
é recomendado ainda ligar para o número antigo da pessoa pela qual o golpista
pode estar se passando ou até pedir ajuda de conhecidos sobre a situação.
Não reaja a abordagens de criminosos
Segundo o analista criminal e membro do Fórum Brasileiro
de Segurança Pública (FBSP) Guaracy Mingardi, por mais que seja difícil prever
um roubo ou sequestro-relâmpago, é indicado não reagir a abordagens de
criminosos. A reação, explica, pode atentar contra a própria vida da vítima,
principalmente em casos envolvendo pessoas armadas.
Notifique imediatamente seu banco
A partir do momento em que o celular é roubado ou que o
golpe por Pix é consolidado, deve-se notificar imediatamente o banco do qual o
dinheiro foi transferido. Desse modo, podem ser tomadas medidas adicionais,
especialmente de bloqueio do app do banco e senha de acesso. A depender do
caso, além disso, o banco pode acabar retendo a transferência.
De acordo com Roberto Monteiro, delegado de polícia da 1ª
Seccional do Centro de São Paulo, há caminhos distintos depois que os roubos
utilizando Pix são notificados na delegacia. O que se percebe é que alguns
bancos devolvem o valor, mas outros, não, disse.
O Banco Central informou que em junho foram divulgadas as
regras do mecanismo especial de devolução, que entrará em vigor em 16 de
novembro. Em tese, ele padronizará as regras e procedimentos para viabilizar a
devolução de valores nos casos em que exista fundada suspeita de fraude.
Avise também a operadora de celular
Outro passo complementar é, em caso de roubo ou furto de
aparelho celular, avisar a operadora. Assim, pode-se providenciar o bloqueio
imediato da linha, evitando que criminosos entrem em contato com outras pessoas
por meio do celular e apliquem mais golpes.
Registre um boletim de ocorrência
É fundamental, além disso, registrar boletim de
ocorrência junto às autoridades policiais, ação fundamental que dá visibilidade
ao crime, ajuda nas investigações policiais e permite, posteriormente, a
identificação e as prisões de quadrilhas de criminosos.
Por seu desenho tecnológico, todas as operações com o Pix
são 100% rastreáveis, o que permite a identificação das contas recebedoras de
recursos produtos de golpe/crime, informou o Banco Central. Desse modo, a
notificação das autoridades permite a ação mais incisiva da polícia e da
Justiça, o que não acontece com saques em caixas eletrônicos, por exemplo.
Susep homologa MAPS para o registro de operações do
mercado de seguros
Com a homologação, sistema passa a ter cinco
registradoras plenamente qualificadas para operar o SRO
Fonte: Susep / Sonho Seguro
A Superintendência de Seguros Privados (Susep) homologou,
na quarta-feira (25), o sistema da registradora MAPS para as operações do
Sistema de Registro de Operações (SRO) do mercado de seguros. Junto com a CERC,
a CSD, a B3 e a CRDC, já são cinco registradoras plenamente qualificadas para
operar.
O SRO tem como objetivo aumentar a transparência, a
eficiência e a segurança no registro das operações. A expectativa da Susep é de
que as seguradoras e a população se beneficiem das sinergias que ocorrerão com
outros produtos e serviços a serem desenvolvidos a partir da implementação do
Sistema.
Para operar o SRO, as registradoras devem seguir rígidos
protocolos de segurança e governança, baseados nos Princípios para
Infraestruturas do Mercado Financeiro do Bank for International Settlements
(BIS), como determinam as regras aprovadas pela Susep no ano passado. Entre os
critérios está a exigência de patrimônio mínimo de R$ 15 milhões e capacidade
técnico-administrativa.
Atualmente, já estão sendo registradas no SRO as
operações de seguro garantia e, de forma facultativa, outras operações de
seguros de danos e de seguros de pessoas estruturados em regime financeiro de
repartição simples.
CPI ouviu empresa que não é banco, nem seguradora, mas
oferece garantias
Fonte: CQCS
Reportagem da Agência Brasil informa que o
diretor-presidente do FIB Bank, Roberto Pereira Ramos Junior, prestou
depoimento aos integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da
Pandemia do Senado, nesta quarta-feira (25). O empresário explicou aos
parlamentares que sua empresa, apesar de não ser uma seguradora ou banco,
presta garantias fidejussórias (garantias pessoais), amparada pelo Código
Civil, como sociedade anônima.
Essa garantia foi apresentada pela empresa Precisa
Medicamentos para assegurar a entrega de 20 milhões de doses da Covaxin ao
Ministério da Saúde, contrato cancelado diante das controvérsias surgidas nos
depoimentos à CPI.
Contudo, a garantia fidejussória não é prevista na nova
Lei de Licitação, que lista apenas garantias em dinheiro, seguro ou carta
fiança bancária, emitida por seguradoras e bancos fiscalizados e regulados pela
Susep e o Banco Central.
Logo no início do depoimento, Ramos levantou suspeitas (e
risos) ao revelar que o FIB Bank é uma pequena empresa e, em seguida, informar
que o capital da companhia soma R$ 7,5 bilhões.
De acordo com a Agência Brasil, durante o depoimento,
Roberto Ramos levantou desconfiança de atuar como administrador laranja do FIB
Bank. A suspeita apareceu depois que ele não soube explicar transações do FIB
Bank. Ele também negou conhecer o dono da Precisa, Francisco Maximiano, e
outros atores importantes em negociações da empresa.
Furnas registra pior volume útil para o mês de agosto dos
últimos 20 anos
Fonte: TV Cultura
O reservatório de Furnas, que abastece a região sudeste e
centro-oeste, registrou o volume útil mais baixo desde 2001 para o mês de
agosto. De acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS), o volume útil atual
do reservatório é de 18,02%.
Em agosto de 2001, o volume útil da represa atingiu
13,72%. Em setembro caiu para 12,98% e em outubro voltou a subir, chegando a
28,03% no final do ano.
A baixa no volume dos reservatórios das hidrelétricas
afeta a produção de energia no país, obrigando o governo a usar as
termelétricas, o que encarece a conta de luz da população. A bandeira vermelha
patamar dois vigora desde junho deste ano, passando a R$9,49 a cada 100kWh
consumidos. Um aumento de 52% comparado ao valor anterior. Especialistas já
apontam que este valor pode subir ainda mais.
Na última quarta-feira (26), o ministro da Economia,
Paulo Guedes, questionou: Qual o problema agora que a energia vai ficar um
pouco mais cara porque choveu menos?.
Bolsonaro diz que país está no limite do limite e faz
apelo por economia de energia
Fonte: Reuters
O presidente Jair Bolsonaro reforçou nesta quinta-feira
que o Brasil enfrenta uma crise hídrica e afirmou que o país está no limite do
limite, e pediu que as pessoas ajudem a economizar energia elétrica.
Tenho certeza que você pode apagar um ponto de luz na sua
casa, disse Bolsonaro em sua transmissão ao vivo semanal em redes sociais.
Apague um ponto de luz na sua casa.
Bolsonaro disse na live que o ministro de Minas e
Energia, Bento Albuquerque, mantém conversa com governadores e discute a
possibilidade de redução ou isenção de cobrança de ICMS sobre a bandeira
tarifária.
A gente apela aos senhores governadores que resolvam de
comum acordo questão, afirmou.
Empresas avançam nas boas práticas de gestão ambiental
A Wilson Sons vem desenvolvendo uma série de ações para
reduzir o impacto ambiental de suas operações na última década, contribuindo
para o esforço global pelo equilíbrio do clima. O mais recente é a incorporação
da norma IMO TIER III, que reduz em mais de 75% os níveis de emissão de óxidos
de nitrogênio, nos quatro rebocadores da empresa que estão sendo construídos no
estaleiro do Grupo no Guarujá. O custo total para implementar os padrões IMO
Tier III é de US$ 290.000.
O óxido de nitrogênio é um gás de efeito estufa, que pode
ser 300 vezes mais poluente do que o próprio dióxido de carbono. O nível III é
um grande diferencial desse projeto e mostra o quanto estamos na vanguarda da
indústria naval brasileira, afirma Rodrigo Bastos, diretor das operações da
unidade de rebocagem.
O primeiro rebocador construído com esse padrão deve
entrar em operação em fevereiro do ano que vem e o segundo em agosto. O projeto
é desenvolvido pela Damen Shipyards, parceira da Wilson Sons há mais de 25
anos, e as embarcações terão 80 toneladas de bollard pull (TBP), com 25 metros
de comprimento e 13 metros de largura, com notação de classe Escort Tug.
Com essa tecnologia, os novos rebocadores atenderão às
exigências de algumas regiões dos mercados norte-americano e europeu,
determinadas pela Organização Marítima Internacional (IMO) como áreas de
controle de emissões. A IMO, da qual o Brasil é signatário, vem avançando na
estratégia de redução das emissões de gases de efeito estufa no setor marítimo.
A Wilson Sons está sendo pioneira no Brasil no atendimento aos requisitos da
norma Tier III, por não ser uma exigência para do território nacional,
antecipando uma eventual regulamentação do país, explica Bastos.
Nesses projetos, a Wilson Sons também utilizará outra
tecnologia pioneira no mercado, o twin fin, conjunto de aletas que aumenta a
capacidade de arrasto nas manobras e melhora o desempenho do rebocador. Com
isso, para uma mesma tração, menos potência é exigida e, consequentemente, há
redução no consumo de combustível e nas emissões. Outro aliado na proteção do
meio ambiente é o Centro de Operações de Rebocagem (COR), que monitora o
deslocamento dos rebocadores, definindo o melhor momento para a movimentação,
controlando a velocidade e o consumo de combustível, com o objetivo de garantir
maior eficiência, evitando desperdícios e, consequentemente, reduzindo as
emissões de gases. Recentemente, A Wilson Sons já teve uma agenda forte em
relação ao meio ambiente e sempre atuou para evitar o uso excessivo de
combustíveis, além de participar de ações como o Projeto Praia Limpa e projetos
como o Parque dos Naufrágios Artificiais de Pernambuco. O que está acontecendo
agora é um planejamento mais sólido, com foco no curto, médio e longo prazo,
comenta o diretor.
Fonte: Revista Portos e Navios
Fenômeno da falta de trabalhadores nos EUA dá sinais no
Brasil
Fonte: Folha de SP
O fenômeno da escassez de mão de obra que atingiu os EUA
na pandemia preocupa setores empresariais brasileiros, que receiam estar diante
de um cenário com alguma semelhança.
A despeito do desemprego elevado, negócios nas indústrias
de calçados, confecções, náutica, farmacêutica e até restaurantes relatam
diferentes níveis de dificuldade para preencher vagas novas ou reabertas. A
avaliação é que os trabalhadores podem ter migrado para outras cidades ou
atividades no último ano.
Afetados pela redução nas vendas de calçados por causa da
quarentena, os polos calçadistas de Franca e Jaú, em São Paulo, agora
vislumbram a retomada, mas enfrentam dificuldade para readmitir os trabalhadores
dispensados na crise, segundo Haroldo Ferreira, presidente da Abicalçados
(associação do setor).
Pelas previsões de Ferreira, a situação deve se
normalizar nos próximos quatro meses, que é o tempo de formação de novos
profissionais no ramo.
Para Rafael de Souza, sócio da rede de sapatos masculinos
Fascar, outros mercados como o telemarketing podem ter atraído os trabalhadores
mais jovens em Franca. Marcel Savelli, diretor da fabricante de calçados
Savelli, vê as empresas de aplicativo como fortes competidoras pela mão de
obra.
Está bem complicado. Estamos com dificuldade de encontrar
mão de obra tanto já qualificada e quanto sem qualificação. A pandemia
acentuou, mas já vínhamos sentindo isso antes. A indústria foi sucateada e
deixou de ser atrativa para o jovem, diz Savelli.
O boom registrado pelos fabricantes de barcos de luxo,
que tiveram fila de espera de compradores, enfrentou gargalo na contratação de
mão de obra qualificada. A suspensão dos cursos presenciais agravou a situação,
segundo Airton Said, diretor da Acatmar, associação que reúne estaleiros e
marinas.
A nossa mão de obra ainda é artesanal e precisa ser
qualificada. Neste momento, temos alta de 30% na demanda de construção de
barcos em comparação com anos anteriores, sem pandemia, afirma Said. Ele diz
ter visto parte dos funcionários jovens migrando para a área de tecnologia e
profissionais mais experientes começando a empreender.
No segmento de confecções, também há relatos de
dificuldade na contratação, casos de absenteísmo e afastamento de gestantes,
mesmo que vacinadas contra a Covid, segundo Fernando Pimentel, presidente da
Abit (associação do setor têxtil).
Na indústria farmacêutica, os relatos de escassez de mão
de obra qualificada aparecem nas áreas de compliance e tecnologia da informação,
afirma Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma.
Até no setor de restaurantes, tido como importante porta
de entrada de jovem no mercado de trabalho, os demitidos migraram para
aplicativos, construção civil ou foram empreender com a venda marmita feita em
casa, segundo Paulo Solmucci, presidente da Abrasel (associação dos bares e
restaurantes). Ele diz que também houve um fluxo para cidades do interior.
O outro efeito colateral da crise neste mercado foi o
ganho de produtividade, segundo Solmucci. Onde trabalhavam 10, hoje trabalham
8. Não voltaremos ao mesmo número de empregos, mesmo que o setor retome o
faturamento de 2019 neste semestre, afirma.
A economista Cecilia Machado afirma que a situação é mais
nítida nos EUA, mas aqui deve acontecer também em algum grau. Existe uma
percepção de que pode ter ocorrido um descasamento na pandemia provocado pelo
deslocamento geográfico ou de atividade.
O setor de serviços mudou com a tecnologia. Talvez um
restaurante não precise mais de tanta gente servindo, porque as pessoas pedem
mais em casa. Aí precisa ter uma mão de obra um pouco diferente, que tem de
entender também do pedido do iFood, de olhar um sistema. Não é exatamente a
mesma coisa. Pode ter esse descasamento, afirma.
Machado afirma que a mão de obra leva um tempo para se
realocar, ou seja, o trabalhador de uma atividade específica não entra
instantaneamente em outra. E, neste momento, há setores diferentes demandando
em quantidades também distintas. Algumas profissões são mais substituíveis do que
outras.
Está muito claro nos EUA que as pessoas saíram das
grandes cidades porque o trabalho poderia ser feito remoto. Aqui não é tão
claro que isso aconteceu porque nem todo trabalho pode ser feito de forma
remota. O presencial vai voltar muito mais fortemente aqui, afirma a
economista.
Uma outra explicação pode estar no medo do contágio.
Enquanto houver pessoas com receio da pandemia, elas se sentirão inseguras para
o trabalho, segundo a economista. Machado ressalva que o sentimento de
insegurança capaz de levar o trabalhar a rejeitar uma vaga depende do nível de
conforto de renda.
Nos EUA, as pessoas colocam esse argumento por causa do
plano Biden. Aqui isso não está acontecendo, a gente não tem mais aquele
auxílio emergencial. É muito improvável essa explicação aqui. Acho que é
possível o medo da variante. Mas ele encontra um limite no quanto as pessoas
conseguem se sustentar sem trabalhar, diz.
Entenda a lei de autonomia do Banco Central
Fonte: Estadão
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira,
26, manter a lei de autonomia do Banco Central. Os ministros Dias Toffoli,
Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e
Luix Fuz votaram a favor da autonomia do BC, assim como Luís Roberto Barroso
havia votado no dia anterior; a ministra Rosa Weber acompanhou o relator,
Ricardo Lewandowski, e votou contra.
Entenda a lei de autonomia do Banco Central
Objetivos
1) assegurar a estabilidade de preços (objetivo
fundamental)
2) fomentar o pleno emprego (objetivo secundário);
3) suavizar as flutuações do nível de atividade econômica
(objetivo secundário);
4) zelar pela estabilidade e eficiência do sistema
financeiro (objetivo secundário).
Mandatos fixos
A lei estabelece mandato de quatro anos para o presidente
do BC e os demais diretores. Todos podem ser reconduzidos ao cargo, uma única
vez, por igual período.
Campos Neto ficará na presidência até 31 de dezembro de
2024 e poderá ter o mandato renovado apenas uma vez.
Sem vinculação à economia
Pela lei, o BC passou a se classificar como autarquia de
natureza especial caracterizada pela ausência de vinculação a Ministério, de
tutela ou de subordinação hierárquica.
Segundo a lei, o Banco Central se caracterizará pela
autonomia técnica, operacional, administrativa e financeira.
Perda de mandato
Situações que levam à perda de mandato do presidente e
diretores do Banco Central:
a pedido do presidente ou do diretor;
em caso de doença que o incapacite para o cargo;
quando sofrer condenação, em decisão transitada em
julgado ou proferida por órgão colegiado, por improbidade administrativa ou em
crime cuja pena leve à proibição de acesso a cargos públicos;
em caso de comprovado e recorrente desempenho
insuficiente para o alcance dos objetivos do Banco Central do Brasil. Nesta
hipótese, o Conselho Monetário Nacional (CMN) deve submeter ao presidente da
República a proposta de exoneração, que estará condicionada à prévia aprovação
por maioria absoluta do Senado.
Proibições
Os dirigentes ficam vetados de exercer qualquer outro
cargo simultâneo, público ou privado, exceto o de professor;
O presidente e os diretores do BC, além de seus cônjuges
ou parentes de até segundo grau, não podem ter participação acionária em
instituições supervisionadas pelo BC;
por seis meses após o exercício do mandato, o presidente
e os diretores estão proibidos de participar do controle societário ou atuar,
com ou sem vínculo empregatício, em instituições do Sistema Financeiro Nacional
(bancos, fintechs, cooperativas, por exemplo). No período, a ex-autoridade
receberá remuneração compensatória.
Brasil chega a 213,3 milhões de habitantes, diz IBGE
Fonte: Poder360
O Brasil atingiu 213.317.639 habitantes distribuídos em
seus 5.570 municípios em 2021, segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística) publicada no DOU (Diário Oficial da União) desta 6ª
feira (27.ago.2021).
Os dados se referem à quantidade de pessoas em Estados e
municípios até 1° de julho de 2021. Em relação a 2020, cuja estimativa era de
211,7 milhões de habitantes, a população teve aumento de cerca de 0,74%.
São Paulo segue em 1º lugar, sendo o Estado mais
populoso, com 46,6 milhões de pessoas. Em seguida estão Minas Gerais, com 21,4
milhões, e Rio de Janeiro, com 17,5 milhões. Roraima tem a menor população, com
652,7 mil habitantes.
China alcança mais de 1 bilhão de usuários de Internet
Fonte: AFP
A China superou pela primeira vez a marca de 1 bilhão de
usuários de Internet, já que o uso de smartphones continua se desenvolvendo
rapidamente com a digitalização dos serviços e o aumento da infraestrutura,
informa um estudo divulgado nesta sexta-feira (27).
Um grande número de tarefas pode ser realizado
remotamente no país, como pagamento de contas de gás e luz, entrega de comida e
remédios, compras online e consultas médicas, entre muitas outras.
A China ganhou mais 21,75 milhões de usuários de Internet
em seis meses, o que corresponde ao dobro da população da Bélgica, de acordo
com um relatório do Centro de Informações sobre Internet da China (CNNIC), um
órgão oficial.
O país tem hoje 1,011 bilhão de pessoas conectadas,
segundo o último balanço, feito em junho.
O CNNIC explica este aumento pela melhora das
infraestruturas (antenas de retransmissão, redes), pelo surgimento de novos
serviços online (serviço público, educação), ou ainda por uma melhor logística
nas pequenas cidades e no campo, o que possibilita o desenvolvimento do
comércio online.
A taxa de cobertura nacional de Internet é de 71,6%, e de 59,2%, nas áreas rurais.
Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:
Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2021/05/edicao-265/
Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/revistas/revista-cobertura/revista-cobertura-edicao-231/#2
Revista Segurador Brasil: https://issuu.com/revistaseguradorbrasil/docs/segurador_166_
Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2021/06/14/mercados-de-vida-e-previdencia-apresentam-crescimento/
Revista Insurance Corp:
Caderno de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-916.html
Revista Brasil Energia: https://editorabrasilenergia.com.br/wp-content/uploads/sites/1/flips/129726/Bia469v3/2/index.html
Relatório 2020 da CNseg (destaca os seus projetos e ações em ano desafiador): https://cnseg.org.br/noticias/relatorio-2020-da-cnseg-destaca-os-seus-projetos-e-acoes-em-ano-desafiador.html
2021 / CNseg: O Setor de Seguros Brasileiro: https://cnseg.org.br/publicacoes/o-setor-de-seguros-brasileiro-folder-2021.html
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