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Gestão de Riscos Cibernéticos

02, Set. 2021

Ataques cibernéticos no Brasil crescem 23% em 2021

As 481 milhões de tentativas de invasão a sistemas do país, 1.400 por minuto, representaram 66% das 728 milhões de investidas de criminosos na América Latina

Fonte: Valor Econômico

O uso de computadores remotos para o trabalho em casa e de softwares piratas colaboraram com um aumento de 23% no volume de tentativas de ataques cibernéticos ao Brasil, de janeiro a agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado, aponta um estudo da empresa de cibersegurança Kaspersky. Neste intervalo, as 481 milhões de tentativas de invasão a sistemas do Brasil, 1.400 por minuto, representaram 66% das 728 milhões de investidas de criminosos na América Latina.

O home office é um paraíso para os caras maus no ciberespaço, disse ontem Eugene Kaspersky, fundador e CEO global da empresa, durante a conferência on-line de divulgação do estudo. O executivo observou que a pandemia atraiu novos cibercriminosos, que estão se juntando às gangues já estabelecidas.

O Panorama de Ameaças 2021, divulgado pela empresa, tem como base as 20 maiores ameaças à região. Considerando somente empresas, na América Latina houve um aumento de 78% nas tentativas de ciberataques. O Brasil também lidera neste segmento, tendo sido alvo de 5 milhões de tentativas de ataques a corporações nos oito meses do ano, 90,9% direcionados a computadores pessoais.

Entre os casos recentes estão os ataques à varejista Lojas Renner, ao Grupo Fleury de medicina diagnóstica, e às operações do frigorífico JBS em três países (Austrália, Canadá e Estados Unidos). A Kaspersky alerta que sistemas industriais, incluindo empresas de energia, óleo e gás, estão na mira dos cibercriminosos. Entre janeiro e agosto, o segmento foi alvo de 10 mil ameaças na América Latina.

Desde janeiro foram registradas 96 milhões de tentativas de ataques cibernéticos a computadores de países latino-americanos com sistema operacional da Microsoft, 11 mil por hora. No mesmo período, os servidores na plataforma Windows foram alvos de 9,5 milhões de ataques, ou 1.000 por hora, na região.

Desde janeiro foram detectadas 173 mil ameaças a smartphones e tablets com o sistema Android, do Google.

Susep já registra 1,25 milhão de apólices de seguro garantia

Fonte: Sonho Seguro

Cerca de 1,25 milhão de apólices de seguro garantia já foram registradas na plataforma SRO criada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). Antes já há registros facultativos, além de terem iniciado recentemente (02/08) o registro dos ramos de fiança locatícia, riscos diversos financeiros e stop loss.

De acordo com a Susep, os registros conferem maior transparência e confiabilidade aos segurados quanto à existência das apólices, principalmente para o setor público, que pode verificar a veracidade das apólices apresentadas em licitações ou dadas como garantias judiciais. A plataforma SRO também vai permitir a implantação de um sistema de controle de acúmulo de tomadores e dar maior transparência aos resseguradores, o que tende a melhorar a precificação, reduzir riscos e aumentar a capacidade do mercado. Outros benefícios dizem respeito à atuação da Susep. O registro possibilitará uma maior eficiência das ações de supervisão da autarquia e um aprimoramento da regulação, reduzindo custos de observância para as seguradoras.

De acordo com a autarquia, o registro é obrigatório é importante para que a Susep possa modernizar seus procedimentos de supervisão, desobrigando as seguradoras de outros custos de observância, além de possibilitar o acompanhamento de um mercado a cada dia mais digital. Ainda, o acesso a um conjunto mais amplo de informações será útil para o aperfeiçoamento do processo de análise dos impactos regulatórios.

Com a entrada em operação da plataforma integrada, prevista para acontecer nas próximas semanas, será possível disponibilizar uma série de ferramentas aos consumidores, conforme mencionado na segunda pergunta, que trarão ainda mais credibilidade e segurança para o consumidor.

Mudanças da Susep permitem que seguro seja vinculado ao condutor e não ao veículo

Fonte: CQCS

Novas medidas anunciadas pela Superintendência de Seguros Privados passam a valer a partir de hoje

A partir desta quarta-feira (1º) entram em vigor as novas normas para o seguro automotivo estabelecidas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). As medidas têm o objetivo de aumentar o acesso dos consumidores ao serviço e flexibilizar o seguro auto.

Entre as mudanças, o consumidor poderá personalizar os serviços oferecidos pelo seguro. Por exemplo, se o proprietário de um veículo quiser contratar apenas um seguro para acidentes, como incêndios e batidas, haverá essa possibilidade sem necessariamente de aderir ao serviço contra furto e roubo. O preço cobrado será de acordo apenas com o seguro contratado.

Outro ponto assegurado pelas novas medidas é que o consumidor poderá vincular o serviço de proteção ao motorista e não mais ao veículo, se preferir. Ou seja, se o automóvel for trocado, o seguro se manterá ativo. Essa medida é vantajosa, principalmente, para motoristas de aplicativos e condutores que alugam carros para o fim de semana.

Será possível, ainda, a contratação de coberturas das despesas em consequência de danos corporais ou materiais causados a terceiros, independentemente de quem seja o proprietário do veículo.

A Youse, plataforma de seguros, é uma das empresas que já tem buscado se adequar às novas regras. Além de oferecer um seguro auto no qual o cliente possui autonomia para escolher entre combos diferentes ou adaptar seu seguro com as coberturas e assistências que quiser, a insurtech também permite que o cliente ative e desative serviços da apólice, conforme seu momento de vida. Na prática, se o consumidor for viajar, por exemplo, ele pode aumentar ou diminuir as coberturas e assistências como quiser. Segundo estimativas da insurtech, algumas adaptações podem implicar, em média, 44% de economia.

Setor de seguros e o consumidor do futuro

Fonte: Monitor Mercantil

Uma fase de maturidade institucional marca o relacionamento entre o setor segurador e os órgãos que compõem o sistema de defesa de consumidor. Esse movimento convergente contribui para ampliar a incursão do seguro na vida das pessoas e dos negócios, com impacto direto sobre o bem-estar e a resiliência das empresas nas últimas décadas.

O alinhamento em prol de práticas de conduta centralizadas no consumidor, baseadas em suas reais necessidade, é bem-vindo para ampliar a satisfação de clientes, sobressaindo-se ainda mais em um ambiente de alta competitividade, de extraordinário uso de recursos tecnológicos e de cidadãos cada vez mais empoderados.

Esse diálogo franco, transparente e propositivo entre os atores sociais da representação dos consumidores e os players do mercado aprimora a relação de consumo, estimula o desenvolvimento das melhores práticas e o aperfeiçoamento dos serviços e produtos do setor segurador.

É claro que todos podem contribuir mais, reguladores e regulados, no fomento da atividade. Por parte das empresas do setor segurador há o desafio permanente de abrigar as expectativas dos consumidores e de ampliar seu grau de satisfação. Na era digital em que vivemos, deve estar no radar a criação de novos produtos, sobretudo para riscos emergentes, reformulações contínuas em apólices existentes para ampliar coberturas, algo factível a partir da possibilidade de combos de proteções, e canais variados para alcançar o consumidor, de acordo com a sua preferência.

É fato que o setor de seguros se prepara, há tempos, para esse encontro com o consumidor do amanhã, cada vez mais conectado a tecnologias transformadoras do perfil do consumo. Uma revolução tecnológica silenciosa em curso, e posta à prova durante a pandemia, não deixa dúvidas de que o setor de seguros está entre os mais abertos à inovação e capaz de novos avanços na transição digital.

Nessa marcha, há quatro pilares convergentes: consumidores predispostos a ampliar seu nível de cobertura, sobretudo após a experiência traumática da pandemia; seguradoras ávidas por endereçar soluções adequadas a riscos; órgãos de regulação dispostos a retirar excessos regulatórios e modernizar as normas; e entidades de defesa atentas aos novos perfis de consumo e novos modelos de negócios. Desde já, estamos todos construindo as pontes para o futuro a partir do diálogo institucional vigoroso e proveitoso para a cadeia de seguros.

Autora: Solange Beatriz Palheiro Mendes / Diretora-Executiva da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg)

Eletrobras: Guedes diz que saíram jabutis maiores e ficaram tartaruguinhas

Fonte: Poder360

O ministro da Economia Paulo Guedes disse nesta 4ª feira (1.set.2021) que o projeto de privatização da Eletrobras foi aprovado com alguns pontos sem relação com a proposta original, mas que o resultado é positivo. Todo jabuti que tinha mais de 20 centímetros foi removido. As tartaruguinhas ficaram, disse.

Jabuti é o termo usado para se referir a matérias estranhas ao texto original que são incluídas nos projetos votados no Congresso Nacional. No caso da Eletrobras, os congressistas fizeram várias mudanças no texto apresentado pelo governo. Os críticos dizem que as mudanças vão aumentar o custo da energia elétrica.

Não vou dizer que foi o melhor do mundo, mas foi bem longe do que estão falando aí, afirmou o ministro em conversa com empresários, durante o lançamento da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo.

No final de junho, Guedes já havia defendido o teor do projeto aprovado. Disse que os maiores jabutis foram retirados pelo Congresso. Os que sobraram, disse que iriam se dissolver no ar. É o caso da determinação para que o governo compre emergia de termelétricas a gás natural. Aceitaram comprar energia de gás natural por um preço de R$ 300. Hoje, estamos sendo abastecidos por termoelétrica que estão usando diesel, em que o custo está saindo a R$ 700 o quilowatt, falou.

Para o ministro, com a medida, o Brasil passará a comprar energia mais barata das térmicas. É um jabuti que se evapora naturalmente. A equipe econômica tomou certos cuidados para não ser arrastada para situações economicamente desfavoráveis. Com o tempo, isso vai ficando mais claro.

O ministro também falou que alguns pontos inseridos no texto são positivos do ponto de vista econômico e político. Citou a destinação anual de R$ 350 milhões para a revitalização do Rio São Francisco, uma demanda dos congressistas mineiros e nordestinos.

Em outra ocasião, no começo de julho, chamou os pequenos jabutis de virtuosos que iriam evaporar no ar.

Economia

Na conversa desta 4ª feira (1º.set), Guedes disse que o fraco resultado da economia brasileira no 2º trimestre é resultado da pandemia. Segundo ele, os meses de abril, maio e junho foram os mais trágicos da crise sanitária e que, por isso, a produção de bens e serviços andou de lado.

A economia voltou em V, estamos crescendo novamente. Hoje saiu um dado que é praticamente de lado, foi 0,05% a queda do PIB. Quando dá 0,05%, é arredondada para 0,1. Se fosse 0,04%, seria 0%. É um negócio mínimo, não faz mal, afirmou.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os números do PIB na manhã desta 4ª feira (1º.set.2021) e mostrou um dado abaixo do esperado pelo mercado financeiro.

Omega Energia fornecerá energia renovável à Heineken no Brasil por 10 anos

Fonte: Reuters

A elétrica Omega Energia fechou acordo com o Grupo Heineken para a implementação de ativos de geração renovável no Nordeste, visando o fornecimento de eletricidade para atendimento a 100% do consumo de 13 cervejarias e nove centros de distribuição no Brasil, informou a empresa nesta quarta-feira.

Segundo a Omega Energia, que fechou o acordo por meio da Omega Desenvolvimento, a operação deve acarretar uma redução de 270 mil toneladas de emissões de gás carbônico na atmosfera. O contrato prevê fornecimento de energia por um período de dez anos.

Com esse contrato, mostramos que estamos sempre prontos para desenvolver soluções customizadas e inovadoras para os nossos clientes e ajudar a construir uma sociedade com energia limpa, sustentável e competitiva, disse em nota a diretora comercial da Omega Energia, Fabiana Polido.

A Heineken possui o compromisso de zerar as emissões em sua produção no Brasil até 2023, sete anos antes da meta global da empresa, e pretende neutralizar sua pegada de carbono em toda a cadeia de valor até 2040.

Reconhecemos nosso papel atuante neste desafio que é promover impactos socioambientais positivos no país... Este contrato com a Omega representa um marco para o uso de energia elétrica limpa em quase 100% de nossas unidades produtivas, afirmou a gerente de sustentabilidade da Heineken, Ornella Vilardo.

Taxa de R$ 14 na conta de luz puxa ações do setor elétrico

Fonte: Você S.A.

Enquanto os consumidores estão se desdobrando para economizar energia, as empresas do setor elétrico fizeram uma festa na bolsa. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Ministério de Minas e Energia anunciaram ontem uma nova bandeira tarifária, batizada de bandeira de escassez hídrica. E esse foi o sinal verde para alta das ações do setor.

A escassez hídrica vai substituir a bandeira vermelha 2. Agora, a cobrança extra a cada 100 quilowatts-hora consumidos (kWh) será de R$ 14,20. Até ontem, a cobrança extra estava em R$ 9,49. O novo valor começa a valer já no mês de setembro e ficará em vigor até abril do ano que vem.

Esse valor extra ajuda a pagar o custo da pior estiagem dos últimos 91 anos. Com pouquíssima água nos reservatórios das hidrelétricas, o governo precisa aumentar a importação de energia de países vizinhos, como Argentina e Uruguai (que, por sinal, também sofrem com a seca), e acionar as termelétricas. Essas alternativas são mais caras do que a produção nas hidrelétricas nacionais, e quem paga por isso é o consumidor. A estimativa da Aneel é de que o impacto na conta de luz seja de 6,78%.

Bem, o aumento na sua conta de luz funcionou como um alívio disseminado para as empresas do setor elétrico. Subiram ações de geradoras (que sofrem com a falta d’água para produzir), transmissoras (que transportam a energia) e distribuidoras (aquelas que não vão gostar se você conseguir reduzir o consumo de luz, como quer o governo).

Das geradoras, o destaque ficou com a Copel (3,80%), seguida pela Eneva (3,70%), Engie (3,57%), Cemig (3,40%), Eletrobras (ELET3 2,50%; ELET6 2,54%) e EDP (1,63%). Só a CPFL ficou no negativo (-5,61%).

Já entre as distribuidoras, a Equatorial ficou entre as maiores altas (3,58%). A Energisa foi mais modesta: +1,31%.

Fora do Ibovespa, mais altas. AES Brasil (1,05%), Cesp (0,38%), Ômega (5,55%) e Taesa (0,53%) também avançaram. Isso é que se chama de alta de bloco.

Apagão?

O custo extra nas contas não afasta completamente o risco de apagões ou mesmo de um racionamento. Bento Albuquerque, o ministro de Minas e Energia, nega essa possibilidade e insiste em dizer que o país tem oferta de energia suficiente para atender a demanda. A economia deve ser feita de forma voluntária, não usando ferro de passar (quem ainda usa?).

Escanteado do governo, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou, em conversa com jornalistas, que existe sim a possibilidade de racionamento.

O que eu tenho acompanhado é que o governo tomou as medidas necessárias: criou uma comissão para acompanhar e tomar as decisões a tempo e a hora no sentido de impedir que haja apagão. Agora, pode ser que tenha que ocorrer algum racionamento. O próprio ministro falou isso, né?, disse o vice, contradizendo completamente Albuquerque.

O Itaú estima que o risco de racionamento no país subiu de 5% para 10%. E que a redução no consumo de energia poderá afetar o crescimento da economia, mais uma péssima notícia depois do dia de hoje.

PIB

O mercado esperava que o PIB brasileiro tivesse registrado um leve crescimento no segundo trimestre. Hoje o IBGE mostrou ao país que, na verdade, houve queda de 0,1%, quando comparado com os primeiros três meses do ano.

A maior contração no 2ºTRI foi da agropecuária, que registrou queda de 2,8%, dentro do esperado, seguida pela indústria, que retraiu 0,2% por causa da falta de insumos. Já o setor de serviços cresceu 0,7%.

O mercado respondeu com volatilidade ao indicador. Teve um momento de queda, mas depois que os investidores digeriram os números, o Ibovespa virou para o positivo: alta de 0,52%, aos 119.395 pontos.

Reforma administrativa

Com tudo empacado em Brasília e crise pulando de tudo que é lugar, a Câmara dos Deputados está tentando fazer andar a reforma administrativa andar. Hoje o relatório da reforma foi lido hoje na Comissão Especial, e o texto poderá será votado na semana do dia 14, de acordo com o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros.

A proposta amplia a possibilidade de contratação de funcionários públicos por um prazo determinado. A ideia é que o processo seja simplificado e mais flexível do que os concursos públicos, sendo que os contratos não devem passar de dez anos.

O serviço público precisa mesmo de mudanças, o lance é que a energia para aprovar uma proposta tem se movido ao sabor do lobby. A Câmara tenta fazer andar esse tema enquanto busca uma solução para a reforma do IR, um texto que foi capaz de desagradar absolutamente todo mundo.

Seca afeta agropecuária e derruba PIB do setor

Fonte: Folha de SP

A agropecuária voltou a afetar negativamente o PIB (Produto Interno Bruto) do país. No segundo trimestre, o setor teve uma retração de 2,8%, em relação ao primeiro, fazendo com que o PIB total do país caísse 0,1% no período.

A agropecuária acabou sendo atropelada por uma série de fatores adversos neste ano, principalmente no segundo trimestre. Além de uma retração na pecuária, várias culturas importantes como as da cana-de-açúcar, do milho e do café sofreram forte interferência da crise hídrica. Além disso, foram afetadas por temperaturas extremamente baixas.

O resultado é uma queda na produção total de grãos no país. Prevista inicialmente em até 274 milhões de toneladas, a safra deste ano ficará em 254 milhões, com possibilidade de um número ainda menor, uma vez que os estragos da geada ainda não foram totalmente avaliados.

Essa retração ocorre devido ao milho, que teve o plantio fora da época ideal e foi afetado por intensa seca, o que provocou uma quebra de 20 milhões de toneladas neste ano.

A cana-de-açúcar, também influenciada pela seca, está com recuo de 13% na produtividade, em relação à anterior. De abril a agosto, o volume de cana produzido no estado de São Paulo, principal produtor do país, teve retração de 10,5%.

Milho e cana-de-açúcar, além das perdas provocadas pela seca no segundo trimestre, serão afetados também pelas geadas de junho e de julho, efeito que deverá aparecer na avaliação do PIB agropecuário do terceiro trimestre.

Outro grande fator de retração neste ano é o café. Uma lavoura de intensa atividade no segundo trimestre, que já vinha sofrendo a chamada bienalidade negativa, acabou sendo afetada também pela seca e por geadas.

A produtividade do café tem uma alternância de ano para ano. Na safra anterior, a produção nacional atingiu 72 milhões de sacas. Nesta, devido ao estresse das plantas, houve um recuo para um volume inferior a 50 milhões.

Quanto à geada, a interferência deve ser pequena na produção de 2021, mas afetará a de 2022, quando será o período de bienalidade positiva. Boa parte dos cafezais foi afetada pelo frio de junho e de julho, o que deverá reduzir a produtividade na próxima safra.

Os dados desta quarta-feira (1º) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indicam que o PIB agropecuário acumulado nos últimos quatro trimestres superou em 2% o de igual período anterior.

Na avaliação do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o PIB do setor deverá terminar o ano com taxa de 1,7%, após ter sido projetada evolução de até 2,6%, antes da quebra de safra.

O café poderá ter uma influência abaixo do esperado no PIB do próximo ano, mas soja e milho vão sustentar a taxa, desde que o clima ajude.

Com isso, o Ipea prevê uma evolução de 3,3% na taxa de 2022. O instituto atribui essa evolução à previsão de uma boa safra de grãos em 2022.

Nos cálculos da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a produção será de 290 milhões de toneladas, com potencial para até 300 milhões. A safra de soja superará 140 milhões de toneladas, e a de milho, 120 milhões.

Ameaça de apagão, inflação e crise política: o campo minado para a retomada econômica do Brasil

Fonte: El Pais

A economia brasileira se recupera do tombo de 2020 com a pandemia de covid-19 e registra um crescimento de 12,4% neste trimestre, em comparação ao mesmo período de 2020, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas os dados divulgados nesta quarta revelaram um desempenho pífio no segundo trimestre, com um recuo de 0,1% da atividade econômica entre abril e junho em comparação ao trimestre anterior. A expectativa é fechar este ano com um PIB na casa de 5%, mas de 1,5% a 2% no ano que vem, muito baixo para recuperar as perdas durante a crise da covid-19.

Foi o trimestre mais trágico, quando a pandemia abateu mais brasileiros, classificou nesta quarta o ministro da Economia, Paulo Guedes. Foi abril, maio e junho deste ano, com a segunda onda. Foi justamente quando entrou de novo o auxílio emergencial, a expansão dos programas de assistência. Nós mantivemos a responsabilidade fiscal de um lado e o compromisso da saúde dos brasileiros de outro lado, declarou, segundo o jornal O Globo.

Os resultados revelam que o Brasil já esbarra em muitas pedras no caminho, impondo um desafio grande ao Governo de Jair Bolsonaro. A pouco mais de um ano das eleições presidenciais de 2022 e com a popularidade cada vez mais baixa, na última pesquisa XP, 54% consideram a gestão bolsonarista ruim ou péssima, a economia se tornou um campo minado para o presidente. A recuperação acontece, puxada pela alta do preço das commodities, mas é desigual e não contempla os mais pobres. No horizonte estão a inflação, puxada pela alta do preço dos alimentos e da energia, o desemprego, uma crise hídrica que pode levar a um apagão energético e as ameaças golpistas que geram ainda mais incertezas na economia.

Inflação

De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, a inflação nos últimos 12 meses ficou em 8,99%. Essa alta começou no setor de alimentos, com a o aumento da demanda por commodities e o real desvalorizado pressionando os preços para cima. A inflação acaba tirando o poder de compra daquela renda que a família está acostumada a receber. Essas pessoas consomem menos e a atividade econômica fica mais fraca, explica Julia Braga, economista da Universidade Federal Fluminense.

Com a alta do dólar, explica a economista, produtos da cadeia produtiva e bens intermediários que são importados acabam ficando mais caros. Há também aqueles produzidos no Brasil e que são exportados, como é o caso das commodities, cujos preços são determinados nos mercados internacionais. Então o produtor só vai vender no mercado interno a um preço que é o equivalente ao que ele poderia ganhar lá fora, explica. As famílias viram alimentos como arroz, feijão e carne bovina ficarem até 50% mais caros nos supermercados. Tem esse efeito cascata que vai tirando bastante o poder de compra das famílias, acrescenta.

Apagão

O Brasil está também sob o risco de uma nova crise energética, que traz de volta o medo de um apagão e a possibilidade de racionamento de energia. O forte período de seca desabasteceu as reservas das usinas hidrelétricas, ampliando a geração por meio das termoelétricas e a necessidade de importação de energia. O resultado foi uma alta nos preços da conta de luz, que já vem sendo sentida há alguns meses e deve piorar já neste mês. Nesta terça-feira, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, fez um pronunciamento oficial em cadeia nacional pedindo um esforço inadiável na redução do consumo, o que certamente vai impactar as empresas.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou ainda uma nova bandeira tarifária, chamada Escassez Hídrica. A taxa extra será de 14,20 reais a cada 100 kWh consumido e valerá de 1º de setembro até 30 de abril de 2022. Essa alta acaba afetando também toda cadeia produtiva, explica Júlia Braga.

Crise política insuflada pelo presidente

É consenso entre especialistas que as ameaças à democracia promovidas por Bolsonaro têm contribuindo de forma decisiva para alimentar a desconfiança dos agentes econômicos. O anúncio de protestos contra o Supremo no dia 7 de setembro, insuflados pelo presidente, mobilizou diversos setores da economia para repudiar qualquer gesto que ultrapasse limites democráticos. A escalada da crise política promovida pelo presidente pressionam o dólar e a inflação para cima e afugenta investimentos e, consequentemente, mais crescimento econômico. Como resultado, o Banco Central começou a elevar as taxas de juros de modo a oferecer uma recompensa maior para quem comprar títulos da dívida pública e ao mesmo tempo controlar a inflação. A taxa Selic, que ficou em 2% entre agosto do ano passado e janeiro deste ano, agora se encontra em 5,25%.

Desemprego

Apesar da recuperação de 12,4% do PIB em relação ao mesmo trimestre do ano passado, o desemprego segue alto e ficou em 14,1% no segundo trimestre deste ano, atingindo 14,4 milhões de brasileiros, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), do IBGE. Na amostra anterior, a taxa era de 14,6%. Apesar do recuo, o número ainda é muito alto. A população subutilizada, aquela que está desempregada, que trabalha menos do que poderia, que não procurou emprego apesar de disponível para trabalhar ou que procurou emprego mas não estava disponível para a vaga, somou 32,2 milhões de pessoas.

De acordo com o economista Samuel Pessôa, da FGV, a recuperação da economia brasileira atinge sobretudo os setores mais escolarizados e formalizados que estão na agropecuária, no setor financeiro, nas seguradoras, no varejo... Mas fora dessa recuperação está toda uma gama de serviços que responde por 15% do PIB e 30% do emprego, metade dele informal. Esse setor está 10% abaixo do nível pré-crise ainda, explica. Assim como a inflação, o desemprego diminui o poder de compra da população e faz a roda da economia girar menos.

Desigualdade social crescente

Essa combinação de recuperação desigual, inflação alta e desemprego empobrece o Brasil e trouxe novamente o fantasma da fome. A desigualdade crescente, no curto e médio prazo, limita o mercado interno, de modo que gera desincentivo ao investimento produtivo, já que parte importante da sociedade vê sua capacidade de consumo deteriorada, diminuindo a demanda, explica a economista Débora Freitas, da Universidade Federal Fluminense. Ela explica que as empresas precisam ter boas perspectivas de retorno para tomar suas decisões de investimento. Por isso, as perspectivas de demanda são fundamentais.

O aumento da desigualdade hoje é bastante danoso para a recuperação econômica. No longo prazo, os efeitos são de tendência de especialização produtiva, já que, com um mercado interno restrito, as atividades de exportação de commodities, no nosso caso, tornam-se, cada vez mais, a opção mais atrativa, explica a economista. O problema é que essas atividades dependem fundamentalmente de ciclos internacionais e são bastante concentradoras de renda, completa. A desigualdade também traz desperdício de talentos por falta de oportunidades, o que limita o crescimento da produtividade do país e a coesão social, além de violência e instabilidade democrática, todo um cenário que também afugenta investimentos produtivos.

Contas públicas

Além das turbulências políticas, Bolsonaro e sua equipe econômica não conseguem dar garantias de que as regras fiscais serão respeitadas. Isso, mais uma vez, aumenta as incertezas com relação à economia brasileira e diminui expectativas e a confiança de investidores. O equilíbrio das contas públicas e a sinalização a respeito da responsabilidade fiscal e do compromisso com o teto de gastos é fundamental para garantir um ambiente de taxa de câmbio, inflação e juros controlados, explica o economista Felipe Salto, diretor-executivo do Instituto Fiscal Independente (IFI), do Senado Federal. Sem isso, a tendência de juros mais elevados persistirá, prejudicando o crescimento econômico já em 2022. O quadro de riscos elevados também afeta a qualidade do capital externo que entra no país e dificulta iniciativas ligadas à expansão dos investimentos e da produção, complementa.

Fim da alta das commodities

Ainda que a recuperação econômica seja puxada pela alta das commodities, não está claro se os preços seguirão elevados até o fim do ano. A China já começa a ajustar sua demanda. Com o alto preço dos fretes, Pequim passou a controlar os preços das commodities, explica Tulio Cariello, diretor de conteúdo e pesquisa do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC). Entra nessa equação, mais uma vez, o período de seca no Brasil e o risco de um apagão, o que compromete duplamente o setor agropecuário, que representa cerca de 27% do PIB brasileiro. Existe uma enorme dependência nas exportações que pode custar ainda mais caro. Os investimentos públicos e privados atravessam seus piores anos e, sem a confiança de investidores, sem uma política fiscal clara, com mercado consumidor empobrecido pela inflação alta e pelo desemprego, restam poucas alternativas para o Brasil crescer.

Investimentos chineses no Brasil: forte atuação em infraestrutura

Engenharia, logística, com destaque em portos, e saneamento são as três principais áreas de investimentos chineses no Brasil na área de infraestrutura, fora os segmentos de energia elétrica e óleo e gás. A principal presença de empresa chinesa em infraestrutura no Brasil é a gigante China Communications Construction Company (CCCC), que em 2016 adquiriu por R$ 350 milhões o controle da Concremat.

A aquisição permitiu ao conglomerado chinês, com negócios em infraestrutura, equipamentos pesados e serviços de dragagem, fincar uma posição relevante no mercado de engenharia e construção, que desde a Operação Lava-Jato em 2014 tem mudado de configuração. Endividadas e envolvidas no escândalo, as grandes construtoras brasileiras perderam participação, reduzindo a barreira natural de ingresso de grupos estrangeiros no setor. A participação estratégica poderá impulsionar o avanço chinês em máquinas, projetos e engenharia, três segmentos que historicamente sempre foram ligados a empresas brasileiras, europeias e americanas.

Com o ingresso na Concremat, a CCCC tem buscado também novos negócios no Brasil. Um dos principais foi a conquista da Parceria Público-Privada (PPP) para a construção da ponte entre Salvador e Ilha de Itaparica no Estado da Bahia. O consórcio formado pelos grupos chineses CCCC e CR20 (China Railway 20 Bureau Group) foi o vencedor do leilão, realizado em 2019, na sede da B3, para construção e operação do projeto, cujo valor total do contrato é de R$ 7,6 bilhões. O prazo de concessão é de 35 anos.

O empreendimento terá 12,4 quilômetros de extensão e se constituirá na maior ponte deste tipo da América Latina, superando a ponte Rio-Niterói. A estrutura ocupará a 23ª posição no ranking mundial de pontes. O contrato inclui ainda acessos viários em Salvador, com extensão de 4,6 quilômetros, nova rodovia expressa, a ser construída na Ilha de Itaparica, com 21,41 quilômetros, e recuperação e ampliação de trecho da rodovia BA-001. A Concremat será a líder do consórcio responsável pelas obras.

O projeto faz parte de um plano de desenvolvimento socioeconômico da Bahia, que estima a criação de cem mil postos de trabalho diretos e indiretos ao longo dos 35 anos de PPP. Cerca de 250 municípios serão beneficiados com a redução da distância em mais de 100 quilômetros e de 90 minutos no tempo de deslocamento até a capital baiana. Atualmente, a travessia para Itaparica é feita por ferryboat, no Terminal de São Joaquim, em Salvador, e por lanchas rápidas. Outra opção é usar a BR-324, sentido Recôncavo Baiano. Em abril, o governo da Bahia depositou R$ 250 milhões no Fundo Garantidor para a construção da ponte como parte do compromisso firmado no contrato, que prevê a implementação, nos próximos cinco anos, da PPP, que contemplará investimento de R$ 5,4 bilhões e aporte total do Estado de R$ 1,5 bilhão. O projeto vai trazer forte impulso à economia de todo o Estado, encurtando distâncias e criando um novo eixo de desenvolvimento a partir de Salvador em direção ao oeste, afirma o governador Rui Costa.

A CCCC também está em outro projeto de grande porte no setor de transportes: o porto São Luís, no Maranhão, projeto lançado em 2018, ainda no papel e cujo controle é da empresa chinesa. Quando totalmente implantado, o porto terá capacidade para movimentar até 20 milhões de toneladas por ano, mas a construção será em fases. Na primeira etapa, que deve estar pronta em quatro anos, haverá oferta para 15 milhões de toneladas. O terminal deverá estar ligado à ferrovia de Carajás e ao tramo superior da Ferrovia Norte-Sul.

Não é um investimento isolado chinês em terminais portuários no Brasil. Em 2018, a China Merchants Port Holding Company (CMPort), o maior e mais competitivo desenvolvedor, investidor e operador de portos públicos da China, adquiriu o controle do maior terminal de contêineres da América do Sul: o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP). Nos primeiros seis meses deste ano, foram transportados 5,6 milhões de toneladas em contêineres pelo porto de Paranaguá nos dois sentidos de comércio, importação e exportação.

O volume é cerca de 12% maior que os cinco milhões de toneladas registrados no mesmo período de 2020. De exportação foram 2,97 milhões de toneladas de cargas embarcadas. De importação, 2,59 milhões de toneladas. O frango é o produto mais exportado em contêineres pelo terminal paranaense. De janeiro a junho, 875,87 mil toneladas saíram do porto de Paranaguá rumo ao mercado internacional. A China segue como o principal destino do frango exportado pelo TCP.

Em saneamento, os chineses também marcam presença. A PPP criada para construir e operar o sistema São Lourenço, para a prestação de serviços de operação e manutenção do sistema de desidratação, secagem e disposição final do lodo e de manutenção do sistema na região metropolitana de São Paulo, foi assumida em 2018 pela China Gezhouba Group Corporation (CGGC), através de sua subsidiária CGGC Construtora do Brasil, representando o primeiro investimento no Brasil. O sistema leva água da represa Cachoeira do França, em Ibiúna (SP), para a Estação de Tratamento de Água, em Vargem Grande Paulista (SP), percorrendo 83 quilômetros de tubulação até os municípios atendidos.

O grupo chinês chegou a analisar o leilão de concessão da Cedae, concessionária que atua no Rio de Janeiro, mas não participou do leilão em abril deste ano. O setor de saneamento completa em agosto um ano com a nova regulação, que busca atrair capital privado para a universalização dos serviços de água e esgoto.

Estudo da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon) aponta que o investimento total estimado para expansão da rede com o novo marco regulatório é de R$ 753 bilhões, sendo R$ 255 bilhões referentes à recuperação da depreciação das redes existentes. O trabalho da Abcon destaca que a cada 1 real investido em saneamento para extensão de redes, cerca de 76 centavos irão para a construção civil e 6 centavos para máquinas e equipamentos.

O secretário nacional de saneamento do Ministério do Desenvolvimento Regional, Pedro Maranhão, diz que o novo marco regulatório, sancionado pela Lei 14.026 de julho de 2020, já é uma realidade. Há leis que pegam e não pegam no Brasil. Esta pegou. Desde o marco, já foram mais de R$ 69 bilhões em investimentos e outorgas, afirma. Com o novo marco regulatório, os contratos serão obrigados a trazer metas de universalização. Cada projeto aprovado terá de levar água potável a 99% da população e garantir tratamento de esgoto para outros 90% até o fim de 2033.

Além de participar de concessão, PPPs e operação, em saneamento deverão ser criadas oportunidades em fornecimento de máquinas e equipamentos. Estudo preliminar do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com base em cinco projetos de concessão e PPP estruturados pelo banco e realizados nos últimos meses, aponta que apenas a demanda desses empreendimentos soma R$ 38 bilhões em investimentos, representando R$ 11 bilhões em encomendas para a indústria. Os projetos que embasaram o estudo são a concessão do Amapá, concessão dos três blocos da Cedae no Rio de Janeiro, a PPP de Cariacica (ES), concessão da região metropolitana de Alagoas e concessão na cidade de Porto Alegre (RS).

Fonte: Valor Econômico

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Relatório 2020 da CNseg (destaca os seus projetos e ações em ano desafiador): https://cnseg.org.br/noticias/relatorio-2020-da-cnseg-destaca-os-seus-projetos-e-acoes-em-ano-desafiador.html

2021 / CNseg: O Setor de Seguros Brasileiro: https://cnseg.org.br/publicacoes/o-setor-de-seguros-brasileiro-folder-2021.html