Gestão de Riscos Cibernéticos
13, Set. 2021
Brasil já é o 5º maior alvo global de ataques de hackers
a empresas
Fonte: Estadão
Mais constantes e cada vez mais sofisticados, os
cibercrimes causam prejuízos cada vez maiores às empresas. Apenas neste ano, as
perdas globais podem chegar a US$ 6 trilhões, três vezes o Produto Interno
Bruto (PIB) do Brasil, de acordo com estudo conduzido pela consultoria alemã
Roland Berger. A percepção de especialistas é a de que esse tipo de crime irá
se aperfeiçoar ainda mais com o tempo, com as companhias tendo de gastar cada
vez mais para se proteger de ataques com pedidos de resgate.
O Brasil tem sido um dos principais alvos globais. O
levantamento da Roland Berger aponta que o País já ultrapassou o volume de
ataques do ano passado apenas nesse primeiro semestre, com um total de 9,1
milhões de ocorrências, considerando apenas os de ransomware, que restringem o
acesso ao sistema infectado e cobram resgate em criptomoedas para que o acesso
possa ser restabelecido. Esse número coloca o País na quinta posição mundial de
ataques, atrás apenas de EUA, Reino Unido, Alemanha e África do Sul.
O tema de cibersegurança já vem evoluindo no Brasil e no
mundo na última década. Hoje, isso não tem apenas relação com a segurança dos
dados, mas de infraestrutura, diz o sócio-diretor e especialista em Inovação da
Roland Berger, Marcus Ayres. Segundo ele, quando o ataque ocorre na
infraestrutura, a empresa deixa de operar e tem prejuízos. O custo disso é
gigante.
Para Ayres, a preocupação das empresas brasileiras
cresceu diante dos mais recentes ataques. No entanto, ele frisa que as
companhias precisam entender que, para mitigar danos, é necessário que o tema
seja contínuo, e não uma ação pontual para se ajustar alguma eventual
fragilidade do sistema.
A segurança digital vai muito além do TI. As empresas
acordaram para a importância do tema e têm buscado dar robustez à segurança,
mas ainda precisam ter essa visão multidisciplinar e entender que isso é algo
contínuo, afirma Ayres.
Os ataques podem mudar de perfil com o tempo, e os
cibercriminosos são criativos. Assim, os negócios têm de estar preparados para
essa dinâmica do mundo digital. Algo importante, nesse sentido, é a empresa já
ter um plano de contingência, caso um ataque ocorra, observa o executivo da
consultoria alemã.
Segundo o especialista em cibersegurança da empresa de
tecnologia NEC no Brasil, Daniel Aragão, há muitos tipos de ataques, mas o
ransomware tende a ser o mais custoso, devido aos pedidos de resgate, que podem
envolver cifras milionárias.
Aragão explica que uma das formas desses criminosos
entrarem no sistema da empresa pode ser por meio de um e-mail, no qual o
próprio funcionário abre um documento ou link fraudulento. A técnica, chamada
phishing, provoca uma infestação do sistema, abrindo o acesso para que o ataque
possa ser feito.
De acordo com o especialista, os cibercriminosos podem
passar um tempo silenciosos, vasculhando o sistema em busca de vulnerabilidades
da empresa, e fazer o ataque de fato posteriormente. Prova da sofisticação que
a cada dia fica maior, ele conta que há grupos especializados em fazer essa
infecção da rede da companhia, vendendo essa porta de entrada a outros
criminosos. Todos os dias há novos ataques e vulnerabilidades, diz o executivo
da NEC.
Preocupação
Na alta cúpula das empresas, as ameaças cibernéticas já
são uma das principais preocupações, atrás apenas de crise de saúde trazida
pela covid-19, que ainda permanece no primeiro lugar entre as dores de cabeça
dos executivos.
Nas últimas semanas, as empresas que não tinham ainda
colocado o tema no topo das prioridades mudaram de ideia após o ataque às Lojas
Renner, que colocou o assunto ainda mais em evidência no Brasil.
Além da varejista, apenas neste ano sofreram ataques o
Fleury, que ficou alguns dias sem conseguir efetuar exames, e a JBS, que pagou
US$ 11 milhões de resgate ao ataque hacker em sua operação nos Estados Unidos,
que também afetou negócios na Austrália e no Canadá. O custo desses ataques
pode ir muito além do pagamento de resgate. A varejista de moda, por exemplo,
disse que não efetuou esse pagamento, mas ficou alguns dias sem vender pelo
e-commerce.
Cálculo da Roland Berger mostra que, considerando os
dados de 2020, os ataques cibernéticos causaram danos de US$ 385 mil por
empresa, em média, nos maiores países europeus. Os principais setores alvo,
conforme o levantamento, são varejo, finanças, hotelaria e manufatura.
Hacker do bem
As empresas também estão buscando os chamados hackers do
bem, contratados para simular um ataque. Eles vasculham vulnerabilidades, fazem
o acesso e pegam o máximo de dados que conseguem. A partir daí, a firma tem
mapeadas suas fragilidades para poder enfrentá-las.
Companhias de segurança digital ampliam negócios
Se de um lado as empresas estão mais preocupadas e devem
ampliar seus investimentos para evitar ataques aos sistemas que garantem o
funcionamento de suas atividades, o mercado de segurança cibernética caminha
para crescer na mesma proporção. O estudo da Roland Berger mostra que essa
indústria, que faturou US$ 170 bilhões no ano passado, vai dar um salto. A
projeção da consultoria alemã é de que esse mercado alcance US$ 250 bilhões em
2025 e atinja US$ 360 bilhões em 2030.
O levantamento mostra que a segurança na nuvem é o
segmento que deve apresentar maior crescimento, em linha com o aumento do seu
uso pelas empresas. Um dos mercados que já observa expansão é o de seguros
contra ataques cibernéticos, com as empresas assustadas com os recentes casos.
A tendência é de que esse crescimento continue neste e
nos próximos anos. Diversos fatores têm impulsionado a procura e venda desse
produto, comenta a gerente de Linhas Financeiras da Zurich no Brasil, Hellen
Fernandes.
Segundo ela, o aumento da procura tem sido sustentado por
causa do home office, ambiente menos controlado quando comparado ao universo
corporativo. Outra razão tem sido a aprovação da Lei Geral de Proteção de Dados
(LGPD) brasileira. Depois que a LGPD entrou em vigor, em setembro de 2020, a
demanda cresceu 30% na Zurich, diz.
Zurich amplia redução das emissões de carbono e adiciona
opções ecologicamente corretas para os clientes
As ações impactarão as operações globalmente, com
reduções de 70% nas viagens aéreas; outras medidas são voltadas para veículos,
alimentos, papel e imóveis
Fonte: Sonho Seguro
A Zurich Insurance Group (Zurich) está adotando medidas
globais para acelerar as reduções nas emissões de carbono de suas operações,
refletindo a necessidade urgente de responder à crise climática. Novas
orientações para viagens aéreas, uma mudança para veículos mais ecologicamente
corretos e mais compromissos para reduzir a pegada ambiental da Zurich visam a
encorajar mudanças na forma como trabalhamos e vivemos.
A Zurich também está aumentando a sua oferta de produtos
e serviços para ajudar os clientes na transição para um futuro com emissões
líquidas zero. Isso inclui o primeiro fundo de ações neutro em carbono do setor
de seguros, uma nova opção de economia sustentável para clientes de seguro de
vida, e uma expansão de seu compromisso de subscrever energia renovável.
A crise climática exige uma ação urgente e pequenos
passos dados por cada um de nós, pessoas, organizações e empresas, resultarão
em um salto gigantesco ao longo do tempo, disse Mario Greco, CEO do Grupo. As
nossas novas medidas visam a reduzir ainda mais a nossa própria pegada de
carbono e, ao ter um impacto direto em como trabalhamos, inspiram empregados,
fornecedores, clientes e outros a agir por conta própria.
A experiência da pandemia global nos mostrou um caminho
para melhorar muitos aspectos de nossa vida diária e profissional, e não há
como voltar atrás. Agora é a hora de ultrapassar os limites, incorporar novos
comportamentos e se adaptar a uma nova realidade. À medida que os riscos das
mudanças climáticas aumentam, ajudar os nossos clientes em sua jornada rumo a
emissões líquidas zero é uma prioridade, e as nossas mais recentes soluções de
seguro sustentável refletem esse compromisso.
Novas ações climáticas
A Zurich tem como objetivo zerar as emissões líquidas até
2050, em linha com a meta do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a
1,5 °C. O grupo se comprometeu a usar todas as opções disponíveis: operações,
investimentos, produtos e serviços de seguros.
Embora as operações do grupo sejam neutras em carbono
desde 2014, a Zurich está empenhada em reduzir as emissões de gases de efeito
estufa remanescentes em 50% até 2025, e em 70% até 2029. A empresa está
acelerando a jornada em direção a essas metas por meio das seguintes ações
globais, com foco em viagens, veículos, alimentos, papel e imóveis:
Em todas as empresas em todo o mundo, a Zurich visa a
reduzir as emissões relacionadas a viagens aéreas a partir de 2022 em 70%, em
comparação ao seu nível pré-pandemia.
A comunicação com os clientes, que representa 80% do
consumo de papel do grupo, possui a meta de se tornar totalmente digital até
2025, embora os clientes possam optar por comunicações baseadas em papel.
Com efeito imediato, os novos veículos da empresa serão
elétricos ou híbridos, com o objetivo de eliminar da frota os veículos exclusivamente
com motor de combustão interna até 2025.
O grupo pretende implementar um programa de edifícios
sustentáveis em mais 50 escritórios até ao final de 2022. Uma nova ambição de
eficiência energética para o setor imobiliário será definida assim que a meta
de mudar para 100% de energia renovável em todo o grupo for alcançada, no
próximo ano.
Até o final de 2022, espera-se que todos os restaurantes
da empresa sirvam alimentos saudáveis, sazonais e de origem regional, e
introduzam programas de gestão de resíduos alimentares para as sobras de
comida.
Ao todo, espera-se que as novas medidas reduzam as
emissões de dióxido de carbono equivalente, nas operações do grupo, em mais de
40.000 toneladas métricas anuais até 2025, ou 20%, em comparação a 2019. Uma
tonelada de CO2 é removida da atmosfera quando 50 árvores crescem por um
ano, de acordo com a consultoria ambiental Climate Neutral Group1, tornando a
meta de economia equivalente à quantidade anual capturada por 2 milhões de
árvores.
Apoio aos clientes durante a transição
Uma prioridade do compromisso da Zurich com um futuro de
1,5 °C é ajudar os clientes a fazer a transição para uma economia de emissões
líquidas zero, oferecendo produtos e serviços que reduzam as suas emissões e
fortaleçam a sua resiliência às mudanças climáticas.
A Zurich está lançando uma nova opção de investimento
neutro em carbono para soluções de seguro de vida vinculadas a unidades que
combinam economia com a proteção de uma apólice de seguro. O fundo Zurich
Carbon Neutral World Equity Fund investe em empresas com baixas emissões.
O grupo também está aumentando a sua oferta para o setor
de energia renovável, fortalecendo ainda mais a sua capacidade de subscrição de
energia limpa para oferecer um conjunto mais completo de produtos e serviços
personalizados para apoiar a transição de nossos clientes, que será lançada em
janeiro de 2022.
Conferência sobre mudanças climáticas COP26, uma
oportunidade de ação
A última edição do quadro de resultados de mudanças
climáticas anual da Zurich, que acompanha o progresso em relação às metas de
emissões líquidas zero para 2050, mostra tendências positivas, mas avisa que
algumas podem ser revertidas com o retrocesso da pandemia, como menor consumo
de energia e emissões. O quadro de resultados foi publicado em um white paper:
Eliminação da Lacuna na Ação Climática.
O relatório destaca onde os principais desafios
permanecem: isso inclui o desenvolvimento de tecnologias de captura de carbono
para reduzir as emissões em indústrias pesadas e uma lacuna significativa de
investimento verde.
A análise apela a ações concretas de curto prazo para
traduzir os desenvolvimentos positivos nos últimos 12-18 meses em um caminho
estável para zerar as emissões líquidas. Ela destaca as ações prioritárias para
os negócios e a necessidade das organizações de gerenciar os riscos físicos de
um clima em mudança e os riscos de transição de investidores e requisitos
regulatórios em rápida evolução.
A próxima conferência COP26 oferece uma oportunidade
clara para chegar a um acordo sobre ações políticas para cumprir compromissos
climáticos ambiciosos. No white paper, a Zurich encoraja os participantes
a fornecerem maior clareza e confiança para o setor privado na abordagem da
transição, adotando medidas sobre precificação do carbono, consistência nas
divulgações e compartilhamento de riscos do governo nos investimentos necessários.
Aumento da conscientização ambiental
A Zurich aumentará ainda mais a conscientização sobre a
urgência de ações em relação ao meio ambiente ao se tornar patrocinadora global
de uma série de exposições do fotógrafo e ativista climático de renome mundial
Sebastião Salgado.
Amazônia, que estreia em Roma e Londres este ano, é uma
celebração aos povos indígenas das florestas tropicais no Brasil, terra natal
de Salgado, e uma reflexão sobre o equilíbrio precário entre o homem e a
natureza. Será exibida em outras grandes cidades durante 2022, incluindo São
Paulo, Rio de Janeiro e Avignon, na França.
Salgado e sua esposa Lélia passaram mais de 20 anos
restaurando a floresta nativa no estado de Minas Gerais, em um pedaço de terra
que ficou estéril devido à atividade pecuária durante o século XX.
A Zurich já é patrocinadora exclusiva de um projeto de
oito anos para transformar a floresta em um ecossistema autossustentável, com o
plantio de um milhão de mudas de 300 espécies nativas diferentes. Até o final
do ano, será plantado aproximadamente um quarto do total.
Programa de estágio da HDI Seguros oferece vagas
Fonte: Sindseg
A HDI seguros, a 4ª maior seguradora no ramo empresarial,
a 5ª maior em Automóveis e a 6ª em Residencial, está com 22 vagas abertas para
o segundo ciclo de seu programa de estágio. As oportunidades são voltadas para
jovens das regiões de São Paulo (SP), Blumenau (SC), Porto Alegre (RS),
Curitiba (PR), Ribeirão Preto (SP), Joinville (SC), Uberlândia (MG), Salvador
(BA) e Vitória (ES).
As inscrições estão abertas até dia 06 de outubro, para
candidatos que tenham previsão de formatura de janeiro de 2023 a dezembro de
2023. As áreas contempladas pelo programa de estágio são Operações Técnicas,
Remuneração e People Analytics, Marketing, Sinistro Salvados, Comercial,
Jurídico, Qualidade de Serviços, Projetos TI, Processos e Projetos de Produtos,
TI Controle Operacional, Analytics e Investimentos.
Entre os benefícios oferecidos pela seguradora, estão
assistência médica, Gympass, vale-refeição, vale-transporte, fretado (para a
região de SP), folga no aniversário, desconto nos produtos HDI, descanso
remunerado e seguro de vida, além de os estagiários contarem com dress code
casual e trabalho remoto. O programa tem previsão de início em 18 outubro.
A HDI Seguros é uma empresa Humana, Digital e Inovadora
que valoriza pessoas que identificam e solucionam problemas, lideram a mudança
concretizando novas oportunidades, são criativas buscando novas perspectivas
para o negócio e praticam a colaboração agindo com empatia e atuando de forma
produtiva com o time.
As inscrições são feitas por meio do site
http://www.redecidada.org.br/estagionarede/
Plano de saúde nega atendimento de emergência e é multado
em R$ 10 milhões em MG
Fonte: CQCS
Por causa da negativa, a beneficiária teve a
transferência para a UTI impedida; empresa argumentou que a mulher estava no
prazo de carência do plano de saúde
Um plano de saúde foi multado em mais de R$ 10 milhões
por se negar a fornecer atendimento médico de emergência a uma paciente,
impedindo que ela fosse transferida para uma Unidade de Tratamento Intensivo
(UTI) e tivesse acesso aos procedimentos médicos e cirúrgicos necessários ao
seu quadro, um infarto agudo do miocárdio. A multa foi aplicada pelo Ministério
Público de Minas Gerais (MPMG) por meio do Procon-MG.
Em sua defesa, a empresa, Amil Assistência Médica
Internacional S.A, afirmou que a beneficiária do plano estava no prazo de
carência. O Procon, porém, considerou que o fornecedor infringiu o Código de
Defesa do Consumidor (CDC), especialmente em relação ao período máximo de 24
horas de carência estabelecido para a cobertura de casos de urgência e
emergência.
A empresa argumentou que a paciente estava ciente dos
termos do contrato, mas o Procon destacou que a contratação de serviços de
plano de saúde não envolve propriamente um acordo em que as vontades das partes
são livremente manifestadas, principalmente diante da ausência de possibilidade
de discussão quanto à elaboração do contrato. O que ocorre, na realidade, é o
estabelecimento de regras de forma unilateral, diz trecho da decisão.
Quanto ao alegado atendimento prestado à paciente nas
primeiras 12 horas, o Procon citou, ainda, a súmula do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), segundo a qual é abusiva a cláusula contratual que limita o
tempo de internação hospitalar do segurado.
Durante o processo administrativo, a Amil negou-se a
firmar acordo com o Procon.
Do total da multa, 90% será destinado ao Fundo Estadual
de Proteção e Defesa do Consumidor.
A empresa ainda pode recorrer da decisão administrativa.
Governo cria nova estatal para privatizar Eletrobras
Fonte: Poder 360
O governo Jair Bolsonaro criou uma nova estatal como
parte de seus planos para privatizar a Eletrobras, maior elétrica da América
Latina.
Batizada de ENBpar (Empresa Brasileira de Participações
em Energia Nuclear e Binacional), a nova companhia cuidará da Eletronuclear e
da Itaipu Binacional.
Bolsonaro já assinou o decreto que instituiu a nova
companhia. O documento será publicado no Diário Oficial da União nesta 2ª feira
(13.set.2021).
Segundo o governo, a lei que privatiza a Eletrobras
definiu que a nova empresa terá, por finalidade, a gestão de contratos de
financiamento que utilizem recursos da Reserva Global de Reversão (RGR) feitos
até 17 de novembro de 2016 e a administração dos bens da União sob
administração da Eletrobras.
A empresa pública será responsável também pela
administração da conta corrente Procel (Programa Nacional de Conservação de
Energia Elétrica) e pela gestão dos contratos de comercialização da energia
gerada pelos empreendimentos contratados no Proinfa (Programa de Incentivo às
Fontes Alternativas de Energia Elétrica).
Disputa bilionária de 30 anos entre Eletrobras e Gerdau
avança na Justiça
Fonte: Folha SP
A disputa de mais de 30 anos em torno de uma dívida da
Eletrobras com a Gerdau teve mais um capítulo na semana passada. A estatal
pagou parte e fez depósitos em garantia na Justiça de cerca de R$ 1,5 bilhão à
siderúrgica depois de sofrer três derrotas nos tribunais nos últimos dez dias.
A condenação resulta de uma dívida do empréstimo
compulsório de energia elétrica com a Gerdau.
No início do mês, o STJ (Supremo Tribunal de Justiça)
negou um pedido feito pela Eletrobras para suspender o prazo da cobrança,
estipulado para esta quinta-feira (9).
As outras duas tentativas da estatal para postergar o
pagamento foram indeferidas pelo Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro,
na quarta (8), e pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, na quinta (9).
As reações da Eletrobras aconteceram depois de uma
decisão em janeiro deste ano, quando a 14ª Vara Cível do RJ julgou improcedente
um recurso da estatal sobre o empréstimo compulsório com a Gerdau.
Na época, a Eletrobras fez um anúncio ao mercado dizendo
que seguiria na discussão judicial porque defendia que os créditos constituídos
entre 1988 e 1994 não poderiam ser executados no processo.
Procurada pela reportagem, a Eletrobras reenviou um
comunicado que publicou no dia 10 de agosto dizendo que estavam mantidos os
termos da decisão de primeiro grau homologando laudo do qual discorda, mas que
estava provisionado o montante de R$ 1,47 bilhão, além de multa e honorários
advocatícios. Gerdau e seu advogado Bruno Calfat não comentaram.
Energia: Tarifa Social
Lei que prevê inscrição automática do beneficiário é
sancionada
Fonte: Estadão
O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que torna
obrigatória a atualização do cadastro dos beneficiários da Tarifa Social de
Energia Social. A nova legislação, já aprovada pelo Congresso, visa simplificar
a inscrição no programa para que potenciais beneficiários sejam incluídos
automaticamente.
Segundo a Secretaria Geral da Presidência da República, a
medida se justifica porque os potenciais beneficiários não estariam sendo
informados de forma adequada de seu direito ou não estariam sendo capazes de
apresentar toda a documentação exigida para comprovação, sendo excluídos do
benefício.
Com a lei, Poder Executivo e concessionárias,
permissionárias e autorizadas de serviço público de distribuição de energia
elétrica deverão compatibilizar e atualizar a relação de cadastrados que
atendam aos critérios do programa e inscrevê-los automaticamente.
A Tarifa Social de Energia é destinada a famílias
inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal
(CadÚnico), com renda familiar mensal per capital menor ou igual a meio salário
mínimo, ou que tenham entre seus integrantes quem receba o benefício de
prestação continuada da assistência social (BPC).
Até então, para obter o subsídio, os beneficiários
precisavam procurar as prefeituras e as empresas, além de ter de provar que se
enquadram nos critérios do programa. A baixa escolaridade dos beneficiários e a
dificuldade de compreender as instruções para obtenção do benefício pode
representar um impedimento para que o requeiram. Ainda, outro ponto que pode
prejudicar o acesso ao benefício é a necessidade de as famílias de baixa renda
terem de se deslocar às concessionárias para formalizarem o pedido, diz a
Secretaria Geral em nota divulgada neste domingo. O texto da lei sancionada
estará publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 13.
Atividade do comércio caiu 0,7% em agosto
Queda foi puxada principalmente pelo setor de veículos,
motos e peças.
A atividade do comércio apresentou retração de 0,7% em
agosto, em comparação ao mês anterior, segundo o Indicador de Atividade do
Comércio da Serasa Experian, divulgado nesta sexta-feira. De acordo com o
índice, a queda foi puxada principalmente pelo setor de veículos, motos e
peças, que registrou diminuição de 4,7%, e teve o segundo mês consecutivo de
números negativos.
Os demais segmentos tiveram variações menores:
supermercados, alimentos e bebidas registraram queda de 0,2%; tecidos,
vestuário, calçados e acessórios (-0,2%); material de construção, alta de 0,4%;
combustíveis e lubrificantes (+0,6%); e móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos,
e informática (0%).
O recuo da atividade do comércio em agosto sinaliza que o
país ainda enfrenta desafios por conta do alto desemprego e do aumento dos
preços, por isso as pessoas estão restringindo as compras apenas ao essencial,
disse o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
No comparativo entre agosto deste ano e o mesmo mês de
2020, o índice registrou aumento de 4,3%, o menor crescimento do ano em termos
de variação interanual. A recuperação com relação a queda de 12% do ano passado
é parcial e sofre com a retração dos segmentos de combustíveis e lubrificantes
(-8,6%) e tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-7,8%).
Fonte: Agência Brasil
Riscos Geopolíticos: Os 20 anos do 11 de setembro
Maior ataque terrorista da história ainda influencia a ordem
da economia global; Afeganistão, EUA x China, fim da era Merkel na Alemanha: o
que esperar?
O que você estava fazendo em 11 de setembro de 2001? Esta
será, provavelmente, a pergunta mais repetida nas conversas deste sábado (11).
A data é singular porque marca os 20 anos do que é considerado o ataque
terrorista com o maior número de mortos da história, cujos fatos foram
transmitidos ao vivo em escala global.
Os rumos do planeta mudaram após o choque premeditado de
dois aviões Boeing 767 contra as torres do World Trade Center, em Nova York,
uma terceira aeronave sequestrada atingiu o Pentágono (órgão da Defesa) e uma
quarta caiu na zona rural do estado da Pensilvânia antes de seguir contra o
alvo pretendido, o prédio do Capitólio (sede do Legislativo).
Planejados pela organização terrorista islâmica Al Qaeda,
os ataques deixaram 2.977 mortos (além dos 19 sequestradores) e geraram tensões
geopolíticas cujos desdobramentos ainda persistem duas décadas depois.
O mercado, claro, não saiu incólume. As Bolsas de Wall
Street ficaram fechadas por uma semana. No Brasil, o Ibovespa, principal índice
da Bovespa, colapsou.
O mundo, que experimentava uma ressaca de dez anos do
término da Guerra Fria, viu novos conflitos surgirem com as invasões lideradas
pelos Estados Unidos ao Afeganistão, em 2001, e ao Iraque, em 2003, países
acusados de dar apoio ao grupo terrorista.
O que vimos após o 11 de setembro, com a invasão do
Afeganistão e do Iraque, foram outras tensões ao redor do mundo. Por isso,
também notamos crescimento do impacto geopolítico e da volatilidade no mercado
em resposta a esses eventos, pontua Oliver Wack, gerente da Control Risks para
Colômbia e Região Andina.
A chamada Guerra ao Terrorismo implantou uma caçada
contra suspeitos em pleno território americano e deixou centenas de milhares de
mortos nos conflitos deflagrados, a maioria composta por civis.
Osama bin Laden, o chefe da organização terrorista que
ordenou os ataques, foi morto, segundo versão oficial, numa operação militar
americana no Paquistão, em 2011.
A luta contra o terrorismo nos anos seguintes também foi
apontada como uma das causas para a desestabilização das relações
transnacionais e do tratamento ofertado aos cidadãos do mundo árabe, que
passaram a ser vistos como suspeitos pelo Ocidente.
Novos riscos
Especialistas em relações internacionais ouvidos pelo
InfoMoney analisam que o ataque terrorista de 2001 ressignificou a história
porque foi arquitetado por um grupo. Caiu a noção do conflito clássico que
estávamos acostumados a ver em todo o século 20, diz Leandro Cosentino,
cientista político e docente do Insper.
A crise geopolítica não se firma mais no conflito
clássico entre estados nacionais a partir dali. Outras questões entraram em
pauta como o fundamentalismo islâmico, cujos adeptos não têm medo de morrer por
uma causa, completa Consentino.
O que faz do 11 de setembro um caso fora da curva, de
acordo com o especialista do Insper, é a resposta dada a ele. O mundo ocidental
se organiza, promove a guerra ao terror e faz de uma questão localizada um
problema global, afirma.
É por isso que as tensões geopolíticas geradas pós-11 de
setembro continuaram a impactar as economias e a segurança das pessoas devido à
pulverização de ataques terroristas contra as nações alinhadas à causa
antiterror.
E, somado a isso, a nova pedra no sapato: a derrota dos
Estados Unidos na estabilização do Afeganistão, que deu espaço para o retorno
do grupo extremista Talibã ao poder e vem pressionando o governo de Joe Biden
junto à comunidade internacional.
Simão Silber, PhD em economia e professor da USP
(Universidade de São Paulo), vê na ascensão do Talibã um indicativo de que os
movimentos radicais e fundamentalistas não diminuíram com o passar do tempo.
O Afeganistão pode virar um território para o
planejamento de ataques terroristas internacionais, mas acredito que não
daquela forma cinematográfica como foi em 11 de setembro por causa do
aprimoramento das medidas de segurança.
Para os especialistas, os riscos geopolíticos de hoje
monitorados pelo mercado assumiram contornos mais complexos. Um representante
do Talibã participou de um encontro oficial na China. Isso significa muita
coisa, lembra Leonardo Weller, docente da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas).
Oliver Wack, da Control Risks, observa que o fato é mais
um caldo para o crescimento de tensões geopolíticas, principalmente entre
Estados Unidos e China, muito similares ao nível de atrito que tivemos na
Guerra Fria.
São os dois países hoje que estão na disputa pelo domínio
das principais tecnologias do mundo, complementa Silber, da USP. Com a China em
grande ascensão.
No mapa atualizado das tensões geopolíticas, Leonardo
Weller diz que o mercado vem concentrando atenção no que será a Alemanha e a
própria União Europeia com o fim do mandato de Angela Merkel. Ela enfrentou as
grandes crises, como a imigratória, mas perdeu a chance de liderar a grande
reforma que o bloco necessita.
Também estão sob a lupa dos estrategistas de mercado a
ascensão de governos conservadores, como o de Recep Tayyip Erdogan, na Turquia.
E fenômenos mais transnacionais, como o aquecimento global e a crise hídrica.
Mas há riscos, diz Silber, que são impossíveis de mensurar. A pandemia de Covid-19 é um deles. Veja o estrago que um vírus fez na vida e na economia dos países, finaliza.
Fonte: InfoMoney
Evento online da CCSRJ Connection
A ABGR apoia o Connection 2021-CCSRJ, evento online e gratuito que conecta os corretores de seguros de todo o Brasil entre si e com o mercado.
Participe: Dias 15 e 16 de setembro de 2021.
São mais de 30 palestrantes e convidados.
Abaixo destacamos os painéis:
Dia 15/09 às 13:50h / Seguros para médias e grandes empresas: as expectativas e necessidades dos gerentes de riscos.
Dia 16/09 às 15:00h / Gerenciamento de riscos e o papel do corretor de seguros.
Acesse a programação e inscreva-se em: https://connection.ccsrj.com.br/
Não percam.
Clube Internacional de Seguro de Transportes - CIST , entre os dias 13 e 17 de setembro, promoverá mais um curso de curta duração de 10 horas, 100% online. Desta vez, o tema será curso Gestão de Riscos no Transporte de Mercadorias de Seguros ISSO 31000, ministrado por René Ellis.
Objetivo:
A gestão de riscos é um assunto amplamente coberto no segmento industrial. Infelizmente, no setor de transporte de carga, e especialmente em nosso país, a gestão de riscos não é tratada na forma e profundidade que deveria. No entanto, aquelas empresas que nos próximos anos não gerenciem adequadamente seus riscos, pelos quais eles podem ser afetados, terão sérios problemas de subsistência.
O objetivo deste curso é dar uma abordagem clara e racional dos riscos à os quais uma empresa está exposta ao transportar mercadorias e como você deve gerenciá-los. Será missão desta proposta enfocar este assunto do ponto de vista do seguro e sobre qual deveria ser a posição das seguradoras ante a gestão de risco de transporte.
Conteúdos:
Definições e abordagem para gestão de risco / Evolução histórica no Brasil / ISO 31000: 2009 / Classificação de riscos / Processo de implementação de gestão de risco / Setor de Transporte de bens / Origem e história / Conceitos básicos do transporte de mercadorias / Classificação do transporte de mercadorias / O contrato de transporte / Inserção básica INCOTERMS / O transporte no Brasil / Brasil Gestão de riscos no transporte de carga / Mapa de Risco / Risco de compra de acordo com o INCOTERM utilizado / Riscos políticos e antissociais./ Riscos econômicos derivados de direitos e impostos / Riscos legais / Riscos derivados da área geográfica / Riscos derivados da escolha do modo e meio de transporte / Riscos derivados da escolha do modal de transporte / Riscos inerentes ao meio de transporte utilizado / Riscos inerentes à natureza das mercadorias transportadas / Riscos relacionados à interferência humana / Riscos derivados de defeitos ou deficiências antes do transporte / Avaliação do risco / Tratamento do Risco / Prevenção e Proteção / Atividades associadas à gestão de risco do ponto de vista do seguros de transporte / Abordagem e solução com enfoque das seguradoras de transporte Abordagem / Conclusões / Bibliografia.
Serviço: Data: 13 a 17 de setembro de 2021 / Horário: 19h00 às 21h00
Investimento: R$ 200,000 para sócio e de R$ 300 para não sócio.
Mais informações: secretaria@cist.org.br / #Conhecimento e #networking qualificado.
Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:
Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2021/05/edicao-265/
Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/revistas/revista-cobertura/revista-cobertura-edicao-231/#2
Revista Segurador Brasil: https://issuu.com/revistaseguradorbrasil/docs/segurador_166_
Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2021/06/14/mercados-de-vida-e-previdencia-apresentam-crescimento/
Revista Insurance Corp:
Caderno de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-916.html
Revista Brasil Energia: https://editorabrasilenergia.com.br/wp-content/uploads/sites/1/flips/129726/Bia469v3/2/index.html
Relatório 2020 da CNseg (destaca os seus projetos e ações em ano desafiador): https://cnseg.org.br/noticias/relatorio-2020-da-cnseg-destaca-os-seus-projetos-e-acoes-em-ano-desafiador.html