Seguro Garantia Em Destaque
18, Set. 2021
Seguro Garantia permanece em forte expansão no Brasil
Fonte: CQCS
O Seguro Garantia Judicial, em função do aprimoramento
legal ocorrido ao longo dos últimos anos, apresenta um crescimento exponencial
no Brasil. Segundo o vice-presidente da Junto Seguros, Roque de Holanda Melo,
durante a Connection 2021, esse fato demonstra toda a resiliência do setor,
mesmo em um ano com maior desafio.
Se por um lado observamos um desaquecimento no que diz
respeito às demandas por garantias tradicionais, fruto da redução de
investimento em infraestrutura nos últimos anos, por outro, o constante
crescimento no volume de emissões na modalidade Seguro Garantia Judicial acaba
por compensar esse déficit, disse Melo.
O executivo ainda afirmou que permanecem positivas as
perspectivas para o Seguro Garantia nos próximos anos. Podemos observar dois
fatores primordiais no seguro garantia judicial: mais e mais empresas estão
utilizando essa modalidade, inclusive as pequenas e médias empresas, além de
uma expectativa pelo potencial surgimento de grandes demandas tributárias,
assim que o CARF voltar a julgar processos com valores superiores à R$ 36
milhões de reais, afirmou o executivo.
Já em relação aos investimentos em infraestrutura, Roque
Melo enfatizou que somente para os meses de setembro a dezembro deste ano há
uma expectativa de investimento de aproximadamente R$ 100 bilhões em projetos
de infraestrutura no Brasil, em diversos segmentos. Se em ano de recessão
global nós estamos observando esse expressivo valor de investimento em
infraestrutura, podemos vislumbrar um cenário ainda mais positivo para os
próximos anos, uma vez que novos investimentos serão necessários para suprir o
backlog relacionado a infraestrutura, o que envolverá, inclusive, toda a cadeia
produtiva com impacto positivo, também, para o mercado de seguros em geral.
Nova Lei de Licitações
Ainda durante a palestra, o executivo comentou que há
três aspectos relevantes, quando o assunto é a Nova Lei de Licitações.
Em primeiro lugar, entendo que a lei representa um grande
avanço no que diz respeito às contratações públicas, especialmente em função
dos prazos mais objetivos nos pagamentos e nas faturas; a possibilidade de
suspensão ou rescisão do contrato por parte do contratado; a previsão de
cláusula arbitral; meios alternativos de resolução e inúmeros outros aspectos
que trouxeram mais segurança jurídica para as contratações públicas, disse
Roque.
No segundo ponto, o executivo mencionou o artigo 22, que
traz uma inovação importante: a matriz de risco dos contratos. Relacionada
àqueles fatores imponderáveis, ou seja, que podem acontecer no futuro, porém
cujas consequências são de difícil mensuração desde o início da contratação.
Para tais fatores, é essencial que haja a correta previsão e alocação das
respectivas responsabilidades, caso venham a ocorrer no decorrer do contrato.
E, por fim, falou sobre o percentual de garantia. Para
contratos com valor de até 200 milhões de reais, os percentuais de garantia
continuam os mesmos da lei atual, com pequena variação semântica, até 5%, ou
até 10%, no último caso mediante justificativa técnica. Para esses contratos,
muda-se muito pouco, portanto, no que diz respeito ao Seguro Garantia. Porém,
para os contratos acima de R﹩ 200 milhões, referido na
lei como contratos de grande vulto, a lei faculta a exigência de Seguro
Garantia com cláusula de retomada e percentual de até 30%. Para tais contratos,
o executivo destacou a responsabilidade do agente público na correta escolha do
percentual de garantia, posto que quanto menor o percentual, menores serão as
chances de a seguradora efetuar a retomada e conclusão da obra. Nesse sentido,
baseado na experiência internacional, sempre que a intenção do segurado for
contar com uma garantia que permita a retomada e conclusão da obra, o
percentual de garantia deverá ser de 30% do valor do contrato.
Open Insurance chega ao Brasil em dezembro; entenda como
funciona
Fonte: Jornal O Dia
Você já ouviu falar sobre o Open Insurance? Muito semelhante
ao Open Banking, que tem feito muito sucesso no Brasil, essa nova modalidade
trata de sistemas de seguro abertos e tem ganhado espaço por aqui, mesmo que
ainda não esteja, de fato, em prática. Esse novo sistema é nada mais, nada
menos, o maior projeto de dados e API aberta desse setor, que faz parte de um
movimento feito pelo Banco Central no Sistema Financeiro Nacional, e deve
estrear no dia 15 de dezembro de 2021.
A grande mudança que o Open Insurance traz é também
baseada no Open Banking: trazer ao consumidor um mercado mais competitivo, com
produtos, além de mais populares, também mais acessíveis, como uma inovação
aberta. Em linhas gerais, significa dizer que há chances de que nossos seguros
fiquem mais baratos.
Um mercado aberto à inovação
Ainda que o mercado de seguros seja um tanto quanto
necessário, afinal nunca se sabe quando um imprevisto pode acontecer, ele
também representa uma parcela muito pequena da população brasileira justamente
por seu preço. Com a chegada do Open Insurance, no entanto, esse cenário tende
a mudar.
Essa tecnologia nova funciona por meio da análise e
transporte de dados, o que configura, por fim, a redução dos valores. Na
prática, é como ter de preencher seus dados cadastrais apenas uma vez e, em
seguida, transferi-los digitalmente e sem esforço para outra instituição.
Parte do open finance, o Open Insurance tem sua entrada
anunciada no Brasil, tanto para facilitar a jornada e a experiência do
consumidor, quanto para seguir uma linha já predestinada dentro de todas as
categorias financeiras: a digitalização frequente e a facilidade de fazer tudo
na ponta dos dedos.
Mas, antes que um possível receio apareça, a ideia de
compartilhamento de dados só é feita a partir da autorização dos usuários,
conforme consta na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A grande diferença é
que as instituições financeiras planejam fazer com que essa ponte, chamada de
API, entre uma empresa e outra seja mais estreita, segura e transparente.
Toda essa movimentação está sendo feita pela
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), em conjunto com o Banco Central,
tudo para tornar essa ferramenta o mais prática, digital, transparente e segura
possível. Na prática, para as instituições financeiras, será tão fácil quanto
ter em mãos um notebook Positivo: com todos os dados integrados e a tecnologia
de APIs, essa iniciativa só tem margem de crescimento por aqui.
E esse é um dos principais motivos pelos quais o Open
Insurance poderá diminuir o valor dos seguros: ao ter acesso aos dados de
antemão, é possível traçar uma apólice que seja mais compatível às necessidades
do consumidor.
Dessa forma, os mercados financeiros e as seguradoras
esperam a novidade a todo vapor, para se tornar cada vez mais integrados e
digitais.
Investimento de capital em insurtechs e por bigtechs
alimenta a maturidade na oferta de seguros, traz estudo da Capgemini
Pela primeira vez, 50% dos clientes de seguros estão
dispostos a considerar a cobertura de players digitais da nova era, à medida
que os titulares buscam parcerias estratégicas para se manterem competitivos,
segundo estudo da Capgemni
Fonte: Sonho Seguro
O relatório mundial InsurTech 2021 da Capgemini e da
Efma, publicado nesta semana, revela que os participantes das insurtechs e das
estão investindo pesado para impulsionar o desenvolvimento tecnológico e a
inovação, aumentando a pressão sobre as seguradoras tradicionais. Os novos
players digitais oferecem maior personalização e ênfase na experiência do
cliente. Em resposta, as tradicionais fortalecem suas capacidades de tecnologia
por meio de parcerias ou adquirindo insurtechs e mudando de fazer digital para
ser digital.
De acordo com o relatório, gigantes da tecnologia e
insurtechs garantiram acesso sem precedentes à alocação de capital de
investidores e estão reforçando suas capacidades digitais, aumentando sua
liderança como vanguardistas da inovação. Entre 2018-2020, as 5 maiores
empresas de tecnologia e um famoso fabricante de automóveis que oferece
serviços de seguros adicionaram quase 2,5 vezes a capitalização de mercado
total das 30 maiores seguradoras em todo o mundo em 2020. No final de 2020, a
capitalização de mercado total das insurtechs listadas ultrapassou US$ 22
bilhões.
Com isso, as novatas da tecnologia em seguros se tornam
rapidamente o investimento do dia, com uma gama de investidores apoiando e
possibilitando a onda de fluxo de capital. Capitalistas de risco oportunistas e
parceiros de private equity estão implantando capital em estágio inicial.
Enquanto as resseguradoras estão desempenhando ativamente duas funções
críticas: habilitar insurtechs por meio de investimentos e fornecer capacidade
de subscrição essencial.
Conveniência, aconselhamento e alcance se tornam o
segredo da indústria
A pandemia de COVID-19 catalisou a intenção do cliente de
adquirir seguro (até 7%) e, cada vez mais, os segurados estão gravitando em
direção às seguradoras que oferecem o que o estudo abrevia como CARE’3
(Convenience, Advice and Reach), onde Conveniência, Aconselhamento e Alcance
estão no centro da concepção e avaliação da eficácia da jornada do cliente.
Hoje, os segurados não hesitam mais quando se trata de abandonar um provedor em
busca de outro com opções mais relevante. Pela primeira vez, 50% dos clientes
hoje estão dispostos a considerar a cobertura de uma empresa da nova era.
As tecnologias digitais fazem a diferença para os novos
entrantes no mercado de seguros. As insurtechs estão aproveitando a entrada de
capital do investidor para melhorar ainda mais suas ofertas por meio de
tecnologias digitais, incluindo IA / modelagem preditiva, análise de dados
avançada, API / seguro aberto e IoT / dispositivos conectados. Embora a
conveniência esteja no centro das propostas da insurtech há algum tempo, as
prioridades agora estão mudando em relação ao alcance. Mesmo com os desafios de
análise de informações e possuir dados claros (apenas um quarto das seguradoras
confiam em suas habilidades de manuseio de dados), elas não estão ociosas. Para
contornar e superar essas limitações, muitas seguradoras tradicionais estão
comprando e firmando parcerias com players digitais da nova era para aprimorar
suas capacidades e proposição de valor como parte da entrega de uma boa jornada
ao cliente.
A indústria de seguros evolui e a palavra-chave para seu
futuro é modularidade. As seguradoras devem estar preparadas para enfrentar uma
ampla gama de cenários futuros. Ofertas modulares, sistemas e estruturas
organizacionais serão indispensáveis para criar uma mudança de valor robusta e
responsiva. Nos próximos anos, os participantes da indústria serão definidos
por sua força em uma cadeia de valor hiperespecializada, e as seguradoras se
tornarão cada vez mais orquestradoras de ofertas de serviços, disse Anirban
Bose, CEO de Serviços Financeiros e Membro do Conselho Executivo do Grupo da
Capgemini.
O seguro está mudando da venda de produtos para o cuidado
e proteção do cliente e, à medida que as linhas entre os participantes da
indústria de seguros se confundem, o relatório prevê dois cenários emergentes
possibilitados pelo acesso contínuo ao capital:
Seguro integrado como um valor agregado em ecossistemas
de terceiros: a cobertura é inserida no ponto de venda ou no ponto de serviço,
tornando-se virtualmente invisível. O modelo de negócios evolui em direção a
uma proposição B2B2C, em que os parceiros do ecossistema controlam os
relacionamentos com os clientes.
Valor agregado no núcleo de ofertas complexas: As
seguradoras evoluem da venda de produtos para o cuidado com os clientes por
meio de propostas de previsão e prevenção habilitadas por IA e análises.
À medida que as seguradoras tradicionais expandem seus
ecossistemas para permanecerem competitivas, elas devem cada vez mais
considerar o valor alcançável por meio de parceiros confiáveis, incluindo
bigtechs, insurtechs e participantes não tradicionais como fabricantes de
diversos equipamentos, como carros, bikes e eletroeletrônicos, entre outros. Os
números sugerem claramente que o crescimento exponencial da insurtech veio para
ficar, com uma jornada ao cliente acima do esperado por eles. O sucesso futuro
na indústria dependerá das capacidades existentes dos participantes em toda a
cadeia de valor, da vontade de investir e do desejo de possuir o relacionamento
com o cliente, disse John Berry, CEO da Efma.
Fusões e aquisições no setor de seguros crescem 275% no
semestre
Segundo a KPMG, as empresas brasileiras realizaram 804
operações nos seis primeiros meses de 2021
Fonte: Revista Apólice
O número de fusões e aquisições realizadas pelas empresas
do setor de seguros no primeiro semestre cresceu significativamente em comparação
com o mesmo período do ano passado. Nos seis primeiros meses de 2020, foram
quatro operações contra quinze este ano, um aumento de 275%. Os dados são de
uma pesquisa realizada, trimestralmente, pela KPMG.
O relatório aponta que, das operações fechadas no
primeiro semestre deste ano, 12 foram domésticas, ou seja, realizada entre
companhias brasileiras. Outras três foram do tipo CB1 (estrangeiro adquirindo
empresa do Brasil). Ainda de acordo com o material, os setores com maior
quantidade de transações foram os seguintes: empresas de internet (268),
tecnologia da informação (131) e instituições Financeiras (92).
Os líderes da indústria de seguros estão cada vez mais
atentos às oportunidades advindas com as operações de fusões e aquisições, uma
vez que esse tipo de transação pode garantir maior participação de mercado,
integração de novas tecnologias e transformação no modelo operacional das
companhias, destaca a sócia do segmento de seguros da KPMG, Érika Ramos.
Resultados Brasil: melhor semestre dos últimos dez anos
As empresas brasileiras realizaram 804 operações de
fusões e aquisições, no primeiro semestre deste ano, um aumento de mais de 55%
em relação ao mesmo período do ano passado quando foram fechados 514 negócios.
Trata-se do melhor semestre dos últimos dez anos.
Os números mostraram que o mercado doméstico continuou
aquecido, mesmo no período de pandemia. Com a retomada gradativa da economia
observada no primeiro semestre deste ano, as empresas têm buscado opções aqui
no Brasil para poder crescer. O primeiro semestre teve o melhor resultado da
década, analisa o sócio da KPMG e coordenador da pesquisa, Luís Motta.
Desenvolvedor hackeia projeto DeFi que ajudou a criar
Projeto DeFi teve cerca de US$ 3 milhões roubados por
hacker que injetou armadilha nos sistemas durante o desenvolvimento.
A plataforma MISO, que arrecada fundos e oferece
contratos inteligentes semiprontos para lançar projetos na exchange
descentralizada (DEX) SushiSwap, foi alvo de um ataque hacker na madrugada
desta sexta-feira (17) e o principal suspeito é um dos seus próprios
desenvolvedores.
Ao construir a interface de usuário da solução, ele teria
preparado o terreno para facilitar a ofensiva concretizada nas últimas horas e
que teria resultado em roubo de quase US$ 3 milhões (R$ 15,8 milhões) em
criptomoedas.
O episódio de supply chain attack (ataque de cadeia de
suprimentos), que ocorre quando alguém na cadeia de fornecedores é responsável
pela invasão, impactou diretamente a criptomoeda SUSHI, que alimenta a
SushiSwap. O token despenca atualmente cerca de 17% no acumulado das últimas 24
horas e era negociado a US$ 13,04 no fechamento da matéria, aproximadamente 45%
abaixo da máxima histórica de US$ 23,38 registrada em 13 de maio deste ano.
Projetos de finanças descentralizadas (DeFi) como o MISO
são considerados arriscados demais justamente pela alta probabilidade de
ataques e golpes. Hackers costumam explorar brechas nas regras dos contratos
inteligentes, acionando gatilhos não previstos pelos desenvolvedores com o
objetivo principal de desviar fundos depositados por usuários que pretendiam,
por exemplo, receber juros sobre suas criptomoedas. No caso de hoje, no
entanto, o gatilho foi injetado de forma oculta por quem ajudou a criar o
sistema.
O hacker, identificado como um desenvolvedor contratado
que tem histórico de colaboração com outros projetos conhecidos, conseguiu
roubar 864,8 Ether, que equivalem nesta manhã a US$ 2,97 milhões.
Segundo membros do time de desenvolvedores da SushiSwap,
o hacker teria alterado uma carteira do protocolo destinada a receber
criptomoedas de investidores e substituído por seu próprio endereço. Assim,
usuários que pensavam estar comprando tokens na plataforma estavam, na verdade,
entregando os valores nas mãos do atacante.
Agora, a equipe trabalha para acionar bolsas de
criptomoedas para tentar bloquear as contas do hacker e impedir que as
criptomoedas sejam trocadas ou sacadas.
O bloqueio é possível por conta do caráter aberto das
criptomoedas, cujas informações de transações são disponíveis abertamente na
blockchain, na prática basta saber quais endereços buscar para ter acesso a um
histórico completo de transações e seguir o caminho dos valores até que cheguem
a uma bolsa para serem trocados por dinheiro fiduciário.
É a segunda vez em um mês que a plataforma MISO apresenta
um sério bug de segurança. Em 17 de agosto, um hacker white hat (hacker do
bem), especialista da firma Paradigm, descobriu uma brecha em um contrato
inteligente que poderia resultar em uma perda de US$ 350 milhões (R$ 1,85 bilhão)
caso fosse lançado sem correção. A solução foi encontrada e corrigida pouco
antes de ir ao ar.
O caso mais recente é responsável por queda de 12% do
montante total de valores depositados em contratos da SushiSwap, segundo dados
do portal DeFi Pulse. Ainda assim, o protocolo permanece como o terceiro maior
entre os projetos de exchange descentralizada. Com US$ 4,15 bilhões (R$ 22,05
bilhões) depositados, ela fica atrás somente da Uniswap, com US$ 6,61 bilhões
(R$ 35,1 bilhões), e da Curve Finance, com US$ 12,61 bilhões (R$ 67 bilhões).
Fonte: InfoMoney
Emergência Climática
Fonte: Agência Públuca
Os cientistas que pesquisam e monitoram o aquecimento
global não tem dúvidas: as mudanças climáticas provocadas pela ação humana já
estão a todo vapor e só podem ser minoradas com uma mudança radical na nossa
relação com o planeta. É tarefa urgente reduzir as emissões de gases estufa e
proteger os recursos naturais dos quais depende a renovação da vida, cada vez
mais ameaçada pela elevação de temperaturas.
No Brasil, isso significa priorizar, proteger e aprender
com as comunidades que vivem na maior floresta tropical do mundo, a Amazônia,
no berço de nossas águas, o Cerrado, na região costeira, na Caatinga. São elas
que garantem a preservação da biodiversidade desses biomas e também as mais
atingidas pelo desmatamento, principal fonte de emissões de carbono no país,
seguida pela agropecuária.
O projeto Emergência Climática tem como foco a
investigação jornalística das violações socioambientais decorrentes das
atividades emissoras de carbono, da pecuária à geração de energia, bem como dos
projetos de infraestrutura a elas associados, e a responsabilidade de empresas
e governos. Também serão investigadas as falhas e equívocos de políticas
públicas, a impunidade, os lobbies das corporações, o crime organizado, a
exploração predatória, a pobreza e a fome que atingem as vidas das comunidades
tradicionais, principais protagonistas dessa cobertura.
Sociedade bancará auxílio com aumento do IOF decretado
por Bolsonaro
Objetivo da medida é gerar arrecadação extra para custear
o Auxílio Brasil, que deve ficar na faixa de apenas R$ 300.
O presidente Jair Bolsonaro editou nesta quinta-feira
decreto para aumentar as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)
nas transações de crédito de pessoas jurídicas e físicas. As novas alíquotas,
que ainda não foram detalhadas, começam a valer a partir do dia 20 de setembro
e têm validade até 31 de dezembro de 2021 deste ano.
O objetivo da medida é gerar arrecadação extra para
custear o Auxílio Brasil, novo programa social de transferência de renda que
substituirá o Bolsa Família. O valor do novo benefício, ainda não anunciado,
deve ficar na faixa de apenas R$ 300, segundo informou nesta quarta-feira o
ministro da Economia, Paulo Guedes.
A medida irá beneficiar diretamente cerca de 17 milhões
de famílias e é destinada a mitigar parte dos efeitos econômicos danosos
causados pela pandemia, informou a Secretaria-Geral da Presidência da
República.
O aumento no IOF deve gerar uma arrecadação de R$ 2,14
bilhões, estima o governo federal. O decreto com as novas regras ainda será
publicado no Diário Oficial da União. Por ser um ato de competência exclusiva
do presidente, o decreto tem validade imediata e não precisa da aprovação do
Congresso Nacional.
O IOF é um imposto federal pago por pessoas físicas e
jurídicas em qualquer operação financeira, como operações de crédito, câmbio,
seguro ou operações de títulos e valores mobiliários.
O governo informou que a alteração do IOF permitirá o
aumento da cota de importação de bens destinados à ciência e tecnologia, com
efeito em projetos de pesquisa, desenvolvimento e produção de vacinas contra o
novo coronavírus em andamento na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e no Instituto
Butantan.
A medida também permitirá, segundo o governo, a redução a zero da alíquota da Contribuição Social do PIS/Cofins incidente na importação do milho. O objetivo, neste caso, é reduzir os custos da alimentação.
Fonte: Monitor Mercantil
44% das pequenas indústrias não retomaram produção plena
e 79% veem insumos mais caros
Fonte: Estadão
Um ano e meio após o início da pandemia, os pequenos
industriais paulistas ainda têm dificuldade de voltar à normalidade dos
negócios: 44% enfrentavam algum grau de paralisação das atividades em agosto.
Oito em cada dez empresas estão arcando com insumos mais caros, segundo um
levantamento especial encomendado pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria
do Estado de São Paulo (Simpi) ao Datafolha e obtido com exclusividade pelo
Estadão/Broadcast.
A inflação em alta, a elevação dos custos de produção e a
crise hídrica estão entre os componentes que têm gerado uma expectativa
negativa das micro e pequenas indústrias de São Paulo sobre a retomada do
volume de negócios. O aumento contínuo dos preços da economia, além de diminuir
o poder de compra do consumidor, levou a uma alta de custos da produção
industrial no País pelo oitavo mês consecutivo, aponta o Simpi.
Para 79% das micro e pequenas indústrias paulistas, o
encarecimento de insumos e matérias-primas foi o principal entrave à produção
enfrentado nos 15 dias anteriores à pesquisa, que foi coletada entre 18 e 26 de
agosto. O segundo problema mais citado foi a falta de insumos (47%), seguido
pelo atraso na entrega de materiais (45%) e baixa qualidade dos materiais
(26%).
O mais grave é que isso vai continuar, porque o
levantamento foi em campo entre 18 e 26 de agosto. Aqui ainda não está o
impacto do aumento da energia elétrica em setembro, disse Joseph Couri,
presidente do Simpi, referindo-se à entrada em vigor da bandeira tarifária de
escassez hídrica, em que o consumidor passa a pagar R$ 14,20 extras na conta de
luz a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Em agosto, duas em cada três (67%) empresas afirmaram que
tiveram alta significativa de custos no mês anterior, o que inclui despesas com
água e energia. Quanto à conta de energia especificamente, 69% dos industriais
relataram aumento significativo na conta de energia neste ano, enquanto 60% das
empresas afirmam que o encarecimento da energia já está prejudicando os
negócios.
O problema são desafios de grande magnitude que não
estavam previstos e que vêm se colocando de uma forma cada vez mais custosa,
que é a crise hídrica. Primeiro, pela condição de custos, que compromete muito
a questão da rentabilidade e, consequentemente, de saneamento financeiro e
redução das cicatrizes da crise da covid-19 para essas empresas de menor porte.
Em segundo lugar, há o risco efetivo de racionamento, que a gente não pode
tirar do cenário, ele continua estando lá, afirmou Rafael Cagnin,
economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial
(Iedi).
Turbulência política agrava a situação
Cagnin ressalta que, além de a crise hídrica já ser um
grande fator de pressão de custos para as pequenas empresas no curto e médio
prazos, há ainda as dificuldades financeiras advindas do cenário político
turbulento.
Tem também as questões políticas, que são grande fonte de
incertezas e abalam indiretamente (as indústrias), através do câmbio, das taxas
de juros de longo prazo, citou Rafael Cagnin, do Iedi.
Os entraves à recuperação dos negócios impactam a força
de trabalho contratada pelas micro e pequenas indústrias. A pesquisa do Simpi
mostra que, em agosto, 38% das empresas tinham menos funcionários do que há um
ano, enquanto apenas 15% aumentaram seu quadro de funcionários no mesmo
período. As demais responderam que permaneciam com a mesma quantidade de
empregados.
Só para relembrar, em agosto do ano passado estávamos no
epicentro da crise pandêmica, o que é um indicador também ruim, porque se dá
sobre uma base de comparação deteriorada, mas, mesmo assim, estava melhor do
que este ano, em função das medidas governamentais, que se foram na sua
maioria. E as (medidas) que voltaram, elas voltaram piores, lembrou Couri.
O Simpi calcula que 42% das micro e pequenas indústrias brasileiras estão localizadas no estado de São Paulo.
CONNECTION 2021 / COM APOIO E PARTICIPAÇÃO DA ABGR
A ABGR apoiou o Connection 2021-CCSRJ, evento online e gratuito que conecta os corretores de seguros de todo o Brasil entre si e com o mercado, com participações de Diretores e Conselheiros da ABGR.
Dia 16.09: https://www.youtube.com/watch?v=bIJmu633S4o&t=1720s (manhã) e: https://www.youtube.com/watch?v=gbCF6evothI&t=11115s (tarde).
Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado:
Revista Apólice: https://www.revistaapolice.com.br/2021/05/edicao-265/
Revista Cobertura: https://www.revistacobertura.com.br/revistas/revista-cobertura/revista-cobertura-edicao-231/#2
Revista Segurador Brasil: https://issuu.com/revistaseguradorbrasil/docs/segurador_166_
Revista Seguro Total: https://revistasegurototal.com.br/2021/06/14/mercados-de-vida-e-previdencia-apresentam-crescimento/
Revista Insurance Corp:
Caderno de Seguros: https://cnseg.org.br/publicacoes/revista-de-seguros-n-916.html
Revista Brasil Energia: https://editorabrasilenergia.com.br/wp-content/uploads/sites/1/flips/129726/Bia469v3/2/index.html
Relatório 2020 da CNseg (destaca os seus projetos e ações em ano desafiador): https://cnseg.org.br/noticias/relatorio-2020-da-cnseg-destaca-os-seus-projetos-e-acoes-em-ano-desafiador.html