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Mercado de Seguros Em Modo UP

20, Set. 2021

Seguradoras arrecadam R$ 172,4 bilhões de janeiro a julho de 2021, alta de 16,4%

Fonte: Sonho Seguro

As seguradoras registraram vendas de R$ 172,46 bilhões nos sete primeiros meses de 2021, o que corresponde a R$ 24,35 bilhões a mais do que no mesmo período de 2020, segundo dados da Síntese Mensal divulgada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). Em termos percentuais, o acumulado até julho de 2021 apresentou crescimento de 16,4%, havendo pequena redução em relação ao crescimento acumulado de 19,4% até junho, explicada pelo desempenho dos segmentos de previdência tradicional (2,4%) e capitalização (4,9%). Considerando apenas os segmentos de seguros, o crescimento observado foi de 18,4%.

Nos seguros de pessoas o grande destaque foi o desempenho das contribuições do VGBL, que atingiram o montante de R$ 72,90 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 23,2% em relação ao mesmo período de 2020. A sinistralidade do seguro de vida, individual e em grupo, continuou a trajetória de queda, atingindo o valor de 84,8% em julho deste ano, abaixo do valor observado em junho, quando foi de 88,7%.

Os seguros de danos sem auto continuam apresentando forte desempenho, com crescimento de 20,1% na arrecadação de prêmios no acumulado de 2021, quando comparado com 2020. A arrecadação de prêmios no seguro auto continua performando abaixo da média dos seguros de danos, tendo atingido R$ 20,83 bilhões no acumulado do ano, valor 6,6% superior ao do mesmo período em 2020.

As linhas de negócio rural, responsabilidade civil (RC), patrimonial, transporte e financeiros foram destaques, com crescimento acima de 30%. Os prêmios acumulados em 2021 para o seguro rural continuam com forte desempenho, com crescimento de 39,1% em relação a 2020, maior taxa de crescimento da série histórica. Os seguros financeiros apresentaram desempenho ainda mais forte em relação ao acumulado do mês anterior (25,9%), com crescimento de 31,7% no acumulado do ano até julho em relação ao mesmo período de 2020, representando também a maior taxa de crescimento da série histórica.

Seguros de danos seguem em alta, com recorde em rural e financeiros

Crescimento foi de 20% na arrecadação de prêmios no acumulado do ano até julho (R$ 29,31 bilhões), na comparação com igual período do ano passado

Fonte: Folha de S.Paulo

Segmentos como rural e financeiros tiveram recordes na série histórica, segundo a Susep

Os seguros de danos sem o segmento de automóveis seguem com desempenho forte, de acordo com os dados de julho do setor, que a Susep (Superintendência de Seguros Privados) começa a divulgar nesta sexta (17). O crescimento foi de 20% na arrecadação de prêmios no acumulado do ano até julho (R$ 29,31 bilhões), na comparação com igual período do ano passado.

Já as receitas em prêmios no seguro auto continuam performando abaixo da média dos seguros de danos. Com R$ 20,83 bilhões no acumulado do ano, o avanço foi de 6,6% na mesma base de comparação.

As categorias de rural, responsabilidade civil, patrimonial, transporte e financeiros tiveram avanços acima de 30%. No seguro rural, a alta foi de quase 40%, maior taxa de crescimento da série histórica. Os seguros financeiros, com crescimento em torno de 32% no acumulado do ano até julho ante igual período de 2020, também fizeram a maior taxa de crescimento da série.

Contratação de seguro contra ataques cibernéticos disparam

Fonte: CQCS

As vendas de seguros contra riscos cibernéticos subiram 132% de janeiro a junho deste ano e atingiram prêmios de R$ 41,2 milhões, segundo dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). A disparada chega junto com o crescimento vertiginoso de ataques hackers. De acordo com a confederação, devido à pandemia, o crescimento dos negócios virtuais e a maior virtualização da vida das pessoas aumentou a necessidade de proteção contra roubos de informações, vazamento de dados, ataques, interrupções de atividades.

CRISE HÍDRICA

País não conseguirá crescer se energia continuar dependente da água

Fonte: InfoMoney / Autor: Adriano Pires, diretor do CBIE, defende que Brasil diversifique as fontes geradoras de eletricidade

No mundo onde a eletricidade é cada vez mais requisitada, em razão da substituição de combustíveis fósseis por fontes limpas, depender de usinas hidrelétricas para gerar energia pode comprometer o crescimento econômico, ainda mais em um país que necessita ampliar a produção e gerar empregos. Deste modo, o sócio-fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, defende que o Brasil construa uma matriz energética mais diversificada.

Em entrevista ao UM BRASIL, uma realização da FecomercioSP, Pires diz que, como o mundo caminha para um processo de eletrificação, o Brasil não pode ficar todo ano pensando se vai chover ou não, uma vez que as hidrelétricas ainda são responsáveis por, aproximadamente, 70% da energia gerada no território nacional.

Temos uma matriz energética muito refém do clima, pontua o economista. Precisamos construir uma matriz mais diversificada e equilibrada. O que quero dizer com isso? Uma matriz que produza energias térmica de gás natural, nuclear e renováveis. Esse é o dever de casa que temos de fazer, mas temos deixado na mão de São Pedro, complementa, referindo-se ao santo católico associado às chuvas.

Pires afirma que a crise hídrica é um fenômeno mundial e que há uma premissa errada no Brasil de achar que a água é a fonte de energia mais barata. Segundo ele, a água tende a se tornar a mais cara, uma vez que tem uso múltiplo na sociedade.

O setor elétrico não é dono da água, pontua. As ofertas de água e de energia vão crescer a taxas menores do que a demanda, adiciona.

O economista, cuja carreira inclui atuação na Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), indica que a escassez elétrica deve impedir o Brasil de crescer a taxas de 5% ao ano (a.a.). Além disso, ressalta que o País só não enfrentou recentemente uma crise de energia porque, na década passada, cresceu pouco.

Pires acrescenta dizendo que a falta de planejamento do setor elétrico penaliza o consumidor, que acaba arcando com tarifas mais altas.

Em particular, o consumidor cativo. Quem é? O residencial, o pequeno comércio e a pequena indústria. O grande consumidor vai para o mercado livre, em que negocia o quanto vai pagar, destaca.

Em meio à discussão da Reforma Tributária, Pires desaprova o fato de metade da conta de energia ser imposto.

A sociedade tem de cobrar do Congresso Nacional e do governo um planejamento adequado para que não viva pesadelos constantes de falta de energia, que acaba, no fim do dia, elevando as tarifas, frisa o diretor do CBIE.

Com hidrelétricas secando e calor em alta, picos de consumo de energia disparam risco de apagões

Fonte: BBCNews

Após sucessivos anos de poucas chuvas, os reservatórios das hidrelétricas brasileiras nas regiões Sudeste e Sul chegaram ao mês de setembro em seu pior nível histórico, abaixo mesmo do patamar de 2001, quando o país enfrentou um severo racionamento de energia.

Para especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, esse cenário torna elevado o risco de apagões (interrupções temporárias localizadas de fornecimento), ainda mais em momentos de picos de consumo, que ficam mais frequentes com a volta do calor.

Enquanto no inverno o auge do consumo de energia se concentra no início da noite, quando escurece, com a chegada da primavera a demanda fica maior também de tarde, devido ao aumento do uso de ar condicionado.

Os dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostram que esse fenômeno já começou a ocorrer a partir do final de agosto. Na semana passada, o consumo de energia entre 15h e 16h chegou a superar a demanda da noite nos dias 13 e 14 de setembro.

O risco de apagões é considerado alto porque o sistema já está operando no limite, com o acionamento de mais térmicas para compensar a quantidade menor de energia gerada nas hidrelétricas e uso intenso das linhas de transmissão, que permitem levar energia de regiões em que a oferta está menos apertada para outras em situação mais crítica. Dessa forma, a interrupção de abastecimento pode ocorrer tanto da geração insuficiente, como da falha em algum ponto do sistema, explica o meteorologista da Climatempo Filipe Pungirum.

Apagões são prováveis. Hoje, estamos com pouca folga no despacho de energia, justamente por estarmos usando próximo ao máximo das linhas que temos para transmitir energia no país, ressalta.

Então, se algum problema causar interrupção numa linha de transmissão, como não há redundância (espaço disponível em outra linha) nesse transporte de energia, consequentemente alguns apagões poderão ocorrer, principalmente nos momentos de picos de carga, em que a população consome mais energia, acrescenta.

O risco também é apontado por Ana Carla Petti, presidente da consultoria MegaWhat.

Apesar das medidas do governo, o risco de apagão permanece para o atendimento à carga de ponta, aquele momento do dia em que a sociedade consome mais energia elétrica. Esse momento de ponta tem ocorrido na parte da tarde, por conta de temperatura, uso de ar condicionado, e vai até o início da noite, por volta de 18h. Principalmente o mercado Sudeste tem esse comportamento característico, nota ela.

Como as termelétricas já estão praticamente todas despachadas, ou seja, tudo que tem disponível está gerando, esse atendimento de ponta deveria ser feito por uma geração hidrelétrica maior, a aí pode ser que em algum momento a gente não tenha água suficiente para poder atender essa demanda de ponta, porque os reservatórios já estão muito baixo. Existem níveis (mínimos dos reservatórios) de segurança de operação das próprias máquinas, explica.

Na noite de sábado (18/09), um apagão de cerca de uma hora atingiu dezenas de cidades de Minas Gerais e Rio de Janeiro, em especial na Zona da Mata e na Região dos Lagos. Segundo nota do ONS, a interrupção foi causada por uma falha em uma subestação de Furnas.

O ONS avaliará as causas da ocorrência junto aos agentes envolvidos. Vale ressaltar que o episódio não tem relação com a crise hídrica do país, diz ainda o comunicado.

Reservatórios com 18% da capacidade no Sudeste

A crise hídrica é considerada a pior em 91 anos, segundo especialistas e o próprio Ministério de Minas e Energia. A situação é especialmente grave no Sudeste, a região que responde por 70% da energia produzida no país.

Segundo dados do ONS, o volume útil, quantidade de água que pode ser usada para geração de energia, dos reservatórios que integram o subsistema das regiões Sudeste e Centro-Oeste está em apenas 18% da sua capacidade máxima, segundo o boletim de sábado (18/09). É o pior resultado já registrado para setembro. Um ano atrás, o volume útil desse subsistema era de 32,9%, quase o dobro do atual.

Já em setembro de 2001, quando o governo teve que impor medidas drásticas de racionamento à população e a empresas para reduzir a demanda, a capacidade dos reservatórios estava em 20,7%. Naquele ano, consumidores que ultrapassassem determinado patamar de consumo de energia tinham que pagar multas, e até a iluminação pública nas ruas foi reduzida em diversos estados.

A situação também é preocupante no subsistema Sul, em que os reservatórios estão com capacidade média de 30%. Já no Nordeste e Norte o cenário é mais confortável (44% e 64,5%, respectivamente).

A expectativa é que os reservatórios devem continuar secando até novembro, quando começa a temporada de chuvas na maior parte do país.

Durante audiência pública na Câmara dos Deputados no final de junho, o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, disse que os reservatórios do subsistema Sudeste e Centro-Oeste devem chegar, em média, a 10% da sua capacidade em novembro com as medidas adotadas pelo governo para estimular a redução de consumo e usar outras fontes de energia, nível que ainda seria suficiente para as hidrelétricas seguirem operando.

Com a volta da temporada chuvosa, os reservatórios devem voltar a subir no final do ano, mas a projeção de meteorologistas é que a quantidade de chuva deve ficar novamente abaixo da média histórica, sendo insuficiente para uma recuperação satisfatória.

A mudança climática aumenta o risco de clima quente e seco. Nem todas as secas se devem às mudanças climáticas, mas ambientalistas apontam que o excesso de calor na atmosfera está tirando mais umidade da terra e piorando as secas.

A economista e professora do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP), Virginia Parente, explica que os reservatórios das hidrelétricas brasileiras foram projetados para aguentar alguns anos de chuvas abaixo da média. O problema, diz, é que as secas têm sido muito severas, ao mesmo tempo que o consumo de energia e água no país cresceu muito ao longo das décadas.

Diferenças em relação a 2001

Se a situação é pior que há duas décadas, por que, ao menos por enquanto, não houve um racionamento da mesma dimensão daquele ano?

Após a crise de 2001, o país adotou medidas para reduzir esse risco, como aumentar a conexão do sistema com mais linhas de transmissão. Isso permite distribuir melhor a energia de uma região que esteja com mais oferta para outra, em que a geração esteja insuficiente. Além disso, também houve aumento da oferta de outros tipos de eletricidade, com mais geração de energia térmica, solar e eólica.

Hoje, os mercados do Sudeste, Centro-Oeste e Sul, em que a situação é mais crítica, estão sendo em parte abastecidos por energia produzida no Nordeste, onde os reservatórios das hidrelétricas estão mais cheios e há também geração relevante de energia eólica.

A situação, porém, não é confortável porque, ao mesmo tempo que ampliou-se a geração e a transmissão de energia no país, também houve aumento do consumo nas últimas duas décadas, destaca Filipe Pungirum.

Governo deveria ter adotado racionamento?

O baixo nível dos reservatórios é especialmente preocupante porque as hidrelétricas representam 65% da capacidade de geração de energia do país. Por isso, o governo já adotou uma série de medidas para tentar reduzir a demanda e, ao mesmo tempo, aumentar a oferta de outras fontes geradoras, ações que alguns especialistas ainda consideram insuficientes.

Uma dessas medidas foi o aumento do uso de térmicas, como o custo delas é maior que das hidrelétricas, isso aumentou a conta de luz no país, o que acaba tendo o efeito de desestimular o consumo. Segundo o IPCA, principal índice de preços do IBGE, a conta de luz ficou em média 21% mais cara no país nos últimos 12 meses encerrados em agosto, mais que o dobro da inflação geral (9,68%).

Além disso, o Ministério de Minas e Energia também lançou a partir deste mês um programa de desconto na conta de luz para quem reduzir seu consumo, com objetivo de provocar uma redução de 15% na demanda entre setembro e dezembro.

Também foi editado um decreto em agosto com ações para os órgãos públicos federais consumirem de 10% a 20% menos energia de setembro a abril de 2022. Outra providência foi aumentar a importação de energia da Argentina e do Uruguai.

Para o engenheiro Edvaldo Santana, diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) entre 2005 e 2013, o governo deveria ter feito mais, adotando uma estratégia de racionamento a partir de julho para evitar os riscos de apagões agora. Na sua visão, isso não foi feito por temor do impacto eleitoral da medida.

Desde que o PSDB perdeu a eleição (de 2002 para o PT) por causa do racionamento (no governo Fernando Henrique Cardoso), os governos consideram melhor o consumidor gastar mais (com energia das térmicas) do que fazer um racionamento, ressalta.

O racionamento não sai em menos de 60 dias. Primeiro tem que planejar, depois as pessoas têm que entender (como funciona). Como a temporada seca está terminando, não faz mais sentido fazer. Agora é esperar o que vai acontecer, disse ainda.

Já a professora da USP Virginia Parente diz que o governo falha em não fazer campanhas maiores para conscientizar a população a economizar energia e luz, ou em estabelecer melhores acordos bilaterais para uso de energia dos países vizinhos. Ela discorda, porém, que deveria ter sido feito um racionamento antes.

O racionamento tem um custo muito grande, causa sofrimento e desemprego. Se uma fábrica só vai poder gastar 80% ou 70% da energia, por exemplo, ela vai dispensar os funcionários parte dos dias e vai produzir menos, vender menos, nota ela.

A empresa vai então negociar para reduzir o salário dos funcionários, eles vão ter menos grana pra comprar outros produtos, as outras empresas vão vender menos pra eles e o PIB do Brasil vai afundar, reforça.

Por outro lado, a professora lembra que apagões, ainda que localizados em apenas algumas partes do país, também podem causar grandes prejuízos.

Os momentos de pico de consumo são perigosos, com maior probabilidade de ter apaguinhos de durações variadas. A gente corre esse risco e é bem grave, porque se você estiver em casa trabalhando no seu computador, a bateria aguenta um tempo. Mas, se você for uma indústria de cerâmica que precisa apagar seu forno, você estraga toda a produção do dia. Pequenos apaguinhos da indústria podem fazer grandes estragos, nota ela.

Para Febraban, aumento do IOF dificulta recuperação da economia

Publicado no DOU aumento do IOF; novas alíquotas serão aplicadas de 20 de setembro a 31 de dezembro.

Fonte: Monitor Mercantil

O Diário Oficial da União publicou decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro com as novas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que incide sobre operações de crédito, câmbio e seguro ou relativas a títulos ou valores mobiliários. As novas alíquotas valem para pessoas físicas e jurídicas e serão aplicadas no período de 20 de setembro até 31 de dezembro de 2021.

Para as pessoas físicas a alíquota passa de 3% ao ano (diária de 0,0082%) para 4,08% ao ano (diária de 0,01118%). Já para as pessoas jurídicas, a alíquota anual passa de 1,5% (atual alíquota diária de 0,0041%) para 2,04% (diária de 0,00559%).

A arrecadação obtida com a medida custeará ainda as propostas de redução a zero da alíquota da contribuição para o PIS/Cofins incidente na importação de milho, com impacto de R$ 66,47 milhões em 2021 e o aumento do valor da cota de importação pelo CNPq, que acarreta renúncia fiscal no valor de R$ 236,49 milhões no ano de 2021 informou o Ministério da Economia.

A pasta disse ainda que os valores arrecadados serão utilizados para custear o Auxílio Brasil, programa do governo que deve substituir o Bolsa Família. Segundo a pasta, os gastos com o novo programa acarretarão, neste ano, um acréscimo de R$ 1,62 bilhão na despesa obrigatória de caráter continuado.

O ministério disse ainda que os recursos para o próximo ano sairão da recriação do imposto de renda sobre lucros e dividendos, que está em discussão no Senado.

Com o fim do auxílio emergencial e a necessidade legal de indicar fonte para o programa Auxílio Brasil, sucessor do Bolsa Família, e reduzir a fila de espera pelo benefício, o Governo Federal, por intermédio do Ministério da Economia, elevou temporariamente a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

A decisão foi tomada em razão da observância das regras fiscais. Apesar de arrecadação recorde, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) determina que é necessário indicar a fonte para o aumento de despesa obrigatória. A instituição do programa Auxílio Brasil, acarretará um acréscimo na despesa obrigatória de caráter continuado da ordem de R$ 1,62 bilhão neste ano.

Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) disse que o aumento de impostos sobre o crédito, mesmo que temporário, agrava o custo dos empréstimos, particularmente em um momento em que o Banco Central precisará subir ainda mais a taxa básica de juros para conter a alta da inflação.

Segundo a entidade, o resultado é o desestímulo aos investimentos e mais custos para empresas e famílias que precisam de crédito. Esse aumento do IOF é um fator que dificulta o processo e recuperação da economia. Para enfrentar as dificuldades fiscais, evitar impactos negativos no custo do crédito e propiciar a retomada consistente da economia, só há um caminho: perseverarmos na aprovação da agenda de reformas estruturais em tramitação no Congresso.

Quase 600 mil empresas fecham as portas e dificultam recuperação do emprego

Fonte: Folha SP

Sob efeito da pandemia, o Brasil perdeu quase 600 mil empregadores no intervalo de dois anos, apontam dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua.

A situação preocupa especialistas em razão do efeito multiplicador no mercado de trabalho: quando uma empresa fecha as portas, a renda de mais de uma pessoa (chefe e funcionários) é colocada em risco.

No segundo trimestre de 2019, antes da crise sanitária, o país tinha 4,369 milhões de empregadores. Foi a maior marca para o intervalo de abril a junho na série histórica, com dados a partir de 2012.

A questão é que, devido à pandemia, o número passou a cair em 2020, até atingir 3,788 milhões no segundo trimestre de 2021.

O resultado mais recente, se comparado a igual período de 2019, corresponde a uma baixa de 13,3% ou 581,3 mil empregadores a menos em dois anos.

A redução em termos percentuais perdeu apenas para a registrada na categoria dos trabalhadores domésticos, que foi de 18,3%. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é o responsável pela elaboração da Pnad Contínua.

A recuperação dos empregadores é considerada fundamental para a abertura de novos postos de trabalho no país. Entre o segundo trimestre de 2019 e igual período de 2021, o número de empregados no setor privado caiu 10,1%, de 44,7 milhões para 40,2 milhões. A redução foi de 4,5 milhões de vagas.

Sabemos o quão burocrática é a tarefa de se estabelecer como empregador no país, porque existem entraves, e vimos uma queda no grupo relacionada à pandemia, afirma Sergio Firpo, professor de Economia do Insper.

O ponto é que, ao deixar sua atividade, o empregador deixa de empregar alguém. Isso tem um efeito multiplicador na renda dele e de outros trabalhadores.

Especialistas ressaltam que, em períodos de crise, negócios menores costumam ser os mais prejudicados. Na comparação com grandes companhias, empresas com menos funcionários tendem a apresentar uma reserva financeira limitada para resistir a choques como o da Covid-19, e o acesso a crédito também fica mais difícil.

Microdados da Pnad levantados pela Folha de S.Paulo ilustram essa tendência. Os empreendedores de menor porte, mais numerosos no país, puxaram a perda de negócios durante a pandemia.

No segundo trimestre de 2019, o Brasil tinha 3,198 milhões de empregadores com um a cinco empregados. Eles representavam 73,2% do total à época. Em igual período de 2021, o número caiu para 2,731 milhões (72,1% do total).

Isso significa que, dos 581,3 mil empregadores perdidos no intervalo, 467,4 mil (ou 80,4%) tinham de um a cinco empregados.

Há um efeito dominó. O fechamento de uma empresa acaba se refletindo não apenas no empregador, mas também nas outras pessoas que dependem daquele negócio, afirma Bruno Ottoni, pesquisador da consultoria IDados.

Antes da crise da Covid-19, Caio Matos, 35, comandava três restaurantes em shoppings de São Paulo, Atibaia (SP) e Pouso Alegre (MG). Com os negócios paralisados pelas restrições na pandemia, decidiu fechar as unidades em junho do ano passado. Os restaurantes somavam 18 empregados.

A situação ficou muito delicada, até porque eram lojas em shoppings. Tinha acabado de montar uma das unidades. Sentei com minha esposa, decidimos fechar, pagar os direitos dos funcionários e tentar nos recolocar no mercado de trabalho, diz.

Matos teve de mudar de área de atuação e, para seu alívio, conseguiu uma recolocação rápida. Ele lembra que, ainda em junho de 2020, recebeu um convite de um conhecido para trabalhar no setor comercial de uma empresa do ramo de energia fotovoltaica de Pouso Alegre.

Após aceitar a proposta, fez cursos para se adaptar à nova função. Matos conta que conseguiu pagar dívidas e que está feliz com o novo trabalho. Por ora, não planeja voltar a ser empregador. Pretendo continuar por um bom tempo no trabalho em que estou, diz.

Especialistas ressaltam que a retomada no número de empregadores que, por sua vez, puxará a de empregados, depende de uma reação mais firme da economia como um todo. A tentativa de recuperação, contudo, é ameaçada por riscos como a escalada da inflação e a crise política.

Instituições financeiras já preveem PIB (Produto Interno Bruto) abaixo de 1% em 2022.

Diante desse quadro, a criação de medidas que facilitem o acesso de empreendedores a crédito é um caminho que precisa ser pensado no país, sugerem especialistas.

Questões relacionadas à concessão de microcrédito são muito importantes. Com as taxas de juros voltando a subir, as coisas complicam para o pequeno empregador, menciona Firpo.

Ottoni vai na mesma linha. A questão do crédito é relevante. Não é simplesmente dar dinheiro para os microempreendedores, mas também pensar em políticas que acompanhem o desenvolvimento dos negócios. Quando se fala em políticas públicas, é preciso analisar o que existe de evidência empírica.

Antes da pandemia, entre 2017 e 2019, o número de empregadores vinha em alta no Brasil. No segundo trimestre de 2017, eram 4,173 milhões nessa condição. O montante avançou 4,7% (mais 196 mil) para chegar aos 4,369 milhões do segundo trimestre de 2019.

Em parceria com duas sócias, a empreendedora Gisele Paixão Barthar, 42, inaugurou, às vésperas da pandemia, no centro do Rio de Janeiro, uma loja de vestuário e acessórios diversos que buscava valorizar a cultura afro.

Os negócios iam bem após a abertura, em novembro de 2019, mas a chegada do coronavírus, no primeiro trimestre de 2020, reverteu o cenário. Com as restrições impostas pela crise, a loja, que tinha uma pessoa como funcionária, chegou a ficar quatro meses paralisada ao longo do ano passado, lembra Gisele.

Segundo ela, mesmo com a reabertura das atividades, a circulação de clientes pela região central do Rio não voltou ao patamar anterior à pandemia. A situação forçou o fechamento definitivo do espaço neste ano.

Chegamos a reabrir no ano passado, mas as outras lojas e empresas que ficavam próximas fecharam ou ficaram em home office. Isso esvaziou nossa clientela, conta.

A empreendedora, agora, tem novos planos. Ela pretende retomar em breve as vendas de maneira online, com o apoio das sócias, mas sem funcionários, pelo menos em um primeiro momento.

Nossa meta é reestruturar a loja, voltar a divulgar e escoar nossos produtos, que são autorais.

Indústria brasileira vai de 9ª para 14ª no mundo e perderá mais posições

Fonte: Estadão

Nos últimos 15 anos, a indústria brasileira foi da 9.ª posição, entre as maiores do mundo, para a 14.ª No mesmo período, a participação do País na manufatura global caiu quase pela metade: de 2,2% para 1,3%, segundo o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

Entre outros problemas, duas crises fortes e sequenciais, a de 2015/2016 (do governo Dilma) e a de 2020 (da pandemia), ceifaram empregos, lançamentos, inovação e investimentos, que de tão pequenos foram incapazes de repor a depreciação das fábricas. Com menos força, o valor que adicionam à economia encolheu 1,5% ano após ano, entre 2005 e 2020.

Parte considerável dos países emergentes foi na direção oposta, como mostra o amplo estudo do Iedi. Agora, o pós-pandemia tende a agravar a situação, com as nações desenvolvidas trabalhando para levar a indústria de volta a seus territórios.

Em poucos meses, a pandemia criou um pandemônio em toda a cadeia global de produção, logística e comércio, diz Glauco Arbix, coordenador da área de humanidades do Centro de Inteligência Artificial da USP. As grandes economias perceberam a importância de ter fábricas perto do consumidor, para depender menos da logística globalizada.

A resposta das grandes potências, diz Rafael Cagnin, economista do Iedi, foi rápida. A estruturação dos planos de Biden, nos EUA, o de recuperação da União Europeia e o quinquenal de crescimento da China, com ações práticas, detalhadas, e um volume gigantesco de dinheiro, reforçou o dinamismo econômico do hemisfério Norte, que tende a ganhar musculatura e a dar um novo salto.

Longe geograficamente desse eixo econômico dinâmico, todo o restante do mundo é coadjuvante, inclusive o Brasil e a América Latina, diz Cagnin. Nessa nova realidade, ser um mercado potencial não basta: é preciso concretizar e tornar realidade a promessa.

O fechamento de fábricas de multinacionais no País em plena pandemia é um dos sinais dessa mudança de eixo e dessa espécie de cansaço, e o reposicionamento das cadeias globais. Para ficar em alguns exemplos, encerraram linhas de montagem no Brasil Ford, Mercedes-Benz, LG e Sony.

A pandemia só reforçou um movimento dos últimos dez anos, de recalibragem do processo tecnológico, que é a essência da indústria 4.0, com a modernização de todas as atividades econômicas, diz Cagnin.

Com a mudança estrutural, dizem os especialistas, o risco é a manufatura brasileira passar de pequena para totalmente irrelevante. Ao se tornar ainda mais suscetível às instabilidades das commodities, o País tende a manter o crescimento pífio e a criar vagas mal remuneradas. Não menos honrosos, os empregos de baixa qualificação têm salários condizentes com o que produzem, diz Arbix. Essa situação condena o Brasil a ser um País de renda média, e à profunda desigualdade.

Básico

Apesar de parte dos fabricantes locais tentarem acompanhar a indústria 4.0, nem tudo depende da iniciativa privada. Como em várias outras frentes, faltam políticas de Estado que deem condições para a execução de estratégias. Qual o sentido de colocar sensores, robôs e inteligência artificial na produção, se a internet ou a energia caem quando chove, afirma Cagnin. Como é possível avançar em direção à sustentabilidade, se é preciso ligar um gerador movido a óleo com a ameaça de falta de energia?

Na prática, além da falta de infraestrutura, a agenda do governo voltada à inovação, produtividade, competitividade e integração internacional também tem tido pouca efetividade. A Câmara Indústria 4.0, por exemplo, não teve ações efetivas de impacto, diz Cagnin. O programa Brasil Mais, para melhorar a produtividade de micro, pequenas e médias empresas, é tímido e não deslancha.

O ambiente de negócios e a redução do custo Brasil continuam travados. Também não há uma estratégia clara e ordenada para a integração internacional. Esses programas sempre têm muito marketing, mas poderiam oferecer alguma ajuda, diz Arbix. Mas com o governo em situação de paralisia e preocupado com a reeleição, o aparato público é desmobilizado e o setor empresarial, que cresceu sob as asas do Estado, mas tem muitos obstáculos, sofre.

Se deixa de ajudar por um lado, o governo prejudica até mesmo em uma das áreas na qual o setor produtivo nacional se modernizou: o financiamento privado. Com a mudança de direcionamento dos recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que reduziu empréstimos a grandes grupos, as empresas tiveram de aprender a captar recursos no mercado.

Foi um aprendizado, possível quando os juros entraram no lugar e o BNDES saiu: muitas empresas passaram a entender o mercado de dívidas, quem são os agentes, os procedimentos e critérios econômico-financeiros a serem considerados, afirma Cagnin. Não é algo que acontece da noite para o dia, principalmente quando a pandemia joga areia no processo.

Após seis anos de ambiente adverso, quando as empresas começaram a avançar, a volatilidade causada pelos ruídos políticos e o maior risco fiscal, ameaça esse caminho. Um banqueiro de investimentos, que pede para não ser identificado, enxerga o próximo ano com empresas fazendo menos ofertas de ações e emitindo mais títulos de dívida, mas sem crescimento da demanda por recursos, por conta de uma alta do PIB quase nula. Além disso, com a Selic e os riscos mais altos, o dinheiro fica mais caro.

É uma trajetória de fôlego curto porque o setor financeiro, para investir e liberar crédito, precisa ter garantia de retorno e previsibilidade, nada que esteja no radar, diz Arbix. O Brasil tem exceções, mas suas empresas têm pouco músculo e não conseguem quebrar esse ciclo perverso sozinhas, para a recuperação da confiança.

Líderes mundiais retornam à ONU com foco em pandemia e clima

Fonte: Reuters

Os líderes mundiais voltam a se reunir na Organização das Nações Unidas em Nova York esta semana focados em ampliar esforços para combater tanto as mudanças climáticas como a pandemia da Covid-19, que no ano passado os forçou a enviar declarações em vídeo para a reunião anual.

Como o coronavírus ainda preocupa em meio à distribuição desigual da vacina no mundo, cerca de um terço dos 193 estados da ONU estão planejando participar do encontro novamente de forma virtual, mas presidentes, primeiros-ministros e ministros de relações exteriores dos dois terços restantes devem mesmo viajar para os Estados Unidos.

Os EUA tentaram dissuadir os líderes de virem a Nova York, em uma tentativa de impedir a Assembleia Geral da ONU de se tornar um evento superdistribuidor (de Covid), embora o presidente Joe Biden participe pessoalmente da assembleia, em sua primeira visita à ONU desde que assumiu o cargo.

O chamado sistema de honra da ONU significa que qualquer pessoa que entrar no salão da assembleia declara efetivamente que está vacinada, mas não precisa apresentar provas.

Esse sistema será quebrado quando o primeiro país falar, o Brasil. O presidente Jair Bolsonaro é cético em relação à vacina, e na semana passada declarou que não precisa do imunizante porque já estaria protegido após ter sido infectado pelo vírus da Covid-19.

Se mudar de ideia, a cidade de Nova York montou uma van fora da ONU durante a semana para fornecer testes e vacinas gratuitas de dose única da Johnson & Johnson.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse à Reuters que a discussão sobre quantos diplomatas viajantes podem ter sido imunizados ilustra o quão dramática é a desigualdade em relação à vacinação hoje. Ele pede um plano global para vacinar 70% do planeta até o primeiro semestre do próximo ano.

Das 5,7 bilhões de doses de vacinas contra o coronavírus administradas em todo o mundo, apenas 2% foram aplicadas na África. Biden sediará uma reunião virtual em Washington com líderes e executivos-chefes na quarta-feira que visa aumentar a distribuição de vacinas em todo o mundo.

Demonstrando a preocupação dos EUA com a Covid-19 no encontro da ONU, Biden estará em Nova York apenas por cerca de 24 horas, encontrando-se com Guterres na segunda-feira e fazendo seu primeiro discurso na ONU na terça-feira, logo após Bolsonaro.

Sua embaixadora na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse que Biden falará sobre nossas principais prioridades: acabar com a pandemia de Covid-19; combater a mudança climática e defender os direitos humanos, a democracia e a ordem mundial baseada em regras.

Devido à pandemia, as delegações da ONU estão restritas a um número muito menor e a maioria dos eventos paralelos será virtual ou um híbrido entre virtual e presencial. Afeganistão e Irã estão entre outros tópicos que os ministros devem discutir durante a semana.

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