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Furacão Ida: The Day After

27, Set. 2021

Prejuízo deve ficar até US$ 44 bilhões às seguradoras

Fonte: CQCS

O valor alto está parcialmente relacionado à pandemia de covid-19

As estimativas de danos do furacão Ida nos Estados Unidos continuam a aumentar à medida que as seguradoras divulgam seus custos. Em uma das revisões mais recentes, a Risk Management Solutions, uma grande empresa de modelagem de risco de catástrofe, estimou na semana passada os prejuízos totais de seguro dos EUA com o evento climático entre US$ 31 bilhões e US$ 44 bilhões desde 29 de agosto, quando o Ida atingiu a Louisiana. O alto custo do Ida está parcialmente relacionado à pandemia de covid-19.

Os modeladores de risco dizem que as interrupções nas cadeias de suprimentos da indústria automotiva e de construção, bem como a escassez de mão de obra, estão aumentando os custos com sinistros. Além disso, interrupções prolongadas de energia estenderam os tempos de reparo.

As seguradoras de capital aberto com as maiores exposições incluem a Chubb, a Travellers, a Allstate e a Progressive, de acordo com o analista da Evercore ISI David Motemaden. Em 16 de setembro, a Allstate anunciou perdas brutas estimadas do Ida em US$ 1,4 bilhão, antes de contabilizar o resseguro. Os danos ocorreram em 19 Estados, a maioria deles na Louisiana, disse a empresa. Refletindo as recuperações de resseguro antecipadas, a Allstate calculou as perdas líquidas do Ida em US$ 631 milhões antes dos impostos e US$ 498 milhões após os impostos.

A Progressive, por sua vez, disse na semana passada em um comunicado à imprensa que as perdas do Ida até 15 de setembro totalizaram cerca de US$ 510 milhões antes dos impostos, após o resseguro, tanto na Costa do Golfo quanto no Nordeste.

É preciso entender o consumidor do futuro, que já faz parte do presente das empresas

Fonte: Sonho Seguro / Autor: Marcelo Farinha, presidente da Federação Nacional de Capitalização

Nos seis primeiros meses de 2021, a arrecadação do segmento de Capitalização superou igual período de 2020 em 8,4%, com receita de R$ 11,6 bilhões. O resultado ameniza os efeitos da pandemia e mostra que o setor começa a dar sinais de retomada. Mas isso não significa a completa superação da crise.

Existem vários obstáculos a serem superados. Entre os desafios, três são fundamentais: a retomada da economia dentro de um percentual que recupere boa parcela das perdas de anos anteriores; o desenvolvimento de novos mercados tendo as plataformas digitais como ferramenta para atingir o público jovem e conectado; e a adequação das empresas à abertura do mercado segurador, prevista para dezembro de 2021, que modifica substancialmente a estrutura do mercado e coloca no horizonte do seguro uma série de perguntas e dúvidas ainda sem resposta.

A crise atual afetou a vida de todos os brasileiros e seus hábitos de consumo em função da necessidade de prevenção e cuidados com a saúde, sobretudo os aspectos inerentes ao distanciamento social. Isso estimulou o home office e fez com que o mercado fizesse uso mais intenso das plataformas digitais acelerando e testando novas formas de interação com os clientes, o que se traduz em mais agilidade e transparência.

No entanto, a atividade econômica ainda se encontra retraída, o desemprego é elevado e a renda média das famílias foi afetada. Mas o setor aprendeu a lidar com a crise mais severa do século e tudo indica que o pior já passou. Em 2021, os produtos de Capitalização completam 92 anos de presença no país, o que mostra a sua grande capacidade de resiliência e, sobretudo, o esforço de todos os envolvidos em sua cadeia de produção de se reinventar e ofertar soluções eficientes e que atendam aos consumidores de forma rápida e eficaz.

Diante de uma sociedade cada vez mais conectada, o mercado de Capitalização vem combinando investimentos em soluções de negócios digitais com responsabilidade social. Este ambiente de negócios faz com que o setor se transforme e, na busca de aprimorar o relacionamento, rejuvenesça sua base de clientes.

Soluções digitais, em diferentes plataformas, garantem mais agilidade e maior abrangência aos processos. Significa que mesmo em cidades sem a presença física de uma instituição é possível adquirir um Título de Capitalização, oferecê-lo como garantia se este for o objetivo, contribuir com causas sociais, ou apenas poder contar com uma reserva de valor com o incentivo de um sorteio que ele pode acompanhar pelas mesmas ferramentas digitais onde adquiriu o título. Ou seja, existe, por conta dos investimentos em tecnologia, total capilaridade e transparência.

O relacionamento digital ganha cada vez mais relevância diante de uma sociedade mais informada, consciente e exigente, que valoriza experiência, agilidade e conveniência. A chegada da geração Z, os nativos digitais, superconectados e que demandam novos modelos de consumo trazem desafios e oportunidades para a capitalização.

De acordo com estudo publicado pelo Think With Google, 85% dos jovens que participaram da pesquisa disseram estar dispostos a doar parte do seu tempo para alguma causa, sendo o meio ambiente uma das maiores preocupações. Esse comportamento revela espaço para a modalidade filantropia premiável, que aproxima interessados em fazer o bem e entidades carentes de recursos.

Outro ponto levantado pelo relatório é que a insegurança com o futuro marca mais a geração Z do que a geração anterior, o que reforça um dos pilares da Capitalização: a importância da educação financeira. De acordo com a pesquisa, esses jovens cresceram sentindo os efeitos da crise econômica global, começaram a trabalhar em um mercado que está se transformando e temem os efeitos das mudanças climáticas. E isso reflete em todo o propósito de vida dessa geração.

O empoderamento desse consumidor vem acompanhado de princípios de ética, responsabilidade, lealdade e transparência nas relações. E para que essa evolução ocorra em um ambiente seguro é preciso esforço coletivo de uma ampla gama de partes interessadas: empresas do setor, consumidores, órgão fiscalizador, além dos desenvolvedores de tecnologia.

Seguradoras adotam critérios ASG

Pesquisa da CNseg, junto a 34 empresas, será divulgada na Conseguro 2021

Entre as empresas brasileiras representadas pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), a maioria absoluta adota critérios Ambiental, Social e de Governança (ASG) em seu planejamento estratégico. Essa proporção chegou a 90,5%, em 2020, segundo pesquisa realizada pela entidade junto a 34 seguradoras que constituem 84% de toda a representação da CNseg.

O Relatório de Sustentabilidade do Setor de Seguros, sobre a incorporação de práticas sustentáveis, será divulgado no painel Integrações das questões ASG nas operações do setor de seguros durante a Conseguro 2021, evento da CNseg, o maior do mercado segurador brasileiro. Em sua décima edição, este ano, a conferência ocorrerá entre 27 de setembro e 1 de outubro, será virtual, interativa, gratuita e traduzida para a Libras, a Língua Brasileira de Sinais.

A pandemia acelerou o debate sobre o impacto dos riscos ASG para as empresas. Hoje, as que têm boas métricas de ASG são as mais resilientes e geram mais valor a longo prazo. Isso acontece porque elas gerenciam melhor os riscos e oportunidades socioambientais e possuem governança robusta, o que lhes permite atravessar com mais tranquilidade períodos turbulentos como os atuais, afirma a Diretora-Executiva da CNseg, Solange Beatriz Palheiro Mendes.

O tripé de sustentabilidade representado pela ASG já influencia as decisões de investimento e de análise de risco de 47,4% das empresas consideradas na pesquisa. Entre outras decisões estratégicas norteadas pelos princípios ASG estão o engajamento de clientes e parceiros comerciais. Segundo a pesquisa, 65% das empresas afirmaram que seus analistas e gestores passaram por treinamentos relacionados a esses temas em 2020. No mesmo ano, 45% das empresas também ofereceram treinamentos periódicos sobre esses princípios para suas lideranças.

Um dos estímulos à aplicação desses critérios na estratégia dos negócios é a inclusão de questões ASG nas metas de desempenho da alta liderança, o que foi verificado em 20% das empresas consultadas. Uma proporção ainda maior (85%), já considera os critérios ASG na homologação e contratação de fornecedores e prestadores de serviços.

A CNseg realiza o monitoramento de indicadores de sustentabilidade do setor desde 2015, com o objetivo de ampliar os horizontes de análise e apontar caminhos para o enfrentamento dos desafios dos negócios pelas associadas, bem como prestar informações qualificadas à sociedade.

Serviço: Conseguro 2021 / Quando: 27/09 a 01/10 / Inscrições gratuitas: www.conseguro.cnseg.org.br

Horário: a partir das 10h em 27/09 e a partir das 11h nos demais dias

Painel: Integrações das questões ASG nas operações do setor de seguros / Quando: 28/09 - Horário: 14h30

Palestrantes: Vinicius Brandi / Diretor da SUSEP e Sergio Besserman Vianna / Economista, Ecologista, Coordenador Estratégico do Climate Reality Project no Brasil e Curador de Clima e Sustentabilidade do Museu do Amanhã.

Debatedoras: Fátima Lima / Presidente da Comissão de Integração ASG - CIASG e Diretora de Sustentabilidade da MAPFRE e Samya Paiva / Membro da Comissão de Gestão de Risco da CNseg e Diretora de Risk Management da Zurich Brasil Seguros. Moderadora: Solange Beatriz Palheiro Mendes / Diretora Executiva da CNseg

Serviço: Conseguro 2021 / Quando: 27/09 a 01/10 - Inscrições gratuitas: www.conseguro.cnseg.org.br

Horário: a partir das 10h em 27/09 e a partir das 11h nos demais dias.

Fonte: CNSeg / Sonho Seguro

Crise climática piora, mas deputados dão menos atenção ao tema, diz estudo

Fonte: Folha SP

A atual composição da Câmara dos Deputados dedica menos atenção à crise climática do que a anterior, mostra relatório do Observatório do Legislativo Brasileiro. O engajamento dos parlamentares com o tema, que já era baixo no período de 2015 a 2018, diminuiu ainda mais a partir de 2019.

Enquanto isso, novos relatórios sobre o clima mostram que o aumento da temperatura média da Terra provocará cada vez mais eventos extremos em todo o planeta, Brasil incluído. Chuvas torrenciais e secas prolongadas fazem parte mesmo dos prognósticos menos pessimistas.

A análise sobre o desempenho dos deputados foi feita com a participação do projeto Política por Inteiro (responsável, junto com a Folha de S.Paulo, pelo Monitor da Política Ambiental), que faz um ranking dos parlamentares em uma série de assuntos. Nesse caso, mudança do clima.

A maior parte dos parlamentares avaliados pelo Observatório tem avaliação negativa quando o tema é crise climática. A nota média dos deputados federais é de -1,39 e a mediana (o valor do meio nas notas), -2,98 (o gradiente vai de -10 a 10).

Na legislatura anterior, a média era de -0,89.

Uma das formas de ler [o resultado] é que você tem uma legislatura mais desfavorável ao tema das mudanças climáticas, o que é condizente com o que está acontecendo. Pode ser que isso seja decorrente de você ter parlamentares mais extremistas ou pelo fato de o governo ser mais contrário ao tema, diz Leonardo Martins Barbosa, doutor em ciência política pela UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e pesquisador do Observatório do Legislativo Brasileiro.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nunca tratou a área ambiental como uma de suas prioridades. De acordo com especialistas, suas ações têm impacto negativo para as discussões sobre o meio ambiente brasileiro.

Em seus discursos, Bolsonaro se diz crítico de áreas de proteção de biomas, por exemplo e se declara favorável à exploração mineral em terras indígenas, que têm elevado grau de vegetação nativa preservada. Além disso, manteve por mais de dois anos um ministro do Meio Ambiente que atuou para desmontar mecanismos de combate ao desmatamento.

Os autores do relatório sobre os deputados observaram que as notas mais comuns encontradas na legislatura atual foram -4, -3 e 4. Ou seja, ao mesmo tempo em que há parlamentares com atuações negativas, há outros que puxam a avaliação para o lado positivo.

Temos uma elite que trabalha a favor e uma que trabalha contra, afirma Barbosa.

O relatório mostra que a atuação positiva ou negativa em relação ao tema é determinada, de forma geral, pela posição na linha ideológica que o partido do deputado ocupa. Siglas mais à esquerda, como PSOL, Rede, PCdoB, PT e PV, dão mais atenção à questão climática do que agremiações à direita do espectro político.

É um tema ainda desconhecido pela maior parte dos parlamentares. Há uma falsa ideia de que essa pauta é de esquerda, diz Olivia Ainbinder, analista de políticas públicas da Política por Inteiro. Falta conhecimento sobre as oportunidades econômicas com a descarbonização da economia brasileira.

A identificação com a esquerda e a atuação positiva de somente uma fatia dos parlamentares pode prejudicar a evolução das discussões sobre o tema, dizem os especialistas.

Seria muito interessante termos uma frente parlamentar climática, diz Ainbinder. Ele afirma que, atualmente, os parlamentares que atuam na área o fazem a partir de pautas que tangenciam a crise climática, como energia solar e eólica.

A evolução na discussão não precisaria de um grupo grande. Barbosa afirma que uma bancada temática possibilita uma atuação mais estratégica no Congresso, algo mais difícil quando o grupo se divide em diversos temas.

O processo legislativo não é simplesmente ter maioria. É controlar como o processo ocorre. Ter uma bancada especializada pode potencializar a ação de um grupo que parece ser minoritário no Congresso brasileiro hoje, que é o ambiental, diz o pesquisador.

A divisão de pautas e a falta de um grupo que seja mais focado no assunto também podem ser vistos nas comissões temáticas da Câmara, que, de forma geral, têm nota média negativa, segundo o Observatório do Legislativo Brasileiro.

Até mesmo a pequena Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável tem nota média negativa, de -1,5, um pouco pior do que a média geral. Segundo o especialista da UERJ, essa comissão é povoada por parlamentares não engajados no tema.

O relatório também revela que os 30 parlamentares com as piores notas no ranking estão concentrados em áreas da fronteira agrícola da Amazônia e em regiões com forte presença do agronegócio, como Mato Grosso, norte do Pará, Rondônia, Roraima e Goiás.

Há indicativos de que você tem uma atuação da bancada ruralista consciente e desfavorável em relação às mudanças climáticas, afirma Barbosa. A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, por exemplo, tem nota pior (-2,5) do que a média geral.

Considerando o cenário de agravamento da crise climática, os pesquisadores esperam que o cenário mude no Congresso.

É essencial que isso esteja nos debates eleitorais do ano que vem, afirma Ainbinder. O problema, segundo ela, é que o tema ambiental ainda não rende votos suficientes, mesmo com o cenário crítico.

Apesar de termos um bom arcabouço jurídico ambiental, é fundamental que a gente avance em outras políticas que caminhem rumo à descarbonização, diz.

A especialista afirma que o relatório e o ranking atual de parlamentares envolvidos na causa climática também podem servir para observar quais políticos estão mais abertos ao diálogo. Em geral, são aqueles que estão no meio do caminho, sem muito engajamento com o tema.

Segundo Barbosa, partidos de centro-direita, como PSDB e MDB, por exemplo, poderiam ser mais acionados.

Como as notas foram dadas As notas aos deputados foram dadas de acordo com o comportamento parlamentar. Para entrar na análise do Observatório do Legislativo Brasileiro junto a Política por Inteiro, os deputados têm que ter algum tipo de atuação relacionada à crise climática, seja a partir de votos, pareceres, discursos ou emendas.

As proposições relacionadas ao tema são listadas pelo Observatório e analisadas pelo Política por Inteiro, para destacar o que de fato tem alguma importância para a área de mudança do clima.

Após isso, as atividades relacionadas a essas proposições parlamentares de destaque são inseridas em um algoritmo que aponta uma nota, que vai de -10 a 10, para as ações dos deputados.

Barbosa diz que mesmo parlamentares com notas baixas, como 0, não necessariamente atuam de forma contrária ao tema da crise do clima, mas podem ter pouco engajamento.

Oito metas para o Brasil sair do 57º lugar em inovação corporativa

Há quem diga que foi Nelson Piquet. Outros que foi Ayrton Senna. Talvez tenha sido até outra pessoa, mas quase nenhuma frase reflete tanto o espírito do brasileiro em relação ao esporte do que a frase que diz: O Segundo colocado é o primeiro entre os perdedores. Se os representantes nacionais são vices em qualquer competição, dificilmente deixam de ser olhados como derrotados. Precisa tirar o técnico. Mudar os jogadores, derrubar o dirigente. Alguma coisa tem que ser feita para que isto não se repita.

Mas em outras áreas, até mais impactantes do ponto de vista do dia a dia das pessoas, este rigor simplesmente não é o mesmo. Um dos exemplo ocorreu recentemente, quando a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI / WIPO, na sigla em inglês) divulgou o Índice Global de Inovação (IGI). Segundo o estudo, o país ocupa o 57º lugar entre 132 países. Mesmo o fato de estarmos 10 posições abaixo de nosso melhor desempenho, alcançado em 2011, ainda nos permite encontrar motivos para comemorar.

Afinal, em 2021 o Brasil ganhou cinco posições em relação ao ranking de 2020.

O pior é que, ao contrário do esporte, onde o resultado permite apenas a simples comparação com as outras nações, no caso da inovação este posicionamento mediano do país reflete o atraso em seu desenvolvimento como nação. A distância das primeiras posições impacta negativamente na economia, na saúde, na qualidade de vida e em todos os aspectos sociológicos.

Diante deste cenário, para além da indignação com o posicionamento, cabe estabelecer estratégias e metas claras para melhorar urgentemente este desempenho. Algumas medias neste sentido são:

1. Estabelecer uma estratégia de inovação

Antes de entrar propriamente na execução, a empresa precisa definir uma estratégia para a inovação corporativa conectada à de negócios. Neste momento, é interessante avaliar, por exemplo, sua maturidade de inovação para saber quanto ela ainda tem de caminhar para criar de fato uma cultura de inovação.

2. Apurar quais são os objetivos da inovação

Para guiar essa estratégia, é importante entender o que a empresa pretende fazer com a inovação corporativa. Ela quer atuar em outros mercados? Oferecer experiências melhores aos consumidores? Responder a alguma demanda mais específica? Criar produtos ou serviços disruptivos? As respostas, mais uma vez, devem estar alinhadas ao plano estratégico da empresa.

3. Criar uma governança da agenda de inovação

Para que a estratégia de inovação possa fluir, é importante definir quem são as pessoas envolvidas, seus papéis e suas responsabilidades em cada projeto. É preciso também estabelecer rituais de acompanhamento da agenda de inovação, que incluem não apenas deadlines de cada fase, mas pequenas comemorações e reconhecimentos, por exemplo, quando alguns marcos são alcançados ou alguma etapa é finalizada.

4. Determinar métricas para acompanhar o sucesso da inovação

Além de ter objetivos claros, é necessário ter métricas que indiquem se as iniciativas de inovação estão (ou não) alcançando o sucesso esperado. Algumas dessas métricas podem ser a receita gerada pelo novo produto ou serviço, a quantidade de projetos iniciados ou ideias apresentadas em determinado prazo, ou ainda o tempo que o projeto leva para ser implementado ou trazer algum retorno.

5. Investir em treinamento e capacitação

Nenhuma empresa se torna inovadora de uma hora para outra apenas por tomar essa decisão. Por trás de uma estratégia de inovação corporativa precisa haver muito investimento em treinamento e capacitação de pessoas. Quanto mais imatura a empresa for no quesito inovação, maior será o investimento necessário para fazer as pessoas começarem a pensar fora da caixa e se sentirem seguras para apresentar ideias e dar sugestões.

6. Escolher o melhor formato para a execução dos projetos de inovação

Em geral, ao partir para a execução, as empresas devem decidir se farão tudo internamente, na chamada inovação fechada, ou se buscarão talentos, ideias e parcerias fora das suas paredes, utilizando-se da inovação aberta. A principal diferença entre as duas é que primeira conta apenas com recursos próprios para inovar, entregando a missão a um time de inovação ou, mais tradicionalmente, à equipe de P&D, enquanto na inovação aberta a empresa usa colaboração e cocriarão externa para potencializar suas chances de desenvolver inovação.

7. Fazer testes e desburocratizar processos

Muitas ideias inovadoras se perdem dentro de empresas entre processos burocráticos e pouco flexíveis. Para fazer a inovação fluir, é preciso tirar ideias do papel, fazer testes e mais testes. E, para isso, desburocratizar processos e tornar a estrutura corporativa mais flexível é fundamental.

8. Estimular um ambiente de confiança

As pessoas só se arriscam a sugerir ideias disruptivas quando se sentem respaldadas e incentivadas pela empresa. Dificilmente alguém pensará fora da caixa se esse pensamento for um risco para o seu emprego, certo? Portanto, para implementar a inovação corporativa é preciso criar um ambiente de confiança, em que todos se sintam seguros para dar ideias e, se for o caso, falhar em suas ideias. Tolerância ao erro também é requisito básico para desenvolver uma cultura de inovação.

Claro que existem muitas outras iniciativas a serem adotadas e que não depende somente das empresas para que haja um rápido avanço na classificação brasileiras entre as nações mais inovadoras do mundo. Mas naquilo que compete ao mundo corporativo, cumprindo estes passos certamente nos próximos anos teremos muito mais motivos par comemorar.

Fonte: Monitor Mercantil / Autor: Rodrigo Burguers, sócio da consultoria de inovação e Venture Builder, Play Studio

Cenário Brasileiro é mais complicado do que em outras crises

Fonte: InfoMoney

Economia anda de lado há tempos, o que reduz o grau de liberdade para estimular o crescimento, de um lado, e para combater a inflação, do outro

O economista Paulo Picchetti, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV) e professor da Escola de Economia da FGV-SP, considera o cenário hoje da inflação brasileira mais complicado desde a estabilização da economia, em julho de 1994, com a edição do Plano Real.

De lá para cá, ele aponta dois momentos críticos de aceleração da inflação: em 2003, com a crise de expectativas, quando o dólar chegou a R$ 4, e em 2014, com reajuste de tarifas. Em ambos os momentos, o quadro foi revertido com mais facilidade porque a economia brasileira vinha de um período de expansão. Hoje, no entanto, o espaço para o ajuste de política fiscal existe, mas é menor. Estamos com a economia andando de lado há bastante tempo. Isso reduz os graus de liberdade, de um lado, para estimular a economia e, de outro, para combater a inflação. A seguir, os principais trechos da entrevista.

O resultado da prévia da inflação de setembro surpreendeu?

Particularmente, a mim não surpreendeu. Acompanho o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal), que é um índice muito parecido com o IPCA. O IPC-S tinha encostado em 1,20% na terceira quadrissemana de setembro e deve acabar o mês mais para perto de 1,40%. Acho que essa dinâmica vale para o IPCA também. Isso porque há aumentos de energia elétrica, gasolina e também de passagens aéreas (caso do IPC-S), que estão para serem incorporados no fechamento do mês. Acredito que o IPCA de setembro também deve terminar acima dessa leitura da metade do mês.

Esse resultado da prévia de setembro muda a projeção da inflação para este ano?

No caso do IPC-S, acho que muda porque não só o número veio é alto, mas os núcleos estão mostrando uma tendência de aceleração da inflação.

O resultado de setembro, que atingiu dois dígitos em 12 meses (10,05%), pode mudar mais ainda a condução da política monetária?

O Banco Central já sinalizou que virá mais aumento de juros pela frente. O que vai acontecer, além disso, vai ser a reprodução do que já vem acontecendo nos últimos meses. Ele constantemente está checando a evolução da projeção à frente e, se julgar necessário, vai dar sinalizações de aumentos ainda adicionais. Não temos como falar sobre isso hoje.

Quando a inflação vai cair?

Todo mundo, eu, inclusive, imaginava que, na virada do primeiro para o segundo semestre de 2021, os índices iriam bater o pico de 7% acumulado em 12 meses e iriam começar a cair a partir daí. Só que ocorreram várias surpresas: a crise hídrica, aumento das tarifas de energia, combustíveis e esse reaquecimento da economia com a reabertura das atividades suspensas com a pandemia. Então, se chover suficientemente no verão para desligar as térmicas, retirar as bandeiras criadas e essa mesma chuva ajudar na safra agrícola e na pecuária, imagino que, em algum momento do primeiro trimestre do ano que vem, teremos uma descompressão da inflação. Mas tudo isso está condicionado a esses fatores que são difíceis de prever. Isso sem incluir um outro lado que vem forte: toda a incerteza política ligada às reformas e à situação fiscal, que impedem o recuo do dólar, apesar do ganho das exportações. Vamos lembrar que 2022 será um ano eleitoral. Isso amplia as incertezas. Mas, sendo otimista em relação tanto ao clima meteorológico, quanto ao político, imagino numa descompressão na inflação no primeiro trimestre de 2022.

Se compararmos o quadro da inflação no Brasil após o Plano Real, a partir de julho de 1994, hoje o cenário é mais complicado do que naquela época?

Sem dúvida. Tivemos um momento de alta da inflação em 2003 com crise de expectativas, com o câmbio chegando a R$ 4, o IGP (Índice Geral de Preços) disparando, mas foi contornado. Assim que o tripé macroeconômico (meta de inflação, meta fiscal e câmbio flutuante) foi reafirmado, o Banco Central reagiu e o ajuste foi feito e o quadro revertido. Mais recentemente, depois da reeleição de Dilma (presidente Dilma Rousseff), houve o reajuste tarifário e um ano de aceleração forte da inflação, mas também foi revertido. Diga-se de passagem, com uma recessão bastante profunda. O cenário de agora é mais complicado em termos de graus de liberdade. O espaço para o ajuste de política fiscal e monetária é menor comparado a esses dois episódios anteriores. Ele existe, mas é menor. Isso porque estamos com a economia andando de lado há bastante tempo. Ao contrário de 2003 e de 2014, quando estávamos no fim de um período de expansão. Isso reduz os graus de liberdade, de um lado, para estimular a economia e, de outro, para combater a inflação. Isso torna o momento atual particularmente desafiador.

China se prepara contra eventuais desvios de fundos imobiliários da Evergrande

Fonte: Forbes Brasil

Diversos governos locais na China criaram contas especiais de custódia destinada aos projetos imobiliários da principal incorporadora do país, e hoje bastante endividada, a Evergrande, para evitar que os fundos destinados aos projetos habitacionais sejam desviados, disse o veículo de imprensa local Caixin.

Com dívidas de US$ 305 bilhões, a Evergrande perdeu o prazo de pagamento de títulos de dívida em dólar na semana passada, e o silêncio da empresa sobre o assunto fez os investidores globais se perguntarem se terão que engolir grandes perdas quando o período de carência de 30 dias se encerrar.

As contas especiais de custódia foram abertas no final de agosto em pelo menos oito províncias onde a Evergrande tem projetos mais inacabados, disse o veículo chinês neste domingo, citando uma fonte próxima à equipe de gerenciamento da empresa.

Entre as províncias, estão Anhui, Guizhou, Henan, Jiangsu e cidades ao sul do Delta do Rio das Pérolas, acrescentou.

As contas de custódia visam garantir que os pagamentos daqueles que adquirem imóveis sejam usados para concluir os projetos habitacionais da Evergrande, e não desviados para outro lugar, como para credores, disse o Caixin.

Em algumas cidades do sul, como Zhuhai e Shenzhen, os escritórios do regulador habitacional, o Ministério da Habitação e Desenvolvimento Urbano-Rural, também estiveram envolvidos na supervisão e revisão do uso de recursos pelos projetos da Evergrande, disse.

A Evergrande e o Ministério da Habitação não responderam aos pedidos de comentários.

Webinar Regional da Marsh

Tema: Oportunidades e riscos do hidrogênio verde na América Latina

Data: 29 de setembro / Horário: 10:00 (BRT) / Tradução simultânea espanhol / português

Inscrições: https://mmc.zoom.us/webinar/register/6816315598661/WN_Muqx1rsZRBqyz_rNqmOJ1Q  

Vindo de fontes renováveis, o hidrogênio verde está se tornando a chave para a transição energética global, devido às suas baixas emissões de carbono.

Na América Latina, o cenário é muito favorável para o desenvolvimento dessa energia: o Chile tem como objetivo se tornar um dos três maiores exportadores de hidrogênio verde do planeta em menos de duas décadas; A Colômbia também busca se posicionar como potência exportadora de gás do hidrogênio verde; O Brasil tem a vantagem de possuir um litoral privilegiado e um dos menores custos marginais para geração de energia renovável.

Junte-se aos principais players do setor para saber mais sobre:

Qual é o verdadeiro potencial da América Latina para se tornar a potência mundial na produção de hidrogênio verde?

Como os diferentes regulamentos e certificações locais afetam a realização dos projetos?

Quais são os principais riscos associados ao seu armazenamento e transporte?

Como gerenciar o risco de todos os agentes envolvidos na produção para garantir os mais altos níveis de segurança, minimizando sinistros e garantindo a continuidade das operações?

Painel internacional de especialistas

Alberto Escofet / Founding member of the Mexican Association of Hydrogen and Country Manager of ENAGAS Mexico.

André Clark / General Manager of Siemens Energy Brazil

Marcos Nishimura / Head of Risks and Insurance Latin America da ENGIE

Raphael Barreau / Chief Business Development Officer, Head of M&A, Innovation and Strategy da ENGIE

Paulo Mantovani / Director, Specialty | Power & Utilities, Mining & Metals, Renewables da Marsh Brazil

Webinar Regional: Oportunidades y riesgos del hidrógeno verde en América Latina

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