Furacão Ida: The Day After
27, Set. 2021
Prejuízo deve ficar até US$ 44 bilhões às seguradoras
Fonte: CQCS
O valor alto está parcialmente relacionado à pandemia de
covid-19
As estimativas de danos do furacão Ida nos Estados Unidos
continuam a aumentar à medida que as seguradoras divulgam seus custos. Em uma
das revisões mais recentes, a Risk Management Solutions, uma grande empresa de
modelagem de risco de catástrofe, estimou na semana passada os prejuízos totais
de seguro dos EUA com o evento climático entre US$ 31 bilhões e US$ 44 bilhões
desde 29 de agosto, quando o Ida atingiu a Louisiana. O alto custo do Ida está
parcialmente relacionado à pandemia de covid-19.
Os modeladores de risco dizem que as interrupções nas
cadeias de suprimentos da indústria automotiva e de construção, bem como a
escassez de mão de obra, estão aumentando os custos com sinistros. Além disso,
interrupções prolongadas de energia estenderam os tempos de reparo.
As seguradoras de capital aberto com as maiores
exposições incluem a Chubb, a Travellers, a Allstate e a Progressive, de acordo
com o analista da Evercore ISI David Motemaden. Em 16 de setembro, a Allstate
anunciou perdas brutas estimadas do Ida em US$ 1,4 bilhão, antes de
contabilizar o resseguro. Os danos ocorreram em 19 Estados, a maioria deles na
Louisiana, disse a empresa. Refletindo as recuperações de resseguro
antecipadas, a Allstate calculou as perdas líquidas do Ida em US$ 631 milhões
antes dos impostos e US$ 498 milhões após os impostos.
A Progressive, por sua vez, disse na semana passada em um
comunicado à imprensa que as perdas do Ida até 15 de setembro totalizaram cerca
de US$ 510 milhões antes dos impostos, após o resseguro, tanto na Costa do
Golfo quanto no Nordeste.
É preciso entender o consumidor do futuro, que já faz
parte do presente das empresas
Fonte: Sonho Seguro / Autor: Marcelo Farinha, presidente
da Federação Nacional de Capitalização
Nos seis primeiros meses de 2021, a arrecadação do
segmento de Capitalização superou igual período de 2020 em 8,4%, com receita de
R$ 11,6 bilhões. O resultado ameniza os efeitos da pandemia e mostra que o
setor começa a dar sinais de retomada. Mas isso não significa a completa
superação da crise.
Existem vários obstáculos a serem superados. Entre os
desafios, três são fundamentais: a retomada da economia dentro de um percentual
que recupere boa parcela das perdas de anos anteriores; o desenvolvimento de
novos mercados tendo as plataformas digitais como ferramenta para atingir o
público jovem e conectado; e a adequação das empresas à abertura do mercado
segurador, prevista para dezembro de 2021, que modifica substancialmente a estrutura
do mercado e coloca no horizonte do seguro uma série de perguntas e dúvidas
ainda sem resposta.
A crise atual afetou a vida de todos os brasileiros e
seus hábitos de consumo em função da necessidade de prevenção e cuidados com a
saúde, sobretudo os aspectos inerentes ao distanciamento social. Isso estimulou
o home office e fez com que o mercado fizesse uso mais intenso das plataformas
digitais acelerando e testando novas formas de interação com os clientes, o que
se traduz em mais agilidade e transparência.
No entanto, a atividade econômica ainda se encontra
retraída, o desemprego é elevado e a renda média das famílias foi afetada. Mas
o setor aprendeu a lidar com a crise mais severa do século e tudo indica que o
pior já passou. Em 2021, os produtos de Capitalização completam 92 anos de
presença no país, o que mostra a sua grande capacidade de resiliência e,
sobretudo, o esforço de todos os envolvidos em sua cadeia de produção de se
reinventar e ofertar soluções eficientes e que atendam aos consumidores de
forma rápida e eficaz.
Diante de uma sociedade cada vez mais conectada, o
mercado de Capitalização vem combinando investimentos em soluções de negócios
digitais com responsabilidade social. Este ambiente de negócios faz com que o
setor se transforme e, na busca de aprimorar o relacionamento, rejuvenesça sua
base de clientes.
Soluções digitais, em diferentes plataformas, garantem
mais agilidade e maior abrangência aos processos. Significa que mesmo em
cidades sem a presença física de uma instituição é possível adquirir um Título
de Capitalização, oferecê-lo como garantia se este for o objetivo, contribuir
com causas sociais, ou apenas poder contar com uma reserva de valor com o
incentivo de um sorteio que ele pode acompanhar pelas mesmas ferramentas digitais
onde adquiriu o título. Ou seja, existe, por conta dos investimentos em
tecnologia, total capilaridade e transparência.
O relacionamento digital ganha cada vez mais relevância
diante de uma sociedade mais informada, consciente e exigente, que valoriza experiência,
agilidade e conveniência. A chegada da geração Z, os nativos digitais,
superconectados e que demandam novos modelos de consumo trazem desafios e
oportunidades para a capitalização.
De acordo com estudo publicado pelo Think With Google,
85% dos jovens que participaram da pesquisa disseram estar dispostos a doar
parte do seu tempo para alguma causa, sendo o meio ambiente uma das maiores
preocupações. Esse comportamento revela espaço para a modalidade filantropia
premiável, que aproxima interessados em fazer o bem e entidades carentes de
recursos.
Outro ponto levantado pelo relatório é que a insegurança
com o futuro marca mais a geração Z do que a geração anterior, o que reforça um
dos pilares da Capitalização: a importância da educação financeira. De acordo
com a pesquisa, esses jovens cresceram sentindo os efeitos da crise econômica
global, começaram a trabalhar em um mercado que está se transformando e temem
os efeitos das mudanças climáticas. E isso reflete em todo o propósito de vida
dessa geração.
O empoderamento desse consumidor vem acompanhado de
princípios de ética, responsabilidade, lealdade e transparência nas relações. E
para que essa evolução ocorra em um ambiente seguro é preciso esforço coletivo
de uma ampla gama de partes interessadas: empresas do setor, consumidores,
órgão fiscalizador, além dos desenvolvedores de tecnologia.
Seguradoras adotam critérios ASG
Pesquisa da CNseg, junto a 34 empresas, será divulgada na
Conseguro 2021
Entre as empresas brasileiras representadas pela Confederação
Nacional das Seguradoras (CNseg), a maioria absoluta adota critérios Ambiental,
Social e de Governança (ASG) em seu planejamento estratégico. Essa proporção
chegou a 90,5%, em 2020, segundo pesquisa realizada pela entidade junto a 34
seguradoras que constituem 84% de toda a representação da CNseg.
O Relatório de Sustentabilidade do Setor de Seguros,
sobre a incorporação de práticas sustentáveis, será divulgado no painel
Integrações das questões ASG nas operações do setor de seguros durante a
Conseguro 2021, evento da CNseg, o maior do mercado segurador brasileiro. Em
sua décima edição, este ano, a conferência ocorrerá entre 27 de setembro e 1 de
outubro, será virtual, interativa, gratuita e traduzida para a Libras, a Língua
Brasileira de Sinais.
A pandemia acelerou o debate sobre o impacto dos riscos
ASG para as empresas. Hoje, as que têm boas métricas de ASG são as mais
resilientes e geram mais valor a longo prazo. Isso acontece porque elas
gerenciam melhor os riscos e oportunidades socioambientais e possuem governança
robusta, o que lhes permite atravessar com mais tranquilidade períodos
turbulentos como os atuais, afirma a Diretora-Executiva da CNseg, Solange
Beatriz Palheiro Mendes.
O tripé de sustentabilidade representado pela ASG já
influencia as decisões de investimento e de análise de risco de 47,4% das
empresas consideradas na pesquisa. Entre outras decisões estratégicas norteadas
pelos princípios ASG estão o engajamento de clientes e parceiros comerciais.
Segundo a pesquisa, 65% das empresas afirmaram que seus analistas e gestores
passaram por treinamentos relacionados a esses temas em 2020. No mesmo ano, 45%
das empresas também ofereceram treinamentos periódicos sobre esses princípios
para suas lideranças.
Um dos estímulos à aplicação desses critérios na
estratégia dos negócios é a inclusão de questões ASG nas metas de desempenho da
alta liderança, o que foi verificado em 20% das empresas consultadas. Uma
proporção ainda maior (85%), já considera os critérios ASG na homologação e
contratação de fornecedores e prestadores de serviços.
A CNseg realiza o monitoramento de indicadores de
sustentabilidade do setor desde 2015, com o objetivo de ampliar os horizontes
de análise e apontar caminhos para o enfrentamento dos desafios dos negócios
pelas associadas, bem como prestar informações qualificadas à sociedade.
Serviço: Conseguro 2021 / Quando: 27/09 a 01/10 /
Inscrições gratuitas: www.conseguro.cnseg.org.br
Horário: a partir das 10h em 27/09 e a partir das 11h nos
demais dias
Painel: Integrações das questões ASG nas operações do
setor de seguros / Quando: 28/09 - Horário: 14h30
Palestrantes: Vinicius Brandi / Diretor da SUSEP e Sergio
Besserman Vianna / Economista, Ecologista, Coordenador Estratégico do Climate
Reality Project no Brasil e Curador de Clima e Sustentabilidade do Museu do
Amanhã.
Debatedoras: Fátima Lima / Presidente da Comissão de
Integração ASG - CIASG e Diretora de Sustentabilidade da MAPFRE e Samya Paiva /
Membro da Comissão de Gestão de Risco da CNseg e Diretora de Risk Management da
Zurich Brasil Seguros. Moderadora: Solange Beatriz Palheiro Mendes / Diretora
Executiva da CNseg
Serviço: Conseguro 2021 / Quando: 27/09 a 01/10 -
Inscrições gratuitas: www.conseguro.cnseg.org.br
Horário: a partir das 10h em 27/09 e a partir das 11h nos demais dias.
Fonte: CNSeg / Sonho Seguro
Crise climática piora, mas deputados dão menos atenção ao
tema, diz estudo
Fonte: Folha SP
A atual composição da Câmara dos Deputados dedica menos
atenção à crise climática do que a anterior, mostra relatório do Observatório
do Legislativo Brasileiro. O engajamento dos parlamentares com o tema, que já
era baixo no período de 2015 a 2018, diminuiu ainda mais a partir de 2019.
Enquanto isso, novos relatórios sobre o clima mostram que
o aumento da temperatura média da Terra provocará cada vez mais eventos
extremos em todo o planeta, Brasil incluído. Chuvas torrenciais e secas
prolongadas fazem parte mesmo dos prognósticos menos pessimistas.
A análise sobre o desempenho dos deputados foi feita com
a participação do projeto Política por Inteiro (responsável, junto com a Folha
de S.Paulo, pelo Monitor da Política Ambiental), que faz um ranking dos
parlamentares em uma série de assuntos. Nesse caso, mudança do clima.
A maior parte dos parlamentares avaliados pelo Observatório
tem avaliação negativa quando o tema é crise climática. A nota média dos
deputados federais é de -1,39 e a mediana (o valor do meio nas notas), -2,98 (o
gradiente vai de -10 a 10).
Na legislatura anterior, a média era de -0,89.
Uma das formas de ler [o resultado] é que você tem uma
legislatura mais desfavorável ao tema das mudanças climáticas, o que é
condizente com o que está acontecendo. Pode ser que isso seja decorrente de
você ter parlamentares mais extremistas ou pelo fato de o governo ser mais
contrário ao tema, diz Leonardo Martins Barbosa, doutor em ciência política
pela UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e pesquisador do
Observatório do Legislativo Brasileiro.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nunca tratou a
área ambiental como uma de suas prioridades. De acordo com especialistas, suas
ações têm impacto negativo para as discussões sobre o meio ambiente brasileiro.
Em seus discursos, Bolsonaro se diz crítico de áreas de
proteção de biomas, por exemplo e se declara favorável à exploração mineral em
terras indígenas, que têm elevado grau de vegetação nativa preservada. Além
disso, manteve por mais de dois anos um ministro do Meio Ambiente que atuou
para desmontar mecanismos de combate ao desmatamento.
Os autores do relatório sobre os deputados observaram que
as notas mais comuns encontradas na legislatura atual foram -4, -3 e 4. Ou
seja, ao mesmo tempo em que há parlamentares com atuações negativas, há outros
que puxam a avaliação para o lado positivo.
Temos uma elite que trabalha a favor e uma que trabalha
contra, afirma Barbosa.
O relatório mostra que a atuação positiva ou negativa em
relação ao tema é determinada, de forma geral, pela posição na linha ideológica
que o partido do deputado ocupa. Siglas mais à esquerda, como PSOL, Rede,
PCdoB, PT e PV, dão mais atenção à questão climática do que agremiações à
direita do espectro político.
É um tema ainda desconhecido pela maior parte dos
parlamentares. Há uma falsa ideia de que essa pauta é de esquerda, diz Olivia
Ainbinder, analista de políticas públicas da Política por Inteiro. Falta
conhecimento sobre as oportunidades econômicas com a descarbonização da
economia brasileira.
A identificação com a esquerda e a atuação positiva de
somente uma fatia dos parlamentares pode prejudicar a evolução das discussões
sobre o tema, dizem os especialistas.
Seria muito interessante termos uma frente parlamentar
climática, diz Ainbinder. Ele afirma que, atualmente, os parlamentares que
atuam na área o fazem a partir de pautas que tangenciam a crise climática, como
energia solar e eólica.
A evolução na discussão não precisaria de um grupo
grande. Barbosa afirma que uma bancada temática possibilita uma atuação mais
estratégica no Congresso, algo mais difícil quando o grupo se divide em
diversos temas.
O processo legislativo não é simplesmente ter maioria. É
controlar como o processo ocorre. Ter uma bancada especializada pode
potencializar a ação de um grupo que parece ser minoritário no Congresso
brasileiro hoje, que é o ambiental, diz o pesquisador.
A divisão de pautas e a falta de um grupo que seja mais
focado no assunto também podem ser vistos nas comissões temáticas da Câmara,
que, de forma geral, têm nota média negativa, segundo o Observatório do
Legislativo Brasileiro.
Até mesmo a pequena Comissão de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável tem nota média negativa, de -1,5, um pouco pior do
que a média geral. Segundo o especialista da UERJ, essa comissão é povoada por
parlamentares não engajados no tema.
O relatório também revela que os 30 parlamentares com as
piores notas no ranking estão concentrados em áreas da fronteira agrícola da
Amazônia e em regiões com forte presença do agronegócio, como Mato Grosso,
norte do Pará, Rondônia, Roraima e Goiás.
Há indicativos de que você tem uma atuação da bancada
ruralista consciente e desfavorável em relação às mudanças climáticas, afirma
Barbosa. A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento
Rural, por exemplo, tem nota pior (-2,5) do que a média geral.
Considerando o cenário de agravamento da crise climática,
os pesquisadores esperam que o cenário mude no Congresso.
É essencial que isso esteja nos debates eleitorais do ano
que vem, afirma Ainbinder. O problema, segundo ela, é que o tema ambiental
ainda não rende votos suficientes, mesmo com o cenário crítico.
Apesar de termos um bom arcabouço jurídico ambiental, é
fundamental que a gente avance em outras políticas que caminhem rumo à
descarbonização, diz.
A especialista afirma que o relatório e o ranking atual
de parlamentares envolvidos na causa climática também podem servir para
observar quais políticos estão mais abertos ao diálogo. Em geral, são aqueles
que estão no meio do caminho, sem muito engajamento com o tema.
Segundo Barbosa, partidos de centro-direita, como PSDB e
MDB, por exemplo, poderiam ser mais acionados.
Como as notas foram dadas As notas aos deputados foram
dadas de acordo com o comportamento parlamentar. Para entrar na análise do
Observatório do Legislativo Brasileiro junto a Política por Inteiro, os
deputados têm que ter algum tipo de atuação relacionada à crise climática, seja
a partir de votos, pareceres, discursos ou emendas.
As proposições relacionadas ao tema são listadas pelo
Observatório e analisadas pelo Política por Inteiro, para destacar o que de
fato tem alguma importância para a área de mudança do clima.
Após isso, as atividades relacionadas a essas proposições
parlamentares de destaque são inseridas em um algoritmo que aponta uma nota,
que vai de -10 a 10, para as ações dos deputados.
Barbosa diz que mesmo parlamentares com notas baixas,
como 0, não necessariamente atuam de forma contrária ao tema da crise do clima,
mas podem ter pouco engajamento.
Oito metas para o Brasil sair do 57º lugar em inovação
corporativa
Há quem diga que foi Nelson Piquet. Outros que foi Ayrton
Senna. Talvez tenha sido até outra pessoa, mas quase nenhuma frase reflete
tanto o espírito do brasileiro em relação ao esporte do que a frase que diz: O
Segundo colocado é o primeiro entre os perdedores. Se os representantes
nacionais são vices em qualquer competição, dificilmente deixam de ser olhados
como derrotados. Precisa tirar o técnico. Mudar os jogadores, derrubar o
dirigente. Alguma coisa tem que ser feita para que isto não se repita.
Mas em outras áreas, até mais impactantes do ponto de
vista do dia a dia das pessoas, este rigor simplesmente não é o mesmo. Um dos
exemplo ocorreu recentemente, quando a Organização Mundial da Propriedade
Intelectual (OMPI / WIPO, na sigla em inglês) divulgou o Índice Global de
Inovação (IGI). Segundo o estudo, o país ocupa o 57º lugar entre 132 países.
Mesmo o fato de estarmos 10 posições abaixo de nosso melhor desempenho,
alcançado em 2011, ainda nos permite encontrar motivos para comemorar.
Afinal, em 2021 o Brasil ganhou cinco posições em relação
ao ranking de 2020.
O pior é que, ao contrário do esporte, onde o resultado
permite apenas a simples comparação com as outras nações, no caso da inovação
este posicionamento mediano do país reflete o atraso em seu desenvolvimento
como nação. A distância das primeiras posições impacta negativamente na
economia, na saúde, na qualidade de vida e em todos os aspectos sociológicos.
Diante deste cenário, para além da indignação com o
posicionamento, cabe estabelecer estratégias e metas claras para melhorar
urgentemente este desempenho. Algumas medias neste sentido são:
1. Estabelecer uma estratégia de inovação
Antes de entrar propriamente na execução, a empresa
precisa definir uma estratégia para a inovação corporativa conectada à de negócios.
Neste momento, é interessante avaliar, por exemplo, sua maturidade de inovação
para saber quanto ela ainda tem de caminhar para criar de fato uma cultura de
inovação.
2. Apurar quais são os objetivos da inovação
Para guiar essa estratégia, é importante entender o que a
empresa pretende fazer com a inovação corporativa. Ela quer atuar em outros
mercados? Oferecer experiências melhores aos consumidores? Responder a alguma
demanda mais específica? Criar produtos ou serviços disruptivos? As respostas, mais
uma vez, devem estar alinhadas ao plano estratégico da empresa.
3. Criar uma governança da agenda de inovação
Para que a estratégia de inovação possa fluir, é
importante definir quem são as pessoas envolvidas, seus papéis e suas
responsabilidades em cada projeto. É preciso também estabelecer rituais de
acompanhamento da agenda de inovação, que incluem não apenas deadlines de cada
fase, mas pequenas comemorações e reconhecimentos, por exemplo, quando alguns
marcos são alcançados ou alguma etapa é finalizada.
4. Determinar métricas para acompanhar o sucesso da
inovação
Além de ter objetivos claros, é necessário ter métricas
que indiquem se as iniciativas de inovação estão (ou não) alcançando o sucesso
esperado. Algumas dessas métricas podem ser a receita gerada pelo novo produto
ou serviço, a quantidade de projetos iniciados ou ideias apresentadas em
determinado prazo, ou ainda o tempo que o projeto leva para ser implementado ou
trazer algum retorno.
5. Investir em treinamento e capacitação
Nenhuma empresa se torna inovadora de uma hora para outra
apenas por tomar essa decisão. Por trás de uma estratégia de inovação
corporativa precisa haver muito investimento em treinamento e capacitação de
pessoas. Quanto mais imatura a empresa for no quesito inovação, maior será o
investimento necessário para fazer as pessoas começarem a pensar fora da caixa
e se sentirem seguras para apresentar ideias e dar sugestões.
6. Escolher o melhor formato para a execução dos projetos
de inovação
Em geral, ao partir para a execução, as empresas devem
decidir se farão tudo internamente, na chamada inovação fechada, ou se buscarão
talentos, ideias e parcerias fora das suas paredes, utilizando-se da inovação
aberta. A principal diferença entre as duas é que primeira conta apenas com
recursos próprios para inovar, entregando a missão a um time de inovação ou,
mais tradicionalmente, à equipe de P&D, enquanto na inovação aberta a
empresa usa colaboração e cocriarão externa para potencializar suas chances de
desenvolver inovação.
7. Fazer testes e desburocratizar processos
Muitas ideias inovadoras se perdem dentro de empresas
entre processos burocráticos e pouco flexíveis. Para fazer a inovação fluir, é
preciso tirar ideias do papel, fazer testes e mais testes. E, para isso,
desburocratizar processos e tornar a estrutura corporativa mais flexível é
fundamental.
8. Estimular um ambiente de confiança
As pessoas só se arriscam a sugerir ideias disruptivas
quando se sentem respaldadas e incentivadas pela empresa. Dificilmente alguém
pensará fora da caixa se esse pensamento for um risco para o seu emprego,
certo? Portanto, para implementar a inovação corporativa é preciso criar um
ambiente de confiança, em que todos se sintam seguros para dar ideias e, se for
o caso, falhar em suas ideias. Tolerância ao erro também é requisito básico
para desenvolver uma cultura de inovação.
Claro que existem muitas outras iniciativas a serem
adotadas e que não depende somente das empresas para que haja um rápido avanço
na classificação brasileiras entre as nações mais inovadoras do mundo. Mas
naquilo que compete ao mundo corporativo, cumprindo estes passos certamente nos
próximos anos teremos muito mais motivos par comemorar.
Fonte: Monitor Mercantil / Autor: Rodrigo Burguers, sócio
da consultoria de inovação e Venture Builder, Play Studio
Cenário Brasileiro é mais complicado do que em outras
crises
Fonte: InfoMoney
Economia anda de lado há tempos, o que reduz o grau de
liberdade para estimular o crescimento, de um lado, e para combater a inflação,
do outro
O economista Paulo Picchetti, pesquisador do Instituto
Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV) e professor da
Escola de Economia da FGV-SP, considera o cenário hoje da inflação brasileira
mais complicado desde a estabilização da economia, em julho de 1994, com a
edição do Plano Real.
De lá para cá, ele aponta dois momentos críticos de
aceleração da inflação: em 2003, com a crise de expectativas, quando o dólar
chegou a R$ 4, e em 2014, com reajuste de tarifas. Em ambos os momentos, o
quadro foi revertido com mais facilidade porque a economia brasileira vinha de
um período de expansão. Hoje, no entanto, o espaço para o ajuste de política
fiscal existe, mas é menor. Estamos com a economia andando de lado há bastante
tempo. Isso reduz os graus de liberdade, de um lado, para estimular a economia
e, de outro, para combater a inflação. A seguir, os principais trechos da
entrevista.
O resultado da prévia da inflação de setembro
surpreendeu?
Particularmente, a mim não surpreendeu. Acompanho o IPC-S
(Índice de Preços ao Consumidor Semanal), que é um índice muito parecido com o
IPCA. O IPC-S tinha encostado em 1,20% na terceira quadrissemana de setembro e
deve acabar o mês mais para perto de 1,40%. Acho que essa dinâmica vale para o
IPCA também. Isso porque há aumentos de energia elétrica, gasolina e também de
passagens aéreas (caso do IPC-S), que estão para serem incorporados no
fechamento do mês. Acredito que o IPCA de setembro também deve terminar acima
dessa leitura da metade do mês.
Esse resultado da prévia de setembro muda a projeção da
inflação para este ano?
No caso do IPC-S, acho que muda porque não só o número
veio é alto, mas os núcleos estão mostrando uma tendência de aceleração da
inflação.
O resultado de setembro, que atingiu dois dígitos em 12
meses (10,05%), pode mudar mais ainda a condução da política monetária?
O Banco Central já sinalizou que virá mais aumento de
juros pela frente. O que vai acontecer, além disso, vai ser a reprodução do que
já vem acontecendo nos últimos meses. Ele constantemente está checando a
evolução da projeção à frente e, se julgar necessário, vai dar sinalizações de
aumentos ainda adicionais. Não temos como falar sobre isso hoje.
Quando a inflação vai cair?
Todo mundo, eu, inclusive, imaginava que, na virada do
primeiro para o segundo semestre de 2021, os índices iriam bater o pico de 7%
acumulado em 12 meses e iriam começar a cair a partir daí. Só que ocorreram
várias surpresas: a crise hídrica, aumento das tarifas de energia, combustíveis
e esse reaquecimento da economia com a reabertura das atividades suspensas com
a pandemia. Então, se chover suficientemente no verão para desligar as
térmicas, retirar as bandeiras criadas e essa mesma chuva ajudar na safra
agrícola e na pecuária, imagino que, em algum momento do primeiro trimestre do
ano que vem, teremos uma descompressão da inflação. Mas tudo isso está
condicionado a esses fatores que são difíceis de prever. Isso sem incluir um
outro lado que vem forte: toda a incerteza política ligada às reformas e à
situação fiscal, que impedem o recuo do dólar, apesar do ganho das exportações.
Vamos lembrar que 2022 será um ano eleitoral. Isso amplia as incertezas. Mas,
sendo otimista em relação tanto ao clima meteorológico, quanto ao político, imagino
numa descompressão na inflação no primeiro trimestre de 2022.
Se compararmos o quadro da inflação no Brasil após o
Plano Real, a partir de julho de 1994, hoje o cenário é mais complicado do que
naquela época?
Sem dúvida. Tivemos um momento de alta da inflação em
2003 com crise de expectativas, com o câmbio chegando a R$ 4, o IGP (Índice
Geral de Preços) disparando, mas foi contornado. Assim que o tripé
macroeconômico (meta de inflação, meta fiscal e câmbio flutuante) foi
reafirmado, o Banco Central reagiu e o ajuste foi feito e o quadro revertido.
Mais recentemente, depois da reeleição de Dilma (presidente Dilma Rousseff),
houve o reajuste tarifário e um ano de aceleração forte da inflação, mas também
foi revertido. Diga-se de passagem, com uma recessão bastante profunda. O
cenário de agora é mais complicado em termos de graus de liberdade. O espaço
para o ajuste de política fiscal e monetária é menor comparado a esses dois
episódios anteriores. Ele existe, mas é menor. Isso porque estamos com a economia
andando de lado há bastante tempo. Ao contrário de 2003 e de 2014, quando
estávamos no fim de um período de expansão. Isso reduz os graus de liberdade,
de um lado, para estimular a economia e, de outro, para combater a inflação.
Isso torna o momento atual particularmente desafiador.
China se prepara contra eventuais desvios de fundos
imobiliários da Evergrande
Fonte: Forbes Brasil
Diversos governos locais na China criaram contas
especiais de custódia destinada aos projetos imobiliários da principal incorporadora
do país, e hoje bastante endividada, a Evergrande, para evitar que os fundos
destinados aos projetos habitacionais sejam desviados, disse o veículo de
imprensa local Caixin.
Com dívidas de US$ 305 bilhões, a Evergrande perdeu o
prazo de pagamento de títulos de dívida em dólar na semana passada, e o
silêncio da empresa sobre o assunto fez os investidores globais se perguntarem
se terão que engolir grandes perdas quando o período de carência de 30 dias se
encerrar.
As contas especiais de custódia foram abertas no final de
agosto em pelo menos oito províncias onde a Evergrande tem projetos mais
inacabados, disse o veículo chinês neste domingo, citando uma fonte próxima à
equipe de gerenciamento da empresa.
Entre as províncias, estão Anhui, Guizhou, Henan, Jiangsu
e cidades ao sul do Delta do Rio das Pérolas, acrescentou.
As contas de custódia visam garantir que os pagamentos
daqueles que adquirem imóveis sejam usados para concluir os projetos
habitacionais da Evergrande, e não desviados para outro lugar, como para
credores, disse o Caixin.
Em algumas cidades do sul, como Zhuhai e Shenzhen, os
escritórios do regulador habitacional, o Ministério da Habitação e
Desenvolvimento Urbano-Rural, também estiveram envolvidos na supervisão e
revisão do uso de recursos pelos projetos da Evergrande, disse.
A Evergrande e o Ministério da Habitação não responderam
aos pedidos de comentários.
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