Nenhuma informação no momento

Conseguro 2021

28, Set. 2021

O Brasil do amanhã: infraestrutura e meio ambiente são oportunidades

Vamos fazer as reformas como devem ser feitas ou vamos ficar cada vez mais pobres? Esta é uma questão que a sociedade terá que discutir.

O Brasil pode ir além de um crescimento como o previsto para 2022, em torno de 1,5%, ou até menos. Segundo os economistas reunidos esta manhã no painel Três visões para o Brasil do amanhã, da Conseguro 2021, neste país de contrastes as dificuldades são grandes, mas há oportunidades de investimento, como nas áreas de infraestrutura e meio ambiente.

Com a economia mundial num ritmo menos favorável e os indicadores macroeconômicos ainda sem cenário de melhoria, a exemplo da inflação, juros e câmbio, o Brasil lida ainda com problemas estruturais graves. Entre eles, baixa produtividade, estrutura tributária perversa, uma economia fechada a setores, baixo grau de efetividade do gasto público e desigualdade de renda.

O painel Três visões para o Brasil do amanhã reuniu os economistas Marcos Lisboa, diretor-presidente do Insper, Marcio Holland, professor da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV), e Carlos Kawall, diretor do ASA Investments. A moderação foi feita pelo presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Marcio Coriolano, que também é economista.

O setor de seguros necessita de um cenário macroeconômico de queda da inflação, que traz fôlego e renda aos consumidores, e queda da taxa de juros, que estimula a tomada de empréstimos. Se tivermos isso, poderemos seguir pelo menos a trilha de crescimento registrada nas últimas décadas, comentou Marcio Coriolano.

O presidente da CNseg buscou resumir os atuais desafios do país. Desde pelo menos 2008 o Brasil tem vivido vários choques, externos e internos. No curso inicial deste governo, havia a expectativa de reformas estruturais que ancorassem um ciclo virtuoso fiscal e monetário. Ocorre que veio a pandemia, crises institucionais e reposicionamentos globais, citou.

Segundo Coriolano, há pressões na cadeia de suprimentos que transbordam o movimento dos preços. Todos se voltam para as agendas do Banco Central e do Congresso, mas também para as expectativas políticas e institucionais. Fora o que ocorre no mercado de trabalho, com os rendimentos médios e a produtividade.

O mercado de seguros é muito sensível aos atributos da produção, emprego e renda. Os agentes econômicos, em cada elo da cadeia produtiva, são os seus clientes: pessoas, famílias e empresas. Nas crises, as pessoas primeiro vão suprir suas necessidades básicas para depois optar por um seguro. E temos 73% de pessoas com rendimentos abaixo de dois salários-mínimos, enfatizou Coriolano.

Marcio Holland, professor da FGV, afirmou que o mundo mostrou, nos anos 2000, ter capacidade para gerenciar diversos aspectos como juros e inflação e ainda crescer em média 4,5%. Mas veio a crise financeira de 2008, com efeitos em alguns países, até hoje. Houve uma mudança muito forte dos bancos centrais, com taxas negativas de juros, com políticas não convencionas para mitigar os efeitos das crises. Isso gerou um crescimento médio de 1,5% da economia mundial que vemos hoje. Podemos até conseguir crescer novamente, mas o cenário não é fácil, afirmou.

Segundo Holland, as questões demográficas e as mudanças climáticas vão mover a economia brasileira e mundial e precisarão ser prioritárias dentro da política pública, para garantir um crescimento perene no Brasil. Um grande desafio é como nos prepararmos para a mudança demográfica, que não é mais hipótese e sim realidade. Sairemos de 22 milhões para 58 milhões de aposentados em 2060. Isso necessita mudanças em gastos com educação e com aposentadoria. De acordo com o economista, o Brasil fez uma boa reforma da previdência, mas já precisa de outra, para equilibrar as contas públicas, considerando que 73% do que o governo arrecada vai para pagar uma única despesa, as aposentadorias.

Disse ainda que país algum pode ser bem-sucedido com uma desigualdade tão persistente como a do Brasil. Precisamos ficar atentos à promoção da igualdade social, em todos os quesitos: gênero, racial, social, de oportunidades. Em relação às questões climáticas, o professor da FGV afirma que o Brasil já deveria ter priorizado o tema, pois ele afeta a economia. A crise hídrica é um exemplo e tem sido o vilão da alta da inflação, que já está sendo projetada em dois dígitos, acrescenta. Segundo ele, num país de contrastes, como o Brasil, há também razões para otimismo: Temos grandes oportunidades de investimentos que afloram das nossas contradições e dificuldades.

Para Carlos Kawall, diretor do ASA Investments, a economia mundial deve crescer menos em 2022, o que deverá influenciar a economia brasileira. As previsões são de crescimento em torno de 1,5%, com algumas projeções de 0,5%, não podendo ser descartada a hipótese de zero. Como 2022 será ano eleitoral, existe a possibilidade de expansão de gastos e de investimento, o que seria um contraponto no ano que vem, embora algo de curto prazo, disse.

Segundo ele, o Brasil dependerá da economia mundial, que mostra um certo arrefecimento nos EUA. O ponto de atenção é a China, que quer crescer com mais qualidade e coibir excesso de crédito. O país está de olho na especulação imobiliária. É um ingrediente novo no contexto da economia global. Para nós, que temos uma dependência grande da China, é importante levar isso em consideração.

Para o economista Marcos Lisboa, presidente do Insper, o Brasil vem crescendo pouco há mais de 40 anos, o que é influenciado pela baixa produtividade. Segundo ele, o país tem questões estruturais mais profundas do que as taxas de juros, inflação e câmbio. É uma ilusão achar que, para crescer, basta investir. O resultado do investimento depende de vários fatores, argumenta. Lisboa acrescenta que os problemas estruturais do país vão muito além da macroeconomia. A estrutura tributária distorce os investimentos, o consumo e a renda. Além disso, a economia brasileira é fechada e, assim, não se beneficia dos ganhos de produtividade de outros países. O Brasil também se destaca pelo baixo grau de efetividade do gasto público.

O economista também afirmou que o Brasil investe pouco em infraestrutura, que é um investimento de longo prazo. Para avançar nisso, outros países criaram agências reguladoras fortes. No Brasil, as agências nunca foram fortes, afirmou. Para atrair investimentos, precisamos de agências regulatórias mais atentas, contratos mais claros e mais segurança jurídica, acrescentou. Segundo Lisboa, quando boas propostas surgem, há resistência de diversas partes, como de pequenos grupos organizados que não querem perder subsídios. Vamos fazer as reformas como devem ser feitas ou vamos ficar cada vez mais pobres? Esta é uma questão que a sociedade terá de endereçar.

Marcio Coriolano pontuou que, mesmo nos períodos mais duros, com queda do PIB, o mercado segurador teve taxas de crescimento acima da média de outros setores. Mesmo antes da pandemia, seguros já tinha um comportamento anticíclico, com crescimento em V. Em julho chegamos com o mesmo ritmo de desenvolvimento pré-pandemia. Vida e saúde lideram. No entanto, o setor necessita de um cenário macroeconômico com queda de inflação, que traz fôlego de renda aos consumidores, e queda da taxa de juros, que estimula a tomada de empréstimos. Se tivermos isso, seguiremos na trilha de crescimento registrada nas últimas décadas, concluiu.

Fonte: Sonho Seguro

Empresários pedem protagonismo ambiental do Brasil às vésperas da COP26

Fonte: Forbes Brasil

Em carta divulgada ontem (27), empresários de algumas das maiores empresas do país pedem um maior protagonismo do país nas negociações climáticas. Essa é uma oportunidade única do Brasil ser competitivo e melhorarmos as condições de vida da população, alinhados com as novas prioridades em torno das quais o mundo está se movimentando, afirmam.

Os empresários disseram reconhecer a sua responsabilidade nessa transformação, citando ações sustentáveis que já vêm sido empreendidas por suas empresas, como a redução e compensação das emissões de GEEs (gases causadores do efeito de estufa), precificação interna de carbono, descarbonização das operações e cadeias de valor, investimentos em tecnologias verdes e estabelecimento de metas corporativas de neutralidade climática até 2050.

O comunicado chega às vésperas da COP26 (26° Conferência Sobre as Alterações Climáticas), que ocorrerá de 31 de outubro a 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia. Segundo os signatários, o evento é uma oportunidade de estimular a economia mundial, alinhando esforços e incentivando a inovação no combate ao aquecimento global ao redor de todo o mundo.

O Brasil tem vantagens comparativas extraordinárias na corrida para alcançarmos uma economia de emissões líquidas de carbono neutras, valendo-nos dos nossos múltiplos recursos naturais e da capacidade de nosso povo, dizem. E ressaltam que um protagonismo seria compatível com a tradição de integridade climática do país e sua centralidade nesse diálogo.

Para isso, os empresários destacam a necessidade de atrelar os novos esforços de criação de uma economia de carbono neutro a metas baseadas em conceitos científicos (Science Based Targets) e práticas de transparência financeira (Task Force on Climate-Related Financial Disclosures). Reforçam também a importância da adoção de mecanismos de financiamento para a promoção da transição climática, bem como o combate integral e inequívoco ao desmatamento ilegal da Floresta Amazônica e de outros biomas brasileiros.

Eles citam como importantes os avanços representados pelo RenovaBio, programa do governo com objetivo de expandir a produção de biocombustíveis no Brasil, e a PSA, recém-aprovada política de pagamento por serviços ambientais. E colocam como necessidade um aprofundamento do diálogo entre o governo, o setor privado e a população a respeito do posicionamento do Brasil sobre o Artigo 6° do Acordo de Paris, que prevê a cooperação entre países e deve ser tema abordado na COP26.

Devemos construir uma trajetória orientada para um futuro de claros objetivos climáticos, sob pena de sermos excluídos de uma nova ordem climático-econômica que se consolida diante dos nossos olhos, o que seria injustificável para um país como o Brasil, afirmam.

O documento contou com o apoio do CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável) e a participação de 107 signatários de empresas e dez signatários de entidades setoriais.

Petrobras e Susep: TCU determina que sejam adotadas medidas para evitar problemas no seguro

Fonte: CQCS

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou à Susep e à Petrobras que adotem medidas relativas ao seguro D&O (Directors & Office Liability Insurance). Por determinação do tribunal, a Susep terá que adequar a Circular 553/17 (que regulamenta o seguro D&O) no sentido de explicitar a competência de tribunais administrativos para definir a culpa grave, no âmbito de seus processos, para fins de exclusão da cobertura deste seguro, considerando-se a inconstitucionalidade da interpretação restritiva desse dispositivo.

Para tanto, o TCU enfatiza que sejam alterados os termos do art. 3º, inciso VIII daquela circular, o qual define como culpa grave aquela que, por suas características, se equipara ao dolo, sendo motivo para a perda de direitos por parte do segurado (neste caso, a culpa grave deverá ser definida pelo Judiciário ou por arbitragem).

Além disso, a autarquia deverá realizar a distinção dos dados do seguro D&O entre empresas estatais e privadas.

Já a Petrobras terá que alterar explicitamente o art. 23, §1º, do seu Estatuto Social, para prever a exclusão da cobertura de danos decorrentes de atos ilícitos derivados de dolo e de culpa grave, a fim de propiciar maior clareza à norma.

A estatal do petróleo também deverá avaliar a oportunidade de adoção das boas práticas internacionais e dos mecanismos para coibição de desvios do uso do seguro D&O, em especial o equilíbrio de mecanismos de controles internos e governança com a cobertura securitária, de modo a otimizar a relação custo-benefício no uso do instrumento.

O TCU também determinou à sua própria Secretaria Geral de Controle Externo (Segecex) que oriente as unidades técnicas do Tribunal a avaliarem os elementos volitivos da conduta em processos de responsabilização de administradores de empresas estatais por ressarcimento de danos ao erário, em especial naquelas entidades em que haja contrato vigente de seguro D&O ou indenidade em favor de seus gestores, com conclusões acerca da existência ou não de culpa grave ou, quando possível avaliar, de dolo.

Riscos Cibernéticos

Os números variam de dezenas de bilhões a trilhões de dólares, depende do quadro escolhido. Entre os maiores desafios internacionais, os riscos cibernéticos ocupam lugar de destaque, ao lado das mudanças climáticas e das novas pandemias. A ordem de grandeza desses três grupos de risco é inimaginável e capaz de levar o caos a uma nação. Com certeza, o setor de seguros não tem tamanho para fazer frente a eles, ainda que faturando inéditos sete trilhões de dólares este ano.

Os riscos cibernéticos têm ocupado espaço nobre na mídia e nas redes sociais. A razão disso é uma nova modalidade de crime que já custou pelo menos dezenas de milhões de dólares. Ninguém fala quanto pagou, mas o tamanho das empresas que tiveram suas redes de informática sequestradas por hackers que exigem o pagamento de resgate para liberá-las e permitir a volta da empresa ao seu funcionamento normal não deixa dúvidas. A conta está cara e vai ficar bem mais salgada. A tendência é que os crimes cibernéticos ganhem muito mais espaço e se espalhem para campos mais devastadores do que os atuais.

Ninguém sabe direito o começo da história, imagine o seu fim! O que é certo é que números na casa dos trilhões de dólares têm sido citados regularmente para quantificar prejuízos já ocorridos em função de crimes cibernéticos de diferentes matizes. Além disso, a casa dos bilhões de tentativas de invasão também tem sido a base para o cálculo do que acontece neste campo, ao redor do mundo.

O Brasil, que não deve ser uma das maiores prioridades dos criminosos, sofre milhões de ataques todos os meses. Todavia, o empresário brasileiro ainda não deu a devida importância ao problema, mesmo com grandes empresas sendo vítimas da ação dos bandidos e ficando fora do ar durante dias, porque suas redes foram sequestradas, o que as impede de operar.

Quando se lê o nome das empresas vítimas dos sequestros ao redor do mundo, duas coisas ficam claras: primeiro, o tema é extremamente recente, o que faz com que as áreas de segurança empresariais não atentem para ele; e, segundo, no curto prazo, a melhor forma de se proteger é contratar um seguro para riscos cibernéticos porque os hackers estão muito à frente e as medidas de segurança utilizadas são incapazes de deter suas ações.

Como este cenário tende a se manter constante, com os hackers na frente das medidas de proteção, a briga do gato e do rato deve se acirrar, especialmente pela intensa divulgação do assunto e a consequente atenção de outros potenciais criminosos, capazes de desenvolver novos tipos de ataques.

Mas os crimes não são a única ameaça cibernética. Recentemente, alguns acidentes, internos e externos, em empresas e órgãos públicos, deixaram vazar informações armazenadas em sistemas de dados envolvendo milhões de pessoas que, sem autorização delas, tiveram informações confidenciais abertas e, portanto, ao alcance de todos, mediante uma simples consulta à Internet.

Acidentes como esses causam prejuízos astronômicos. Os valores envolvendo vazamentos de dados confidenciais podem facilmente atingir a casa dos bilhões de dólares, suficientes para quebrar a maioria das empresas ao redor do planeta.

É evidente que a melhor maneira de impedir ações criminosas ou acidentes internos e externos é adotar medidas que inibam sua ocorrência. Acontece que, no mundo real, nada é absoluto e não existe a proteção definitiva. Furos, invasões, vazamentos, negligência, imprudência, imperícia, falhas de terceiros, casos fortuitos e força maior sempre existirão e serão parte da rotina das empresas, por mais precavidas e cuidadosas que sejam.

É para isto que existem os seguros para riscos cibernéticos. Sua missão não é impedir a ocorrência do evento, mas minimizar prejuízos que podem, inclusive, ameaçar a continuidade da empresa.

O Brasil tem apólices modernas dando cobertura para os riscos cibernéticos. É tempo das empresas brasileiras atentarem para o problema e tomarem as providências necessárias para reduzir sua exposição. Entre elas, o seguro é das mais eficientes.

Fonte: Estadão / Autor: Antonio Penteado Mendonça

Em meio à crise de energia, petróleo Brent supera US$ 80

Fonte: Bloomberg

O barril de petróleo Brent foi negociado acima de US$ 80 o barril, em mais uma evidência da crise global de energia e sinais de que a demanda supera a oferta e esgota os estoques.

A cotação de referência internacional ampliou o recente período de ganhos e atingiu o maior nível desde outubro de 2018. O barril de petróleo West Texas Intermediate também subiu.

O rali do petróleo é acompanhado por uma série de previsões altistas para os preços de bancos e operadores, projeções de aumento da demanda no inverno do hemisfério norte e sinais de que o setor não está investindo o suficiente para garantir a oferta. O salto para US$ 80 aumenta a pressão inflacionária sobre a economia global quando os preços das commodities de energia disparam. O gás natural europeu, as licenças de carbono e a eletricidade alcançaram novas máximas na terça-feira, com poucos sinais de desaceleração do rali.

O petróleo tem se recuperado do colapso dos preços no ano passado em meio aos cortes recordes na produção da Opep+ e recuperação econômica global que impulsionou a demanda. Embora a Opep+ agora esteja desacelerando os cortes, algumas tradings e analistas têm dúvidas sobre o quão rápido a coalizão pode repor os barris retirados do mercado. O Goldman Sachs diz que as cotações podem chegar a US$ 90 este ano com a contínua queda dos estoques.

Os mercados de petróleo estão se acelerando à medida que o persistente déficit de oferta reduz os estoques para o nível mais baixo em décadas, disse Amarpreet Singh, analista do Barclays.

Grande parte do cenário para o resto do ano deve depender da intensidade do inverno no hemisfério norte. Analistas e consultores publicaram uma série de estimativas de quanto a demanda poderia ser impulsionada pelo aumento dos custos do gás e baixas temperaturas, oscilando de algumas centenas de milhares de barris por dia a 2 milhões.

O petróleo também mostra recuperação apesar do combustível de aviação, um componente-chave da demanda, permanecer afetado pela pandemia. No entanto, outros segmentos de consumo mostram forte alta, como combustíveis usados para fabricar plástico e aqueles usados em processos de manufatura, como o diesel. O consumo global de petróleo deve voltar aos níveis pré-pandemia no terceiro trimestre de 2022, disse o presidente da BP Singapore, Eugene Leong, disse em entrevista.

Com os preços agora em US$ 80 o barril, os valores futuros também sobem. O WTI para entrega em 2022 é negociado perto de US$ 71 o barril. Os ganhos dos preços futuros, em teoria, tornam mais atraente para produtores nos EUA fixarem os volumes de produção, mas o crescimento tem sido limitado este ano, uma vez que investidores pressionam por retornos aos acionistas em vez de oferta mais elevada.

5G: há inconsistência técnica em edital

Fonte: Monitor Mercantil

Leilão deverá ser um dos maiores da história brasileira

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou na última sexta-feira o edital para o espectro do 5G. Além do valor de R$ 10,6 bilhões de outorga mínima, estão previstos R$ 39 bilhões em investimentos. O leilão foi marcado para o dia 4 de novembro. Serão leiloadas quatro frequências de 5G: 700 MHz; 2,3 GHz; 3,5 GHz; e 26 GHz. Cada faixa será arrematada em um lote. As companhias de telefonia que vencerem o leilão deverão oferecer como contrapartidas a disponibilização do 5G nas capitais até julho de 2022; a extensão para as rodovias do sinal 4G; a construção de uma rede privativa de comunicação para a administração federal; a via fluvial na região amazônica; a disponibilização de internet móvel de qualidade para as escolas públicas de educação básica, entre outras.

A Iniciativa 5G Brasil, consórcio de provedores regionais de internet, entretanto, lamenta a aprovação pelo Conselho Diretor da Anatel do edital para licitação da rede 5G no Brasil. Segundo a entidade, a versão, repleta de inconsistências técnicas e sem os ajustes significativos e necessários para a democratização da implantação da rede em todo o país e a participação de empresas provedoras de internet brasileiras.

A iniciativa entende que o texto aprovado hoje acaba, em suas entrelinhas técnicas, por colocar em vantagem as operadoras de grande porte, pois estas já têm operação em pleno funcionamento, abrindo assim um horizonte de equívocos semelhantes aos já vistos no Brasil quando da chegada das redes 3G e 4G, às quais o interior do país teve acesso tardiamente (ou ainda não teve) em comparação com as capitais. É sabido, conforme inúmeros estudos encomendados por esta Iniciativa junto a empresas e especialistas conceituados do setor e já apresentados e detalhados aos técnicos, conselheiros, e ministros envolvidos no processo, que a opção por não ajustar o texto de forma a viabilizar a participação justa de novos entrantes comprometerá não apenas os provedores regionais, mas também o agronegócio e moradores de mais de 5,5 mil municípios brasileiros, 95% do total. Lamentavelmente, podemos afirmar que o Governo Federal está, de fato, trazendo um 5G para inglês ver, nas palavras do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz, diz nota oficial.

A Iniciativa 5G Brasil lembra que desde o início das discussões sobre a implementação do 5G no país, os provedores regionais alertam para equívocos no edital. O primeiro pleito da Iniciativa diz respeito à aglutinação das faixas de 700 MHz e de 3,5 GHz, garantindo assim tanto largura de banda quanto alcance aos possíveis vencedores novos entrantes, pré-requisito para a viabilidade comercial do negócio. O apelo, infelizmente, sequer foi colocado em pauta pelo Conselho Diretor na reunião desta sexta. O segundo pedido, a garantia do roll out (permissão para implementação da rede também no sentido do interior para as capitais, e não somente o oposto) também foi vetado sem unanimidade, por 3 votos a 2. A alegação dos ministros que votaram contra o roll out, contraditoriamente, foi de que a alteração prejudicaria o acesso dos provedores e provocaria licitação deserta nos lotes regionais. Os estudos da Iniciativa 5G Brasil, no entanto, indicam que, ao contrário do que pensam os conselheiros desfavoráveis à medida, a decisão praticamente exclui essas empresas do certame, já que não existe possibilidade de que eles consigam iniciar a implantação a partir das capitais, visto que suas redes estão instaladas justamente no interior do país. O terceiro e último pleito diz respeito ao roaming nacional obrigatório, ou exploração comercial das redes. O tema, que também ficou de fora das discussões entre os ministros, poderá, segundo a Anatel, ser regulado por medidas posteriores. Os três pontos são essenciais e inegociáveis para a competição justa das empresas brasileiras frente às multinacionais e para a garantia de acessibilidade nos quatro cantos do país.

Falta de combustível agrava crise econômica no Reino Unido

Fonte: InfoMoney

O que começou na semana passada como um problema limitado que afetava uma empresa, rapidamente se transformou em uma crise nacional

Para Sof e Kridos Arnaoutis, a crise de combustível no Reino Unido rapidamente evoluiu de uma inconveniência que atrapalhou os planos do fim de semana para um sério risco financeiro para seu negócio.

Tudo começou com as tarifas mais altas de táxi em uma noitada no bairro londrino Soho, conhecido por seus bares e clubes, disse Kridos Arnaoutis, que com o irmão dirige uma empresa de peças de encanamento. Algumas horas depois, foi uma longa espera para encontrar combustível suficiente e levar seus amigos bêbados de volta para casa.

Na manhã de segunda-feira, a falta de gasolina e diesel tinha um impacto mais sóbrio, com repercussões mais amplas para a economia do Reino Unido.

Minha van de entrega está quase sem combustível, disse Sof Arnaoutis, proprietário da Excel Plumbing and Heating Supplies, no norte de Londres. Um dos meus funcionários está procurando combustível agora.

Sua empresa já enfrentava dificuldades para obter suprimentos do exterior por causa da escassez de motoristas, e a crise de combustíveis piora ainda mais o problema.

Dois entregadores que trariam peças de encanamento já cancelaram esta manhã, disse Arnaoutis. Provavelmente terei de cancelar algumas entregas esta semana, o que vai me trazer problemas financeiros.

Importantes setores no Reino Unido, desde processamento de alimentos a concessionárias, já sofriam os efeitos do Brexit, da crise nas cadeias de suprimentos e do aumento recorde dos preços da energia. A súbita interrupção no fornecimento de combustível rodoviário ameaça impactar ainda mais a economia, deixando pequenas empresas, prestadores de cuidados e motoristas de táxi sem poder trabalhar.

O que começou na semana passada como um problema limitado que afetava uma empresa, rapidamente se transformou em uma crise nacional.

Na quinta-feira, a BP disse que foi obrigada a fechar vários de seus 1.200 postos de combustíveis no Reino Unido e limitar o fornecimento a outros porque não tinha motoristas suficientes para seus caminhões de entrega. Ministros do governo foram a estúdios de TV para dizer que não havia escassez de combustível e que o fechamento afetou apenas cinco localidades, mas suas garantias tiveram pouco efeito, pois as filas começaram a crescer nas bombas em todo o país.

No fim de semana, a alta demanda começava a esvaziar os postos. Longas filas de veículos com motoristas desesperados para encher os tanques antes que os suprimentos acabassem bloqueavam as movimentadas rodovias de Londres, e a polícia intervinha para controlar o tráfego ou interromper brigas nos postos.

O governo do Reino Unido, sob críticas de que não havia atuado a tempo e permitido que a crise da cadeia de suprimentos se agravasse durante meses, anunciou medidas de emergência e avalia trazer motoristas do Exército para que o fluxo de combustíveis seja retomado, mas grupos empresariais dizem que é improvável que o problema seja resolvido rapidamente.

Não havia sinal de melhora porque a semana de trabalho começou com postos de combustíveis fechados em todos os pontos de Londres. De Balham Hill, no sul, até Holloway Road, no norte, postos de gasolina cobriram as bombas e colocaram placas dizendo que não havia combustível. Ainda assim, veículos continuavam a dirigir em vão para reabastecer.

Em uma delegacia em Southfields, no sudoeste de Londres, a polícia foi chamada para resolver um tumulto causado quando uma pessoa em uma motocicleta tentou furar a fila de mais de 40 motoristas, alguns dos quais disseram estar esperando por uma hora.

Empresas que vendem gasolina e diesel ainda não sabem informar um prazo para que a situação seja normalizada. Nesse ínterim, os que dependem de veículos motorizados para ir ao trabalho ou administrar seus negócios enfrentam uma incerteza crescente.

Depois de cinco anos de dramas políticos e econômicos, que incluem o Brexit, a pandemia de coronavírus e a crise global da cadeia de suprimentos, o impacto no Reino Unido é cada vez mais evidente.

Na cafeteria Cricks Corner, no distrito de Archway, em Londres, o gerente Henry Coombes deu um exemplo da magnitude dos problemas pelas empresas do Reino Unido e a resiliência necessária para continuar.

Não conseguimos que nenhuma xícara fosse entregue durante os dias em que aquele navio bloqueou o Canal de Suez, disse Coombes. Mas estamos bem por enquanto. Todo o nosso pão é entregue de bicicleta.

Webinar Regional da Marsh

Tema: Oportunidades e riscos do hidrogênio verde na América Latina

Data: 29 de setembro / Horário: 10:00 (BRT) / Tradução simultânea espanhol / português

Inscrições: https://mmc.zoom.us/webinar/register/6816315598661/WN_Muqx1rsZRBqyz_rNqmOJ1Q  

Vindo de fontes renováveis, o hidrogênio verde está se tornando a chave para a transição energética global, devido às suas baixas emissões de carbono.

Na América Latina, o cenário é muito favorável para o desenvolvimento dessa energia: o Chile tem como objetivo se tornar um dos três maiores exportadores de hidrogênio verde do planeta em menos de duas décadas; A Colômbia também busca se posicionar como potência exportadora de gás do hidrogênio verde; O Brasil tem a vantagem de possuir um litoral privilegiado e um dos menores custos marginais para geração de energia renovável.

Junte-se aos principais players do setor para saber mais sobre:

Qual é o verdadeiro potencial da América Latina para se tornar a potência mundial na produção de hidrogênio verde?

Como os diferentes regulamentos e certificações locais afetam a realização dos projetos?

Quais são os principais riscos associados ao seu armazenamento e transporte?

Como gerenciar o risco de todos os agentes envolvidos na produção para garantir os mais altos níveis de segurança, minimizando sinistros e garantindo a continuidade das operações?

Painel internacional de especialistas

Alberto Escofet / Founding member of the Mexican Association of Hydrogen and Country Manager of ENAGAS Mexico.

André Clark / General Manager of Siemens Energy Brazil

Marcos Nishimura / Head of Risks and Insurance Latin America da ENGIE

Raphael Barreau / Chief Business Development Officer, Head of M&A, Innovation and Strategy da ENGIE

Paulo Mantovani / Director, Specialty | Power & Utilities, Mining & Metals, Renewables da Marsh Brazil

Webinar Regional: Oportunidades y riesgos del hidrógeno verde en América Latina

Acesse as edições mais recentes das publicações do mercado: